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resumo ácidos graxos

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Aluna: Larissa da Silva Correa 
 
Resumo sobre os ácidos graxos voláteis (AGV’s) gerados no processo de digestão
microbiana de ruminantes. 
O Brasil possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, sendo sua maior parte 
criado a pasto, onde a quantidade de forragem é insuficiente e de baixa qualidade. Esse 
fator faz com que exista a necessidade de suplementação para animais em pastejo, onde 
é feita uma estratégia visando manter a qualidade do pasto, o aumento de suporte e 
desempenho desses animais. 
Os ácidos graxos voláteis são produzidos no rúmen pela fermentação microbiana de 
carboidratos e é a principal fonte de energia para os ruminantes. O rúmen é o principal 
fornecedor de proteína de alta qualidade, devendo-se maximizar sua produção e a 
fermentação ruminal. 
No rúmen, a população microbiana converte os carboidratos fermentados em 60 a 70% 
de ácido acético, 18 a 22% de ácido propiônico, 13 a 16% de ácido butírico e 2 a 4% de 
ácido valérico, os quais podem prover até 80% da exigência diária de energia dos 
ruminantes.
A remoção-absorção dos ácidos graxos voláteis do rúmen-retículo ocorre por dois 
processos: absorção passiva, pela parede do órgão, e passagem com a fase fluída para o
omaso. Quando a taxa de produção excede a de remoção, existe acúmulo de ácidos 
graxos voláteis no rúmen, podendo desencadear distúrbios metabólicos com efeitos 
negativos sobre o desempenho e a saúde dos animais. 
Os alimentos mais propensos a fermentação aumenta a atividade microbiana, 
tendo como resultado uma maior flutuação nos produtos finais da fermentação como os 
ácidos graxos voláteis e amônia, como também no pH ruminal. Esse resultado influencia 
no aproveitamento dos nutrientes da dieta. 
O excesso de concentrado fornecido aos animais de alta produção podem 
desencadear problemas metabólicos e tem sido relacionada com uma possível diminuição
nas concentrações de butirato e acetato ruminal. 
Utilizar fontes de gordura representa uma das opções para diminuir o desequilíbrio 
energético, acrescentando a densidade energética da dieta e mantendo um balanço mais 
adequado entre carboidratos fibrosos e não fibrosos.
A suplementação da alimentação com lipídeos tem sido associada com a redução 
na quantidade de protozoários, o que pode resultar em alterações na quantidade de 
ácidos graxos voláteis, sendo possivelmente um fator que promove depressão da gordura
do leite. 
Os ácidos graxos insaturados estão entre os compostos sugeridos como aditivos 
para eliminar a formação de metano e reduzir as perdas produzidas pela fermentação. 
lonóforos adicionados aos alimentos interferem com o transporte de hidrogênio e 
provavelmente inibem a hidrólises de lipídeos no rúmen. 
A administração pura de ácidos graxos insaturados em níveis mais elevados que 
ao redor de 6 % do total da dieta na matéria seca é tóxica para os microrganismos 
ruminais. Em níveis toleráveis os ácidos graxos insaturados promovem queda na 
produção de gordura do leite. Dessa forma, há necessidade de se proteger os ácidos 
graxos da ação das bactérias no rúmen de forma que eles passem pelo rúmen em grande
parte sem serem metabolizados. A proteção envolve o uso de complexos de ácidos 
graxos com sais de cálcio insolúveis. A gravidade específica e o tamanho das partículas 
são importantes na determinação do escape do rúmen. 
Algumas substâncias que são encontradas nos alimentos podem interferir no processo 
fermentativo ruminal, diminuindo muitas vezes a capacidade dos microrganismos em 
transformar material fibroso, em nutrientes aproveitáveis. Utilizar técnicas biológicas 
moleculares talvez ajude no entendimento do mecanismo de utilização do alimento no 
rúmen, como talvez, re-estabeleça um novo cenário da microbiologia do rúmen que pode 
ser diferente do que tem sido estudado há décadas.

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