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 Plano de Aula: 1 - Fundamentos da anatomia humana FUNDAMENTOS DE NEUROANATOMIA TÃtulo 1 - Fundamentos da anatomia humana Número de Aulas por Semana 4 Número de Semana de Aula 1 Tema Unidade 1 - Fundamentos da anatomia humana Objetivos Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de: ·  Compreender o que é plano de ensino da disciplina e a sua importância; ·  Conceituar anatomia em seu sentido macroscópico e microscópico; ·  Compreender a divisão da anatomia em sistemas; ·  Definir o que é normal em anatomia, variação anatômica, anomalia e monstruosidade; ·  Compreender a importância da utilização da terminologia anatômica correta; ·  Reconhecer e citar a divisão do corpo humano em partes; ·  Descrever a posição anatômica e entender a sua importância; ·  Descrever os planos de delimitação e secção do corpo humano; ·  Definir e estar apto a usar corretamente os termos anatômicos de posição e direção; ·  Compreender os princÃpios de construção do corpo humano. Estrutura do Conteúdo Normas de Biossegurança: Explicação das normas de biossegurança para a utilização e permanência no laboratório de anatomia.  Plano de Ensino: Apresentação do plano de ensino. Explanação sobre a importância da disciplina para os cursos, seus objetivos, os conteúdos que serão abordados e sua estruturação. Apresentação do mapa conceitual da disciplina.  Unidade 1 - Fundamentos da anatomia humana: 1.1. Conceito: Anatomia humana é a ciência que se dedica ao estudo da estrutura do corpo humano. A palavra anatomia tem origem grega e significa “cortar em partesâ€� ou dissecar. Em seu sentido mais amplo, a anatomia estuda o corpo macro e microscopicamente. Atualmente, utilizamos o termo morfologia para englobar os aspectos macroscópicos (anatomia) e os microscópicos (histologia, citologia, embriologia e ciências afins) do corpo humano. A anatomia é a base do conhecimento das ciências da saúde com aplicação direta na prática clÃnica, experimental e cirúrgica.  1.2. Sistemas orgânicos: As células são consideradas as unidades biológicas do corpo humano. Elas se organizam em tecidos, que são definidos como um conjunto de células semelhantes para desempenhar a mesma função geral. Os tecidos, por sua vez, reúnem-se para constituir os órgãos, instrumentos de função. Um conjunto de órgãos, de mesma origem e estrutura, cujas funções se integram para realizar funções complexas, denomina-se sistema. Em conjunto, os sistemas constituem o corpo humano. Embora o corpo humano seja resultado da integração de todos os sistemas, há alguns sistemas que, devido a relações mais Ãntimas no desenvolvimento, na localização, na função e por razões didáticas, podem ser associados ou agrupados sendo chamados de aparelhos. Os sistemas que em conjunto compõem o organismo do indivÃduo são: sistema esquelético, sistema articular, sistema muscular, sistema cardiovascular, sistema linfático, sistema respiratório, sistema digestório, sistema urinário, sistema genital masculino, sistema genital feminino e sistema nervoso.  1.3. Normalidade, variação anatômica, anomalia e monstruosidade: O termo normal, em medicina, significa sadio. Em anatomia, o termo normal é também utilizado para definir a estrutura mais frequente, ou seja, que é encontrada no mais alto número ou na mais alta percentagem, estatisticamente significativo, de indivÃduos da espécie humana. A variação anatômica é um pequeno desvio do aspecto anatômico normal de uma estrutura sem que haja prejuÃzo a função. Anomalia é uma alteração, congênita ou adquirida, do padrão de normalidade de uma estrutura que causa prejuÃzo à função. A monstruosidade é uma anomalia tão acentuada que interfere no desenvolvimento do corpo sendo incompatÃvel com a vida.  1.4. Terminologia anatômica: A terminologia anatômica é o vocabulário ou lista de termos anatômicos, palavras ou expressões utilizadas para designar as partes do corpo humano. Surgiu da necessidade de diminuir a quantidade, padronizar e uniformizar os termos anatômicos utilizados em todo mundo, através de uma só lista oficial. A terminologia anatômica é resultado da ação conjunta da Comissão Federativa da Terminologia Anatômica (CFTA) e de 56 associações que são os membros da Federação Internacional de Associações de Anatomistas (FIAA), única entidade internacional que representa todos os aspectos da anatomia e as associações anatômicas.  1.5. Partes do corpo: O corpo humano se divide em cabeça, pescoço, tronco (tórax, abdome, pelve e dorso), e membros superiores (cÃngulo do membro superior, axila, braço, cotovelo, antebraço e mão) e membro inferior (cÃngulo do membro inferior, quadril, coxa, joelho, perna e pé).  1.6. Posição anatômica: A posição anatômica é o padrão de referência para se estudar o corpo humano como um todo ou suas partes. O indivÃduo está ereto (em posição ortostática), com os membros superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao corpo, de cada lado do tronco, com o olhar fixo no horizonte, face voltada para frente, palmas para frente com os dedos justapostos, membros inferiores unidos, com os pés juntos e com as pontas dos dedos também dirigidas para frente.  1.7. Planos de delimitação e secção do corpo humano: Os planos de delimitação do corpo humano incluem o anterior ou ventral, o posterior ou dorsal, o superior ou cranial, o inferior ou podálico e os laterais. Os planos de secção do corpo humano são representados pelos planos sagital mediano, sagital paramediano, frontal ou coronal e o transversal ou horizontal. Os eixos de movimento são o sagital (ântero-posterior), o longitudinal (crânio-podálico) e o transversal (látero-lateral).  1.8. Termos gerais: Para estudar a forma, a posição e as relações dos órgãos e estruturas do corpo é necessário compreender os termos anatômicos de posição e direção como: anterior, posterior, superior, inferior, lateral, ventral, dorsal, cranial, caudal, transversal, longitudinal, axial, mediano, medial, intermédio, médio, externo, interno, superficial, profundo, distal, proximal, palmar e plantar.  1.9. PrincÃpios gerais de construção do corpo humano: O corpo humano é construÃdo segundo alguns princÃpios fundamentais que prevalecem para os vertebrados, como os seguintes:  Antimeria: o plano mediano divide o corpo humano em duas metades, direita e esquerda. Estas metades são denominadas antÃmeros e são semelhantes, morfológica e funcionalmente, donde dizer-se que o homem, como os vertebrados, é construÃdo segundo o princÃpio da simetria bilateral. Na realidade, não há simetria perfeita porque não existe correspondência exata de todos os órgãos. Ela é mais evidenciada durante o desenvolvimento (embriologia).  Metameria: por metameria entende-se a superposição, no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, cada segmento correspondendo a um metâmero. Mais ainda do que a antimeria, a metameria é muito evidente na fase embrionária, conservando-se no adulto em algumas estruturas como, por exemplo, na coluna vertebral (sobreposição das vértebras) e caixa torácica (sobreposição das costelas deixando entre elas os espaços chamados de espaços intercostais).  Paquimeria: é o princÃpio segundo o qual o segmento axial do corpo do indivÃduo é constituÃdo, esquematicamente, por dois tubos. Estes tubos, denominados paquÃmeros são representados pelo anterior (ou ventral) e pelo posterior (ou dorsal). PaquÃmero anterior, maior, contém a maioria das vÃsceras e, por essa razão, é também chamado de paquÃmero visceral. O paquÃmero posterior compreende a cavidade craniana e o canal vertebral(situado dentro da coluna vertebral) e aloja o sistema nervoso central: o encéfalo, na cavidade craniana, e a medula espinhal, no canal vertebral da coluna; esta é a razão pela qual ele também é denominado paquÃmero neural. Estratificação: é o princÃpio segundo o qual o corpo humano é constituÃdo por camadas, estratos, telas ou túnicas, que se sobrepõem, reconhecendo-se, portanto, uma estratimeria ou estratificação. Aplicação Prática Teórica Textos: 1.  VAN DE GRAAFF. Anatomia Humana. 6. ed. Barueri, SP: Manole, 2003 (CapÃtulo 2, p. 33-40); 2.  DÂNGELO; Fattini. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007 (CapÃtulo 1); 3.  MOORE; Agur. Fundamentos de Anatomia ClÃnica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. (CapÃtulo 1, p. 1-6).
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