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Ordem Tributária

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ORDEM TRIBUTÁRIA
DIREITO FINANCEIRO
A finalidade do Estado é a realização do bem comum: Saúde, Educação, Segurança, etc. 
· Seria a promoção de um modelo ideal de sociedade. 
Bem comum é um ideal que promove o bem-estar e conduz a um modelo de sociedade que permite o pleno desenvolvimento das potencialidades humanas, ao mesmo tempo em que estimula a compreensão e a prática de valores espirituais.
Atividade Financeira do Estado: É a forma pela qual o Estado procura atender as necessidades da sociedade, porém, esta prestação gera despesas, sendo necessário arrecadar. 
· Conjunto de ações desempenhadas pelo Estado, a fim de criar, adquirir, gerir e despender recursos para suprir as necessidades humanas coletivas, de natureza pública.
· Tendo, essas atividades, NATUREZA PÚBLICA. 
· São os meios utilizados pelo Estado para obtenção de valores pecuniários e realização de gastos, visando à execução de necessidades públicas, ou seja, é um meio para satisfazer as necessidades públicas. 
· Consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu para as outras pessoas de direito público, isto é, justifica a necessidade de arrecadar com o fato de ter que ofertar o bem comum. 
Necessidade Pública: Tudo aquilo que o Estado, por meio de decisão política contida em uma norma jurídica, se incumbiu de prestar, estando adstritas ao princípio da legalidade. 
As necessidades públicas serão realizadas por meio da prestação de serviços públicos delegáveis ou não à particulares. 
Ex.: Segurança, educação, saúde e alimentação, previstas no art 3º da Constituição Federal de 1988.
· Inclusive, é possível que os entes exerçam outras atividades, como a atuação na ordem econômica, a fim de obter receitas que cubram os custos com a prestação desses serviços públicos.
· Apesar de a atividade financeira em sentido estrito estar ligada ao exercício da soberania do Estado, a análise da Constituição Federal permite verificar que, em um sentido amplo, também estaria admitida como atividade financeira a atuação do setor privado, uma vez que nossa Carta inclui no Sistema Financeiro Nacional, agentes privados.
*Como o Estado obtém recursos financeiros (receita) para financiar os seus gastos? 
· A Receita pode ser originária ou derivada. 
Originária: Provém do patrimônio do Estado. 
Ex.: A prefeitura tem alguns prédio e aluga, esta é originária, pois vem direto do Estado.
Derivada: Aqui o Estado exerce sua atividade coercitiva sobre o povo, cobrando tributos. 
Direito Financeiro é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-lhe disciplinar a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos do Estado. 
· Ele é autônomo do Direito Administrativo, conforme art. 24, I da CRFB. 
Art. 24, CRFB. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
Os quatro pontos fundamentais para entender a atividade financeira do Estado são:
1- A receita,
2- A despesa, 
3- O orçamento e 
4- O crédito público.
a) Obtenção de recursos financeiros (receita) para financiar seus gastos.
Pode ser realizado por meio das receitas originárias (que provêm do próprio patrimônio do Estado, como venda de produtos) ou das receitas derivadas (obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva, como a cobrança de tributos).
b) Obtenção de recursos financeiros (crédito público). 
Nesse aspecto, o Estado busca obter ingressos financeiros para arcar com as despesas de sua responsabilidade. É importante destacar que os recursos obtidos deverão ser devolvidos, acrescidos de juros e encargos correspondentes. Assim, a captação desses recursos gera uma obrigação, que é denominada endividamento público.
Ingressos financeiros, para arcar com as responsabilidades.
c) Aplicação de tais recursos (despesa).
Definida como a aplicação de quantia em dinheiro, feita por autoridade ou agente público competente, mediante autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo.
 Exercer as despesas públicas (o que o Estado gasta em cada situação).
d) Gerenciamento dos recursos (orçamento). 
Estabelecendo formas, condições e controle do gasto e delimitando as receitas e despesas. Em síntese, a atividade financeira do Estado abarca a criação, obtenção, gestão e dispêndio do dinheiro público para execução das finalidades públicas.
- Quando o Estado tem o total controle do seu orçamento.
Fins da Atividade Financeira
- A finalidade última do Estado é a realização do bem comum. E para isso o Estado precisa prover e aplicar os recursos financeiros. Daí por que os fins da atividade financeira coincidem com as próprias finalidades da atuação estatal destinada à satisfação das necessidades coletivas, que crescem na mesma proporção do agigantamento do Estado moderno.
- Essas necessidades coletivas são inúmeras e das mais variadas espécies. 
- Abrangem as construções de edifícios públicos, monumentos comemorativos, cemitérios, estádios, aeródromos, hospitais, pontes, praças e viadutos; abertura de ruas, avenidas, estradas vicinais e rodovias; manutenção dos serviços de transportes e comunicações; preservação e conservação de monumentos históricos e artísticos integrados em conjuntos urbanos; defesas interna e externa; prestação jurisdicional; assistência social; previdência social; saúde e higiene; educação e cultura, mais uma infinidade de bens e serviços.
- Cabe ao poder político a escolha dessas necessidades coletivas, encampando-as como necessidades públicas e, consequentemente, inseri-las no ordenamento jurídico, disciplinando-as a níveis constitucional e legal.
Objetos do Direito Financeiro
A disciplina jurídica da atividade financeira do Estado denomina-se Direito Financeiro.
Carlos M. Giuliani Fonrouge: Direito Financeiro “é o conjunto de normas jurídicas que regula a atividade financeira do Estado em seus diferentes aspectos: órgãos que a exercem, meios em que se exterioriza e conteúdo das relações que originam”.
Geraldo Ataliba: Direito Financeiro com o “ciência exegética, que habilita–mediante critérios puramente jurídicos – os juristas a compreendem e bem aplicarem as normas jurídicas, substancialmente financeiras, postas em vigor”.
Kiyoshi-Harada: “ Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico. Seu objeto material é o mesmo da Ciência das Finanças, ou seja, a atividade financeira do Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público. Enquanto esta estuda esses desdobramentos sob o ponto de vista especulativo, o Direito Financeiro disciplina normativamente toda a atividade financeira do Estado, compreendendo todos os aspectos em que se desdobra. Ambas as ciências têm o mesmo objeto, diferenciando-se uma da outra apenas pela forma pela qual cada uma delas estuda o mesmo fenômeno. Por isso, são ciências afins, que se distinguem pelo método de investigação científica peculiar a cada uma delas. Uma é ciência teórica; outra, ciência prática ou aplicada”.
Ricardo Lobo Torres: Direito Financeiro é ”o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira, incumbindo-lhe disciplinar a constituição e a gestão da fazenda pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para a obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à consecução dos objetivos do Estado. ”
ATENÇÃO!! Muito cuidado para não confundir Direito Financeiro com Ciência das Finanças ou com Direito Tributário, pois nossa disciplina possui regime jurídico próprio.· A Ciência das Finanças é uma atividade pré-normativa, que estuda os fenômenos financeiros sobre os aspectos sociológico, político e econômico, independente de haver regulamentação legal. Por outro lado, o Direito Financeiro estuda os fenômenos financeiros positivados, pois se trata do conjunto de normas jurídicas que disciplinam a atividade financeira do estado.
Princípios de Direito Financeiro
1. Princípio da Legalidade: Básico na estrutura funcional de todo o Estado e garante que este somente poderá exigir que o Administrado faça ou deixe de fazer algo, se houver previsão legal. 
As finanças públicas não podem ser manejadas sem autorização legal. 
Assim, ele será aplicado em dois momentos distintos: na realização das despesas públicas e na aprovação do orçamento.
· As finanças públicas não podem ser manejadas sem autorização legal. O Estado só pode fazer o que a Lei autoriza, isto é, não pode exigir uma obrigação/cobrança que não esteja tipificada na Lei. 
2. Princípio da Transparência: Não encontra previsão expressa na Constituição, mas pode ser inferido do art. 37, que prevê a publicidade como um dos princípios aplicáveis à Administração Pública.
· Publicidade, tudo o que o Estado gasta deve ser público. 
· LIMPE- Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência.
3. Princípio da Responsabilidade Fiscal: Todos os gastos públicos devem observar limites previstos na lei, sob pena de acarretar sanções ao ente público que as descumprir. 
4. Princípio da Economicidade: Exige que se realize o máximo das necessidades públicas mediante o uso do mínimo de receitas possível, ou seja, o gasto público deve ser eficiente, do ponto de vista econômico. 
Art. 70, da Constituição Federal.
· O Estado deve ofertar o melhor, pelo menor preço.
5. Demais princípios aplicáveis: Os princípios da administração pública (impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) também são aplicáveis ao Direito Financeiro. 
EM RESUMO ...
Direito Financeiro: Conjunto de normas jurídicas que disciplinam a vida financeira do Estado.
Ciência das Finanças: Estuda os fenômenos financeiros sobre os aspectos sociológicos, políticos, econômicos, independente de haver regulamentação legal. 
Direito Tributário: Rege as relações entre o Estado (Fisco) e o contribuinte tendo por objeto o tributo.
RECEITAS PÚBLICAS
· É o capital arrecadado, coercitivamente, do povo, tomado por empréstimo ou produzido pela renda dos seus bens ou pela sua atividade, de que o Estado dispõe para fazer face às despesas públicas.
· É a entrada sem qualquer reserva, sendo a aplicação de recursos financeiros, inseridas nos cofres públicos para atender as finalidades do Estado (aquelas que estão em conformidade com a LOA- Lei Orçamentária Anual- Como os recursos financeiros poderão ser aplicados) 
· É o Ingresso de dinheiro aos cofres públicos
· Serve para atender as finalidades (bem comum)
· O dinheiro que entra nos cofres públicos é utilizado como receita.
RECEITAS..
(a) realizam extorsões sobre outros povos ou deles recebem doações voluntárias
(b) recolhem as rendas produzidas pelos bens e empresas do Estado;
(c) exigem coativamente tributos ou penalidades; (IPTU, IPVA..)
(d) tomam ou forçam empréstimos; (empréstimo compulsório)
(e) fabricam dinheiro metálico ou de papel;
· Receita é toda soma de dinheiro que o Estado recebe para cobrir os seus gastos públicos.
· É o capital que vem do povo de modo coercitivo. 
· O Estado chega até o cidadão por meio coercitivo, obrigando-o a dispor de suas riquezas para que ele ofereça o bem comum, realizando esta ação, ele estará TRIBUTANDO
TRIBUTO: Quando o processo de obtenção de lucros pela venda de seus bens e serviços, de outro lado, o Estado acentuou a sua força coercitiva para retirar dos particulares uma parcela de suas riquezas, expressa em dinheiro, sem qualquer contraprestação.
Atenção! O conceito de receita pública não se confunde com o de entrada. 
· Todo ingresso de dinheiro aos cofres públicos caracteriza uma entrada. 
· Contudo, nem todo ingresso corresponde a uma receita pública, ou seja, algumas verbas são apenas entrada de caixa, esta não pode ser usada para pagar as despesas públicas. 
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS 
· Quanto a sua regularidade 
a) Receitas Extraordinárias: São aquelas auferidas em caráter excepcional e temporário, em função de determinada conjuntura. 
Ex.: Empréstimo Compulsório- O Estado empresta o dinheiro. Sempre que houver necessidade, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (art. 148, II, da CF)
b) Receitas Ordinárias: São aquelas que ingressam com regularidade, por meio do normal desenvolvimento da atividade financeira do Estado. 
Constituem fonte regular e permanente de recursos financeiros necessários ao atendimento das despesas públicas.
· O Estado sempre irá exigir. 
· Quanto a sua origem 
a) Originária - Advém da exploração, pelo Estado, da atividade econômica.
Ex.: O Estado tem um imovel e ele aluga para uma empresa particular. 
Das originárias
1- Receitas patrimoniais: São as geradas pela exploração do patrimônio do Estado, o patrimônio do Estado gera lucro. 
2- Receitas industriais: Comerciais e de serviços: São as geradas pelo Estado no exercício da atividade empresarial. Por isso, são também conhecidas como receitas do patrimônio empresarial.
b) Derivada - Caracterizada por constrangimento legal para sua arrecadação.
Ex.: Arrecada através de cobranças do povo. Impostos. 
· O Estado, em virtude de seu poder de autoridade, pode retirar de seus súditos parcelas de suas riquezas para a consecução de seus fins, visando ao bem-estar geral.
DESPESAS PÚBLICAS 
O conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos, ou seja, os gastos são as despesas públicas (são a autorização legislativa para que se façam coisas em prol da população).
A aplicação de certa quantia, em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo.
Finalidade: Dispêndios públicos 
# Qual a diferença entre o imposto e taxa? 
É justamente a contraprestação.
- Na taxa você paga para ter um serviço que vai ser utilizado. 
- Quando você paga a taxa de um processo, você tem o Estado trabalhando no seu processo. 
- O imposto você não precisa ter uma contraprestação, o Estado apenas pega o dinheiro. 
ORÇAMENTO PÚBLICO
Uma peça que contém a aprovação prévia da despesa e da receita para um período determinado.
· É considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
· Tem caráter contábil, pois espelha a vida financeira do Estado. 
· É um instrumento que serve para desenvolver a economia. 
· Ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder Executivo, por certo período, a exercer as suas atividades que visam manter as ações e serviços públicos. 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Leis do Poder Executivo:
· LOA (Lei Orçamentária Anual)
· PPA (Plano Plurianual)
· LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)
· As leis orçamentárias – de plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e de orçamentos anuais – são de iniciativa do Poder Executivo (art. 165 da CF)
· O Presidente tem a obrigação de enviar ao Congresso Nacional esses projetos de leis, para ter a tramitação legislativa, para que sejam referendadas e, eventualmente, sancionadas. Art. 84, XXIII, CRFB
· O Poder Judiciário e o Ministério Público elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (art. 99, § 1º, e art. 127, § 3º, da CF). - Se eles perderem o prazo, poderá o Presidente apresentar a mesma proposta do ano anterior.· Essas propostas, obviamente, são unificadas antes do envio ao Parlamento para discussão.
Obs.: Os projetos de leis orçamentárias são apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional na forma do regimento comum, sendo, desde logo, examinados por uma comissão mista permanente de Senadores e Deputados, que emitirá o parecer.
-No mais, são aplicadas as demais regras concernentes ao processo legislativo
· O orçamento reflete o plano de ação do governo, sempre elaborado com base em uma decisão política.
· Devendo este orçamento ser cumprido e respeitado, salvo no caso de mudanças de prioridades, devendo ser respeitadas para não cair em um ato de improbidade. 
Orçamento Plurianual- PPA
· Art. 165, §1° CRFB. 
· Define diretrizes, objetivos e metas de médio prazo (quatro anos) da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
· Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem ser incluído no PPA.
Vigência: Inicia no segundo ano de mandato presidencial, terminando ao fim do primeiro ano do mandato seguinte. Sempre que necessário, o Executivo pode enviar projetos de revisão do PPA em vigor.
Lei de Diretrizes Orçamentárias- LDO
· Art. 165, §2°, CRFB
· A LDO estabelece as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício subsequente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre os critérios e a forma de limitação de empenho, entre outras funções.
· O projeto de LDO deve ser enviado pelo Executivo Federal ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano, devendo ser devolvido para sanção até o dia 17 de julho do mesmo ano.)
Lei Orçamentária Anual- LOA
· Art. 165, §5°, CRFB
· A LOA é o orçamento propriamente dito, uma lei que estima as receitas e fixa as despesas públicas para o período de um exercício financeiro.
· A LOA contém todos os gastos do Governo Federal e seu projeto deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano.
· Compõe o orçamento de todos os poderes. 
Art. 99, § 3º da CRFB Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.
DIREITO TRIBUTÁRIO
- Ramo do direito público que estuda os tributos, sendo um DIREITO FISCAL
· É a área do direito responsável por determinar e fiscalizar a arrecadação de tributos, como taxas e impostos.
RECEITAS
1ª- Receita de Direito Privado: Configura-se, como a própria denominação sugere, com o ingresso de receitas à máquina pública por meio da aplicação de normas do direito privado, isto é, O Estado obtém por meio de suas atividades privadas. 
- Relações privadas. 
Ex.: A prefeitura tem um galpão, X quer alugar. 
O dinheiro deste aluguel tem relação privada.
· Sendo permitido, entrando como receita de direito privado. 
ATENÇÃO! A obtenção de receitas pela Administração Pública ocorrerá mediante a exploração de seu patrimônio, atuando na relação com as mesmas disposições aplicáveis a qualquer particular.
2ª- Receita de Direito Público: Poder Público utilizará da superioridade existente nas normas de direito público, aplicando os ditames de Indisponibilidade de bens públicos, supremacia do interesse público, imperativos da lei sobre a vontade contratual, dentre outros.
Podem ser 3 decorrentes: 
1°- Reparação de Guerra: A parte que perde a guerra, deverá pagar para a parte vencedora os gastos que esta teve com a guerra.
- Aplicáveis nas situações em que o ente político enfrenta guerra externa e se sagra vencedor da batalha. Esse vencedor exigiria do perdedor o pagamento de valores como forma de ressarcimento pelos custos aplicáveis para vencer a guerra. 
- Espécie de retaliação econômica ao perdedor da guerra, objetivando coibir a reincidência
2°- Multa: Ordem que o Estado impõe à um particular, para que ele arque com uma penalidade, no caso de ter sido omissão, não ter cumprido uma ordem. 
· Prestações devidas pelo cometimento de atividades ilícitas. 
· Situações em que o sujeito realiza conduta diversa daquela esperada pela sociedade e contida em lei, ensejando punição financeira, visando não repetição. 
3°- Tributo: Compreendida como maior expressão de dever social, enquadra-se no contexto colaborativo da manutenção da máquina pública e custeio dos gastos públicos, necessários à realização de serviços e às obras sociais em prol da comunidade à qual pertence o cidadão.
Art. 173, CRFB- Fundamento de que o Estado precisa adquirir receitas 
Atenção!! A manutenção da estrutura administrativa dos entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) com vistas à realização dos gastos públicos demonstra a necessidade do ingresso de receitas aos cofres públicos.
TRIBUTO
Art. 3° do CTN- Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Prestação Pecuniária: Deverá ser pago em moeda (dinheiro), pois é a forma de facilitar o ente político na administração, isto é, o pagamento da exação será pecuniário (financeiro) “em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir”.
Prestação Compulsória e Instituída em Lei- Imposição, se não pagarmos, sofreremos uma sanção, ou seja, na relação jurídico tributária, não haverá submissão às vontades das partes (obrigações “ex voluntate”), e sim aos imperativos da lei (obrigação “ex lege”), externando que seu pagamento não depende da intenção do contribuinte, e sim do interesse da arrecadação para a administração pública. 
Para ser cobrado, deve estar previsto em lei. 
ATENÇÃO!!
· Para fins tributários, a criação dos tributos tem como regra a utilização da comum Lei Ordinária, aprovada por meio da maioria simples (art. 47 da CF);
· Comportando utilização da Medida Provisória (MP) por parte do Presidente da República quando preenchidos os requisitos da Relevância e Urgência (art. 62 da CF).
· Por ser considerado ato com força de lei, nada impede a utilização da Medida Provisória para instituição ou majoração de tributos, desde que se trate de espécie tributária criada e regida por lei ordinária e estejam presentes os requisitos emergenciais
Art. 69, CRFB- Dispõe que algumas espécies tributárias, dependem de lei complementar, isto é, considerando especificidades próprias, em quatro espécies tributárias a Constituição Federal determinou a necessidade de utilização de Lei Complementar, aprovada pelo quorum da maioria absoluta. 
Seriam: 
· Empréstimos Compulsórios (art. 148 da CF)
· Imposto Sobre Grandes Fortunas – IGF (art. 153, VII, da CF)
· Impostos Residuais (art. 154, I, da CF)
· Contribuições Sociais da Seguridade Social Residuais (art. 195, § 4º, da CF)
· Tributo não constitui sanção por ato ilícito, ou seja, ele não é uma pena/punição, é uma oportunidade de contribuir com a sociedade, auxiliando a máquina pública, ou seja, os tributos não são instituídos como forma de punir os contribuintes, mas apenas com a intenção de colaborar com a manutenção da máquina pública. As penalidades (multas) são consideradas sanções pelo cometimento de ilícitos, os tributos não.
· Tributo cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada a cobrança realizada pela administração fiscal deve ser feita de maneira vinculada, não comportando análise de conveniência ou oportunidade (discricionariedade).
FINALIDADES DO TRIBUTO
Finalidade Fiscal: observa a aplicação da carga tributária com o objetivo de arrecadação das suas receitas aos cofres públicos, ressaltando a perspectiva econômica da tributação e objetivando atingir valores para o custeio da estrutura da administração pública. A finalidadeé arrecadar.
Finalidade extrafiscal: Possibilitar o uso dos tributos como mecanismo de ingerência dos entes políticos na proteção econômica e social. É PROTEGER, tornar o produto mais competitivo, fazer com que a produção interna não seja rebaixada. 
Finalidade Parafiscal: Sentido mais processual, ou seja, ele é criado por um ente e exigido por outro ente. Competência tributária.
Caracteriza-se quando o ente competente para “criação” do tributo (competência em sentido estrito) repassa os poderes de “fiscalização, execução e arrecadação” a outro ente (capacidade tributária ativa).
Ex.: ITR- a União que institui, mas o Município é quem cobra. 
NATUREZA JURÍDICA DOS TRIBUTOS
Teoria da Tripartição: CTN- Designa que existem apenas 3 espécies tributárias (Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria), sendo definida sua natureza jurídica apenas pelo fato gerador dos tributos (aplicação do art. 4º do CTN).
· Imposto, Taxa e Contribuição de melhoria
Teoria da Pentaparticipação: CRFB- Determina que são 5 espécies tributárias (impostos, taxas, contribuições de melhoria,empréstimos compulsórios e contribuições especiais), aplicando-se na definição da natureza jurídica do tributo o fato gerador + denominação, formalidades e destino legal da arrecadação (arts. 148, 149 e 149-A da CF). 
· Imposta, Taxa, Contribuição de Melhoria, Contribuições Especiais, Empréstimos Compulsório
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
TRIBUTOS- Art. 3° CTN
· Imposto: Art. 16 CTN + Art. 145, I, CRFB
· Taxas: Art. 77 CTN + Art. 145, II, CRFB
· Contribuições de Melhoria: Art. 81, CTN + Art. 145, III, CRFB
· Empréstimo Compulsório: Art. 15 CTB + Art. 148, CRFB
· Contribuições Especiais: Art. 149 e 149-A, CRFB
TIMES
T-TAXAS
I-IMPOSTOS
M- CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
E- EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
S- CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
IMPOSTOS (Art. 146, III, a, CRFB)-
INSTITUTO- 
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL (CTN): Fato Gerador + Base de Cálculo + Contribuinte
CRFB: Necessidade de lei complementar federal, com aplicação nacional,
designar seus respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes dos Impostos (art. 146,III, “a”, da CF).
ATENÇÃO!! O Código Tributário Nacional (Lei 5.172/1966), recepcionado com status de Lei Complementar de normas gerais, designando os fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
Fato Gerador: Dos impostos como uma situação que independe de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (art. 16 do CTN).
O Fato Gerador está ligado à mera manifestação de riqueza. 
Ex.: Tem que pagar IPTU, pois tem uma casa.
Ex. 2: Tem que pagar IPVA, pois tem um carro. 
· Bases de cálculo guardam correlação com a riqueza que estaria sendo manifestada e em que quantidade.
· Contribuintes - aqueles sujeitos que manifestam direta e pessoalmente a respectiva riqueza.
ATENÇÃO!! As bases de cálculo e contribuintes dos impostos detêm relação direta com o tamanho da riqueza manifestada e por quem estaria externando-a.
IMPOSTOS FEDERAIS 
Art. 153 CRFB
Rol Exemplificativo- Art. 154 CRFB: Pois pode-se criar novos impostos, quando a União necessitar de mais renda: 
· IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
· IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
· IMPOSTO DE RENDA
· IPI 
· IOF
· ITR
· IGF
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Impostos Residuais 
· Lei Complementar: Sendo inaplicável a Medida Provisória
· Não Cumulativo: Apenas será tributado o excedente financeiro em cada operação, abatendo-se aquilo que já foi pago nas cadeias anteriores.
· Fato Gerador + Base de Cálculo Diferentes: Não será possível a realização de imposto residual sobre situações em que já exista tributação dos impostos, sob pena de implicar no “bis in idem” ou “bitributação”
Imposto Extraordinário de Guerra- IEG
· Guerra Externa ou na Iminência: Conforme determinação do art. 154, II, da CF, a União ainda deterá do poder de instituir impostos extraordinários nos casos de guerra externa ou sua iminência, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
IMPOSTOS ESTADUAIS
Art. 155, CRFB
· ITCMD: Causa Mortis- Doação
· ICMS: Circulação de Mercadorias- Serviços- Comunicação- Transporte (Municipal ou estadual)
· IPVA
IMPOSTOS MUNICIPAIS 
Art. 156 CRFB
· IPTV
· ITBI
· ISSQN
IMPOSTOS DO DISTRITO FEDERAL
Art. 147 e 155 da CRFB
· Formado por Regiões Administrativas
Competência Cumulativa, pois pode criar e cobrar impostos Municipais e Estaduais. 
Obs.: Não é estado e nem Município
Ex.: X paga IPVA, pois tem carro. 
Caiu no cofre público, pode ser destinado para qualquer lugar. 
· No imposto funciona assim. 
TAXAS 
Art. 145, II da CRFB
Art. 77 CTN
· É uma contraprestação, paga-se para ter algo em troca -Viés Contraprestacional
Fato Gerador: Taxa de Polícia e Taxa de Serviço Público.
Taxas de Serviço Público: Contraprestação em que há interesse para o serviço. 
Incide sobre contribuintes que estariam necessitando da máquina pública de forma específica e divisível, ressaltando a ideia de devolução dos valores gastos na realização de atividades apenas para eles prestadas
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
· Hierárquico
· Disciplinar
· Normativo
· Poder de Polícia: Art. 78 CTN- Necessidade de limitar as liberdades individuais em benefício da coletividade. 
· O interesse coletivo se sobrepõe ao individual. 
· Serviço Público: Direito de todos e dever do Estado. 
TAXAS DE SERVIÇO PÚBLICO
Recompensa que fazemos ao Poder Público pelo serviço prestado. 
· Recai sobre o contribuinte que estaria necessitando da máquina pública de forma específica e divisível. 
Ex.: X quer tirar o passaporte, vai à Polícia federal e paga uma taxa, este pagamento é específico, ele está pagando para ter seu próprio passaporte, sendo divisível, pois é possível determinar a pessoa que irá usufruir do passaporte. 
Ex. 2: Y tem que pagar custas processuais, esse pagamento é específico, pois serve para o processo dela, sendo, assim, divisível, pois são custas do processo dela, ela irá se beneficiar. 
· O IPTU, você tem que pagar só para ter o bem, mas não sabe a destinação específica do pagamento, não sabendo quem irá se beneficiar com este. 
· Especificidade: Seria a capacidade de identificar quais serviços públicos estariam sendo prestados. 
Ex.: Taxa de coleta de lixo, de expedição de documentos, custas judiciais.
· Divisibilidade: As pessoas que individualmente estariam usufruindo deles.
Taxa de Iluminação Pública: Súmula Vinculante 41- O STF entendeu que não poderia ser cobrado como taxa, por não ter especificidade e nem divisibilidade. 
Ex.: X mora no Rio, mas trabalha em Friburgo, quando vai à Friburgo, ele utiliza a iluminação. 
Taxa de Limpeza Pública das Vias e Logradouros Públicos: Sumula Vinculante 19- STF entendeu que é ilegal cobrar.
Taxa de Segurança Pública: Ilegal- Serviço indivisivel. Não tem como determinar quem será beneficiado, será prestado para todos indivisivelmente. 
Taxa de Pavimentação: A manutenção das vias públicas, devem ser pagas através de impostos, sendo inconstitucional a cobrança sendo uma taxa.
Taxa de Bombeiro: A SÚMULA 549 tem efeito erga omnes, desde que seja para atendimento específico e individualizado.
“A TAXA DE BOMBEIROS DO ESTADO DE PERNAMBUCO É CONSTITUCIONAL, REVOGADA A SÚMULA 274”
Taxa de Segurança Pública ≠ Taxa de Polícia (Poder de Polícia):
A primeira é um serviço de segurança pública (Polícia Federal, Civil, Militar etc.) será prestado para todos indivisivelmente, não podendo ser remunerado por meio de taxas (ADIn 1.942/PA),ou seja, é inconstitucional, pois não é possível cobrar para ter polícia na rua, ou para termos a atuação da PM ou PC.
ATENÇÃO: NÃO SE TRATA DE TAXA DE POLÍCIA, MAS SIM UMA TAXA DE SERVIÇO PÚBLICO E QUE FOI DECLARADA INCONSTITUCIONAL. 
A segunda é a necessidade de limitar as liberdades individuais em benefício da coletividade.
Serve para fiscalização de estabelecimentos, para fiscalizar a atividade. 
São taxas que pagamos para sermos fiscalizados.
Ex.: Taxa do IBAMA, Alvará do Bombeiros, fiscalização sanitária.
TAXAS: O Estado cobra de taxa aquilo que ela gastará para atender a solicitação.
	POLÍCIA
	SERVIÇOS PÚBLICOS
	Exercício do Poder de Polícia do Estado
	Contraprestação em serviços específicos e divisíveis 
	Art. 78 do CTN
	
Base de cálculo: Corresponderá ao valor necessário nessa devolução de custos à administração pública.
Art. 145, §2°,CRFB e Art. 77, § ú, CTN- Dependerá do custo do serviço, não tendo um valor fixo. 
≠
Impostos: Tributo obrigatório cobrado pelo Poder Público.
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXA- A Competência é Comum, pois é um valor cobrado para restituir os gastos exercidos para atender uma solicitação específica.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
· A instituição da Contribuição de Melhoria tem como fato gerador a realização de obras públicas que ocasionam valorização nos imóveis dos contribuintes.
Art. 81 do CTN- VIP: Valorização Imobiliária decorrente de obra Pública
A competência é comum, pois pode ser cobrada por União, estados, DF e Municípios, isto é, todos que realizarem uma obra pública e desta gere uma valorização, poderão cobrar. 
Ex.: X tem uma casa afastada na roça que vale 100 mil, o Estado decide contribuir uma BR, começa a ter sinal, internet, isto valoriza o imóvel de X e ele dobra o valor, vai para 200 mil, logo, será possível a tributação. 
Sendo a base de cálculo em cima de 100 mil, que seria o valor da valorização. 
Base de cálculo da contribuição de melhoria: Será alcançada mediante a análise do valor do imóvel antes da realização da obra em confronto com o preço atual. 
Trata-se da diferença acrescida no respectivo imóvel, após a realização da obra pública.
LIMITES TOTAL E INDIVIDUAL
Limite Total: O ente político, realizador da obra, não poderá arrecadar, a título de contribuição de melhoria, mais que aquilo gasto no total da sua atividade.
Ex.: Gastou 1 milhão, deverá arrecadar 1 milhão
Limite Individual: A cobrança da contribuição será realizada de forma proporcional à valorização que cada imóvel obteve individualmente.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIOS 
· Forma do Governo emprestar dinheiro do povo. 
Competência exclusiva da União- Art. 148 da CRFB 
O empréstimo deve ter finalidade específica, ou seja, a destinação do empréstimo deve atender a uma finalidade/fim específico. 
Ex.: Se o Brasil entrar em guerra contra a Argentina, o valor só poderá ser destinado para a guerra contra a Argentina. 
Cabimento 
- Somente para casos excepcionais 
1. Para pagar Despesas Extraordinárias 
2. Situação de Calamidade Pública: Casos fortuitos ou de força maior (enchentes, maremotos, terremotos etc.), atrelados a imprevisíveis eventos naturais ou de atuação humana)
3. Caso de Guerra Externa ou sua iminência: conflitos bélicos na esfera internacional, tendo na União nossa primeira fonte de proteção. Para essa autorização não será necessário o efetivo início da guerra, bastando a sua iminência;
4. Investimento Público: A autorização para instituição nessa modalidade seria o caráter urgente e de relevante interesse nacional do investimento
· Haverá a posterior devolução da arrecadação para quem custeou, deve haver uma data prevendo na própria lei que o instituir. 
· Devem ser devolvidos pela União aos contribuintes, tratando-se de mero empréstimo forçado que não perde a natureza jurídica de tributo.
Art. 15 do CTN
Art. 62, § 1º, III, da CRFB
· É necessário edição de lei complementar, devendo ser aprovada por maioria absoluta.
· Não pode ser instituído por MP
· Os valores arrecadados com essa espécie tributária já estariam previamente vinculados para as despesas que fundamentaram sua instituição (arrecadação vinculada).
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS - Art. 6, CRFB
· Sociais: 
· Seguridade Social - Art. 195, CRFB
· Seguridade Social Residual - Art. 195, §4°, CRFB
· Sociais Genéricas - Art. 212, §5°, CRFB
· O financiamento dessas atividades sociais será realizado por meio de recursos próprios dos entes políticos, alcançados com receitas tributárias ou não. Entre as receitas tributárias, encontraremos as contribuições sociais.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DA SEGURIDADE SOCIAL
Previdência
Assistência
Saúde
 Lei 8.212/91
Princípio da Solidariedade: Art. 195 da Constituição Federal, determinando, em início, o dever de toda sociedade na participação com a utilização de recursos, direta ou indiretamente, dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
· As contribuições sociais da seguridade social servem, portanto, como espécie tributária criada com a finalidade de arrecadar recursos para manutenção dos específicos direitos sociais da previdência, assistência e saúde.
Fontes de custeio
· Empregador, empresa ou entidade equiparada (art. 195, I, da CF);
· Trabalhador e demais segurados (art. 195, II, da CF);
· Concurso de prognósticos (art. 195, III, da CF); - Loterias, sorteios da CEF
· Importador (art. 195, IV, da CF)
As fontes de custeio da Seguridade Social (P.A.S.) podem ganhar ampliação para inclusão de outras, ou seja, ampliar o alcance daquelas já previstas nos incisos do art. 195 da CF. Com efeito, o § 4º desse mesmo dispositivo determina que “a lei poderá instituir outras fonte destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I”.
A Carta Magna não descartou a possibilidade de novos impostos serem criados (Impostos Residuais), além daqueles já existentes, entregando à União o poder para lhes instituírem, desde que preenchesse específicos requisitos, quais sejam: Lei Complementar; Base de Cálculo e Fato Geradores diferentes, bem como o respeito à sistemática da não cumulatividade
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RESIDUAIS 
· Necessidade de ser editada por meio de Lei Complementar
· Não pode ser cumulativo
· Fatos geradores + base de cálculo diferenciado
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GENÉRICAS
Os direitos sociais têm previsão no texto da própria Constituição Federal e expressam a máxima de proteção estatal ao cidadão. A utilização de contribuições sociais genéricas, também denominadas pela doutrina e jurisprudência como “contribuições gerais”, objetiva exatamente arrecadar recursos para serem empregados nas demais áreas sociais não contempladas pela seguridade social.
1 – Salário educação: Contribuição destinada a arrecadar recursos para fomento da educação pública
2 – Serviços sociais autônomos: Contribuição instituída para reforçar o direito social do trabalho, incidindo para manutenção de instituições destinadas à qualificação profissional, tais como Sesc, Senai, Senac, Sesi.
CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO- CIDE
· Finalidade extrafiscal 
· Visa a proteção social e econômica, respeitar os princípios. 
- Competência exclusiva da União e utilizada como mecanismo de sua intervenção na área econômica e social, incentivando ou reprimindo alguns setores importantes para a política nacional, por meio de instrumentos de regulamentação e fiscalização tributários.
Art. 149 da CRFB
- Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação
- Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços (inciso II)
CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS 
Finalidade parafiscal: obtêm, na União, o competente ente para sua instituição, relacionando-se ao “interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas” (art. 149 da CF).
Duas as modalidades de contribuições corporativas:
1- Contribuição Sindical: Tomando por base a necessidade de manutenção dos sindicatos de trabalhadores,atuando de forma protetiva e fiscalizadora para melhorias na relação laboral, a parte final do inciso IV do art. 8º da CF designa contribuição prevista em lei.
2- Contribuição Anuidade: Seguindo semelhante linha de pensamento, as Contribuições Anuidades serão instituídas como forma de arrecadar receitas para manutenção das entidades de representação e fiscalização de profissões regulamentadas. (CRM, CRMV CREA, CRECI, dentre outros).
Atenção!! Segundo entendimento esposado pelo STF, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é considerada “Autarquia sui generis”, de modo que os valores pagos a título de anuidades NÃO têm natureza tributária (ADI 3.026/DF).
CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA – COSIP
Súmula 41 do STF- A iluminação Pública não pode ser cobrada como se taxa fosse.
Emenda Constitucional 39/2002: A competência para a instituição dessa Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) será dos Municípios e também do Distrito Federal (face não ser dividido em municípios – art. 32 da CF), instituindo-lhes por leis locais com observância do princípio da legalidade e segurança jurídica.
CLASSIFICAÇÃO SOBRE OS TRIBUTOS
TRIBUTO
· Natureza Vinculada: Quando União, Estados, Distrito Federal e Municípios necessitarem realizar algo para o contribuinte em troca do pagamento da exação.
Ex.: Taxas processuais, tem uma contraprestação
· Natureza não vinculada: Quando para sua instituição e cobrança, tais entes políticos não necessitam realizar contraprestação ao contribuinte.
· Reais: a tributação apenas analisará objetos (bens) sem a verificação das pessoa envolvidas. 
Ex.: ISS, Taxas, Contribuição de Melhoria, dentre outros.
Ex.2: IPVA- não importa quem é a pessoa, analisa-se o carro que a pessoa tem.
· Pessoais: levam em consideração aspectos subjetivos para determinar sua incidência, ou seja, observa as “pessoas” por trás da tributação.
Ex.: IR- analisa-se a pessoa, quanto ela ganha, quem ela é, se tem alguma imunidade
· Seletivos: A seletividade analisará a incidência do tributo segundo a essencialidade de bens e serviços ao ser humano. Sua aplicação será diferenciada de modo a incidir com maior rigor sobre aqueles produtos considerados não essenciais e de forma mais branda sobre os de primeira necessidade (produtos da cesta básica).
Ex.: Bebidas alcoólicas e cigarros.
· Proporcionais: A proporcionalidade se caracteriza pela variação apenas da Base de Cálculo do tributo sobre uma alíquota padrão e invariável. Em outros termos, sua aplicação ocorrerá proporcionalmente à riqueza manifestada, determinando seu valor apenas pela variação da base de cálculo.
Ex.: IPVA, quanto mais caro o veículo, mais caro será o IPVA- Considera o valor do bem
· Progressivos: Encontraremos a variação da alíquota, seguindo a variação da base de cálculo. Ou seja, na medida em que se aumentar a base de cálculo, também aumentará a alíquota.
Ex.: Quanto mais rico, mais caro pagará
ARRECADAÇÃO
· Natureza Vinculada: Quando os valores arrecadados já estiverem previamente designados para uma específica despesa, ou seja, não poderá ser realizado desvio dos valores alcançados para custear algo diverso daquilo previamente determinado
Ex.: Empréstimos compulsórios
· Natureza não vinculada: O poder público estaria livre para aplicar as receitas alcançadas em diversas despesas públicas que entenda necessárias ao atual momento político e/ou social
Ex.: Impostos
FINALIDADE
· Fiscal: Finalidade arrecadatória, ou seja, tributo poderá ser instituído prioritariamente com a finalidade de arrecadar, sendo explícito. 
Ex.: Imposto de renda
· Extrafiscal: Em algumas situações a carga tributária será utilizada com o objetivo maior de proteger os setores econômicos e sociais, intervindo para incentivar ou refrear, atuando com o fim extrafiscal
Ex.: Imposto de importação, é criado não com o intuito de arrecadar, e sim tornar o preço do que importa mais caro, para desestimular a compra no exterior e comprar nacionalmente. 
· Parafiscal: vai se caracterizar quando ocorrer a separação entre a figura responsável pela criação do tributo (competência em sentido estrito) e o detentor das atribuições de fiscalizar, executar e arrecadar a exação (capacidade tributária ativa).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
É vedado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I, da CF)
PRINCÍPIO DA ISONOMIA
O art. 150, II, da Carta Magna externa regra de proibição quanto a União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituírem tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
** PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
 Relaciona-se com o desdobramento de três específicas regras em favor dos contribuintes, quais sejam: a Irretroatividade, a Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal.
Irretroatividade: O art. 150, III, a, da CF, que será vedado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Anterioridade Anual: Determina proibição aos entes políticos quanto a instituição ou aumento de tributo e exigência no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a respectiva lei (art. 150, III, “b”, da CF). A vedação visa impedir que União, Estados, Distrito federal e Municípios realizem a criação ou majoração de tributo e passem a lhes exigir dentro do mesmo ano de publicação da respectiva lei.
Anterioridade Nonagesimal: A regra da anterioridade nonagesimal, também denominada de noventena ou anterioridade mitigada, determina que União, Estados, Distrito Federal e Municípios não poderão exigir criação ou aumento de tributo antes de transcorrido noventa dias da data em que tenha sido publicada a respectiva lei instituidora (art. 150, III, “c”, da CF).
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
· Limitações ao poder de tributar
· Art. 114, CTN
Hipótese de Incidência (HI): também denominada de fato gerador abstrato, consiste na previsão legal e abstrata de situações eleitas como tributáveis em nossa sociedade.
· Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência
Não Incidência Tributária Simples ou Pura: Equivalem a todos os casos da vida que não foram eleitos como tributáveis. Situações do cotidiano que não autorizam o poder público instituir e cobrar tributos.
Não Incidência pelo Não Exercício da Competência Tributária: Se caracteriza quando o ente político, detendo competência para tributar determinada situação, não há exerce.
· A não incidência pelas imunidades tributárias, tratam-se de delimitações do campo de competência tributária, elencadas na própria Constituição Federal e que afasta o poder de tributar concedido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios sobre alguns sujeitos e/ou objetos.
Existências de Genéricas Imunidades dos Impostos- Art. 150, VI, CRFB
· Imunidade recíproca (alínea “a”): Forma de afastar a incidência de Impostos sobre o patrimônio, renda e serviços da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 150, VI, “a”, da CF), vez o imposto é destinado para eles. 
· 
· Imunidade religiosa (alínea “b”): Art. 19, I da CRFB- O Estado é laico. Uma das formas de separar o Estado da religião e não intervir na manutenção e administração delas seria exatamente afastá-las do campo obrigacional em pagar impostos, não obstante poder exigir o pagamento de outras exações.
· Para retirar o poder dos entes políticos em realizar a cobrança de impostos sobre os templos de qualquer culto.
· O STF se posicionou no sentido de que culto ao satanismo não tem imunidade religiosa. 
· 
· Imunidade de instituições (alínea “c”): Desonerações de impostos sobre os Partidos Políticos, Fundações dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos Trabalhadores, Entidades de Educação e Assistência social sem fins lucrativos.
· 
· Imunidade cultural (alínea “d”): Também denominada doutrinariamentecomo imunidade de imprensa, tem por regra retirar a incidência de impostos sobre os livros, jornais periódicos e o papel destinado à sua impressão (art. 150, VI, “d”, da CF).
· 
· Imunidade sobre obras musicais nacionais (alínea “e”): Inovação introduzida pela Emenda Constitucional 75/2013 ao acrescentar a alínea “e” no inciso VI do art. 150 da CF, designando a proibição na cobrança de impostos sobre os fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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