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Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * MOEDA Bibliografia Manual de Macro (Manual), cap. 2 Simonsen & Cysne (S&C), cap. 1 Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Agenda História da Moeda Funções da Moeda Oferta de Moeda Processo de criação de moeda pelos bancos comerciais Demanda de Moeda Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda A moeda é o ativo mais líquido da economia utilizado para liquidar transações. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. História da Moeda Ao longo do tempo várias mercadorias foram utilizadas como moeda: Animais Alimentos (sal) Pedras As mercadorias utilizadas por mais tempo foram os metais Ouro e prata Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Atributos desejados na moeda São atributos desejados na moeda Durabilidade Aceitabilidade Disponibilidade Os metais preciosos atenderam, durante muito tempo, a esses atributos Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Funções da Moeda Uma moeda deve atender às seguintes funções: Meio de troca Unidade de conta Reserva de valor Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Meio de troca Intermediário nas trocas Evita a troca direta e a dupla coincidência de desejos (escambo) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Unidade de conta Com a ampla aceitação da moeda todos passam a referenciar o valor relativo apenas em relação à moeda Reduz custos de transação Em uma economia de escambo, se existem n bens, existem n(n-1) preços relativos – cada bem em relação a todos os demais Com a moeda existem apenas n-1 preços, sendo que o preço da moeda é sempre 1. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Reserva de valor Característica das trocas indiretas, com a moeda não se obriga a adquirir imediatamente outros produtos O valor pode ficar “depositado” na forma de moeda para troca futura Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Oferta de Moeda Banco Central Papel moeda emitido Bancos Comerciais Criam moeda a partir de empréstimos bancários Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. História da Moeda A complexidade das transações motivou, ao longo do tempo, o surgimento de bancas de depósitos Locais em que os recursos eram depositados para se evitar perda, roubo e para facilitar o comércio. Em troca eram emitidos certificados de depósitos. Esses certificados eram lastreados nos recursos depositados nessas bancas (moeda-papel) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. História da Moeda Com o passar do tempo, os donos das bancas perceberam que parte dos recursos não eram sacados e que os certificados de depósitos eram amplamente utilizados no lugar desses metais. Passaram então a emitir mais certificados do que tinham de lastro efetivamente depositados Moeda fiduciária (papel-moeda) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda na Ilha de Yap Yap é uma pequena ilha no Pacífico que durante algum tempo teve um tipo de moeda bastante curiosa. Para realizar suas trocas eles utilizavam o rahi (ou fei), pedras cujo tamanho podia chegar a 3 metros de diâmetro ou mais. Quanto maior a pedra, mais rico e importante o seu proprietário. Transportar essas pedras não algo muito fácil e os habitantes da Ilha aceitavam que a sua propriedade fosse transferida, em transações comerciais, sem que as pedras tivessem que necessariamente sair dos lugares em que se encontravam. Certa vez um incidente (uma tempestade?) atirou um valioso rahi ao mar. Todos concor- daram que o dono o perdera por acidente e não por negligência, de modo que a propriedade sobre a pedra ainda era válida. Após muitos anos, quando não havia mais nenhuma pessoa viva que tivesse visto a pedra, o direito sobre a mesma ainda era aceito nas transações. Adaptado de N. Gregory Mankiw, Macroeconomia. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda Agregados Monetários no Brasil M1: papel moeda em poder do público + depósitos à vista M2: M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias M3: M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no SELIC M4: M3 + títulos públicos de alta liquidez Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Agregados Monetários M1 = PMPP + DV* Os depósitos à vista incluem: Depósitos do Setor Privado; Depósitos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais; Depósitos de Empresas Federais, Estaduais e Municipais; Depósitos de instituições financeiras não sujeitas a recolhimento compulsório; Depósitos de domiciliados no exterior; Cheques de Viagem; Cheques Marcados; Cheques-salário; Saldos credores em contas de empréstimo e financiamento e Obrigações por prestação de serviço de pagamento. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Agregados Monetários M2 = M1 + DER + DI + Ted + DP DER = Depósitos Especiais Remunerados; DP= Depósitos em Poupança(*); Ted= Títulos emitidos por instituições depositárias - incluem os Depósitos de Reaplicação Automática, Depósitos a prazo, Letras de Câmbio, Letras Imobiliárias e Letras Hipotecárias. Inclui também os títulos em poder dos fundos de renda fixa, dos fundos de aplicação financeira, dos fundos de investimentos financeiros de curto prazo, dos fundos de renda fixa de curto prazo, dos fundos de commodities. Desconsidera os títulos sob custódia das instituições financeiras e DI = Depósitos para Investimento (*) Os Depósitos de Poupança incluem: Poupanças Livres; Poupanças Pecúlio; Poupanças de instituições do sistema financeiro; Poupanças Programadas; Poupanças - Valores Múltiplos; Poupanças Vinculadas e Poupanças Especiais. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Agregados Monetários M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa (*) + Operações Compromissadas registradas no Selic Quotas de fundos de renda fixa = Patrimônio Líquido Ajustado, excluídas as Aplicações do SFN em quotas de Fundos de Investimento e os títulos emitidos por instituições financeiras, integrantes da carteira dos fundos de investimento; (*) Considerando-se fundos de renda fixa os supervisionados pela Comissão de Valores Mobiliários, que nessa condição estão obrigados a encaminhar demonstrativos contábeis baseados no Cosif. Atualmente correspondem aos Fundos de Investimento Financeiro (FIF), dos quais se excluem os recursos de propriedade do governo central no levantamento dos agregados monetários. Os fundos de renda variável e os fundos de pensão não são considerados emissores de liquidez e multiplicadores de crédito, sendo classificados portanto entre os agentes não depositários. Operações Compromissadas registradas no Selic = posição líquida de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), decorrentes de financiamentos em operações compromissadas. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Agregados Monetários M4 = TF + TEM TF= Títulos Federais - incluem Títulos do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional em poder do público; TEM = TEM = Títulos Estaduais e Municipais em poder do público. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Sistema Financeiro Nacional Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Conselho Monetário Nacional (CMN) O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. Órgão Regulador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Banco Central do Brasil (Bacen) O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Entidade Supervisiora Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Banco Central do Brasil (Bacen) Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Entidade Supervisora Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Instituições financeiras captadoras de depósito à vista Bancos Múltiplos com carteira comercial Instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Instituições financeiras captadoras de depósito à vista Bancos Comerciais Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Instituições financeiras captadoras de depósito à vista Caixa Econômica Federal A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Instituições financeiras captadoras de depósito à vista Cooperativas de crédito As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses de outras instituições financeiras e realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, que prestam serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que prestam serviços a centrais e suas filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao sistema financeiro: a Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 27 de maio de 2010, que disciplina sua constituição e funcionamento. As regras prudenciais são mais estritas para as cooperativas cujo quadro social é mais heterogêneo, como as cooperativas de livre admissão. Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Demais Instituições Financeiras Agências de Fomento Associações de Poupança e Empréstimo Bancos de Câmbio Bancos de Desenvolvimento Bancos de Investimento Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Companhias Hipotecárias Cooperativas Centrais de Crédito Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento Sociedades de Crédito Imobiliário Sociedades de Crédito ao Microempreendedor Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Outras operadores financeiros supervisionados pelo Bacen Bancos de Câmbio Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. A comissão de Valores Mobiliários (CVM) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Entidade Supervisora Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Entidades operadoras de valores mobiliários Bolsas de mercadorias e futuros As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. Bolsas de valores As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000). Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). Órgãos Reguladores Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Entidade Supervisora Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Entidades operadoras de seguros Resseguradoras Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é empresa resseguradora vinculada ao Ministério da Fazenda. Sociedades seguradoras Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido. Sociedades de capitalização Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Entidades abertas de previdência complementar Entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). Órgãos Reguladores Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. Entidade Supervisora Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Entidades operadoras de previdência complementar subordinas a PREVIC Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Operador Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Funções clássicas do Banco Central Banco dos bancos Depositários das reservas internacionais do país Banqueiro do governo (Tesouro Nacional) Emissor de papel-moeda Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Banco dos Bancos É responsabilidade do Banco Central zelar pela estabilidade do sistema financeiro nacional Ele é o emprestador de última instância Em momentos de crise, deve assegurar a liquidez do sistema financeiro nacional Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Depositário das Reservas internacionais do país As reservas do país são ativos do Banco Central Possibilitam que o BC faça intervenções no mercado de câmbio Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Banco do Governo Recebe Depósitos do Tesouro Nacional Realiza empréstimos ao Tesouro Carrega títulos públicos em seu ativo Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Banco emissor Responsável por controlar o papel-moeda emitido Assegurar a estabilidade do valor da moeda Política de controle da inflação (política monetária) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Instrumentos de controle monetário Reservas compulsórias Política de redesconto Open-market Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Reservas Compulsórias Regula a capacidade dos bancos comerciais emitirem moeda escritural (empréstimos) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Redesconto Existem duas operações de redesconto no Brasil: redescontos de liquidez operação eventual, para cobrir o caixa de bancos com problemas momentâneos de liquidez. Por exemplo, caso um banco se programe para um volume de saque líquido de menor que o verificado para que as operações deste banco sejam honradas, o BACEN (Banco Central) empresta o valor necessário a este banco, cobrando uma taxa de juros superior à taxa média cobrada no mercado financeiro. redescontos especiais. refinanciamentos de operações específicas, previstas por lei como financiamentos de produtos agrícolas, à exportação de manufaturados etc. Quanto ao empréstimo de liquidez, trata-se de uma Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Open-Market Principal instrumento de política monetária Compra e venda de títulos públicos para regular a oferta de moeda – via taxa de juros Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Mercado de títulos Preço dos títulos Quantidade de títulos Oferta Demanda Vamos supor que a Oferta e a Demanda privadas produzam um excesso de oferta. P* O Governo intervém, comprando títulos, para aumentar o preço de mercado. Demanda + Demanda do Governo Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Relação entre preço do título e a taxa de juros Suponha um título de renda fixa LTN que no vencimento pagará ao seu portador R$ 1.000,00 Esse título é vendido hoje por um deságio Por exemplo, R$ 780,00 O juro que o comprador auferirá é a diferença Juro = 1.000 – 780 = 220 Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Relação entre preço do título e a taxa de juros A taxa de juro é obtida dividindo o juro pelo valor de aquisição Taxa de juro = 220 / 780 = 28,2% Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Relação entre preço do título e a taxa de juros Suponha que o preço do título suba para R$ 850. Agora o juro é Juro = 1.000 – 850 = 150 E a taxa de juro Taxa de juro = 150 / 850 = 17,6% Portanto, quando o preço do título sobe, a taxa de juro cai Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Open-Market Assim, quando o BC compra título no mercado aberto, ele coloca mais moeda em circulação, o preço do título sobe a taxa de juro cai. O contrário ocorre quanto o BC vende título. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Conceitos Importantes Papel Moeda Emitido (PME): todo papel-moeda impresso por ordem do Banco Central Papel Moeda em Circulação (PMC): todo papel-moeda que sai do Caixa do Banco Central para os bancos comerciais PMC = PME – Caixa do Banco Central No Brasil, o Caixa do Banco Central = 0, logo PMC=PME Papel Moeda em Poder do Público (PMPP): todo papel-moeda em poder de agentes não bancários PMPP = PMC – caixa dos bancos comerciais Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Conceitos Importantes Reservas Bancárias (R) Caixa (R1): moeda corrente guardada nos próprios bancos para compensar excessos de pagamentos sobre recebimentos. Voluntárias (R2): depósitos no Banco Central para atender excessos de pagamentos sobre recebimentos nos sistemas de compensação. Compulsórias (R3): encaixes recolhidos por determinação legal, como proporção dos depósitos à vista. Servem, dentre outras coisas, para garantir a segurança do sistema financeiro. R = R1 + R2 + R3 Base Monetária (BM): passivo da autoridade monetária junto ao público e aos bancos comerciais. BM = PMPP + R Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Balancete do Banco Central Podemos decompor o passivo do BC em: Passivo Monetário: PMPP e reservas dos bancos comerciais. Corresponde à Base Monetária (BM). Passivo Não-Monetário: as demais contas do passivo. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Balancete do Banco Central Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Balancete do Banco Central Expansão e contração da BM: aumento do ativo, não compensado por uma elevação do passivo não-monetário das autoridades monetárias => ampliação da BM; queda do passivo não-monetário, não acompanhada pela redução do ativo também aumenta BM. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Balancete do Banco Central Exs. de ampliação da BM: Ampliação das reservas internacionais Compra de títulos públicos pelo BC Empréstimos ao TN, bancos comerciais etc. Redução dos depósitos do TN Exs. de contração da BM: Redução das reservas internacionais Venda de títulos públicos Recebimentos de empréstimos do TN, bancos comerciais etc. Aumento dos depósitos do TN Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Balancete dos Bancos Comerciais Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Criação e destruição de moeda A criação de meios de pagamento corresponde à diferença entre a variação nas operações ativas do sistema monetário e a variação nos recursos não monetários junto ao resto da economia. Um aumento nas operações ativas não compensadas por um crescimento dos recursos não monetários ou não acompanhadas por uma redução das operações ativas implica em ampliação de M1. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Criação e destruição de moeda Exemplos Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamentos. Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque de meios de pagamento. Quando um indivíduo transfere recursos da conta corrente para a caderneta de poupança, há destruição de meios de pagamento. A realização de operações de mercado aberto, em que o Banco Central vende títulos governamentais, provoca um aumento da demanda por moeda. Déficits orçamentários do Tesouro financiados por meio de empréstimos junto ao Banco Central aumentam a base monetária. Falso. Aumenta ativo não compensado por redução no passivo não-monetário. Verdadeiro. Troca de posição entra bancos, não altera o consolidado bancário. Verdadeiro. Reduz DV. Falso. Por enquanto, dá para saber que o BC reduz a oferta de moeda. A quantidade de equilíbrio será menor (inclusive a demanda). Verdadeiro. Aumenta o ativo não-compensado por variação no passivo não-monetário. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Criação e destruição de moeda Outros Exemplos aumento nas reservas internacionais do país. resgate de depósitos a prazo no sistema bancário. depósitos de caderneta de poupança. resgate de depósitos de poupança para a aquisição de CDBs. resgate de depósitos de poupança para a aquisição de ações na Bolsa de Valores. superávit fiscal. compra de títulos do TN pelo BC. venda de letras do BC. aumento dos empréstimos de assistência a liquidez do BC. desconto de duplicata. saque de um cheque no caixa. Amplia BM e M1(amplia passivo do BC); Amplia M1 (reduz o passivo não monetário dos bancos) Reduz M1; Não impacta M1; Amplia M1 Reduz BM e M1; Amplia BM e M1; Reduz BM e M1 Aumenta BM e M1; Amplia M1; Não altera M1. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Processo de criação de moeda pelos bancos Suponha uma economia em que as pessoas não mantenham moeda na forma de papel moeda, depositando na conta-corrente (depósito à vista) todos os seus recursos. Os bancos comerciais emprestam parte desses recursos pois sabem que nem todas as pessoas irão resgatá-los. Suponha que os bancos mantenham 10% consigo por precaução e emprestem o restante. Agora, considerem que o Banco Central emita $100 e coloque à disposição das pessoas. O que acontece? Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Processo de criação de moeda pelos bancos Os $100 serão integralmente depositados pelas pessoas em suas conta-correntes. Desses $100, os bancos comerciais emprestarão $90, retendo $10 na forma de reservas. Os $90 tomados emprestados pelas pessoas serão depositados em suas conta-correntes (possivelmente em outros bancos comerciais). Desses $90, os bancos vão reter $9 como reservas e emprestarão $81. Esses $81 serão depositados, e emprestados ... Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Processo de criação de moeda pelos bancos Ao final desse processo, haverá um total de $1000 na economia $100 emitidos pelo Banco Central $900 “emitidos” pelos bancos comerciais na forma de empréstimos Nesse caso, há um multiplicado de base monetária igual a 10. Para cada $1 de BM gera-se $10 de M1. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Pode-se definir o multiplicador bancário ou multiplicador da base monetária como m = M1 / BM Ou seja, M1 = m * BM Mas, o que determina m? Processo de criação de moeda pelos bancos Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Defina c = PMPP / M1 A proporção de M1 que o público guarda consigo na forma de papel-moeda d = DV / M1 A proporção dos meios de pagamento que o público mantém como depósito à vista (DV) Processo de criação de moeda pelos bancos Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Da definição de M1 M1 = PMPP + DV M1 = cM1 + dM1 1 = c + d c = 1 – d ou d = 1 - c Processo de criação de moeda pelos bancos Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Defina r = R / DV A proporção dos depósitos à vista que os bancos mantém na forma de reservas f = PMPP / DV Montante de M1 que o público guarda consigo na forma de papel-moeda em relação ao montante de meios de pagamento na forma de depósitos à vista (DV) Processo de criação de moeda pelos bancos Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Então Processo de criação de moeda pelos bancos BM = PMPP + R PMPP = cM1; R = rDV c = 1 – d; DV = rM1 Simonsen Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Ou... Processo de criação de moeda pelos bancos BM = PMPP + R c = PMPP/M1 d = DV/M1 = 1-c Blanchard Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Ou... Processo de criação de moeda pelos bancos BM = PMPP + R M1 = PMPP+DV f = PMPP/DV; r = R/DV Mankiw Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Processo de criação de moeda pelos bancos Em palavras, a capacidade dos bancos emitirem moeda depende: Do montante de recursos que as pessoas desejam manter sob a forma de moeda física e sob a forma de moeda escritural (depósitos à vista) Do montante de recursos mantidos pelas instituições sob a forma de reservas voluntárias (caixa e reservas voluntárias junto ao BC) Do montante de recursos mantidos sob a forma de reservas compulsórias determinado pelo BC Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Demanda por moeda Os agentes retêm moeda consigo por dois motivos Transação Portfólio Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Motivo transação A moeda é meio de troca Reter moeda facilita as transações de trocas habituais Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Motivo portfólio A moeda é um ativo financeiro alternativa a títulos e ações Em momentos de crise, por exemplo, reter moeda pode reduzir prejuízo Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Determinantes da Demanda por moeda Número de transações Renda, pois quanto maior a renda maior tende a ser o número de transações Taxa de juros A taxa de juros é o custo de oportunidade de reter moeda, tendo em vista que moeda não rende juros Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Equação quantitativa da moeda A equação quantitativa da moeda fornece uma relação entre a quantidade de moeda e o valor total de transações realizadas MV = PT M = quantidade de moeda V = velocidade de circulação da moeda P = nível geral de preços T = número de transações Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Equação quantitativa da moeda Essa equação é mais conhecida na forma MV = PY M = quantidade de moeda V = velocidade de circulação da moeda P = nível geral de preços Y = PIB real V representa a velocidade-renda da moeda (número de giros da moeda criando renda num dado período) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Equação quantitativa da moeda Reajeitando essa equação M / P = Y / V Definindo k = 1 / V Coeficiente marshalliano ou coeficiente de Cambridge Então M / P = kY Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Teoria quantitativa da moeda A teoria quantitativa da moeda assume que k é relativamente constante A constância em k depende de: Intervalos de recebimentos dos agentes (anual, mensal, quinzenal, semana etc.) Grau de desenvolvimento do sistema financeiro Grau de verticalização da economia Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Intervalos de recebimento Suponha que a economia seja composta por um conjunto de empresas homogêneas, que empregam apenas o trabalho para produzir um produto Suponha também que os salários sejam pagos mensalmente, em uma mesma data, acumulando o saldo da venda de seus produtos ao longo do mês Na outra ponta, os agentes recebem seus salários em uma data fixa no mês, gastando-o ao longo do mês. O fluxo de caixa das empresas será o inverso do fluxo de caixa dos trabalhadores Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Intervalos de recebimento Por exemplo: Considere o caso de um conjunto de indivíduos que receba $300 por mês e gaste o salário de forma linear ao longo do mês Nesse caso, no dia do recebimento, os indivíduos estarão com $300 e o caixa da empresa estará com $0 Os saldos dos indivíduos diminuem 1/30 por dia, enquanto o das empresas aumenta na mesma proporção Na véspera do recebimento, os indivíduos gastam a última parcela de seus salários e a empresas acumulam o suficiente para remunerá-los no dia seguinte. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Esquema de recebimento mensal 300 150 Nessas condições, o saldo médio dos indivíduos e das empresas será de $150, e, portanto, a velocidade-renda da moeda é igual a 2.. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Intervalos de recebimento Suponha que as empresas decidam pagar os trabalhadores quinzenalmente. Os mesmos mantém o mesmo padrão de gastos diários, o que significa agora 1/15 da sua renda quinzenal por dia Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Esquema de recebimento mensal 150 75 Nessas condições, o saldo médio dos indivíduos e das empresas será de $75, e, portanto, a velocidade-renda da moeda é igual a 4.. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Intervalo de recebimento Portanto, a velocidade-renda da moeda é inversamente relacionada ao intervalo de recebimentos e o saldo monetário está diretamente relacionado a ele. Quanto menor o intervalor, menor o saldo monetário. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Desenvolvimento do sistema bancário O desenvolvimento do sistema bancário amplia a velocidade de circulação da moeda Possibilita que os agentes mantenham seus recursos na forma de ativos não monetários (aplicações financeiras) e rapidamente os transformem em ativos monetários, em caso de necessidade Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Grau de verticalização da economia Quanto mais verticalizadas as empresas, maior o número de transações liquidadas por transferências contábeis, que não envolvem numerário Nesse caso, quanto mais verticalizadas as empresas, menor o coeficiente marshaliano (menor a demanda por moeda). Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Taxa de juros e demanda por moeda A taxa de juros representa o custo de oportunidade de reter moeda Quanto maior a taxa de juro, mais vantajoso é reter menos moeda. Para taxas de juros muito baixas, o custo de reter moeda é menor Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Modelo Tobin-Baumol de demanda por moeda Qual o encaixe ótimo de moeda pelos agentes não bancários? Suponha o seguinte problema do agente: Ele pode ficar com toda a moeda que recebe para realizar compras, mas perde juros por não aplicá-lo Mas pode decidir aplicar seus recursos, mas terá menos para realizar compras Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Modelo Tobin-Baumol de demanda por moeda Suponha que uma família tenha uma renda nominal, PY, por período (um mês) Essa renda é automaticamente depositada em uma conta que rende juros Para realizar compras, as famílias precisam sacar os recursos dessa conta remunerada Há um custo fixo, Pb, em cada saque (b é o custo real) Esse custos pode representar o tempo perdido em ir ao banco para realizar o saque (custo de sola de sapato) Problema da família: decidir quantas vezes ir ao banco e quanto vai retirar a cada vez. Como os gastos são constantes, vamos assumir que elas decidam retirar sempre a mesma quantia (M*) a cada mês Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Modelo Tobin-Baumol de demanda por moeda Esse problema é similar ao dos empregados e das empresas visto anteriormente Naquela situação, os encaixes médio de moeda (demanda por moeda) eram sempre metade das transações totais, ou seja, M*/2 O custo da moeda, nessa situação, vai depender Do custo de ida ao banco, Pb Do número de vezes que as famílias vão ao banco, PY/M* Do custo de oportunidade de reter moeda, i(M*/2) Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Modelo Tobin-Baumol de demanda por moeda O custo total de ida ao banco é, portanto CT = Pb(PY/M*) + i(M*/2) A família precisa escolher o tamanho de M* Quanto maior, menos vezes irá ao banco Mas perderá mais rendimento Este problema minimizando a função custo total em relação a M* d CT / d M* = 0 - Pb(PY/M*2) + i/2 = 0 M* = P (2bY/i)1/2 M*/P = (2bY/i)1/2 Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Modelo Tobin-Baumol de demanda por moeda Ou seja, a demanda real por moeda depende Do custo real de ida ao banco Quanto maior o custo, maior a demanda por moeda Da renda Quanto maior a renda, maior a demanda por moeda Da taxa de juros Quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Mercado monetário Taxa de juros i Saldos reais de moeda (M/P)D = L(i,Y) (M/P)O M/P i A Demanda por moeda é negativamente inclinada como reflexo do custo de oportunidade de reter moeda. Já a oferta de moeda é determinada pelo BC. O equilíbrio no mercado monetário ocorre no ponto em que a oferta por moeda é igual à demanda por moeda. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Mercado monetário Taxa de juros i Saldos reais de moeda (M/P)D = L(i,Y) (M/P)O M/P i1 i2 A taxa de juros superiores às de equilíbrio a oferta de moeda é superior à demanda por moeda. Nesse ponto os agentes desejarão se desfazer de moeda, comprando títulos. O preço dos títulos aumentarão fazendo a taxa de juros baixar. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Mercado monetários Taxa de juros i Saldos reais de moeda (M/P)D = L(i,Y) (M/P)O M/P i1 i3 A taxa de juros inferiores às de equilíbrio a demanda por moeda é superior à oferta de moeda. Nesse ponto os agentes desejam mais moeda do que possuem. Eles venderão títulos para obter moeda. O preço dos títulos cairá, fazendo a taxa de juros subir. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. A Curva LM Y M/P i L(i,Y1) i1 Y1 (M/P)O Para determinadas renda, Y1, e oferta de moeda (M/P)O, encontramos a taxa de juros i1 que equilibra o mercado monetário Marcamos o ponto que combina i1 e Y1 nesse diagrama. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. A Curva LM Y M/P i L(i,Y1) i1 L(i,Y2) LM i2 Y1 Y2 (M/P)O Para um nível de renda maior, Y2, a demanda por moeda também será maior... Marcamos o novo ponto que combina i2 e Y2 nesse diagrama. ... caso a oferta de moeda, não mude, a taxa de juros subirá para i2 A curva LM é a união dos pontos i e Y que equilibram o mercado monetário. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Deduzindo a LM algebricamente Como vimos, a demanda por moeda depende Positivamente da renda Negativamente da taxa de juros Assim k mede a sensibilidade da demanda por moeda a variações na renda h mede a sensibilidade da demanda por moeda a variações na taxa de juros Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda e Inflação Como vimos, existe uma ligação entre moeda e nível de preços M / P = kY M = kPY Portanto Δ%M = Δ%k + Δ%P + Δ%Y Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda e Inflação “A inflação é sempre e em toda parte um fenômeno monetário” Milton Friedman Existe uma relação de longo prazo entre taxa de expansão da moeda e inflação. Anos em que há grande expansão na oferta de moeda são, em geral, anos em que a inflação é maior. Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * Macroeconomia I André Luis Squarize Chagas. Moeda e Inflação Assumindo que k seja constante Δ%M = Δ%P + Δ%Y Variações porcentuais no estoque de moeda devem-se a variações no produto nominal. Caso o crescimento do PIB real (Y) seja menor que o crescimento do estoque de moeda (M), então, a diferença, será compensada por um aumento no nível geral de preços (P): que é a inflação Fundamentos Econômicos Professor André Luis Squarize Chagas * MOEDA Bibliografia Manual de Macro (Manual), cap. 2 Simonsen & Cysne (S&C), cap. 1 * *
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