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Técnicas Operatórias Veterinária 3

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TÉCNICAS OPERATÓRIAS VETERINÁRIA – 23/03/2021
PRIMEIRA AULA DO DIA
PRINCÍPIOS DA ASSEPSIA CIÚRGICA
· A infecção continua sendo uma das maiores complicações potencialmente devastadoras e desafiadoras da cirurgia
· Os cirurgiões devem entender os conceitos de assepsia e esterilidade, como os microrganismos são transmitidos no hospital e como evitar infecções 
CONCEITOS
1. Infecção: 
· Infecção é o crescimento e proliferação de microrganismos em um organismo superior (animal, pessoa) ao qual causam danos
· Crescimento bacteriano que leva um quadro infeccioso, complicando o estado geral do paciente 
· Existe uma diferença entre infecção cirúrgica e infecção hospitalar 
2. Infecção cirúrgica: 
· Em um prazo de 30 dias de um procedimento cirúrgico, ou até mesmo tempo em caso de próteses, implantes metálicos, começa a eliminar secreção purulenta com ou sem cultura positiva de bactérias, mas é considerada infectada, independente de ser infecção endógena ou exógena dos microrganismos 
· Ela pode ocorrer devido uma sutura mal feita, um material indevido, uma assepsia errada, etc
3. Infecção hospitalar:
· É qualquer infecção adquirida após a internação do paciente que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares 
· Pode ocorrer através de contato com um paciente com doença viral, esterilização de materiais incorreto, higienização do local do cateter, tricotomia incorreta como também esquecer de limpar os pêlos que foram retirados, durante a retirada de sangue não limpar corretamente o local. Animais internados é necessário trocar o acesso venoso de 3 em 3 dias, do contrário, pode haver infecção. Sempre manter limpo o acesso, do contrario pode prejudicar e gerar um quadro infeccioso 
FONTES DE CONTAMINAÇÃO NA CIRURGIA 
1. Equipe cirúrgica: 
· Mãos, vias respiratórias, pêlos, dermatites, furúnculos, úlceras de pele, negligência com vestuário 
2. Ambiente: 
· Ar, móveis, focos, pisos, chãos e parede
3. Material: 
· Falta de limpeza e esterilização, falha de esterilização 
4. Paciente: 
· Pele (quando houver dermatite, tentar trata-la antes, e se for cirurgia de emergência, tratar a pele juntamente com o pós da cirurgia), pêlo, doenças concomitantes, doença de base, etc
ASSEPSIA
· Ausência de microrganismos que causam doenças 
· Na assepsia, o grau de contaminação no tecido vivo não produz infecção ou doença clínica, porque por mais que não elimine 100% das bactérias, a que fica não é capaz de causar infecção
· É um princípio básico da cirurgia 
· Técnica cirúrgica asséptica é o conjunto de princípios gerais empregados para minimizar o grau de contaminação no momento cirúrgico 
· A técnica cirúrgica asséptica é dividida em 3 partes, sendo: Desinfecção, antissepsia e esterilização
DESINFECÇÃO – TEC CIRURGICA ASSÉPTICA
· É o processo de remoção de microrganismos que podem resultar em infecção, exceto os esporulados 
· Através de desinfetantes (herbais – amona quaternária)
· Utilizada para eliminar microrganismos dos objetos e instalações como móveis, paredes, pisos, baias, etc
· Não é utilizada em tecido vivo, ou seja, em mão do cirurgião, no paciente 
· Feito a partir de produtos químicos
ANTISSEPSIA – TEC CIRÚRGICA ASSÉPTICA
· Processo de remoção de organismos patogênicos da pele ou de membranas mucosas
· Bloqueio do crescimento bacteriano nos tecidos vivos 
· Um antisséptico é um agente químico usado no processo de antissepsia 
· Não podem destruir os tecidos nos quais são aplicados, dessa maneira, não removem todos os microrganismos 
· Bactérias remanescentes podem ser controladas pela a defesa local do paciente, ou seja, mesmo com a antissepsia ela fica, mas não é capaz de proliferar e o sistema imune do paciente elimina ela 
· Ela envolve a lavagem das mãos, no caso, a paramentação, sendo feito antes de colocar o avental e a luva, e também envolve a antissepsia do local cirúrgico no paciente, o local da incisão cirúrgica 
· Os antissépticos utilizados são: Clorexidina a solução degermante e a alcoólica, o PVPI tópico (iodo) e o degermante
· Começamos primeiro pelo os degermantes, e eles possuem detergente, e servem pra tirar a oleosidade, sujidade no local e depois irá passar o outro produto que seria a alcoólica ou iodo tópico 
· Dependendo da mucosa, é utilizado outros produtos, para que evite maiores problemas, como o olho que é utilizado o soro 
ESTERILIZAÇÃO – TEC CIRÚRGICA ASSÉPTICA
· Destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias, vírus, fungos, algas e protozoários), incluindo a eliminação completa de esporos bacterianos dormentes 
· Realizada em objetos inanimados (avental, gorro, mascara, luvas, panos de campo, panos de mesa, compressas, instrumental, fios de sutura, etc)
· Realizada através de agentes físicos e químicos, em diferentes métodos 
· Fenômeno absoluto, sendo estéril ou não estéril, não há um meio termo 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
· Há vários métodos de esterilização, e a escolha dele, depende de diversos fatores, como: Eficácia, velocidade do processo, compatibilidade do instrumento, facilidade de uso, custo do equipamento, segurança da equipe cirúrgica e facilidade de monitorar o processo 
· O método mais comum de esterilização empregado na medicina veterinária é a esterilização a vapor em autoclave, que seria uma panela de pressão gigante elétrica
· O material antes de iniciar o ciclo de esterilização deve possuir o menor número possível de microrganismos 
· Todas as suas partes componentes precisam estar dispostas de forma a serem facilmente acessíveis ao agente esterilizante
· O empacotamento deve ser realizado de tal maneira que a esterilização seja mantida até o uso dos instrumentos 
· Antes de passar pra autoclave, deve ser lavado 
· O método do calor seco possui a vantagem de que nenhuma embalagem é necessária e é barato, porém possui desvantagem de que ele demora muito. Ele pode ser útil para instrumentos afiados delicados que podem ser cegados pelo o vapor 
· O método do vapor (calor úmido), possui a vantagem de ser econômico, atóxico e tem uma esterilização confiável, porem tem a desvantagem de que a temperatura e a pressão elevadas podem danificar itens delicados. É necessária uma embalagem de autoclave apropriada para garantir a esterilização adequada. E as autoclaves pré-vácuo são responsáveis por atingir instantaneamente os instrumentos 
· O método de radiação ionizante tem a vantagem de que uma grande quantidade de objetos pode ser esterilizado ao mesmo tempo porém a desvantagem é que é necessária uma câmara de concreto com 2m de espessura para estocar os isótopos e proteger os manuseadores, portanto é mais utilizada em uso industrial. O mais usado são raios X gama produzidos por cobalto 60
· O método de filtração tem como vantagem a separação de partículas em solução ou emulsão, e sua desvantagem é que não é útil para a desinfecção e esterilização cirúrgicas. É usado com maior frequência na indústria alimentícia e em pesquisa biológica 
· O calor seco, vapor, radiação ionizante e filtração são métodos de esterilização físicas 
· Temos também métodos de esterilização químicas, sendo elas: Óxido de etileno, Peróxido de hidrogênio, Compostos de amônia quaternária, Glutaraldeído, Formaldeído e Ortoflataldeído (OPA)
· O óxido de etileno tem como vantagem se difundir com rapidez e penetrar a maioria dos itens empacotados com facilidade, ele é um agente de esterilização eficaz à temperatura ambiente e útil para itens delicados como câmeras e endoscópios. Já como desvantagem possui que ele é tóxico e altamente inflamável, e é um processo demorado, sendo que os itens esterilizados devem ser arejados antes do uso. A aeração mecânica diminui o tempo de aeração, e o método da microdose é usado em um cenário pratico
· O peróxido de hidrogênio tem como vantagem que é sem subprodutos tóxicos e como desvantagem de que não é adequado para tecidos brancos, compressas de gaze ou papel. As ondas de rádio são transmitidas pelo o valor do peróxido de hidrogênio para produzir plasmagasoso 
· Os compostos de amônia quaternária têm como vantagem que as aminas terciárias halogenadas modernas são atóxicas, biodegradáveis e esterilizantes eficazes em 30 minutos, e como desvantagem é que os compostos padrão são corrosivos, inativados por debris orgânicos e ineficazes contra espécies de Pseudomonas. Ele é eficaz em decorrência de vários mecanismos e também foram adicionados inibidores de corrosão 
· O glutaraldeído não é corrosivo a metais, borrachas e plásticos, porém é irritante à pele e às membranas mucosas. As soluções glicoladas são estáveis por períodos longos 
· O formaldeído são bombas que podem ser usadas de tempos em tempos para desinfetar centros cirúrgicos ou canis, e ele é muito irritante à pele e as membras mucosas, e por isso acaba que não é muito utilizado 
· O OPA é eficaz contra esporos resistentes ao glutaraldeído, tem seu tempo de contato reduzido e não é irritante à pele ou aos olhos. É caro, e tingirá as proteínas, inclusive as da pele, de cinza. Ele é semelhante ao glutaraldeído, mas é usado em concentrações inferiores o que tem menos efeito colaterais tóxicos 
INDICADORES DE ESTERILIZAÇÃO 
· O que falará para o profissional se o ciclo de esterilização foi feito ou não 
· Permitem o monitoramento da eficácia 
· São fitas que mostram alteração de cor, linhas escuras ou claras
· Existem testes biológicos, que podem ser fitas também que deve ser utilizado para verificar a eficácia na esterilização 
· A vigilância sanitária cobra que se você usa a autoclave, deve ser utilizado um teste biológico na primeira autoclavagem do dia e depois coloca dentro de uma incubadora junto com o teste controle para verificar a eficácia. Quando a esterilização realmente foi feita, o teste muda de cor, provando que não há microrganismos e o controle também muda sua coloração 
· Os testes biológicos possuem valor alto de custo então é bom fazer o máximo de esterilizações em um dia para evitar o gasto de vários testes 
EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO 
· Os pacotes de instrumentais, aventais e panos devem ser embalados para que possam ser facilmente desembalados sem quebrar a técnica estéril 
· Existem diferentes meios de embalar os materiais 
· Um dos métodos é através de panos, tecidos de algodão, sem fiapos, fazendo uma dobradura da maneira correta
· Existem os containers estéril, onde será colocado dentro da autoclave, e eles são feito de um material mais resistente, e depois quando retirar deve colocar em uma estrutura, e uma pessoa paramentada irá pegar uma caixa interna, colocando em cima da mesa de instrumental 
· E além disso, temos o papel em grau cirúrgico, que são papeis próprios para autoclave, onde o instrumental fica dentro da embalagem, ou pode ter uma embalagem dupla, sendo que quem faz essa abertura seria um volante, e uma pessoa paramentada pegaria o instrumental direto ou na embalagem secundária
· Pode ser feito uma embalagem do instrumental dentro do tecido, e depois ele pode ir pra um pacote de grau cirúrgico 
· O método mais utilizado é o de papel de grau cirúrgico que são descartáveis 
· Tem um método mais antigo, que é o uso do papel craft, sendo que o material deve ser embalado dentro de um pano para que não rasgue o papel

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