Buscar

exame fisico geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

 A execução do exame físico em geral 
freqüentemente representa o primeiro 
momento de contato físico com o paciente. 
 Torna-se fundamental, também, despertar no 
enfermeiro a percepção da importância da 
execução do exame físico diário, como forma 
de proporcionar informações básicas sobre as 
respostas humanas e capacidades funcionais 
do paciente frente à situação por ele 
apresentada. Esses dados deverão ser 
utilizados para a identificação dos 
diagnósticos de enfermagem, a fim de 
determinar as intervenções a serem realizadas 
e a evolução de seu estado de 
 Para realizar o exame físico, é necessário que 
o examinador possua conhecimentos prévios 
de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras 
ciências afins. 
 O exame físico, além de ser imprescindível 
para avaliar a efetividade dos cuidados 
prestados, permite, dessa forma, a 
individualização da assistência de 
enfermagem. 
 Para realizar o exame físico, é necessário que 
o examinador possua conhecimentos prévios 
de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras 
ciências afins, bem como conhecimentos 
acerca da terminologia adequada para as 
evoluções e anotações de enfermagem, dos 
passos propedêuticos para sua execução e do 
relacionamento interpessoal a ser 
estabelecido entre enfermeiro e paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os passos propedêuticos fundamentais a 
serem empregados no exame físico são 
inspeção, palpação, percussão e ausculta, os 
quais devem ser realizados a partir da 
utilização dos sentidos de visão, audição, tato 
e olfato. 
 
 Esses sentidos podem ser ampliados ao se 
utilizar instrumentos específicos, como o 
estetoscópio, o oftalmoscópio, a fita métrica, 
o termômetro, as espátulas. 
 
 
 
 Durante o exame físico, o examinador deve 
ter ciência do fato de que está li- dando com 
uma pessoa com sentimentos, vulnerável por 
estar fisicamente exposta ou mesmo ansiosa 
em relação ao que possa ser identificado 
durante o procedimento. Nesse sentido, o 
profissional/estudante de enfermagem deve 
demonstrar autoconfiança, paciência, 
consideração e delicadeza, explicando todos 
os procedimentos para minimizar a tensão ou 
mesmo a inibição do paciente. 
 O profissional/estudante de enfermagem 
deve demonstrar autoconfiança, paciência, 
consideração e delicadeza, explicando todos 
os procedimentos. 
 Outra recomendação a ser observada é a de 
procurar executar o exame físico de modo 
objetivo, rápido e exato, a fim de evitar o 
cansaço, o desinteresse e a falta de 
 
 
Exame Físico Geral 
cooperação por parte do paciente. O 
examinador também deverá sentir-se 
confortável para que possa utilizar suas 
habilidades de forma integral, pois 
posicionamentos inadequados poderão afetar 
seu desempenho quanto à percepção. Dessa 
forma, o leito deverá estar ajustado a uma 
altura conveniente, e o paciente deverá ser 
posicionado de acordo com suas necessidades 
ou possibilidades. 
 É importante, também, que haja uma boa 
iluminação e um ambiente tranqüilo. A 
privacidade deve ser respeitada o máximo 
possível, utilizando-se, para tanto, biombos ao 
redor do leito e mantendo-se a porta fechada. 
 A execução do exame físico geralmente 
obedece um sentido cefalocaudal, 
considerando, em todo o seu 
desenvolvimento, a impressão geral que o 
examinado transmite ao examinador, a 
simetria, a integridade e a funcionalidade dos 
segmentos examinados. Deve-se empregar a 
terminologia da técnica específica na 
descrição dos dados encontrados no exame 
físico, registrando-os de forma o objetiva, 
clara e completa, pois são imprescindíveis 
para o desenvolvimento de uma correta 
comunicação entre os diversos membros da 
equipe. 
 Para que seja feito de maneira sistemática, o 
exame físico é desenvolvido em dois 
momentos: exame físico geral e exame 
específico dos sistemas. 
 
 
 
 O exame físico geral consiste no exame 
externo do paciente, incluindo as condições 
globais, como estado geral, estado mental, 
tipo morfológico, dados antropométricos, 
postura, locomoção, expressão facial (fácies), 
sinais vitais, pele, mucosas e anexos. 
 
 Existe uma grande variação desses aspectos 
entre a população em geral, que pode ser 
determinada tanto pelas condições 
socioeconômicas e nutricionais como pelas 
características genéticas e pela presença de 
patologias existentes nessa população. Como 
exemplo, podemos citar o aumento da 
estatura da população mais jovem em relação 
a seus antepassados, relacionada às 
alterações genéticas evolutivas. 
 
 A primeira avaliação do paciente é seu estado 
geral, uma avaliação subjetiva, baseada no 
conjunto de dados exibidos pelo paciente e 
interpretados de acordo com a experiência de 
cada um. 
 
 É realizada por meio da inspeção geral, na 
qual deve ser avaliada a repercussão da 
resposta do indivíduo à doença/processos de 
vida, verificando-se a existência de perda de 
força muscular, perda de peso e estado 
psíquico do paciente. Em geral, faz-se uma 
classificação entre bom, regular e má estado 
geral. 
 
 Consciência: O paciente está acordado e 
alerta? Parece compreender e res- ponder ao 
que se pergunta? 
 
 Orientação: Qual a data, o dia da semana, o 
nome da instituição, o número de telefone? 
 
 
 Memória: Qual é sua idade, data de 
nascimento, nome de solteira da mãe ou de 
seus filhos? 
 
 Cálculo: Contar de trás para a frente, de 3 em 
3, começando do número 30. 
 
 Para a avaliação da linguagem, devemos 
observar a qualidade, o volume e a velocidade 
da fala. As alterações da fala encontradas com 
mais freqüência são: disfonia ou afonia 
(dificuldade na emissão vocal que impede a 
produção natural da voz), dislalia (dificuldade 
em articular as palavras), disartria (dificuldade 
na expressão verbal causada por uma 
alteração no controle muscular dos 
mecanismos da fala, falta de coordenação 
cerebral ou perda do controle piramidal) e 
disfasia (alteração da coordenação da fala e 
incapacidade de dispor as palavras de modo 
compreensível). 
 
 
 o tipo morfológico), pois muitas doenças 
estão associadas ao biótipo do paciente. 
Classificamos o indivíduo como brevilíneo, 
normolíneo e longilíneo, colocando-o 
preferencialmente em pé, para que se faça a 
relação de proporcionalidade entre o 
pescoço, os braços, os ossos frontais, as mãos 
e os dedos. 
 
 O paciente brevilíneo apresenta o pescoço 
curto e grosso, os membros são curtos em 
relação ao tórax, este é alargado e volumoso, 
a musculatura é bem desenvolvida e a 
estatura é baixa (característico de nanismo). 
 
 Os indivíduos normolíneos caracterizam-se 
por apresentarem o desenvolvimento 
harmônico da musculatura e a proporção 
equilibrada entre o tronco e os membros. Os 
longilíneos apresentam pescoço longo e 
delgado, membros alongados e 
desproporcionais em relação ao tronco, tórax 
afilado e chato, musculatura pouco 
desenvolvida e estatura, elevada 
(característico de pacientes com síndrome de 
Marfan). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nesse sentido, também devem ser avaliados 
os dados antropométricos, por meio da 
verificação principalmente do peso e da 
altura. A altura modifica-se conforme o 
crescimento e o desenvolvimento do 
indivíduo no ciclo vital, de acordo com sexo, 
raça e tipo familiar. Com o passar do tempo, 
as pessoas têm sua estatura diminuída, 
devido ao fato de que a postura pode se 
tornar ligeiramente mais curva. 
 
 Em relação à avaliação da postura e da 
capacidade de locomoção, é importante 
observar o posicionamento preferencial 
adotado pelo paciente no leito, bem como o 
ritmo, a amplitude e a natureza dos 
movimentos. A atitude do paciente 
caracteriza seu comportamento, que pode ser 
classificado como ativo ou passivo. O decúbito 
assumido pelo paciente pode ser ventral, 
lateral, dorsalou supino, sendo de caráter 
obrigatório ou opcional. 
 
 Em algumas patologias, tais como 
insuficiência cardíaca esquerda, o paciente 
tem preferência pela posição sentada, 
enquanto, na doença pulmonar obstrutiva 
crônica, pode adotar essa mesma posição, 
porém inclinando-se para a frente, com os 
braços apoiados. O indivíduo portador de 
hipertireoidismo costuma apresentar 
movimentos fre- quentes e rápidos, enquanto 
aquele em depressão pode assumir uma 
postura desleixada, acompanhada de 
movimentos lentos. 
 Também é importante avaliar o tipo de 
marcha, verificando se o paciente cami- nha 
sem dificuldades, com um bom equilíbrio ou 
se apresenta algum descon- forto ao 
caminhar, como claudicação, perda do 
equilíbrio ou outras alterações no 
funcionamento motor. Os tipos de marcha 
associados às patologias existentes no sistema 
musculoesquelético. 
 
 
 
 
 
 Engloba o conjunto de as- pectos 
exibidos na face do paciente, sendo 
de fundamental importância, pois o 
formato do rosto e a fisionomia 
expressa pelo paciente podem ser 
sinais indica- tivos de algumas 
patologias ou do uso de alguns 
medicamentos. A face deve ser 
observada em vários momentos no 
decorrer do exame físico, seja com o 
paciente em repouso, durante a 
conversa sobre assuntos específicos 
ou na interação com outras pessoas. 
 
 
 Como exemplos de fácies 
relacionadas a algumas patolo- gias, 
podemos citar: a face imóvel do 
indivíduo portador de Parkinson 
(fácies parkinsoniana); o olhar fixo e a 
presença de olhos salientes e 
brilhantes do por- tador de 
hipertireoidismo (fácies 
basedowiana); o edema palpebral e a 
palidez cutânea do portador de 
síndrome nefrótica (fácies renal); a 
face arredondada e avermelhada, 
com aumento da quantidade de pelos 
e de acne do indivíduo que faz uso de 
corticoide (fácies cushingoide); o 
rosto arredondado, com nariz e lá- 
bios grossos e os cabelos fracos e sem 
brilho do portador de hipotireoidismo 
(fácies mixedematosa); o rosto com 
aspecto de cara de leão com a pele 
espessa, nariz alargado, lábios grossos 
e proeminentes e as bochechas e o 
mento que se deformam pelo 
aparecimento de nódulos, 
característico do paciente com Han- 
seníase (fácies leonina); e o aumento 
das proeminências ósseas do crânio 
no portador de acromegalia (fácies 
acromegálica). 
 
 
 
 
 Em relação à avaliação dos sinais 
vitais, devem ser verificados e 
anotados o pulso e a frequência 
cardíaca, a frequência respiratória, a 
temperatura corporal e a pressão 
arterial. Essa avaliação poderá ser 
realizada no início do exame ou 
mesmo de forma integrada, 
quandorealizados os exames 
cardiovascular e torácico. 
 
 
 O pulso é verificado utilizando-se a 
polpa dos dedos indicador e médio, 
por meio da palpação de uma artéria, 
geralmente a artéria radial, 
contando-se durante um minuto o 
número de batimentos e verifi- 
cando-se suas características: 
intensidade (pode ser cheio ou 
filiforme), ritmicidade (pode ser 
regular ou irregular) e simetria (iguais 
em ambos os membros). A frequ- 
ência cardíaca pode diferenciar-se do 
pul- so devido a arritmias cardíacas. 
 
 A frequência cardíaca pode ser 
verificada por meio da ausculta do 
pulso apical, encontrado no quinto 
espaço intercostal esquerdo na linha 
hemiclavicular, ou da visualização do 
monitor/cardioscópio, caso o paciente 
esteja monitorado. 
 
 Em relação à frequência respiratória, 
é importante observar que a 
contagem dos movimentos 
respiratórios deve ser reali- zada sem 
que o paciente tenha consciên- cia 
desse procedimento, uma vez que a 
respiração pode assumir um padrão 
alte- rado quando ele sabe que 
alguém o está observando. Também 
deve ser verificada durante um 
minuto, o que permite avaliar 
características como ritmo e 
profundidade, além da presença de 
desconforto res- piratório. Dados 
sobre o padrão respiratório, assim 
como sobre as condições de oxi- 
genação do paciente (se em ar 
ambiente, em oxigenoterapia ou em 
ventilação me- cânica), também 
devem ser registrados. 
 
 
 Quanto à pressão arterial, deve ser 
veri- ficada, de preferência, nos 
membros su- periores, pelo uso de 
um estetoscópio e de um 
esfigmomanômetro de tamanho 
apropriado. Em um adulto pequeno 
com a circunferência do braço entre 
20 a 26 cm, deve-se utilizar um 
manguito com a bolsade borracha de 
10 cm de largura e 17 cm de 
comprimento; no adulto de porte 
médio, com 27 a 34 cm de 
circunferência do braço, utiliza-se um 
manguito com a bolsa de 12 cm de 
largura e 23 cm de comprimento; e 
nos adultos grandes (35 a 45 cm de 
circunferência do braço), deve-se 
utilizar o manguito com bol- sa de 
borracha de 16 cm de largura e 32 cm 
de comprimento (FIGURAS 6.6 e 6.7). 
Se a pressão arterial estiver fora dos 
padrões basais do indivíduo ou das 
recomendações das diretrizes, deverá 
ser mensurada novamente, em uma 
fase subsequente do exame

Continue navegando