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Ciclo circadiano: mudanças regulares dos estados mentais e físicos que ocorrem em cerca de um período de 24 horas, ex.: sono. Ciclo infradiano: duração maior que um dia. tem baixa frequência e demora mais do que 24h para se cumprir, ex.: ciclo menstrual. Ciclo ultradianos: duração menor do que 24h, ocorrendo várias vezes ao longo do dia, ex.: liberação de alguns hormônios. Existem relógios no nosso corpo que conseguem regular os ritmos biológicos através da regulação de atividade neuronal modulados por fatores externos. RITMOS BIOLÓGICOS O fotopigmento relacionado com os neurônios do núcleo supraquiasmático é a melanopsina. Glândula pineal Outro regulador dos ciclos é a glândula pineal. Esta glândula é capaz de sintetizar melatonina que regula diversas funções do nosso corpo. Os níveis de melatonina variam ao longo do dia: a noite ocorre um aumento conforme a luminosidade vai caindo, mas com energia lumina ocorre o fenômeno de fotoinibição e os níveis do hormônio caem há uma inibição da síntese de melatonina. Núcleo supraquiasmático É o principal relógio biológico do nosso corpo. Localizado no diencéfalo, mais especificamente no hipotálamo, acima do quiasma óptico. Através da informação luminosa ele é capaz regular os nossos ritmos biológicos. Na nossa retina há fotoceptores, sensíveis a alterações luminosas, cada um deles possui fotopigmento diferente na qual são sensíveis a luminosidade e se alteram ao chegar alguma energia luminosa fazendo com que o receptor responda. ra o nervo óptico, cruzam no quiasma óptico e fazem sinapse no núcleo supraquiasmático, permitindo que esse núcleo tenha noção sobre o grau de luminosidade (se está de noite ou de dia) e consegue regular o ritmo biológico baseado nessa informação recebida direto da retina. Formação reticular - sono e vigília UNINOVE SBC | Sistema Nervoso | 20.09.21 Gabrielle S. Sanches É a melanopsina dos neurônios da retina que conversam com os neurônios no núcleo supraquiasmático informando sobre a presença de luz. Os axônios saem da retina pa- Do núcleo supraquiasmático emergem neurônios que são capazes de disparar seguindo um determinado ritmo e regulam diversas funções do nosso corpo. Eles disparam independente de informação externa, mas o disparo pode ser modulado pela energia luminosa. Uma de suas funções está relacionada com o sono, logo muita luz na parte da noite po- Eletroencefalograma - São colocados eletrodos na cabeça para se ter os registros das fases do sono, ele mede a atividade de uma rede neuronal conseguindo avaliar a soma de potenciais de ação (PEPS e PIPS) disparados por vários neurônios. Na vigília recebemos diversas informações sensitivas (visuais, auditivas...), portanto a atividade neuronal acontece de forma irregular, cada neurônio dispara em momentos e frequências diferentes. O traçado fica desincronizado. Durante o sono não-REM (uma das fases do sono) o traçado fica sincronizado. Quando vamos adormecendo o grupo de neurônios passa a disparar juntos, de maneira sincrônica, já que não esta ocorrendo muitos estímulos sensitivos. ELETROENCEFALOGRAMA É uma estrutura da formação reticular responsável pela ativação cortical e consequente estado de vigília. Parte desse sistema está localizado na formação reticular e então é denominado sistema ativador reticular ascendente. SISTEMA ATIVADOR ASCENDENTE A fase não-REM tem 4 estágios e além dessa há o sono REM (ou paradoxal) que ocorrem num ciclo de aproximadamente 90 min. de atrapalhar o sono. A pineal consegue receber informação luminosa, mas não diretamente da retina como o núcleo supraquiasmático. O núcleo supraquiasmático os neurônios fazem sinapse com o núcleo paraventricular (no hipotálamo), posteriormente eles descem e ativam o SNA simpático e de lá que ocorre o controle da glândula pineal. É através dessa via que a pineal consegue receber informação luminosa indiretamente. Um traçado desincronizado, como acontece na vigília, se tem uma amplitude baixa e frequência alta. E um traçado sincronizado, durante o sono de ondas lentas (não-REM), a amplitude da onde é maior e a frequência é menor e em cada estágio a frequência vai ficando reduzida a medida que a amplitude aumenta. O sono REM ou paradoxal é caracterizado por sonhos ilógicos, movimento dos olhos e atonia muscular. Neste sono o traçado se aproxima da vigilia, ou seja, a atividade cerebral é parecida de quando estamos acordados. Logo, se tem amplitude baixa e frequência alta. No sono não-REM praticamente não se tem movimento ocular e pouco movimento dos músculos e no sono paradoxal há movimentos oculares rápidos e uma total atonia muscular, ou seja, se perde o tônus muscular. Isso acontece porque o sono REM se aproxima muito da vigília e se não houvesse a atonia iríamos reproduzir os nossos sonhos enquanto dormíamos. Formação reticular Uma mistura de substância branca e cinzenta que fica por todo o tronco encefálico, é uma Hipotálamo Participa do ciclo do sono com o núcleos túberomamilares que liberam histamina. A histamina impedindo o sono. A cafeína é um antagonista do receptor de adenosina conseguindo se manter mais tempo acordado. Como é a transição da vigília para o sono? Adenosina é um neuromodulador do SARA liberado por vários neurônios e célula da glia. Durante a vigília os níveis de adenosina aumentam, quando há muita adenosina (muito tempo acordado) os centros moduladores desligam a vigília e se entra num sono não- REM. Sistema ativador ascendente é responsável pela manutenção do ciclo sono vigília. SONO E VIGÍLIAagregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. Possui função de controle do ciclo sono e vigília, controle eferente da sensibilidade, controle da motricidade somática e postura, controle do SNA, controle neuroendócrino, integração de reflexos (centro respiratório e vasomotor). Vias noradrenérgicas: Usam a noradrenalina como neurotransmissor. O principal participante dessa via é o Locus Coeruelus, localizado na ponte do TE. O locus coeruelus projeta fibras para todas as regiões do encéfalo, possuindo fibras ascendentes e descendentes que promovem liberação de adrenalina generalizada. É importante para o estado de alerta, ativando todo o encéfalo, além de estar relacionado com sono e vigília. Vias serotoninérgicas: Liberam serotonina, são neurônios pertencentes aos núcleos da rafe na formação reticular, mais especificamente o núcleo magno. Também possuem projeções ascendentes e descendentes por todo o encéfalo. A liberação de serotonina está relacionado com controle afetivo, modulação da dor, motivação e o ciclo do sono e vigília. Vias colinérgicas: Essas vias liberam acetilcolina e também se projetam difusamente pelo encéfalo. Os núcleos mais importantes são o pedúnculo-pontino e o núcleo basal de Meynert, fazem parte da manutenção do ciclo do sono e vigília. Vias dopaminérgicas: Liberam dopamina. Estão na formação reticular mas não fazem parte do sono e vigília. Todas as informações sensoriais (com exceção do olfato) passam pelo tálamo e são direcionadas para o córtex, nos chamados núcleos relés, eles direcionam a informação da periferia para o tálamo e posteriormente para o córtex. Como visto, durante a vigília se tem um ritmo dessincronizado. Ao irmos dormir ocorre a ativação do núcleo reticular (no tálamo), este núcleo vai liberar GABA e inibir os núcleos relés e então não se terá mais os disparos bagunçados dos neurônios, haverá a regulação desses núcleos que passam a trabalhar em salvas. Em ambos os núcleos há um tipo especial de canal de cálcio que abre sozinhos quando o neurônio hiperpolariza. Ao hiperpolarizar o canal se abre e entra cálcio (+) despolarizando o neurônio, ao ser despolarizado o canal de cálcio se fecha impedindo a entrada de carga positiva epossibilitando a hiperpolarização. Hiperpolarização Fechamento dos canais de cálcio Abertura dos canais de cálcio Despolarização E a passagem para o sono REM? Sono em que há sonhos ilógicos, emocionais, atonia muscular e movimentos dos olhos Para a passagem do não-REM para o REM o núcleos da rafe e locus coeruleus mandam informações colinérgicas para o núcleo pedúnculo pontino, este vai mandar a informação para o núcleo reticular e então o córtex. Neste sono ocorre maior ativação de sistema límbico e córtex visual secundário, além de uma redução da atividade de córtex frontal e sensorial primário e por isso os sonhos acabam sendo ilógicos. O próprio neurônio se regula e gera potenciais de ação nele mesmo, é chamado de potencial em salvas. Então do tronco encefálico, o SARA manda informações ascendentes para o tálamo com o objetivo de sincronizar o sono, mas além disso há informações descendentes que controlam o SNA causando alterações de frequência respiratória e frequência cardíaca.
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