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TUTORIA 4 – GENÉTICA PERGUNTAS: 1. O que é mutação? Mutação se refere a qualquer alteração hereditária permanente na sequência de DNA genômico. Alteração de um nucleotídeo único a alterações em um cromossomo inteiro. Para se reconhecer uma mudança deve-se comparar aquilo que a variante mostra ser uma diferença com um “padrão-ouro” = sequência de referência = sequência ou arranjo mais comum na população 2. Como podem ser classificadas as mutações? (tamanho, localização…) - citar nomes As mutações podem ser classificadas quanto ao local que afetam a. Local Mutações somáticas: ocorrem em células somáticas e não podem ser transmitidas à geração seguinte. Mutações gaméticas: ocorrem no DNA de células de linhagem germinativa e, por isso, pode ser herdada. b. Em relação ao tipo de alteração Substituições nucleotídicas Mutação de sentido trocado: a substituição de um único nucleotídeo em uma sequência gênica altera o sentido da codificação do gene ao especificar um aminoácido diferente. Mutação sem sentido: resultado da substituição de um códon normal por um dos três códons de término (UAA, UGA, UAG). Ou o RNAm transportando uma mutação prematura é alvo de rápida degradação e uma tradução não é possível ou mesmo que o RNAm seja suficientemente estável para ser traduzido, a proteína que resulta é tão instável que rapidamente degrada. Mutações que afetam a transcrição, processamento e a tradução: podem ser mutações que afetam as bases necessárias (sequencias de nucleotídeos dentro ou próximo das junções éxons-íntron – sítio doador 5’- ou íntrons-éxon – sítio aceptor 3’) para ocorrer o splicing normal de RNA naquele local ou substituições de bases que criam sítios doadores ou aceptores alternativos que competem com os sítios normais durante o processamento do RNA. OBS: Elemento LINE: DNA repetitivo capaz de se movimentar por retrotransposição c. Em relação a função da proteína Mutação com ganho de função: mutação associada com o aumento em uma ou mais funções de uma proteína normal. Mutação com propriedade nova: confere uma nova propriedade à proteína. Mutação com perda de função: Ocorrência de mutação associada a uma redução ou uma perda completa de uma ou mais das funções normais de uma proteína. d. Em relação a etiologia Mutações espontâneas: surgem durantes processos normais Mutações induzidas: resultam da ação de agentes físicos ou químicos, chamados de mutagênicos. (THOMPSON, cap. 4, p. 93 - 96) 3. Descreva cada um dos tipos de mutação. Cromossômica: produz alteração no número de cromossomos devido a erros de segregação, as consequências são graves e os fetos abortados de modo espontâneo Regionais: afetam a estrutura ou organização (deleção, duplicação, inversão) regional dos cromossomos Gênicas: podem originar-se por qualquer um de dois mecanismos básicos: erros introduzidos durante a replicação do DNA ou mutações decorrentes de uma falha no reparo correto do DNA após lesão, geralmente são espontâneas e surgem durante os processos normais (mas imperfeitos) de replicação e reparo do DNA. Substituições nucleotídicas • De sentido trocado(missense):Uma única substituição de nucleotídeo(mutação pontual) em uma sequência gênica, pode alterar o código em uma trinca de bases e causar a substituição não sinônima de um aminoácido por outro. Embora nem todas conduzam a uma alteração observável na função proteica, a proteína resultante pode não funcionar adequadamente, tornando-se instável e degradando rapidamente ou falhar em localizar sua posição intracelular correta. • Sem sentido (nonsense): Causam a substituição de um códon normal para um aminoácido por um dos 3 códons de término. Essa mutação pode converter um éxon codificante em códon de parada, promovendo a parada da tradução no meio da sequência codificante originando uma RNAm imaturo e facilmente degradado(impedindo a tradução), ou destruir códons de término normal, permitindo que a tradução continue até que outro seja alcançado e resultando em um produto proteico com aminoácidos adicionais. Afetam a transcrição, processamento e tradução de RNA: Para a formação de um RNA maduro são requeridas sequências particulares de nucleotídeos localizados dentro ou próximos das junções éxoníntron (sítio doador 5′) ou íntron-éxon (sítio aceptor 3′), as mutações que afetam essas bases necessárias(seja no sítio doador ou aceptor)interferem com (e em alguns casos anulam) o splicing normal de RNA naquele local. Outras mutações splicing também criam sítios doadores ou aceptores alternativos que competem com os sítios normais durante o processamento do RNA. Deleções, inserções e rearranjos. • Mutações de matriz de leitura(frameshift): deleção que ocorre em uma sequência codificante e o número de bases envolvidas não é múltiplo de 3(códon completo). A partir do ponto de inserção ou de deleção, uma sequência diferente de códons é gerada, codificando aminoácidos incorretos seguidos por um códon de término na matriz alterada, o que levará a um produto proteico funcionalmente alterado. • Mutações dinâmicas: envolve a amplificação de uma sequência de repetição de nucleotídeos simples interferindo com a expressão gênica normal ou com a função proteica. Uma repetição expandida na região codificante irá gerar um produto proteico anormal, enquanto a expansão da repetição em regiões não traduzidas ou íntrons de um gene pode interferir com a transcrição, o processamento de RNA ou a tradução. • Indels: São mutações de mudança de matriz de leitura quando a mutação corresponde um trecho grande de genes, responsáveis por afetar vários exons e causar distúrbios na sua sequência codificante. • Retrotransposição: é a mutação advinda de uma inserção de elementos móveis no genoma, podendo gerar diversidade genética mas também a interrupção de sequências de codificação e inativação de genes, como é o caso de alguns portadores de hemofilia A e câncer de colo de útero. 4. O que é uma síndrome gênica? Síndromes que ocorrem quando um único gene do indivíduo causa mutações pleiotrópicas, ou seja, mais de uma manifestação fenotípica como consequência dessa alteração gênica. Por exemplo, como o colágeno está presente em praticamente todo o organismo, um gene que afeta sua função/manifestação, pode gerar diversos sintomas distintos. 5. O que é um gene dominante? Quando o fenótipo é expresso em heterozigotos, bem como em homozigotos (ou heterozigotos compostos). (THOMPSON, pág. 180, 8ª edição). 6. O que é um gene recessivo? É aquele alelo que só se manifesta fenotipicamente quando está em homozigose, sendo mascarado em presença do seu alelo dominante. 7. O que é um gene epistático? Genes não alélicos que interagem com outro gene, suprimindo a manifestação do gene e, assim, tornando-o não penetrante. Gene EPISTÁTICO: gene que exerce a ação inibitória • Gene HIPOSTÁTICO: gene que sofre a inibição. Epistasia Recessiva Um exemplo de epistaHerança autossômica (recessiva e dominante) Herança ligada ao X (recessiva e dominante) Herança mitocondrial Herança pseudoautossômica Os distúrbios monogênicos dependem de 2 fatores: → Se a localização cromossômica do locus gênico está em um autossomo, em um cromossomo sexual ou no genoma mitocondrial. → Se o fenótipo é dominante ou recessivo.sia recessiva é o que ocorre com a cor da pelagem em cães labradores. As cores preta, marrom e dourada são controladas geneticamente por dois genes B e D, que atuam do seguinte modo: B cor preta b cor marrom dd cor dourada. Para o gene D a constituição recessiva dd é epistática ao gene B, resultando na cor dourada. Epistasia Dominante Exemplo: Cor do fruto em abóbora 8. Quais são os tipos de padrões de heranças? Defina cada uma delas.Herança autossômica (recessiva e dominante) Herança ligada ao X (recessiva e dominante) Herança mitocondrial Herança pseudoautossômica Os distúrbios monogênicosdependem de 2 fatores: → Se a localização cromossômica do locus gênico está em um autossomo, em um cromossomo sexual ou no genoma mitocondrial. → Se o fenótipo é dominante ou recessivo. 9. O que caracteriza um padrão de herança autossômico dominante? Mais da metade de todos os distúrbios mendelianos conhecidos são herdados de forma autossômica dominante. O fardo dos distúrbios autossômicos dominantes se torna ainda maior devido à sua natureza hereditária, quando acontecem dentro das famílias, incorrem em problemas médicos e sociais não apenas para os indivíduos, mas também para as genealogias inteiras, muitas vezes ao longo de diversas gerações. O risco e a gravidade de doenças transmitidas de forma dominante para a prole dependem de se um ou ambos os genitores são afetados e se esse caráter é dominante puro ou dominante incompleto. Características da herança autossômica dominante • O fenótipo geralmente aparece em todas as gerações e uma pessoa afetada tem um genitor afetado. As exceções ou aparentes exceções a essa regra na genética clínica são (1) casos originados de mutações novas em um gameta vindo de um genitor fenotipicamente normal e (2) casos em que o distúrbio não é expresso (não penetrante) ou é expresso apenas de forma sutil na pessoa que herdou o alelo mutante Responsável. • A partir de um genitor afetado, qualquer criança tem o risco de 50% de herdar a característica. Isso é válido para a maioria das famílias nas quais o outro genitor é fenotipicamente normal. Considerando que estatisticamente cada membro da família é o resultado de um “evento independente”, podem ocorrer grandes desvios ao acaso da proporção esperada de 1:1 em uma única família. • Familiares fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo aos seus filhos. Falha de penetrância ou expressividade leve de uma condição podem resultar em exceções aparentes a essa regra. • Homens e mulheres são igualmente passíveis de transmitir o fenótipo para os filhos, seja qual for o gênero. Vale ressaltar que pode ocorrer transmissão homem a homem e que homens podem ter filhas não afetadas. • Uma proporção significativa de casos isolados e de casos esporádicos se deve a mutações novas. Quanto menor a adequação para sobreviver e reproduzir, maior será a proporção dos casos decorrentes de mutações novas 10. O que caracteriza um padrão de herança autossômico recessivo? A característica é autossômica porque: - Aparece igualmente em homens e mulheres; - Pode ser transmitida diretamente de homem para homem. A característica é recessiva porque: - Há saltos de gerações; - Os afetados, em geral, possuem genitores normais; portanto, indivíduos não afetados podem ter filhos afetados; - Em média, 25% dos irmãos de um afetado são também afetados; - A característica aparece em irmandades e não nos genitores ou netos dos afetados; - Os genitores dos afetados frequentemente são consanguíneos. (Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 154 a 183) 11. O que caracteriza um padrão de herança ligada ao X dominante? Conforme discussão prévia, um fenótipo ligado ao X pode ser descrito como dominante se tiver expressão regular em heterozigotas. A herança dominante ligada ao X pode ser prontamente diferenciada da herança autossômica dominante pela ausência de transmissão homem a homem, que é impossível de ocorrer na herança ligada ao X porque os homens transmitem o cromossomo Y, e não o X, aos seus filhos homens. Assim, uma característica inconfundível em um heredograma dominante ligado ao X com penetrância completa é que todas as filhas e nenhum dos filhos de homens afetados são afetados; se alguma das filhas for não afetada ou algum dos filhos for afetado, a herança deve ser autossômica, e não ligada ao X. O padrão de herança a partir das mulheres não é diferente daquele no padrão autossômico dominante; como as mulheres têm um par de cromossomos X do mesmo modo que têm um par de autossomos, cada criança de uma mulher afetada tem 50% de chance de herdar a característica, seja qual for o gênero. Em múltiplas famílias com uma doença dominante ligada ao X, a expressão é geralmente mais atenuada nas mulheres heterozigotas, devido ao alelo mutante estar localizado no cromossomo X inativo em uma parte de suas células. Desse modo, a maioria dos distúrbios dominantes ligados ao X é dominante incompleta, como ocorre na maioria dos distúrbios autossômicos dominantes (Quadro). (Capítulo 7, página 196 e 197 – Thompson) 12. O que caracteriza um padrão de herança ligada ao X recessivo? A herança de fenótipos recessivos ligados ao X segue um padrão bem definido e de fácil reconhecimento. Uma mutação recessiva ligada ao X se expressa fenotipicamente em todos os homens que a recebem e, consequentemente, distúrbios recessivos ligados ao X são geralmente restritos aos homens. • As mulheres heterozigotas geralmente não são afetadas, mas algumas manifestam a condição em níveis variados de gravidade determinada pelo padrão de inativação do X. • O gene responsável pela condição é transmitido de um homem afetado a todas as suas filhas. Os filhos homens de qualquer uma dessas filhas têm um risco de 50% de herdá-lo. • O alelo mutante nunca é transmitido diretamente de pai para filho, mas é transmitido de um homem afetado a todas as suas filhas. • O alelo mutante pode ser transmitido ao longo de uma série de mulheres portadoras, de modo que os homens afetados em uma genealogia serão aparentados entre si através das mulheres. • Uma proporção significativa dos casos isolados se deve a mutações novas. 13. Quais as características de cada heredograma dos padrões citados acima? Herança autossômica dominante: • Afeta igualmente homens e mulheres; presença de um ou dois alelos selvagens em um indivíduo afetado, podendo esse ser considerado um indivíduo heterozigoto o u homozigoto Herança autossômica recessiva: Herança ligada ao X dominante: • Homens afetados casados com mulheres normais têm todas as filhas afetadas e todos os filhos normais. • A prole de ambos os gêneros de uma mulher portadora tem risco de 50% de herdar o fenótipo. O padrão visto no heredograma é semelhante ao da herança autossômica dominante. • Mulheres afetadas ocorrem em uma frequência aproximadamente duas vezes maior do que os homens afetados, mas as mulheres afetadas tipicamente exibem uma expressão mais leve (embora variável) do fenótipo. Herança ligada ao X recessiva: 14. Qual é o padrão de herança da família de Rodolfo? É uma herança autossômica dominante, pois a mãe de Rodolfo é heterozigota, portadora do gene dominante para OI, e o seu pai é recessivo não apresentando o gene para a doença. o Pelo menos um dos pais de Rodolfo é afetado; o Um dos filhos não é afetado o que descarta a possibilidade de ser recessiva ligada ao X; 15. Faça o heredograma da família de Rodolfo. 16. De exemplos de doenças de cada um dos padrões citados acima. Exemplos de doenças autossômicas dominantes raras Acondroplasia (OMIM 100800) A acondroplasia é a causa mais comum de nanismo genético humano. As mutações no gene FGFR3 (gene do receptor do fator de crescimento fibroblástico 3) associadas à acondroplasia são mutações de ganho de função, que causam ativação desse gene independentemente do ligante. Essa ativação constitutiva de FGFR3 inibe, de modo inadequado, a proliferação de condrócitos na placa de crescimento e, consequentemente, leva ao encurtamento dos ossos longos, bem como à diferenciação anormal dos outros ossos. Distrofia miotônica (OMIM 160900) A distrofia miotônica é um distúrbio multissistêmico, sendo a forma mais comum de distrofia muscular em adultos. A forma clássica desse distúrbio, a distrofia miotônica 1, é causada por uma expansão de repetições do códon CTG na região não traduzida 3′ do gene da proteinoquinase da distrofia miotônica (DMPK).Epidermólise bolhosa (OMIM 131750) A epidermólise bolhosa (EB) consiste em um grupo de distúrbios clinicamente heterogêneos, caracterizado por bolhas, erosões e cicatrizes na pele e nas membranas mucosas em resposta a trauma mecânico ou fricção, podendo também surgir de modo espontâneo. Neurofibromatose (OMIM 162200; 101000) A neurofibromatose foi descrita pela primeira vez em 1882, pelo patologista alemão von Recklinghausen, por isso é também conhecida como doença de von Recklinghausen. Foram reconhecidas pelo menos oito formas, porém as mais comuns são a neurofibromatose tipo 1 (doença cutânea de von Recklinghausen) e a neurofibromatose tipo 2 (neurofibromatose acústica bilateral). Exemplos de doenças autossômicas recessivas raras Acromatopsia (OMIM 216900) A acromatopsia 2 é também denominada cegueira total às cores ou cegueira diurna. Características clínicas – As pessoas não distinguem as cores, enxergando tudo em preto, branco e nuanças de cinzento, embora tenham boa percepção da forma e desta em movimento; visão defeituosa, nistagmo e fotofobia, com visão melhor à noite. O dano atinge a área V4, do córtex extraestriado, que contém muitas células responsivas à cor (os cones estão presentes, mas não funcionam bem). Frequência – Aproximadamente 1/30.000 indivíduos. Na ilha de Pingelap, a frequência é extremamente alta (1/12), devido ao efeito do fundador. Genética – O gene que determina a acromatopsia 2 está localizado no cromossomo 2q11. Hipofosfatasia ou raquitismo dependente de vitamina D (OMIM 146300) O defeito básico nesse tipo de hipofosfatasia é um decréscimo nos níveis de fosfatase alcalina no soro, com aumento nos níveis de fosfoetanolamina. A fosfatase alcalina participa do processo de calcificação dos ossos e cemento. A agenesia ou a formação anormal do cemento leva ao desprendimento prematuro espontâneo dos dentes primários, especialmente os incisivos mandibulares. Além dos problemas orais, os indivíduos apresentam alterações semelhantes às do raquitismo, como pernas arqueadas e fraturas múltiplas. Genética – Esse distúrbio é causado por uma mutação no gene ALPL, que se localiza no cromossomo 1p36.1-p34 e codifica a fosfatase alcalina tecidual não específica. Exemplo de doença recessiva ligada ao sexo, rara Daltonismo A denominação de daltonismo foi dada em homenagem ao famoso químico John Dalton, que apresentava essa deficiência, e fora o primeiro a perceber que enxergava as cores de modo diferente das outras pessoas. Esse cientista chegou a doar seus globos oculares à ciência, na esperança de que seu estudo revelasse a causa do problema visual. O daltonismo é também denominado cegueira parcial para cores. Características clínicas – O daltonismo é um distúrbio que envolve os cones, um dos dois principais tipos de células da retina. Existem dois tipos de células na retina: os bastonetes, mais periféricos e responsáveis pela visão em preto e branco, e os cones, mais centrais, responsáveis pela visão em cores. Estes últimos são de três tipos, de acordo com os pigmentos que apresentam. Atualmente considera-se a existência de três tipos de distúrbios dicromáticos graves: protanopia, na qual estão ausentes os cones para a cor vermelha (esse tipo de cegueira para as cores talvez fosse o caso de Dalton), deuteranopia, quando estão ausentes os cones para a cor verde; e tritanopia, quando estão ausentes os cones para a cor azul. Além dos distúrbios dicromáticos graves, existem os distúrbios tricromáticos moderados, que são devidos a números variáveis dos genes presentes para essas três cores, conferindo caráter mais suave (os três tipos de pigmento encontram-se presentes, porém a percepção da cor envolvida é enfraquecida, uma vez que não está totalmente ausente um tipo de cone de cada vez, mas todos se encontram presentes com graus variados de produção de pigmento). Os três tipos desse distúrbio denominam-se: protanomalia – alteração na absorção da cor ver- melha –, deuteranomalia – alteração na absorção da cor verde – e tritanomalia – alteração na absorção da cor azul. Genética – Os genes para protanopia, deuteranopia, protanomalia e deuteranomalia localizam-se no braço longo do cromossomo X (Xq28) e o gene para tritanopia e tritanomalia localiza-se no cromossomo 7q31.3-q32. Os distúrbios tricromáticos moderados são devidos a números variáveis dos genes presentes para essas três cores. Exemplo de doença dominante ligada ao X, rara Incontinência pigmentar (OMIM 308300) A incontinência pigmentar é também conhecida como síndrome de Bloch-Sulzberger ou incontinência pigmentar tipo II. Características clínicas – As meninas afetadas, em geral heterozigotas, apresentam lesões de pele vesiculares eritematosas inflamatórias, ao nascer. Mais tarde, aparecem as pigmentações semelhantes a “bolo-mármore”; isso se deve ao fato de que a melanina se deposita nas camadas mais profundas da pele e reflete o padrão de inativação do X: onde o alelo para o pigmento normal está inativado, desenvolvem-se espirais claras; onde o pigmento é produzido, o padrão é escuro, daí a aparência de “bolo-mármore”. Outros sintomas incluem perda de cabelo, problemas visuais, anomalias dentárias (ausência de alguns dentes ou dentes conoides) e convulsões. Os homens com essa condição são tão gravemente afetados que morrem intrauterinamente, o que é compatível com o fato de que as mulheres afetadas apresentam uma alta taxa de abortos, ao redor de 25%. Essa doença é causada por mutações no gene IKBKG (OMIM 300248), relacionado com o sistema imune e localizado em Xq28. 17. O que é expressividade variável? Em contraste com a penetrância, expressividade não se refere à presença ou à ausência de um fenótipo, mas à gravidade da expressão do fenótipo entre os indivíduos que têm o mesmo genótipo deletério. Quando a gravidade da doença difere em pessoas que possuem exatamente o mesmo genótipo, o fenótipo é dito como tendo expressividade variável. 18. O que explica a expressividade variável? A expressividade variável está relacionada com fatores ambientais, como saúde do indivíduo e a predisposição genética, e outros genes, visto que alelos patogênicos de um gene podem ser suprimidos por alelos de outro gene do genoma. As causas da expressividade variável não são bem conhecidas. Como a variabilidade na expressão normalmente é mais marcante em indivíduos de diferentes famílias do que nos membros de uma só família, uma possível explicação é a de que a expressão dependeria, pelo menos em parte, de genes modificadores, que teriam maior diferença entre as famílias do que dentro delas, como no caso da penetrância reduzida. Em algumas doenças, cuja base molecular já é bem conhecida, é possível compreender-se que sua variabilidade de expressão é devida a diferentes tipos de mutações no mesmo lócus da doença, o que é denominado de heterogeneidade alélica. Por outro lado, efeitos ambientais às vezes podem ser responsáveis pela variabilidade de expressão de uma mesma característica. Na ausência de um determinado fator ambiental, o gene se expressa com gravidade diminuída ou não se expressa. Penetrância reduzida e expressividade variável costumam ocorrer juntas, em determinadas genealogias. (Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 181) 19. O que é penetrância? É a frequência com a qual um gene em dose simples (para características dominantes) ou dose dupla (para características recessivas) se expressa no fenótipo correspondente. 20. Caracterize os tipos de penetrância. Penetrância é a probabilidade de um ou mais alelos mutantes apresentarem qualquer expressão fenotípica. Penetrância reduzida ou incompleta ou não penetrância de um gene é a ausência de sua manifestação no fenótipo. Embora o gene esteja presente no genótipo, por alguma razão desconhecida ele pode não se expressar fenotipicamente. É um conceito de “tudo ou nada”.A penetrância reduzida é detectada mais facilmente no caso de características dominantes, quando um indivíduo que certamente deve possuir o alelo mutante não mostra o fenótipo correspondente. A transmissão parece pular uma geração, fazendo com que fique fora do grupo de afetados um indivíduo que certamente deve ser heterozigoto. A não penetrância também ocorre entre as características recessivas (genes em homozigose), sendo, no entanto, mais difícil de ser percebida. Fatores que determinam a falta de manifestação fenotípica: • Genes epistáticos, isto é, genes não alélicos que interagem com o gene em questão, suprimindo a manifestação do gene e, assim, tornando-o não penetrante. • Genes modificadores, genes não alélicos que alteram a expressão do gene considerado. • Idade variável na manifestação de uma doença, dificultaria a detecção de uma pessoa portadora do gene se ela morresse antes de sua manifestação, o que apareceria como não penetrância do gene nesse indivíduo. • Limiar bioquímico variável na expressão de um gene: em determinados indivíduos, esse limiar pode ser mais alto do que em outros, fazendo com que o gene em questão não manifeste seu efeito. • Metodologia utilizada no exame da característica, ocasionando a não detecção de indivíduos portadores do gene. Nos níveis radiológico e bioquímico, a presença do gene seria detectada por meio de algum defeito não identificado a olho nu. (Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 179 e 180) 21. É possível fazer exames que garantam que uma criança nascerá normal? Os exames diagnósticos pré-natais envolvem testar o feto antes do nascimento (no pré- natal) para determinar se ele sofre de alguma anomalia, incluindo distúrbios genéticos hereditários ou espontâneos. Alguns desses exames, como ultrassonografia e certos exames de sangue, costumam ser parte da rotina de pré-natal. A ultrassonografia e os exames de sangue são seguros e, às vezes, ajudam a determinar se exames genéticos pré-natais mais invasivos (amostragem das vilosidades coriônicas, amniocentese e amostragem percutânea de sangue umbilical) são necessários. Em geral, esses exames mais invasivos são feitos quando os casais têm um risco maior de ter um bebê com uma anomalia genética (por exemplo, defeito do tubo neural) ou uma anomalia cromossômica (especialmente quando a mulher tem 35 anos ou mais). Os exames de sangue medem a concentração de determinadas substâncias (chamadas de marcadores) no sangue pode ajudar a identificar mulheres com maior risco de ter problemas, como ter um bebê com defeito do cérebro ou da medula espinhal (defeito do tubo neural), síndrome de Down, outras anomalias cromossômicas ou alguns distúrbios genéticos mais raros. Esses exames de sangue não trazem nenhum risco para o feto. Eles ajudam a determinar de maneira mais exata o risco individual da mulher de ter um bebê com uma anomalia A ultrassonografia pode ajudar a estimar o risco de ter síndrome de Down e certas outras anomalias cromossômicas. Ela pode mostrar se o espaço na nuca do feto está aumentado. Se estiver, o risco de ter estas anomalias é maior. amostragem das vilosidades coriônicas pode ser realizada no início da gestação para determinar se o bebê tem a síndrome de Down. A amniocentese permite ao médico medir a concentração de alfafetoproteína no líquido que envolve o feto (líquido amniótico), para analisar os cromossomos do feto e determinar se o líquido amniótico contém uma enzima chamada acetilcolinesterase. Uma concentração elevada de alfafetoproteína ou a presença de acetilcolinesterase no líquido amniótico sugere a existência de · Defeito do tubo neural · Uma anomalia em outra estrutura, como no esôfago, rins ou parede abdominal Um nível elevado de alfafetoproteína mais acetilcolinesterase no líquido amniótico indica um risco elevado de apresentar · Um defeito do tubo neural, como anencefalia ou espinha bífida. Durante o segundo trimestre, são medidos marcadores no sangue da gestante e, algumas vezes, é feita ultrassonografia para avaliar o risco de o feto ter certas anomalias. Uma ultrassonografia direcionada, usando equipamento de alta resolução, pode ser realizada em alguns centros especializados. Ela fornece mais detalhes e pode ser mais precisa do que a ultrassonografia padrão, particularmente para pequenos defeitos congênitos e pode ajudar a estimar o risco de uma anormalidade cromossômica. A ultrassonografia direcionada tem como objetivo identificar determinados defeitos congênitos estruturais que indicam um maior risco de ter uma anomalia cromossômica. Esse exame também consegue detectar variações nos órgãos que não afetam a função, mas que podem indicar um maior risco de ter uma anomalia cromossômica. Porém, resultados normais não significam necessariamente que não existe o risco de ter uma anomalia cromossômica. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v808954_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v45388368_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v809041_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v809041_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/anomalias-cromoss%C3%B4micas-e-gen%C3%A9ticas/s%C3%ADndrome-de-down-trissomia-21 https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v808954_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v45388368_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida#v35259760_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde- feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames- diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9- natais#:~:text=A%20ultrassonografia%20e%20os%20exames,de%20sangue%20umbil ical)%20s%C3%A3o%20necess%C3%A1rios. 22. Identifique a organização da sociedade e da comunidade para o acolhimento e apoio às pessoas com doenças genéticas, bem como suas famílias. Conhecer e observar as frequências e estimativas relacionadas às doenças genéticas na população possibilita entender as causas e ocorrências dessas doenças, bem como, buscar Aconselhamento Genético e/ou atendimento (assistência ambulatorial) no caso de ocorrência na família. Permitindo que essas pessoas tenham melhor qualidade de vida, evitando a evolução da doença e convivendo mais em sociedade, ou seja, tendo um modo de vida próximo ao das pessoas consideradas normais. No Brasil, o Aconselhamento Genético (AG) faz parte da Política Nacional de Atenção Integral em GenéticaClinica que foi publicada na portaria 81 (BRASIL, 2009), sendo definido como o pilar central dessa proposta. O AG é um conjunto de dados que inicia na consulta genética quando a família fornece informações necessárias para a investigação de uma provável doença. Essas informações são importantes para a compreensão e definição das doenças genéticas, porque permite que todos os envolvidos participem e contribuam com informações a respeito da doença, é uma consulta bilateral e deve ser direito de todas as pessoas que apresentam uma doença genética ou anomalia congênita, bem como, para seus entese familiares. Comumente, o AG é realizado durante o período pré-natal, o pós-natal e em alguns casos na vida adulta. Assim, o AG permite planejar a reprodução e serve de diagnóstico de alterações corporais e/ou cognitivas As pessoas com deficiência são reconhecidas pelos princípios da Constituição (1988) que garantem seus direitos, seja no tocante ao trabalho, à acessibilidade e, principalmente, no tocante à educação, o que inclui acesso à escola para todas as pessoas sem distinção de qualquer natureza. O processo de inclusão vem rompendo barreiras sociais e tem mostrado que a inclusão escolar é o caminho para uma melhor qualidade de ensino e de vida, tanto para os indivíduos com doenças genéticas, como para os pais, professores e demais envolvidos, seja no âmbito do ensino básico ou superior Os alunos com deficiência (doença genética) são incluídos nas escolas mediante a educação inclusiva; esses alunos vêm, desde a infância, sendo acompanhados por alguma instituição de saúde, por exemplo, o CRI (Centro de Reabilitação Infantil), a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), entre outras. As escolas estaduais recebem um projeto do Governo do Estado, da SUESP (Subcoordenadoria de Educação Especial). Dessa forma, além da criança ser inserida na escola regular, convivendo com outras pessoas consideradas normais, tem o acompanhamento integral de um professor especializado ou pedagogo no contra turno. Esse professor especializado tem o papel de integrar esses alunos, observar o desenvolvimento de suas aprendizagens, ajudar nas dificuldades que eles enfrentam e inter-relacionar a família ao cotidiano escolar dos alunos. https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/download/629/147 https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/download/629/147 23. Qual a importância da genética para a formação médica? A formação em Genética mais aprofundada é essencial para que os médicos estejam aptos para lidar com diversas situações que exigem aconselhamento genético, assegurando um atendimento de precisão e de confiança. Uma vez que o entendimento da condição genética pela família pode ser prejudicado se o paciente não é corretamente encaminhado ou instruído pelo médico generalista. Caso o conhecimento sobre a genética seja raso, é essencial que o profissional saiba aconselhar o paciente e encaminhá-lo a um médico geneticista se possível. O médico com o qual o paciente teve o primeiro contato deve o acompanhar e o orientar, indicando os exames necessários ao paciente e elaborando uma estratégia de tratamento. O Projeto Genoma Humano, plano internacional iniciado em 1990 para mapear todo o genoma humano até o ano de 2005, completou-se em 2003 com o sequenciamento completo de todo genoma humano, e em 2005 obteve-se o sequenciamento de todos os cromossomos humanos, trazendo significativos benefícios médicos, como o reconhecimento do papel que os fatores genéticos desempenham na etiologia de doenças humanas que fez da genética clínica uma das áreas que mais rapidamente se desenvolveu na medicina. Muitas dessas novas informações da genética são aplicadas diretamente na melhor compreensão da patogênese da doença, bem como na melhoria do diagnóstico e do manejo de pacientes. A maior contribuição do desenvolvimento dos novos conhecimentos em genética é na área de prevenção de doenças, que deve se tornar o foco principal da medicina moderna. O rastreamento de indivíduos de risco, o aperfeiçoamento do diagnóstico genético, o diagnóstico pré-natal, o aconselhamento genético são algumas das atuais aplicações desses novos conhecimentos para a prática médica. As experiências com terapia gênica iniciaram o tratamento específico de doenças, prenunciando um grande impacto na prática médica do futuro. (Maria R. Borges Osório, Pág. 13) 24. Quais são os princípios e diretrizes da política nacional de saúde das pessoas com deficiência? - Princípios: Universalidade: significa garantir os cuidados de saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Todos os indivíduos têm direito de acesso a todos os serviços públicos, assegurando que a saúde é direito de cidadania e um dever do Estado nas esferas de governo: municipal, estadual e federal. Ou seja, todos os brasileiros podem alcançar uma ação, ou serviço de saúde de que necessitem sem qualquer barreira, seja legal, econômica, física ou cultural; Integralidade: Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade. O homem é um ser integral, biopsicossocial e deverá ser atendido com essa visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde. Isso significa reconhecer a prática do cuidado e dos serviços a cada integrante de uma comunidade e que as ações de promoção, de proteção, de atenção e de recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não devem ser fragmentadas. Equidade: significa assegurar ações e serviços de saúde, de acordo com a complexidade de cada caso, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual e deve ser atendido, conforme suas necessidades até onde o sistema puder oferecer para todos; A pessoa com deficiência tem direito a ser atendida no SUS nas suas necessidades básicas e específicas de saúde, por meio de ações de promoção, prevenção e reabilitação, incluindo a aquisição de recursos ópticos, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. - Diretrizes: Formulação e desenvolvimento de ações e programas que tem como principal objetivo reabilitar / habilitar a pessoa com deficiência com vistas a sua inclusão social. 1. Promoção da qualidade de vida 2. Prevenção de deficiências 3. Assistência integral à saúde 4. Ampliação e fortalecimento de mecanismos de informação 5. Capacitação de recursos humanos 6. Organização e funcionamento dos serviços (Pisaneschi, E. - Coordenadora Área Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência. Política Nacional de Saúde Pessoa com Deficiência, 2009 <http://www1.saude.rs.gov.br/dados/12602067077382palestra%20Erika%20seminario %2024%20de%20nov%2009.pdf>) MINISTÉRIO DA SAÚDE – MS. Portal do Governo Brasileiro, 2019. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Disponível em:.<http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude> 25. O que é osteogênese imperfeita? A Osteogênese imperfeita (OI) é um grupo de distúrbios hereditários que predispõem à deformidade esquelética e à fratura fácil dos ossos, mesmo com traumas pequenos 26. Qual a etiologia da osteogênese imperfeita? A causa da OI está em mutações na estrutura do colágeno. Proteínas compostas de subunidades, como o colágeno, são frequentemente sujeitas a mutações que impedem a associação das subunidades, alterando as interfaces das subunidades. Aproximadamente 95% dos indivíduos com OI possuem mutações heterozigotas em um dos genes, COL1A1 e COL1A2, que codificam as cadeias de colágeno do tipo I (principal proteína dos ossos). Essas mutações ou levam a formação de um número reduzido de colágeno ou a produção de fibrilas de colágenos anormais, resultando numa mineralização defeituosa no osso e, consequentemente, gerando as manifestações fenotípicas dessa doença. 27. Qual a patogênese da osteogênese imperfeita? Cada cadeia de colágeno éfeita como uma tripla-hélice de pró-colágeno, formada por duas cadeias pró-α1 (I) (codificadas pelo COL1A1) e uma cadeia pró-α2 (I) (codificadas pelo COL1A2), que é secretada no espaço extracelular, onde os domínios carboxi e aminoterminais são clivados para formar colágeno. Em seguida fibrilas maduras de colágeno são então montadas e mineralizadas no osso. Tipo I: Produção Diminuída de Colágeno Em indivíduos com OI tipo I as mutações resultam em códons de término prematuros em um alelo COL1A1 que tornam o RNAm deste alelo intraduzível, assim, a perda de metade do RNAm leva à produção de aproximadamente metade da quantidade normal, já que a molécula de pró-colágeno tipo I necessita de duas cadeias de pró-α1 (I) para montar uma tripla-hélice. Além disso, mutações de sentido trocado também podem dar origem a esta forma mais branda de OI quando a alteração do aminoácido está localizada na extremidade aminoterminal, pois as substituições aminoterminais tendem a ser menos prejudiciais à montagem da cadeia de colágeno. Tipos II, III, e IV: Colágenos Estruturalmente Defeituosos As mutações desses fenótipos promovem substituições na tripla-hélice que convertem uma glicina em um resíduo mais volumoso que perturba a formação da tripla-hélice e, consequentemente, produzem cadeias pró-α1 (I) ou próα2 (I) estruturalmente anormais. Isso porque, a glicina é o único resíduo compacto o suficiente para ocupar posição axial da hélice. No osso, as cadeias anormais e o seu número reduzido causam a mineralização defeituosa das fibrilas de colágeno. (THOMPSON, cap. 12, p. 366-371) 28. Qual o quadro clínico relacionado a osteogênese imperfeita? Em termos gerais Osteogênese imperfeita é uma doença genética com características clínicas tais como fragilidade óssea, fraturas recorrentes, escleras azuladas e dentinogênese imperfeita Tipo 1 é uma forma leve, caracterizada por nenhuma ou poucas fraturas e deformidades ósseas discretas. Tipo 2 é o mais grave, caracterizado por fragilidade óssea extrema, levando à morte no período neonatal. Tipo 3 é grave; os pacientes apresentam múltiplas fraturas, deformidades ósseas significativas e baixa estatura. Tipo 4 é uma forma moderada, com alta variabilidade clínica, em que os pacientes podem evoluir com poucas ou muitas fraturas associadas às deformidades ósseas. Tipo 5 é uma forma moderada da doença com algumas características clínicas e radiológicas distintas, como calcificação da membrana interóssea entre rádio e ulna e/ou tíbia e fíbula, formação de calos hiperplásicos em ossos longos, deslocamento da cabeça do rádio e ausência de dentinogênese imperfeita. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%2 0uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese %20imperfeita. 29. Como é feito o diagnóstico da osteogênese imperfeita? • Avaliação clínica • Algumas vezes, análise do pró-colágeno tipo I e exames genéticos O diagnóstico da osteogênese imperfeita é geralmente clínico, mas não existem critérios padronizados. Análise do pró-colágeno tipo I da cultura de fibroblastos (obtida de biópsia de pele) ou análise sequencial dos genes COL1A1 e COL1A2 pode ser utilizada quando o diagnóstico clínico não está claro. Pode-se detectar osteogênese imperfeita grave no útero por ultrassonografia de nível II. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita 30. Qual o prognóstico da osteogênese imperfeita? TEMPO DE TRATAMENTO - CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO Recomenda-se que os pacientes sejam tratados por 2 anos após o período em que não apresentarem mais fraturas. BENEFÍCIOS ESPERADOS • Redução do número de fraturas; • Redução da dor crônica; • Redução global do nível de incapacidade física; • Melhora do crescimento e da mobilidade. MONITORIZAÇÃO A periodicidade da monitorização clínica deve ser feita de acordo com a faixa etária: • Crianças até 2 anos de idade: a cada 2 meses. • Crianças de 2-3 anos: a cada 3 meses. • Crianças com mais de 3 anos: a cada 4 meses. • Adultos: a cada 6 meses. ACOMPANHAMENTO PÓS-TRATAMENTO Após o término do tratamento, os pacientes devem ser acompanhados com monitorização clínica ao menos anualmente. Pacientes que voltarem a apresentar fraturas ou dor óssea devem ser reavaliados clínica e radiologicamente e, se preencherem novamente os critérios, devem retornar ao tratamento. 31. Qual o tratamento da osteogênese imperfeita? Apesar de não ter cura, a osteogênese imperfeita possui um tratamento multidisciplinar, baseado nos conhecimentos da equipe de ortopedista, geneticista, pediatra, endocrinologista, educador físico, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e otorrinolaringologista. Além das avaliações e manejo dessa equipe, tem o tratamento medicamentoso com pamidronato para crianças e aledronato para adultos que pode reduzir o número de fraturas e osteoporose desses pacientes. (https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que- tem- tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,c ausando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador) https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador
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