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TUTORIA 4 - GENÉTICA

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TUTORIA 4 – GENÉTICA 
PERGUNTAS: 
1. O que é mutação? 
Mutação se refere a qualquer alteração hereditária permanente na sequência de DNA 
genômico. 
Alteração de um nucleotídeo único a alterações em um cromossomo inteiro. Para se 
reconhecer uma mudança deve-se comparar aquilo que a variante mostra ser uma 
diferença com um “padrão-ouro” = sequência de referência = sequência ou arranjo mais 
comum na população 
2. Como podem ser classificadas as mutações? (tamanho, localização…) - 
citar nomes 
As mutações podem ser classificadas quanto ao local que afetam 
a. Local 
Mutações somáticas: ocorrem em células somáticas e não podem ser transmitidas à 
geração seguinte. 
Mutações gaméticas: ocorrem no DNA de células de linhagem germinativa e, por isso, 
pode ser herdada. 
b. Em relação ao tipo de alteração 
Substituições nucleotídicas 
Mutação de sentido trocado: a substituição de um único nucleotídeo em uma 
sequência gênica altera o sentido da codificação do gene ao especificar um aminoácido 
diferente. 
Mutação sem sentido: resultado da substituição de um códon normal por um dos três 
códons de término (UAA, UGA, UAG). Ou o RNAm transportando uma mutação 
prematura é alvo de rápida degradação e uma tradução não é possível ou mesmo que 
o RNAm seja suficientemente estável para ser traduzido, a proteína que resulta é tão 
instável que rapidamente degrada. 
Mutações que afetam a transcrição, processamento e a tradução: podem ser 
mutações que afetam as bases necessárias (sequencias de nucleotídeos dentro ou 
próximo das junções éxons-íntron – sítio doador 5’- ou íntrons-éxon – sítio aceptor 3’) 
para ocorrer o splicing normal de RNA naquele local ou substituições de bases que 
criam sítios doadores ou aceptores alternativos que competem com os sítios normais 
durante o processamento do RNA. 
 
OBS: Elemento LINE: DNA repetitivo capaz de se movimentar por retrotransposição 
c. Em relação a função da proteína 
Mutação com ganho de função: mutação associada com o aumento em uma ou mais 
funções de uma proteína normal. 
Mutação com propriedade nova: confere uma nova propriedade à proteína. 
Mutação com perda de função: Ocorrência de mutação associada a uma redução ou 
uma perda completa de uma ou mais das funções normais de uma proteína. 
d. Em relação a etiologia 
Mutações espontâneas: surgem durantes processos normais 
Mutações induzidas: resultam da ação de agentes físicos ou químicos, chamados de 
mutagênicos. 
(THOMPSON, cap. 4, p. 93 - 96) 
 
3. Descreva cada um dos tipos de mutação. 
Cromossômica: produz alteração no número de cromossomos devido a erros de 
segregação, as consequências são graves e os fetos abortados de modo espontâneo 
Regionais: afetam a estrutura ou organização (deleção, duplicação, inversão) regional 
dos cromossomos 
Gênicas: podem originar-se por qualquer um de dois mecanismos básicos: erros 
introduzidos durante a replicação do DNA ou mutações decorrentes de uma falha no 
reparo correto do DNA após lesão, geralmente são espontâneas e surgem durante os 
processos normais (mas imperfeitos) de replicação e reparo do DNA. 
 
Substituições nucleotídicas 
• De sentido trocado(missense):Uma única substituição de nucleotídeo(mutação 
pontual) em uma sequência gênica, pode alterar o código em uma trinca de bases e 
causar a substituição não sinônima de um aminoácido por outro. Embora nem todas 
conduzam a uma alteração observável na função proteica, a proteína resultante pode 
não funcionar adequadamente, tornando-se instável e degradando rapidamente ou 
falhar em localizar sua posição intracelular correta. 
• Sem sentido (nonsense): 
Causam a substituição de um códon normal para um aminoácido por um dos 3 códons 
de término. Essa mutação pode converter um éxon codificante em códon de parada, 
promovendo a parada da tradução no meio da sequência codificante originando uma 
RNAm imaturo e facilmente degradado(impedindo a tradução), ou destruir códons de 
término normal, permitindo que a tradução continue até que outro seja alcançado e 
resultando em um produto proteico com aminoácidos adicionais. 
Afetam a transcrição, processamento e tradução de RNA: 
Para a formação de um RNA maduro são requeridas sequências particulares de 
nucleotídeos localizados dentro ou próximos das junções éxoníntron (sítio doador 5′) ou 
íntron-éxon (sítio aceptor 3′), as mutações que afetam essas bases necessárias(seja no 
sítio doador ou aceptor)interferem com (e em alguns casos anulam) o splicing normal 
de RNA naquele local. 
Outras mutações splicing também criam sítios doadores ou aceptores alternativos que 
competem com os sítios normais durante o processamento do RNA. 
 
Deleções, inserções e rearranjos. 
• Mutações de matriz de leitura(frameshift): deleção que ocorre em uma sequência 
codificante e o número de bases envolvidas não é múltiplo de 3(códon completo). A 
partir do ponto de inserção ou de deleção, uma sequência diferente de códons é 
gerada, codificando aminoácidos incorretos seguidos por um códon de término na 
matriz alterada, o que levará a um produto proteico funcionalmente alterado. 
• Mutações dinâmicas: envolve a amplificação de uma sequência de repetição de 
nucleotídeos simples interferindo com a expressão gênica normal ou com a função 
proteica. Uma repetição expandida na região codificante irá gerar um produto 
proteico anormal, enquanto a expansão da repetição em regiões não traduzidas ou 
íntrons de um gene pode interferir com a transcrição, o processamento de RNA ou a 
tradução. 
• Indels: São mutações de mudança de matriz de leitura quando a mutação 
corresponde um trecho grande de genes, responsáveis por afetar vários exons e 
causar distúrbios na sua sequência codificante. 
• Retrotransposição: é a mutação advinda de uma inserção de elementos móveis no 
genoma, podendo gerar diversidade genética mas também a interrupção de 
sequências de codificação e inativação de genes, como é o caso de alguns 
portadores de hemofilia A e câncer de colo de útero. 
 
 
 
4. O que é uma síndrome gênica? 
Síndromes que ocorrem quando um único gene do indivíduo causa mutações 
pleiotrópicas, ou seja, mais de uma manifestação fenotípica como consequência dessa 
alteração gênica. Por exemplo, como o colágeno está presente em praticamente todo o 
organismo, um gene que afeta sua função/manifestação, pode gerar diversos sintomas 
distintos. 
 
5. O que é um gene dominante? 
Quando o fenótipo é expresso em heterozigotos, bem como em homozigotos (ou 
heterozigotos compostos). 
(THOMPSON, pág. 180, 8ª edição). 
 
6. O que é um gene recessivo? 
É aquele alelo que só se manifesta fenotipicamente quando está em homozigose, 
sendo mascarado em presença do seu alelo dominante. 
 
7. O que é um gene epistático? 
Genes não alélicos que interagem com outro gene, suprimindo a manifestação do gene 
e, assim, tornando-o não penetrante. Gene EPISTÁTICO: gene que exerce a ação 
inibitória • Gene HIPOSTÁTICO: gene que sofre a inibição. 
 
Epistasia Recessiva 
Um exemplo de epistaHerança autossômica (recessiva e dominante) 
Herança ligada ao X (recessiva e dominante) 
Herança mitocondrial 
Herança pseudoautossômica 
Os distúrbios monogênicos dependem de 2 fatores: 
→ Se a localização cromossômica do locus gênico está em um autossomo, em um 
cromossomo sexual ou no genoma mitocondrial. 
→ Se o fenótipo é dominante ou recessivo.sia recessiva é o que ocorre com a cor da 
pelagem em cães labradores. As cores preta, marrom e dourada são controladas 
geneticamente por dois genes B e D, que atuam do seguinte modo: B cor preta b cor 
marrom dd cor dourada. Para o gene D a constituição recessiva dd é epistática ao gene 
B, resultando na cor dourada. 
 
 
 
Epistasia Dominante 
 
Exemplo: Cor do fruto em abóbora 
 
 
 
 
8. Quais são os tipos de padrões de heranças? Defina cada uma 
delas.Herança autossômica (recessiva e dominante) 
Herança ligada ao X (recessiva e dominante) 
Herança mitocondrial 
Herança pseudoautossômica 
Os distúrbios monogênicosdependem de 2 fatores: 
→ Se a localização cromossômica do locus gênico está em um autossomo, em um 
cromossomo sexual ou no genoma mitocondrial. 
→ Se o fenótipo é dominante ou recessivo. 
 
 
9. O que caracteriza um padrão de herança autossômico dominante? 
Mais da metade de todos os distúrbios mendelianos conhecidos são herdados de forma 
autossômica dominante. 
O fardo dos distúrbios autossômicos dominantes se torna ainda maior devido à sua 
natureza hereditária, quando acontecem dentro das famílias, incorrem em problemas 
médicos e sociais não apenas para os indivíduos, mas também para as genealogias 
inteiras, muitas vezes ao longo de diversas gerações. 
O risco e a gravidade de doenças transmitidas de forma dominante para a prole 
dependem de se um ou ambos os genitores são afetados e se esse caráter é dominante 
puro ou dominante incompleto. 
Características da herança autossômica dominante 
• O fenótipo geralmente aparece em todas as gerações e uma pessoa afetada tem um 
genitor afetado. As exceções ou aparentes exceções a essa regra na genética clínica 
são (1) casos originados de mutações novas em um gameta vindo de um genitor 
fenotipicamente normal e (2) casos em que o distúrbio não é expresso (não penetrante) 
ou é expresso apenas de forma sutil na pessoa que herdou o alelo mutante 
Responsável. 
• A partir de um genitor afetado, qualquer criança tem o risco de 50% de herdar a 
característica. Isso é válido para a maioria das famílias nas quais o outro genitor é 
fenotipicamente normal. Considerando que estatisticamente cada membro da família é 
o resultado de um “evento independente”, podem ocorrer grandes desvios ao acaso da 
proporção esperada de 1:1 em uma única família. 
• Familiares fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo aos seus filhos. Falha 
de penetrância ou expressividade leve de uma condição podem resultar em exceções 
aparentes a essa regra. 
• Homens e mulheres são igualmente passíveis de transmitir o fenótipo para os filhos, 
seja qual for o gênero. Vale ressaltar que pode ocorrer transmissão homem a homem e 
que homens podem ter filhas não afetadas. 
• Uma proporção significativa de casos isolados e de casos esporádicos se deve a 
mutações novas. Quanto menor a adequação para sobreviver e reproduzir, maior será 
a proporção dos casos decorrentes de mutações novas 
 
10. O que caracteriza um padrão de herança autossômico recessivo? 
A característica é autossômica porque: 
- Aparece igualmente em homens e mulheres; 
- Pode ser transmitida diretamente de homem para homem. 
A característica é recessiva porque: 
- Há saltos de gerações; 
- Os afetados, em geral, possuem genitores normais; portanto, indivíduos não afetados 
podem ter filhos afetados; 
- Em média, 25% dos irmãos de um afetado são também afetados; 
- A característica aparece em irmandades e não nos genitores ou netos dos afetados; 
- Os genitores dos afetados frequentemente são consanguíneos. 
(Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 154 a 183) 
 
11. O que caracteriza um padrão de herança ligada ao X dominante? 
Conforme discussão prévia, um fenótipo ligado ao X pode ser descrito como dominante 
se tiver expressão regular em heterozigotas. A herança dominante ligada ao X pode ser 
prontamente diferenciada da herança autossômica dominante pela ausência de 
transmissão homem a homem, que é impossível de ocorrer na herança ligada ao X 
porque os homens transmitem o cromossomo Y, e não o X, aos seus filhos homens. 
Assim, uma característica inconfundível em um heredograma dominante ligado ao X 
com penetrância completa é que todas as filhas e nenhum dos filhos de homens 
afetados são afetados; se alguma das filhas for não afetada ou algum dos filhos for 
afetado, a herança deve ser autossômica, e não ligada ao X. O padrão de herança a 
partir das mulheres não é diferente daquele no padrão autossômico dominante; como 
as mulheres têm um par de cromossomos X do mesmo modo que têm um par de 
autossomos, cada criança de uma mulher afetada tem 50% de chance de herdar a 
característica, seja qual for o gênero. Em múltiplas famílias com uma doença dominante 
ligada ao X, a expressão é geralmente mais atenuada nas mulheres heterozigotas, 
devido ao alelo mutante estar localizado no cromossomo X inativo em uma parte de 
suas células. Desse modo, a maioria dos distúrbios dominantes ligados ao X é 
dominante incompleta, como ocorre na maioria dos distúrbios autossômicos dominantes 
(Quadro). 
 
 
(Capítulo 7, página 196 e 197 – Thompson) 
 
 
 
12. O que caracteriza um padrão de herança ligada ao X recessivo? 
 
A herança de fenótipos recessivos ligados ao X segue um padrão bem definido e de 
fácil reconhecimento. Uma mutação recessiva ligada ao X se expressa fenotipicamente 
em todos os homens que a recebem e, consequentemente, distúrbios recessivos ligados 
ao X são geralmente restritos aos homens. 
 
• As mulheres heterozigotas geralmente não são afetadas, mas algumas manifestam a 
condição em níveis variados de gravidade determinada pelo padrão de inativação do X. 
• O gene responsável pela condição é transmitido de um homem afetado a todas as 
suas filhas. Os filhos homens de qualquer uma dessas filhas têm um risco de 50% de 
herdá-lo. 
• O alelo mutante nunca é transmitido diretamente de pai para filho, mas é transmitido 
de um homem afetado a todas as suas filhas. 
• O alelo mutante pode ser transmitido ao longo de uma série de mulheres portadoras, 
de modo que os homens afetados em uma genealogia serão aparentados entre si 
através das mulheres. 
• Uma proporção significativa dos casos isolados se deve a mutações novas. 
 
 
 
13. Quais as características de cada heredograma dos padrões citados acima? 
Herança autossômica dominante: 
 
 
• Afeta igualmente homens e mulheres; presença de um ou dois alelos selvagens em um 
indivíduo afetado, podendo esse ser considerado um indivíduo heterozigoto o u 
homozigoto 
 
 Herança autossômica recessiva: 
 
 
 Herança ligada ao X dominante: 
 
• Homens afetados casados com mulheres normais têm todas as filhas afetadas 
e todos os filhos normais. 
• A prole de ambos os gêneros de uma mulher portadora tem risco de 50% de 
herdar o fenótipo. O padrão visto no heredograma é semelhante ao da herança 
autossômica dominante. 
• Mulheres afetadas ocorrem em uma frequência aproximadamente duas vezes 
maior do que os homens afetados, mas as mulheres afetadas tipicamente 
exibem uma expressão mais leve (embora variável) do fenótipo. 
 Herança ligada ao X recessiva: 
 
 
14. Qual é o padrão de herança da família de Rodolfo? 
É uma herança autossômica dominante, pois a mãe de Rodolfo é heterozigota, 
portadora do gene dominante para OI, e o seu pai é recessivo não apresentando o gene 
para a doença. 
o Pelo menos um dos pais de Rodolfo é afetado; 
o Um dos filhos não é afetado o que descarta a possibilidade de ser recessiva ligada ao 
X; 
 
 
15. Faça o heredograma da família de Rodolfo. 
 
 
 
 
16. De exemplos de doenças de cada um dos padrões citados acima. 
Exemplos de doenças autossômicas dominantes raras 
Acondroplasia (OMIM 100800) 
A acondroplasia é a causa mais comum de nanismo genético humano. As mutações no 
gene FGFR3 (gene do receptor do fator de crescimento fibroblástico 3) associadas à 
acondroplasia são mutações de ganho de função, que causam ativação desse gene 
independentemente do ligante. Essa ativação constitutiva de FGFR3 inibe, de modo 
inadequado, a proliferação de condrócitos na placa de crescimento e, 
consequentemente, leva ao encurtamento dos ossos longos, bem como à diferenciação 
anormal dos outros ossos. 
Distrofia miotônica (OMIM 160900) 
A distrofia miotônica é um distúrbio 
multissistêmico, sendo a forma mais comum 
de distrofia muscular em adultos. A forma 
clássica desse distúrbio, a distrofia miotônica 
1, é causada por uma expansão de repetições 
do códon CTG na região não traduzida 3′ do 
gene da proteinoquinase da distrofia 
miotônica (DMPK).Epidermólise bolhosa (OMIM 131750) 
A epidermólise bolhosa (EB) consiste em um 
grupo de distúrbios clinicamente 
heterogêneos, caracterizado por bolhas, 
erosões e cicatrizes na pele e nas membranas 
mucosas em resposta a trauma mecânico ou 
fricção, podendo também surgir de modo 
espontâneo. 
 
Neurofibromatose (OMIM 162200; 101000) 
A neurofibromatose foi descrita pela primeira vez em 1882, pelo patologista alemão von 
Recklinghausen, por isso é também conhecida como doença de von Recklinghausen. 
Foram reconhecidas pelo menos oito formas, porém as mais comuns são a 
neurofibromatose tipo 1 (doença cutânea de von Recklinghausen) e a neurofibromatose 
tipo 2 (neurofibromatose acústica bilateral). 
 
Exemplos de doenças autossômicas recessivas raras 
Acromatopsia (OMIM 216900) 
A acromatopsia 2 é também denominada cegueira total às cores ou cegueira diurna. 
Características clínicas – As pessoas não distinguem as cores, enxergando tudo em 
preto, branco e nuanças de cinzento, embora tenham boa percepção da forma e desta 
em movimento; visão defeituosa, nistagmo e fotofobia, com visão melhor à noite. O dano 
atinge a área V4, do córtex extraestriado, que contém muitas células responsivas à cor 
(os cones estão presentes, mas não funcionam bem). 
Frequência – Aproximadamente 1/30.000 indivíduos. Na ilha de Pingelap, a frequência 
é extremamente alta (1/12), devido ao efeito do fundador. 
Genética – O gene que determina a acromatopsia 2 está localizado no cromossomo 
2q11. 
Hipofosfatasia ou raquitismo dependente de vitamina D (OMIM 146300) 
O defeito básico nesse tipo de hipofosfatasia é um decréscimo nos níveis de fosfatase 
alcalina no soro, com aumento nos níveis de fosfoetanolamina. A fosfatase alcalina 
participa do processo de calcificação dos ossos e cemento. A agenesia ou a formação 
anormal do cemento leva ao desprendimento prematuro espontâneo dos dentes 
primários, especialmente os incisivos mandibulares. Além dos problemas orais, os 
indivíduos apresentam alterações semelhantes às do raquitismo, como pernas 
arqueadas e fraturas múltiplas. 
Genética – Esse distúrbio é causado por uma mutação no gene ALPL, que se localiza 
no cromossomo 1p36.1-p34 e codifica a fosfatase alcalina tecidual não específica. 
 
Exemplo de doença recessiva ligada ao sexo, rara 
Daltonismo 
A denominação de daltonismo foi dada em homenagem ao famoso químico John Dalton, 
que apresentava essa deficiência, e fora o primeiro a perceber que enxergava as cores 
de modo diferente das outras pessoas. Esse cientista chegou a doar seus globos 
oculares à ciência, na esperança de que seu estudo revelasse a causa do problema 
visual. O daltonismo é também denominado cegueira parcial para cores. 
Características clínicas – O daltonismo é um distúrbio que envolve os cones, um dos 
dois principais tipos de células da retina. Existem dois tipos de células na retina: os 
bastonetes, mais periféricos e responsáveis pela visão em preto e branco, e os cones, 
mais centrais, responsáveis pela visão em cores. Estes últimos são de três tipos, de 
acordo com os pigmentos que apresentam. Atualmente considera-se a existência de 
três tipos de distúrbios dicromáticos graves: protanopia, na qual estão ausentes os 
cones para a cor vermelha (esse tipo de cegueira para as cores talvez fosse o caso de 
Dalton), deuteranopia, quando estão ausentes os cones para a cor verde; e tritanopia, 
quando estão ausentes os cones para a cor azul. Além dos distúrbios dicromáticos 
graves, existem os distúrbios tricromáticos moderados, que são devidos a números 
variáveis dos genes presentes para essas três cores, conferindo caráter mais suave (os 
três tipos de pigmento encontram-se presentes, porém a percepção da cor envolvida é 
enfraquecida, uma vez que não está totalmente ausente um tipo de cone de cada vez, 
mas todos se encontram presentes com graus variados de produção de pigmento). Os 
três tipos desse distúrbio denominam-se: protanomalia – alteração na absorção da cor 
ver- melha –, deuteranomalia – alteração na absorção da cor verde – e tritanomalia – 
alteração na absorção da cor azul. 
Genética – Os genes para protanopia, deuteranopia, protanomalia e deuteranomalia 
localizam-se no braço longo do cromossomo X (Xq28) e o gene para tritanopia e 
tritanomalia localiza-se no cromossomo 7q31.3-q32. Os distúrbios tricromáticos 
moderados são devidos a números variáveis dos genes presentes para essas três 
cores. 
Exemplo de doença dominante ligada ao X, rara 
Incontinência pigmentar (OMIM 308300) 
 
A incontinência pigmentar é também conhecida como síndrome de Bloch-Sulzberger ou 
incontinência pigmentar tipo II. 
Características clínicas – As meninas afetadas, em geral heterozigotas, apresentam 
lesões de pele vesiculares eritematosas inflamatórias, ao nascer. Mais tarde, aparecem 
as pigmentações semelhantes a “bolo-mármore”; isso se deve ao fato de que a melanina 
se deposita nas camadas mais profundas da pele e reflete o padrão de inativação do X: 
onde o alelo para o pigmento normal está inativado, desenvolvem-se espirais claras; 
onde o pigmento é produzido, o padrão é escuro, daí a aparência de “bolo-mármore”. 
Outros sintomas incluem perda de cabelo, problemas visuais, anomalias dentárias 
(ausência de alguns dentes ou dentes conoides) e convulsões. Os homens com essa 
condição são tão gravemente afetados que morrem intrauterinamente, o que é 
compatível com o fato de que as mulheres afetadas apresentam uma alta taxa de 
abortos, ao redor de 25%. Essa doença é causada por mutações no gene IKBKG (OMIM 
300248), relacionado com o sistema imune e localizado em Xq28. 
 
 
 
17. O que é expressividade variável? 
Em contraste com a penetrância, expressividade não se refere à presença ou à ausência 
de um fenótipo, mas à gravidade da expressão do fenótipo entre os indivíduos que têm 
o mesmo genótipo deletério. Quando a gravidade da doença difere em pessoas que 
possuem exatamente o mesmo genótipo, o fenótipo é dito como tendo expressividade 
variável. 
 
18. O que explica a expressividade variável? 
A expressividade variável está relacionada com fatores ambientais, como saúde do 
indivíduo e a predisposição genética, e outros genes, visto que alelos patogênicos de 
um gene podem ser suprimidos por alelos de outro gene do genoma. 
As causas da expressividade variável não são bem conhecidas. Como a variabilidade 
na expressão normalmente é mais marcante em indivíduos de diferentes famílias do 
que nos membros de uma só família, uma possível explicação é a de que a expressão 
dependeria, pelo menos em parte, de genes modificadores, que teriam maior diferença 
entre as famílias do que dentro delas, como no caso da penetrância reduzida. 
Em algumas doenças, cuja base molecular já é bem conhecida, é possível 
compreender-se que sua variabilidade de expressão é devida a diferentes tipos de 
mutações no mesmo lócus da doença, o que é denominado de heterogeneidade alélica. 
Por outro lado, efeitos ambientais às vezes podem ser responsáveis pela variabilidade 
de expressão de uma mesma característica. Na ausência de um determinado fator 
ambiental, o gene se expressa com gravidade diminuída ou não se expressa. 
Penetrância reduzida e expressividade variável costumam ocorrer juntas, em 
determinadas genealogias. 
(Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 181) 
19. O que é penetrância? 
É a frequência com a qual um gene em dose simples (para características dominantes) 
ou dose dupla (para características recessivas) se expressa no fenótipo 
correspondente. 
 
20. Caracterize os tipos de penetrância. 
Penetrância é a probabilidade de um ou mais alelos mutantes apresentarem qualquer 
expressão fenotípica. Penetrância reduzida ou incompleta ou não penetrância de um 
gene é a ausência de sua manifestação no fenótipo. Embora o gene esteja presente no 
genótipo, por alguma razão desconhecida ele pode não se expressar fenotipicamente. 
É um conceito de “tudo ou nada”.A penetrância reduzida é detectada mais facilmente no caso de características 
dominantes, quando um indivíduo que certamente deve possuir o alelo mutante não 
mostra o fenótipo correspondente. A transmissão parece pular uma geração, fazendo 
com que fique fora do grupo de afetados um indivíduo que certamente deve ser 
heterozigoto. A não penetrância também ocorre entre as características recessivas 
(genes em homozigose), sendo, no entanto, mais difícil de ser percebida. 
Fatores que determinam a falta de manifestação fenotípica: 
• Genes epistáticos, isto é, genes não alélicos que interagem com o gene em 
questão, suprimindo a manifestação do gene e, assim, tornando-o não 
penetrante. 
• Genes modificadores, genes não alélicos que alteram a expressão do gene 
considerado. 
• Idade variável na manifestação de uma doença, dificultaria a detecção de uma 
pessoa portadora do gene se ela morresse antes de sua manifestação, o que 
apareceria como não penetrância do gene nesse indivíduo. 
• Limiar bioquímico variável na expressão de um gene: em determinados 
indivíduos, esse limiar pode ser mais alto do que em outros, fazendo com que o 
gene em questão não manifeste seu efeito. 
• Metodologia utilizada no exame da característica, ocasionando a não detecção 
de indivíduos portadores do gene. Nos níveis radiológico e bioquímico, a 
presença do gene seria detectada por meio de algum defeito não identificado a 
olho nu. 
(Maria R. Borges Osório, Genética Humana, Cap. 5, Pág. 179 e 180) 
21. É possível fazer exames que garantam que uma criança nascerá normal? 
 
Os exames diagnósticos pré-natais envolvem testar o feto antes do nascimento (no pré-
natal) para determinar se ele sofre de alguma anomalia, incluindo distúrbios genéticos 
hereditários ou espontâneos. 
Alguns desses exames, como ultrassonografia e certos exames de sangue, costumam 
ser parte da rotina de pré-natal. A ultrassonografia e os exames de sangue são seguros 
e, às vezes, ajudam a determinar se exames genéticos pré-natais mais invasivos 
(amostragem das vilosidades coriônicas, amniocentese e amostragem percutânea de 
sangue umbilical) são necessários. Em geral, esses exames mais invasivos são feitos 
quando os casais têm um risco maior de ter um bebê com uma anomalia genética (por 
exemplo, defeito do tubo neural) ou uma anomalia cromossômica (especialmente 
quando a mulher tem 35 anos ou mais). 
Os exames de sangue medem a concentração de determinadas substâncias (chamadas 
de marcadores) no sangue pode ajudar a identificar mulheres com maior risco de ter 
problemas, como ter um bebê com defeito do cérebro ou da medula espinhal (defeito do 
tubo neural), síndrome de Down, outras anomalias cromossômicas ou alguns distúrbios 
genéticos mais raros. Esses exames de sangue não trazem nenhum risco para o feto. 
Eles ajudam a determinar de maneira mais exata o risco individual da mulher de ter um 
bebê com uma anomalia 
A ultrassonografia pode ajudar a estimar o risco de ter síndrome de Down e certas outras 
anomalias cromossômicas. Ela pode mostrar se o espaço na nuca do feto está 
aumentado. Se estiver, o risco de ter estas anomalias é maior. 
amostragem das vilosidades coriônicas pode ser realizada no início da gestação para 
determinar se o bebê tem a síndrome de Down. 
A amniocentese permite ao médico medir a concentração de alfafetoproteína no líquido 
que envolve o feto (líquido amniótico), para analisar os cromossomos do feto e 
determinar se o líquido amniótico contém uma enzima chamada acetilcolinesterase. 
Uma concentração elevada de alfafetoproteína ou a presença de acetilcolinesterase no 
líquido amniótico sugere a existência de 
· Defeito do tubo neural 
· Uma anomalia em outra estrutura, como no esôfago, rins ou parede 
abdominal 
Um nível elevado de alfafetoproteína mais acetilcolinesterase no líquido amniótico indica 
um risco elevado de apresentar 
· Um defeito do tubo neural, como anencefalia ou espinha bífida. 
 
Durante o segundo trimestre, são medidos marcadores no sangue da gestante e, 
algumas vezes, é feita ultrassonografia para avaliar o risco de o feto ter certas 
anomalias. 
Uma ultrassonografia direcionada, usando equipamento de alta resolução, pode ser 
realizada em alguns centros especializados. Ela fornece mais detalhes e pode ser mais 
precisa do que a ultrassonografia padrão, particularmente para pequenos defeitos 
congênitos e pode ajudar a estimar o risco de uma anormalidade cromossômica. A 
ultrassonografia direcionada tem como objetivo identificar determinados defeitos 
congênitos estruturais que indicam um maior risco de ter uma anomalia cromossômica. 
Esse exame também consegue detectar variações nos órgãos que não afetam a função, 
mas que podem indicar um maior risco de ter uma anomalia cromossômica. Porém, 
resultados normais não significam necessariamente que não existe o risco de ter uma 
anomalia cromossômica. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v808954_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v45388368_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v809041_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v809041_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/anomalias-cromoss%C3%B4micas-e-gen%C3%A9ticas/s%C3%ADndrome-de-down-trissomia-21
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v808954_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-natais#v45388368_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida#v35259760_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/detec%C3%A7%C3%A3o-de-dist%C3%BArbios-gen%C3%A9ticos/exames-
diagn%C3%B3sticos-pr%C3%A9-
natais#:~:text=A%20ultrassonografia%20e%20os%20exames,de%20sangue%20umbil
ical)%20s%C3%A3o%20necess%C3%A1rios. 
 
 
 
22. Identifique a organização da sociedade e da comunidade para o 
acolhimento e apoio às pessoas com doenças genéticas, bem como suas famílias. 
Conhecer e observar as frequências e estimativas relacionadas às doenças genéticas 
na população possibilita entender as causas e ocorrências dessas doenças, bem como, 
buscar Aconselhamento Genético e/ou atendimento (assistência ambulatorial) no caso 
de ocorrência na família. Permitindo que essas pessoas tenham melhor qualidade de 
vida, evitando a evolução da doença e convivendo mais em sociedade, ou seja, tendo 
um modo de vida próximo ao das pessoas consideradas normais. 
No Brasil, o Aconselhamento Genético (AG) faz parte da Política Nacional de Atenção 
Integral em GenéticaClinica que foi publicada na portaria 81 (BRASIL, 2009), sendo 
definido como o pilar central dessa proposta. O AG é um conjunto de dados que inicia 
na consulta genética quando a família fornece informações necessárias para a 
investigação de uma provável doença. Essas informações são importantes para a 
compreensão e definição das doenças genéticas, porque permite que todos os 
envolvidos participem e contribuam com informações a respeito da doença, é uma 
consulta bilateral e deve ser direito de todas as pessoas que apresentam uma doença 
genética ou anomalia congênita, bem como, para seus entese familiares. Comumente, 
o AG é realizado durante o período pré-natal, o pós-natal e em alguns casos na vida 
adulta. Assim, o AG permite planejar a reprodução e serve de diagnóstico de alterações 
corporais e/ou cognitivas 
As pessoas com deficiência são reconhecidas pelos princípios da Constituição (1988) 
que garantem seus direitos, seja no tocante ao trabalho, à acessibilidade e, 
principalmente, no tocante à educação, o que inclui acesso à escola para todas as 
pessoas sem distinção de qualquer natureza. O processo de inclusão vem rompendo 
barreiras sociais e tem mostrado que a inclusão escolar é o caminho para uma melhor 
qualidade de ensino e de vida, tanto para os indivíduos com doenças genéticas, como 
para os pais, professores e demais envolvidos, seja no âmbito do ensino básico ou 
superior 
Os alunos com deficiência (doença genética) são incluídos nas escolas mediante a 
educação inclusiva; esses alunos vêm, desde a infância, sendo acompanhados por 
alguma instituição de saúde, por exemplo, o CRI (Centro de Reabilitação Infantil), a 
AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), a APAE (Associação de Pais 
e Amigos dos Excepcionais), entre outras. As escolas estaduais recebem um projeto do 
Governo do Estado, da SUESP (Subcoordenadoria de Educação Especial). Dessa 
forma, além da criança ser inserida na escola regular, convivendo com outras pessoas 
consideradas normais, tem o acompanhamento integral de um professor especializado 
ou pedagogo no contra turno. Esse professor especializado tem o papel de integrar 
esses alunos, observar o desenvolvimento de suas aprendizagens, ajudar nas 
dificuldades que eles enfrentam e inter-relacionar a família ao cotidiano escolar dos 
alunos. 
https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/download/629/147 
https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/download/629/147
 
23. Qual a importância da genética para a formação médica? 
A formação em Genética mais aprofundada é essencial para que os médicos estejam 
aptos para lidar com diversas situações que exigem aconselhamento genético, 
assegurando um atendimento de precisão e de confiança. Uma vez que o entendimento 
da condição genética pela família pode ser prejudicado se o paciente não é 
corretamente encaminhado ou instruído pelo médico generalista. Caso o conhecimento 
sobre a genética seja raso, é essencial que o profissional saiba aconselhar o paciente e 
encaminhá-lo a um médico geneticista se possível. O médico com o qual o paciente teve 
o primeiro contato deve o acompanhar e o orientar, indicando os exames necessários 
ao paciente e elaborando uma estratégia de tratamento. 
O Projeto Genoma Humano, plano internacional iniciado em 1990 para mapear todo o 
genoma humano até o ano de 2005, completou-se em 2003 com o sequenciamento 
completo de todo genoma humano, e em 2005 obteve-se o sequenciamento de todos 
os cromossomos humanos, trazendo significativos benefícios médicos, como o 
reconhecimento do papel que os fatores genéticos desempenham na etiologia de 
doenças humanas que fez da genética clínica uma das áreas que mais rapidamente se 
desenvolveu na medicina. 
Muitas dessas novas informações da genética são aplicadas diretamente na melhor 
compreensão da patogênese da doença, bem como na melhoria do diagnóstico e do 
manejo de pacientes. A maior contribuição do desenvolvimento dos novos 
conhecimentos em genética é na área de prevenção de doenças, que deve se tornar o 
foco principal da medicina moderna. O rastreamento de indivíduos de risco, o 
aperfeiçoamento do diagnóstico genético, o diagnóstico pré-natal, o aconselhamento 
genético são algumas das atuais aplicações desses novos conhecimentos para a prática 
médica. As experiências com terapia gênica iniciaram o tratamento específico de 
doenças, prenunciando um grande impacto na prática médica do futuro. 
(Maria R. Borges Osório, Pág. 13) 
24. Quais são os princípios e diretrizes da política nacional de saúde das 
pessoas com deficiência? 
- Princípios: 
Universalidade: significa garantir os cuidados de saúde por parte do sistema, a todo e 
qualquer cidadão. Todos os indivíduos têm direito de acesso a todos os serviços 
públicos, assegurando que a saúde é direito de cidadania e um dever do Estado nas 
esferas de governo: municipal, estadual e federal. Ou seja, todos os brasileiros podem 
alcançar uma ação, ou serviço de saúde de que necessitem sem qualquer barreira, seja 
legal, econômica, física ou cultural; 
 
Integralidade: Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade. O 
homem é um ser integral, biopsicossocial e deverá ser atendido com essa visão integral 
por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar 
sua saúde. Isso significa reconhecer a prática do cuidado e dos serviços a cada 
integrante de uma comunidade e que as ações de promoção, de proteção, de atenção 
e de recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não devem ser 
fragmentadas. 
 
Equidade: significa assegurar ações e serviços de saúde, de acordo com a 
complexidade de cada caso, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual e 
deve ser atendido, conforme suas necessidades até onde o sistema puder oferecer para 
todos; 
 
A pessoa com deficiência tem direito a ser atendida no SUS nas suas necessidades 
básicas e específicas de saúde, por meio de ações de promoção, prevenção e 
reabilitação, incluindo a aquisição de recursos ópticos, órteses, próteses e meios 
auxiliares de locomoção. 
 
- Diretrizes: 
Formulação e desenvolvimento de ações e programas que tem como principal objetivo 
reabilitar / habilitar a pessoa com deficiência com vistas a sua inclusão social. 
1. Promoção da qualidade de vida 
2. Prevenção de deficiências 
3. Assistência integral à saúde 
4. Ampliação e fortalecimento de mecanismos de informação 
5. Capacitação de recursos humanos 
6. Organização e funcionamento dos serviços 
 
(Pisaneschi, E. - Coordenadora Área Técnica Saúde da Pessoa com Deficiência. 
Política Nacional de Saúde Pessoa com Deficiência, 2009 
<http://www1.saude.rs.gov.br/dados/12602067077382palestra%20Erika%20seminario
%2024%20de%20nov%2009.pdf>) 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE – MS. Portal do Governo Brasileiro, 2019. Sistema Único de 
Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Disponível 
em:.<http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude> 
 
 
 
25. O que é osteogênese imperfeita? 
A Osteogênese imperfeita (OI) é um grupo de distúrbios hereditários que predispõem à 
deformidade esquelética e à fratura fácil dos ossos, mesmo com traumas pequenos 
 
 
 
26. Qual a etiologia da osteogênese imperfeita? 
A causa da OI está em mutações na estrutura do colágeno. Proteínas compostas de 
subunidades, como o colágeno, são frequentemente sujeitas a mutações que impedem 
a associação das subunidades, alterando as interfaces das subunidades. 
Aproximadamente 95% dos indivíduos com OI possuem mutações heterozigotas em um 
dos genes, COL1A1 e COL1A2, que codificam as cadeias de colágeno do tipo I 
(principal proteína dos ossos). Essas mutações ou levam a formação de um número 
reduzido de colágeno ou a produção de fibrilas de colágenos anormais, resultando numa 
mineralização defeituosa no osso e, consequentemente, gerando as manifestações 
fenotípicas dessa doença. 
27. Qual a patogênese da osteogênese imperfeita? 
Cada cadeia de colágeno éfeita como uma tripla-hélice de pró-colágeno, formada por 
duas cadeias pró-α1 (I) (codificadas pelo COL1A1) e uma cadeia pró-α2 (I) (codificadas 
pelo COL1A2), que é secretada no espaço extracelular, onde os domínios carboxi e 
aminoterminais são clivados para formar colágeno. Em seguida fibrilas maduras de 
colágeno são então montadas e mineralizadas no osso. 
 
Tipo I: Produção Diminuída de Colágeno 
Em indivíduos com OI tipo I as mutações resultam em códons de término prematuros 
em um alelo COL1A1 que tornam o RNAm deste alelo intraduzível, assim, a perda de 
metade do RNAm leva à produção de aproximadamente metade da quantidade normal, 
já que a molécula de pró-colágeno tipo I necessita de duas cadeias de pró-α1 (I) para 
montar uma tripla-hélice. Além disso, mutações de sentido trocado também podem dar 
origem a esta forma mais branda de OI quando a alteração do aminoácido está 
localizada na extremidade aminoterminal, pois as substituições aminoterminais tendem 
a ser menos prejudiciais à montagem da cadeia de colágeno. 
Tipos II, III, e IV: Colágenos Estruturalmente Defeituosos 
As mutações desses fenótipos promovem substituições na tripla-hélice que convertem 
uma glicina em um resíduo mais volumoso que perturba a formação da tripla-hélice e, 
consequentemente, produzem cadeias pró-α1 (I) ou próα2 (I) estruturalmente anormais. 
Isso porque, a glicina é o único resíduo compacto o suficiente para ocupar posição axial 
da hélice. 
No osso, as cadeias anormais e o seu número reduzido causam a mineralização 
defeituosa das fibrilas de colágeno. 
(THOMPSON, cap. 12, p. 366-371) 
 
 
28. Qual o quadro clínico relacionado a osteogênese imperfeita? 
 
Em termos gerais Osteogênese imperfeita é uma doença genética com características 
clínicas tais como fragilidade óssea, fraturas recorrentes, escleras azuladas e 
dentinogênese imperfeita 
Tipo 1 é uma forma leve, caracterizada por nenhuma ou poucas fraturas e deformidades 
ósseas discretas. 
Tipo 2 é o mais grave, caracterizado por fragilidade óssea extrema, levando à morte no 
período neonatal. 
Tipo 3 é grave; os pacientes apresentam múltiplas fraturas, deformidades ósseas 
significativas e baixa estatura. 
Tipo 4 é uma forma moderada, com alta variabilidade clínica, em que os pacientes 
podem evoluir com poucas ou muitas fraturas associadas às deformidades ósseas. 
Tipo 5 é uma forma moderada da doença com algumas características clínicas e 
radiológicas distintas, como calcificação da membrana interóssea entre rádio e ulna e/ou 
tíbia e fíbula, formação de calos hiperplásicos em ossos longos, deslocamento da 
cabeça do rádio e ausência de dentinogênese imperfeita. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%2
0uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese
%20imperfeita. 
 
 
 
29. Como é feito o diagnóstico da osteogênese imperfeita? 
 
 
• Avaliação clínica 
• Algumas vezes, análise do pró-colágeno tipo I e exames genéticos 
O diagnóstico da osteogênese imperfeita é geralmente clínico, mas não existem critérios 
padronizados. 
Análise do pró-colágeno tipo I da cultura de fibroblastos (obtida de biópsia de pele) ou 
análise sequencial dos genes COL1A1 e COL1A2 pode ser utilizada quando o 
diagnóstico clínico não está claro. 
Pode-se detectar osteogênese imperfeita grave no útero por ultrassonografia de nível II. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200171#:~:text=Osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,escleras%20azuladas%20e%20dentinog%C3%AAnese%20imperfeita
 
 
30. Qual o prognóstico da osteogênese imperfeita? 
 
TEMPO DE TRATAMENTO - CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO 
Recomenda-se que os pacientes sejam tratados por 2 anos após o período em que não 
apresentarem mais fraturas. 
BENEFÍCIOS ESPERADOS 
• Redução do número de fraturas; • Redução da dor crônica; • Redução global do nível 
de incapacidade física; • Melhora do crescimento e da mobilidade. 
MONITORIZAÇÃO 
A periodicidade da monitorização clínica deve ser feita de acordo com a faixa etária: • 
Crianças até 2 anos de idade: a cada 2 meses. • Crianças de 2-3 anos: a cada 3 meses. 
• Crianças com mais de 3 anos: a cada 4 meses. • Adultos: a cada 6 meses. 
ACOMPANHAMENTO PÓS-TRATAMENTO 
Após o término do tratamento, os pacientes devem ser acompanhados com 
monitorização clínica ao menos anualmente. Pacientes que voltarem a apresentar 
fraturas ou dor óssea devem ser reavaliados clínica e radiologicamente e, se 
preencherem novamente os critérios, devem retornar ao tratamento. 
 
 
31. Qual o tratamento da osteogênese imperfeita? 
Apesar de não ter cura, a osteogênese imperfeita possui um tratamento multidisciplinar, 
baseado nos conhecimentos da equipe de ortopedista, geneticista, pediatra, 
endocrinologista, educador físico, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo e 
otorrinolaringologista. Além das avaliações e manejo dessa equipe, tem o tratamento 
medicamentoso com pamidronato para crianças e aledronato para adultos que pode 
reduzir o número de fraturas e osteoporose desses pacientes. 
(https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-
tem-
tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,c
ausando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador) 
 
 
https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador
https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador
https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador
https://www.saude.ce.gov.br/2014/03/17/osteogenese-imperfeita-doenca-rara-que-tem-tratamento/#:~:text=A%20osteog%C3%AAnese%20imperfeita%20%C3%A9%20uma,causando%20fragilidade%20%C3%B3ssea%20ao%20portador

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