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PROJETO E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES POSTAGEM 2- ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA A FORMAÇÃO DOCENTE PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM AMBIENTE ESCOLAR ANE CAROLINE GIOVANETTI BONTORIM- RA: 0557961 POLO: SÃO PEDRO/SP JÉSSICA MANUELA DOS REIS DE OLIVEIRA-RA: 1654612 POLO: ASSIS/SP SÃO PEDRO- SP 2021 Fonte da imagem Unip: https://www.unip.br/Ead/Assets/img/topo_new/logo-unip.png Título: A Formação Docente para a Educação de Jovens e Adultos em Ambiente Escolar. Tema: Formação para Docentes do EJA. Situação Problema: Resultados Insatisfatórios na Formação de Jovens e Adultos. Justificativa: A formação docente tem sido por anos o foco de muitas pesquisas e discussão, pois há inúmeros programas de formação continuadas, ineficientes e inúteis que possam resolver problemas arraigados em nossas instituições e também em nossa cultura. Infelizmente, este despreparo tem dificultado o acesso a permanência dos alunos na escola, e causando uma evasão e o grande fracasso escolar entre outros problemas. Partindo desse pressuposto, devemos refletir sobre como estamos construindo o nosso conhecimento? Baseado em qual metodologia e experiência? Qual a sua importância? Com que finalidade? Como vou direcionar este conhecimentos aos alunos? O professor qual sujeito singular, juntamente com sua formação ele trás consigo uma bagagem de experiência. Mais mediante a situação colocada na vida profissional cabe a esse formador dar início a um novo desafio que são os cursos de formação continuada. Com o objetivo e único intuito: Promover a habilidade e estimular o professor, através de tempo e reflexão e de uma embasada produção pedagógica. Nota- se que embora haja um grande esforço nessa área, ainda notamos resultados insatisfatórios. No que diz respeito á educação de jovens e adultos. Diante desse problema muitos educadores têm diminuído o currículo e se aprofundado em práticas e experiência. Devido a tal ação, a formação continuada tem sido primordial e de suma importância no processo educacional para a evolução da prática e resultados com os alunos. Embasamento Teórico: A Educação de Jovens e Adultos tem sido por muitos divididos em partes e mantida por inúmeros programas. Esse fator é causado pela não exigência na formação do professor. Assim sendo qualquer professor, independente de sua formação, atuante no Ensino Fundamental ou médio pode ser docente no EJA. Cabe nessa questão uma discussão, pois segundo PAIVA (1973) O EJA, destina-se a atender pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar ou se alfabetizar na idade adequada. Visa atender uma classe adulta e trabalhadora, por isso o EJA não pode pensar numa pedagogia fragmentada do mundo do trabalho. É preciso entender que o interesse em uma educação completa está correlacionado a um mercado de trabalho e não somente em adquirir conhecimento. Por isso o EJA deve estar diretamente interligado e unido e interessado na empregabilidade dos alunos e garantir a eles mediante a uma escolaridade essa perspectiva. FRIGOTO (2000) O campo educativo, da escola básica pós graduação, no quadro dos ajustes globais, está direcionada para uma concepção produtiva, cujo papel é o desenvolvimento e habilidades do conhecimento, atitudes e valores na qualidade do trabalho. O objetivo é a formação do indivíduo como banco de reserva que lhe garanta a empregabilidade. Para CURY (2000) O EJA possui três funções básicas: reparar, equalizar e qualificar a entrada de jovens e adultos, para que possam decidir sobre seus direitos civis. O EJA dá a oportunidade de seus alunos se igualarem como ser social e opinar dentro da sociedade com crítica e sem culpa. Abre oportunidade para que indivíduos de diversas idades se conheçam e troquem experiências e que juntos tenham acesso a novas formas de trabalho e de cultura. Conforme MELO (1997) É importante se ter clara a relação alfabetização/ industrialização/ urbanização porque todas as políticas públicas de alfabetização só avançaram quando associadas ao desenvolvimento urbano e industrial. Para PINTO (1997) Anteriormente, a solicitação social da alfabetização se dirigia apenas a grupo social extremamente restrito, (em princípio os letrados, os escribas, os sacerdotes, mais tarde toda a aristocracia), pois bastava que esses poucos indivíduos soubessem ler e escrever, para haver transmissão do escasso saber existente (Idade Média) e para o desempenho das funções administrativas exigidas pela organização relativamente elementar dessa sociedade. Por isso, verifica- se o caso de que tanto muitos reis como os camponeses eram analfabetos. MELO (1997) A alfabetização, submissão que fragmenta a língua é o real, é o ponto de partida para a seletividade do sistema educacional cujas raízes estão na seletividade econômica e social da sociedade brasileira na qual uma pequena minoria, detendo a propriedade privada dos meios de produção, explora e exclui uma maioria que possui apenas a força do trabalho. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. PÚBLICO ALVO: Docentes que atuam no EJA. ARBACHE (2001) nos diz que a formação do docente que atua no EJA deve focar no conteúdo, metodologia, avaliação e atendimento a uma classe mista e segmentada de alunos. Para tal ação faz-se necessário que o docente durante a sua carreira faça o bom uso de cursos para seu aperfeiçoamento, visto que na sua formação acadêmica o professor não atende a necessidade do EJA. É necessário compreender e respeitar a bagagem cultural a identidade, bem como a classe social, a linguagem e idade de cada aluno. ARBACHE (2001) O docente do EJA é capaz de abrir caminhos e ser um agente viabilizador e transformador educacional. Desse modo para que o educador possa estar sempre atuando de maneira plena na formação de seus alunos e diante de suas necessidades, é necessário que ele conheça seus alunos. Esse conhecimento transformará o EJA não em uma carga, mas um incentivo para que eles possam transformar a realidade de seus alunos através de uma relação digna e respeitosa. Dentro de uma sala de aula o despertar para uma nova relação constrói grandes experiências, e conhecer melhor seus alunos através do diálogo fará com que esses, exponham suas bagagens e faz com que o docente possa trabalhar cada aluno como um indivíduo social, com as suas características sociais, seus sonhos e desejos. Possibilitando assim uma aprendizagem mais abrangente que o integra na sociedade. Educar não é só reunir pessoas numa sala de aula e transmitir a disciplina do currículo. É papel de todo professor e principalmente do professor que atua no EJA, que ele compreenda a necessidade diária do aluno. Para FREIRE (2006) O diálogo só se inaugura com algumas condições a priori, tais como: o amor, humildade, fé nos homens e um pensar crítico: Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens, não me é possível o diálogo. Não há, por outro lado, diálogo se não há humildade. A prenúncia do mundo, com que os homens o recriam permanentemente, não pode ser um ato arrogante. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Este trabalho tem como objetivo a reflexão sobre a formação continuada e a construção de novos saberes para o docente que atua como professor na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A seleção de conteúdo, todos os conceitos, os problemas são um conjunto de fatores que buscam uma justificativa mais abrangente das diversas áreas do conhecimento para a transformação e intervenção no mundo.Com o intuito de mostrar a necessidade de ajuste no ensino, e destacar a importância da qualificação do docente para que ele possa atuar em salas do EJA de acordo com a necessidade e a demanda a presentada na área. É de suma importância a totalidade do saber, pois o docente, enquanto ele constrói um ser social, contextualizado e histórico ele está completamente comprometido com a transformação e a valorização da cultura de uma sociedade. Objetivos específicos:  Docente tenha compromisso com a realidade, e com os interesses do educando, com sua formação humana e com seu acesso a cultura.  Que o docente possa ampliar sua reflexão critica, com atitudes éticas e assumindo um compromisso politico através de seu conhecimento.  O docente na construção do seu saber aperfeiçoará seu trabalho com suas produções.  Diálogos educativos.  Conteúdos escolares trabalhados com a realidade do EJA.  Valorização da práxis.  Compromisso com a transformação. PERCURSO METODOLÓGICO: Esta pesquisa foi elaborada com a finalidade de refletir sobre uma formação continuada para professor que atuam em sala para a educação de jovens e adultos EJA. Sugerimos que as reflexões sejam feitas no próprio local acadêmico, pois este oferece um ambiente tranquilo e adequado, e com matérias já próprias para as reuniões que se seguirá posteriormente. Primeiramente através de um questionário investigaremos se para o professor, a participação em salas EJA, tem contribuído para o seu desenvolvimento profissional. Após ouvirmos os relatos e, passaremos para o embasamento teórico, onde recordaremos de todos os aspectos de estudo já feitos por mestres acadêmicos que explanam com maestria sobre política, filosofia, pedagogia, que formam a modalidade EJA. Numa reunião seguinte sugere–se uma formação de grupo misto, ou seja, de professores novatos e veteranos, para que ele possa trocar experiências e articular projetos. Após explanação década grupo será escolher como corpo acadêmico, qual intervenção será aplicada. Sugerimos que estes grupos hajam de forma que possam contribuir e programar juntos, projetos e que assumam uma aprendizagem colaborativa, identificando suas fraquezas e dificuldades no desenvolvimento do trabalho educativos na formação do professor EJA. Durante esses encontros faz-se necessário uso de textos bibliográficos, textos que possam ser necessários para questões em ambiente escolar, avaliações, portfólio e as dificuldades do aluno EJA. Na pesquisa foram utilizadas as bibliografias de alguns autores como Paulo Freire (1998), Barcelos (2006), Gadotti (2005 ), Telma Ferraz(2004). Em consonância com os preceitos de Minayo (2003), o trabalho de pesquisa não nasce de uma grande “inspiração”, mas, de uma necessidade, seja ela uma curiosidade, uma investigação ou um problema que se deseja solucionar. E não foi diferente deste trabalho, o qual se baseou em um processo de estudos em vários autores, pesquisa, assim foram utilizados levantamentos bibliográficos em bibliotecas bem como aplicação de questionários e entrevistas com professores da EJA, visando fornecer subsídios para melhor compreensão da temática em foco. RECURSOS: Papel e caneta para anotação; Questionário produzido pela equipe gestora; Questionário produzido pelo gestor pedagógico; Material impresso de assuntos relacionados ao EJA como: Perfil do aluno EJA, currículo EJA; Material impresso sobre embasamento teórico com espaço para anotação, para que o docente possa questionar e explanar seus conceitos e experiência. CRONOGRAMA E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: 1ª Reunião: Local: Escola. Tema: Professor, qual o seu papel, contribuição e resultado. - Explanação e reflexão 2ª Reunião: Local: Escola. Tema: Professor Medite e Articule proposta. - Grupo de estudo - Debate e organização de proposta. 3ª Reunião: Local: Escola Tema: Metodologia e embasamento Teórico. - Aplicação de Questionário. 4 ª Reunião : Local : Escola Tema: Cursos de Extensão. - Palestra: Melhoria do Ensino e Aprendizado EJA. -Resultado final. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL: Quando paramos para refletir sobre a formação do professor, vimos que a muito ainda há se aprender sobre a Educação de Jovens e Adultos, e que isso lhe acarretará muitas dificuldades, pois o EJA é repleto de particularidades e os jovens e adultos que os compõe são cheios de singularidade. Embora saibamos que durante a sua formação o professor adquiriu inúmeras habilidades e conhecimento, vimos uma grande necessidade voltada a o E JA. Sabemos da capacidade e do dinamismo do professor que se dispõe ao EJA, mais concordamos que de tempo em tempo há uma necessidade de aperfeiçoamento, pois nos deparamos em situações, que nos deixam atônitos quanto a o resolver ou que intervenção tomar diante de um aluno. Deve se crer que o docente sempre terá um caminho pela frente de auto- avaliação, autoconhecimento, pois de alguma forma a sua formação sempre estará incompleta e que sempre haverá a necessidade de se aprender mais. A procura de novas atualizações, novas didáticas que certamente a formação continuada poderá lhe proporcionar. Devido a esse pressuposto, torna-se determinante, repensar na atuação do professor, em sua pratica dentro da sala de aula. E buscar através da formação continuada uma válvula de escape para melhoria de sua pratica docente. Hoje a escola se tornou um lugar mais do que propicio para a formação do professor, pois a troca de opiniões e experiência aprimora a teoria, que torna capaz de suprir as necessidades de uma turma EJA, mais era geralmente tem acontecido alunos vazios que levam a conceitos equivoca dos e que podem desestruturar os alicerces pedagógicos estabelecidos pelo currículo do EJA. Diante de muitas reflexões e discussões observamos que a escola tem sido e sempre será o local adequado para a formação continuada do professor, pois é ali que são levantados os problemas, onde acontecem as dinâmicas e onde procuramos as soluções. Mediante reuniões o professor pode expor seus problemas e buscar orientações com seus colegas, diante desse grupo o professor poderá falar sobre seus erros e seus acertos expressar suas opiniões e usas conquistar expor suas duvidas e angustias. A participação de todos os acadêmicos contribui para um bom trabalho. Acredito que o ponto inicial para uma boa formação continuada seja a interação entre professor e escola. Pois é ali que as situações acontecem e por ter sempre o professor presente e ativo os problemas são resolvidos de maneira mais rapidamente e mais adequada. São tantos os caminhos a serem percorridos, tantos temas a serem tratados, pois a escola, um espaço onde ampliamos as discussões um espaço que possibilita diversas reflexões sobre muitas áreas acadêmicas não somente sobre a formação do professor mais também sobre condições de trabalho, recursos, avaliações, currículo, ou seja, tudo que envolve a educação. A manutenção dos grupos de estudos nas escolas é uma importante estratégia no conjunto das que caracterizam a formação continuada. No entanto, defender a escola como espaço privilegiado de formação continuada, não significa desconsiderar outras instancias de formação, como espaços culturais, científicos, artísticos etc. e aqueles articuladas pelo próprio sistema de ensino. O importante é que estas não se dissociem da escola e reconheçam o professor como sujeito que faz parte do coletivo. Recomenda que ajam cursos regulares na formação continuada para professores que atuam nas salas EJA para que leia possam refletir sobre suas praticas e criar novas estratégias para modificar e muitas vezes descontextualizar de seus alunos. Lamentavelmente alguns professores não acham necessário esse estudo mais detalhado do currículo EJA. Na formaçãode grupos de estudo e reflexão tem contribuído para a formação de muitos professores, pois nesses encontros eles veem diante de si teorias que fundamentam esta modalidade de ensino e trocarem ideias com seus colegas. A Educação de Jovens e Adultos insere-se em uma política global que visa à universalização da educação básica como um compromisso com o desenvolvimento humano, social, político, econômico, cultural e ético da Nação. Entre tanto, percebe –se que ainda há muito a ser feito no que diz respeito à formação e prática docente no processo de ensino e de aprendizagem. Após a execução da pesquisa ficou constatado que a hipótese foi confirmada, uma vez que a falta de formação docente é um dos fatores determinantes na perda da motivação dos educando nas escolas. A carência de material didático destinado a esse público e a falta de troca de experiência por parte do educa dor, também é fator agravante que tem contribuído para aumentar as dificuldades na prática pedagógica dos profissionais que trabalham com a Educação de Jovens e Adultas. A pouca atenção destinada à formação da Educação de Jovens e Adultos não é um problema que ocorre em todo municípios brasileiros. A formação docente deve ser um processo contínuo e participativo, no qual o ser humano de forma individual e coletiva deve construir valores sociais, adquirir conhecimentos, tomar no que se refere ao nível de conscientização dos professores de Educação de Jovens e Adultos. Em relação à sua formação constatou-se que os mesmos reconhecem a importância acerca da problemática e não aceitam passivamente a forma como é tratada a questão. Desta forma, faz-se necessário uma maior atenção e intervenção do Poder Público Municipal e Estadual juntamente com a Secretaria de Educação, para que possam proporcionar aos educadores cursos de formação e acompanhamento das turmas a fim de propor sugestões e procurar sanar as dificuldades encontradas na prática pedagógica desses professores, de forma a propiciar uma melhor qualidade de vida aos educandos que frequentam as classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:  ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. daF. Rosa. Porto Alegre: Art.Med., 1998.  PINTO, Álvaro Vieira- Sete Lições Sobre Educação de Adultos. 7° edição São Paulo, Cortez 1997.  SAVIANI, Demerval. A Nova Lei da Educação- LDB Trajetória Limites e Perspectivas, Ed. Auto VÓVIO, Cláudia Lemos. Educação de Jovens e Adultos no Atual Cenário: desafios e perspectivas. SI 2003.  GIUBILEI, S. (Org). Abrindo Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. 1. Ed. São Paulo: Secretaria Estadual de Educação/CENP, 2005. V. 1. 130 p.  MELO Olinda Carrijo. Alfabetização e Trabalhadores: o contraponto do discurso oficial. Campinas, SP: Editora da UNICA MP, Goiânia /GO: Editora da UFG, 1997.