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TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE

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EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA ......VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO 
PAULO- SÃO PAULO 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE URGÊNCIA 
 
 
 
Daniela Couto, estado civil...,profissão...,devidamente cadastrada no Cadastro de Pessoas 
Físicas sob o nº ..., e com RG de nº...,endereço eletrônico...,residente e domiciliada na cidade 
de São Paulo, Estado de São Paulo, no endereço ..., por seu advogado devidamente 
constituído pelo endereço de mandato anexo( documento 1 ), que recebe intimação em seu 
escritório..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos 
artigos 303 e 304 do Código de Processo Civil, requerer em face de PORTO SEGURADOS 
S/A, inscrita no Cadastro de Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº..., com endereço 
eletrônico..., com sede à Rua..., nº..., bairro..., CEP..., no município de...., , a presente 
TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE, 
 pelos motivos de fatos e de direitos que a seguir expõe: 
 
EXPOSIÇÃO DA LIDE E DO DIREITO: 
 
A autora contratou os serviços de Assistência Médica e Hospitalar da Porto 
Segurados S/A na data de 10/10/2015, pagando a mesma a quantia de R$ 20.000,00 anual, 
conforme o Contrato de Adesão de nº 888888 e identificado pela carteira n.º 097000 do tipo 
BRONZE, onde recebeu o Manual de Orientações para Contratação de Planos de Saúde. 
Ao fazer um auto-exame no final do mês de Abril do corrente ano, a autora notou um 
nódulo em sua mama, o que a fez procurar auxílio de um médico especialista. Seguindo o rol 
disponibilizado pela Porto Segurados S/A, escolheu o Hospital Santa, sendo atendida pelos 
profissionais Dr Eduardo, médico cirurgião, e Dr Tiago médico oncologista. 
Frisa-se que a autora foi muito bem atendida e plenamente amparada, inclusive 
psicologicamente, tendo adquirido plena confiança na equipe médica que tem realmente 
prestado um excelente serviço, inclusive tranqüilizando a mesma neste momento tão difícil de 
sua vida. 
Depois de realizados os exames necessários para um diagnóstico preciso, sendo 
constatado, infelizmente, um câncer de Mama, a equipe médica concluiu ser necessária uma 
delicada cirurgia. 
Porém, a equipe médica da autora optou por realizar sessões de quimioterapia, em 
um total de em 4 (quatro), antes da intervenção cirúrgica. 
A autora iniciou a primeira sessão no dia 22/06/2019. E a última - 4ª sessão – 
programada para o dia 22/09/2019. Ocorre que no dia 10/08/2019, por volta das 15:30h, a 
autora recebeu uma ligação da Porto Segurados S/A e foi comunicada que deveria suspender 
o tratamento no Hospital Santa porque não cobriria mais os custos do tratamento naquele 
hospital. 
Não houve comunicação expressa com o detalhamento dos motivos da negativa do 
tratamento, somente via telefone. Fato este não deixa alternativa à autora senão se socorrer ao 
Judiciário. 
Posto assim a questão, o risco de dano ao tratamento e, consequentemente, da vida da 
autora, urge como irreparável. 
 
 
RISCO DE DANO IRREPARÁVEL (PERICULUM IN MORA): 
 
Diz a doutrina, segundo Castagna (2008, p.111): 
Considera-se tutela de urgência o provimento autônomo ou dependente destinado à 
prestação da tutela jurisdicional em tempo inferior àquele inerente ao processo 
plenário e exauriente, para proteção ou satisfação de um direito material debatido em 
juízo (Castagna, 2008, p.111). 
 
 
Portanto, pelos documentos anexos (exames e diagnósticos), evidencia-se a 
necessidade da finalização do tratamento da requerente, a cirurgia no hospital ora 
escolhido,assim como a equipe médica para a realização de tais, sob risco mais que eminente 
de vida da requerente, sendo esses motivos suficientes para justificar a antecipação ora 
requerida e, desta forma, fica absolutamente demonstrado, tendo em vista que se trata de uma 
TUTELA DE URGÊNCIA que versa sobre SAÚDE. 
 
Afirma a Jurisprudência: 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.459.849 - ES (2019/0057940-8) RELATOR : 
MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE EMBARGANTE : MARCELO 
MEDINA GUIMARAES ADVOGADOS : RICARDO BERMUDES MEDINA 
GUIMARÃES - ES008544 LUCAS CUNHA MENDONÇA E OUTRO(S) - 
ES018183 EMBARGADO : UNIMED VITÓRIA COOPERATIVA DE 
TRABALHO MÉDICO ADVOGADOS : EDUARDO MERLO DE AMORIM - 
ES013054 ANDRÉ ARNAL PERENZIN - ES012548 IARA SCHUBERT E SILVA 
E OUTRO(S) - ES022552 EMENTA EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. REEMBBOLSO DE 
DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES REALIZADAS FORA DA REDE 
CREDENCIADA. RESTRIÇÃO A SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. ART. 12, VI, 
DA LEI N. 9.656/1998. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA DESPROVIDOS. 1. 
Cinge-se a controvérsia em saber se a operadora de plano de saúde é obrigada a 
reembolsar as despesas médico-hospitalares relativas a procedimento cirúrgico 
realizado em hospital não integrante da rede credenciada. 2. O acórdão embargado, 
proferido pela Quarta Turma do STJ, fez uma interpretação restritiva do art. 12, VI, 
da Lei n. 9.656/1998, enquanto a Terceira Turma do STJ tem entendido que a 
exegese do referido dispositivo deve ser expandida. 3. O reembolso das despesas 
médico-hospitalares efetuadas pelo beneficiário com tratamento/atendimento de 
saúde fora da rede credenciada pode ser admitido somente em hipóteses 
excepcionais, tais como a inexistência ou insuficiência de estabelecimento ou 
profissional credenciado no local e urgência ou emergência do procedimento. 4. 
Embargos de divergência desprovidos. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos 
em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Seção do 
Superior Tribunal de Justiça, por maioria, negar provimento aos embargos de 
divergência, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Vencidos os Srs. Ministros 
Moura Ribeiro, Nancy Andrighi, Raul Araújo e Paulo de Tarso Sanseverino. Os Srs. 
Ministros Luis Felipe Salomão, Antonio Carlos Ferreira, Villas Bôas Cueva e Marco 
Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra 
Maria Isabel Gallotti. Brasília, 14 de outubro de 2020 (data do julgamento). 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
a) A concessão da tutela provisória de urgência, em caráter antecedente, para determinar,
 nos termos do art. 297 do Código de Processo Civil, o imediato restabelecimento do 
tratamento da paciente no citado hospital, com a mesma equipe, inclusive para a futura 
cirurgia. Não ocorrendo o convencimento de Vossa Excelência, requer a concessão de 
prazo para prestação de caução ou designação de audiência de justificativa prévia; 
b) A citação do réu pelo correio para comparecimento em audiência de conciliação ou 
mediação. Se restar infrutífera,se querendo, apresente defesa no prazo de 15 dias, sob 
pena de revelia; 
c) A intimação pessoal do réu sobre a concessão da presente tutela provisória de urgência
 para, querendo, recorrer sob pena de sua estabilização, 
o que desde já se requer nos termos do art. 304 c/c art. 303, § 6º 
do Código de Processo Civil; 
d) Concedida a tutela pleiteada, recorrendo o réu, requer-se o prazo de 15 (quinze) dias 
para aditar a presente inicial; 
e) Com o aditamento da presente inicial nos termos do inciso I do § 1º do art. 303 
do Código de Processo Civil, 
o autor requererá a citação do réu para responder ao pedido definitivo. 
f) A condenação do réu nas custas e honorários advocatícios a serem arbitrados por 
Vossa Excelência; 
g) A juntada da inclusa guia de custas devidamente recolhidas; 
h) Que as intimações sejam dirigidas ao advogado... no endereço...; 
i) Manifesta a autora o interesse na designação de audiência de conciliação ou mediação; 
j) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
Atribui-se à causa o valor de R$ 1000,00 
 
Termos em que pede deferimento, 
 
Local e data 
 
ADVOGADO 
 
OAB 
 
 
Aluno: Faublas Pereira da Silva RA: 1824842

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