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Cada dia que passa se vê pelos meios midiáticos casos de violência sexual, isso choca todos, mas principalmente, quando se trata de uma criança abusada, e sobretudo, quando é cometido por alguém do próprio vinculo familiar. Para alguns, é incompreensível como alguém pode se satisfazer sexualmente com uma criança. Segundo o Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), 40% das denúncias de violência sexual infantil acontecem pelo próprio pai ou padrasto. 14 mil denúncias, dentro dos grupos de violência contra criança e adolescentes, correspondem ao abuso sexual, isso corresponde a 11% de todas essas denúncias. É um numero alarmante e não aparenta haver uma queda significativa desses números. Obviamente, esses dados são apenas das crianças que sofreram a violência e conseguiram, de alguma forma, denunciar. Há de se indagar quantas mais sofrem o mesmo problema e não tem a oportunidade de se livrar disso por meio da denúncia, seja por medo, ou desconhecimento. Visto isso, nosso projeto social tem justamente o caráter de ensinar sobre violência sexual, com o objetivo de prevenir e identificar possíveis casos, e se for o caso, denunciar e procurar uma ajuda qualificada. Ao longo do trabalho, serão explicados os pontos mais importantes do projeto por meio dos tópicos. 1- Nome do projeto Projeto de Prevenção à Violência Sexual Infantil 2- Instituição solicitante – a demanda chega de onde? A demanda vem das escolas destinadas ao ensino fundamental de Ponta Grossa. A escola, além de oferecer o ensino e aprendizagem as crianças, também oferece um caráter social, de auxílio e de segurança para a criança. Com isso, ela se sente mais segura ao falar com alguém do corpo docente sobre um problema que está acontecendo em casa, por exemplo. Visto isso, a pessoas que ouve a queixa pode acionar algum órgão responsável para intervir diretamente nesse problema. 3- Instituição / equipe executora – local a que pertencem os membros da equipe A equipe que executará o projeto serão os estudantes do 4º período de psicologia da faculdade Centro De Ensino Superior Dos Campos Gerais, com auxílio de psicólogos formados, assistentes sociais e do próprio corpo docente da escola. 4- Equipe de trabalho – com as devidas áreas profissionais explicitadas e justificadas. - multidisciplinar. Equipe pedagógica para identificar e encaminhar o problema ou sofrimento; Psicólogos para escutar, prevenir e dar suporte as vítimas de violência sexual (se for o caso); Assistente Social para ajudar, encaminhar à equipe médica e à Instituições ou programas especializados, como o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. 5- Quantidade de pessoas a serem atendidas / alcançadas com o projeto / delimitação do público-alvo; Segundo o site IBGE (2020), no município de Ponta Grossa, há 48.825 matrículas realizadas no ensino fundamental em 165 escolas, com um total de 2.746 docentes. Visto isso, foi divido o total de matrículas por escolas e totalizou cerca de 296 crianças no ensino fundamental para cada escola no município. Então, nosso projeto justamente procura atender todas essas crianças. Nosso projeto atende crianças de ambos os sexos, do 1º ano do ensino fundamental I até o 9º ano do ensino fundamental II, dos 6 aos 15 anos de idade. 6- Objetivos do projeto; Conscientizar, falar, ensinar e prevenir o ensino fundamental sobre violência sexual infantil de forma didática e educativa. O nosso objetivo é justamente conscientizar, falar, ensinar sobre violência sexual e acima de tudo, a prevenir, fazendo com que a criança saiba quando está sofrendo um abuso e também, identificar quando um colega está passando por isso. A didática será de forma educativa, ensinando as partes do corpo, os órgãos sexuais e salientando quais partes são intimas ou não. 7- Território de execução do projeto – cidade / bairro / outros. Escolas de ensino fundamental da cidade de Ponta Grossa. Irá começar pelos bairros com maiores escolas, onde abrigam mais crianças, e posteriormente, as menores, até todas serem visitadas. 8- Local físico de execução do projeto e dos encontros: Salas de aula das escolas que disponibilizarem espaço para a execução do projeto. Também, poderá ser usadas as quadras onde as crianças praticam esportes ou os salões de reunião e apresentação. 9- Perfil dos usuários/ participantes /beneficiários do projeto: Crianças do ensino médio de 6 à 15 anos de idade da cidade de Ponta Grossa, independente de seu gênero. O projeto não beneficia apenas a criança, mas toda uma estrutura social, a relação com seus pais, amigos, na própria escola, etc. O caráter de prevenção tem justamente o papel de identificar e informar um possível problema. 10- Diagnóstico situacional, quais as demandas vulnerabilidades do território? De que maneira/ com quais ferramentas o diagnóstico foi feito. As demandas para a realização do projeto vêm do CRAS, com o enfoque de chegar aos indivíduos que se apresentam em uma situação de vulnerabilidade, e também, do CREAS, para acompanhar esses indivíduos que já tiveram seus direitos violados. Além disso, segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), 11% das denuncias realizadas contra violência infantil são referentes à violência sexual, isso corresponde a 14 mil denúncias, e esse número não apresenta uma queda significativa nos últimos anos. 11- Recursos financeiros / possibilidades de negociação e/ou parcerias; A princípio, os materiais físicos do projeto serão de baixo custo, dispostos pela própria instituição de ensino. Serão utilizados telões e projetores que são oferecidos pelo próprio governo às escolas. Quanto ao pagamento de funcionários, participantes e outras contas adicionais, seria abordadas empresas que se sensibilizam com o problema trabalhado. E também a partir de financiamentos coletivos, os chamados crowdfunding, eles possuem um caráter de financiar um projeto especifico, geralmente por pessoas físicas, a fins de interesses coletivos. Se possível, interpor recursos da própria prefeitura e órgãos competentes. 12- Previsão das atividades de cada encontro: descreva o que será feito com o grupo em cada encontro, por quais profissionais, etc. Será feito um encontro para cada turma com duração de duas horas, tempo suficiente para ensinar a respeito de violência sexual. As atividades serão, primeiramente, ensinar as partes do corpo humano com o auxílio de telões e projetores. Há também, inúmeras canções que possuem um caráter de prevenção, elas ensinam por meio da música, os locais onde podem ser tocados por terceiros. Ensinaremos também, a como sair de situações desconfortáveis, como quando dizer ‘’não’’. Além disso, salientar muito que o problema de uma violência sexual nunca é da vítima. Terão psicólogos, docentes e assistentes sociais nas dinâmicas e atividades. Eles primeiramente têm um caráter de liderar as atividades. Todos irão realizar as atividades citadas anteriormente, mas em casos específicos, as tarefas serão separadas, por exemplo: a criança falará para um dos três (de preferencia para o docente, o qual tem mais intimidade e segurança), sobre uma violência sexual que está sofrendo. Posteriormente, o psicólogo irá ter uma conversa minuciosa com a criança para tentar identificar possíveis problemas ocasionados e fazer uma avaliação psicológica. Por fim, encaminhar para o assistente social, o qual irá planejar uma forma de intervenção. 13- Avaliações – proposta de atividade de avaliação com o grupo beneficiário do projeto, considerando que elas aconteçam presencialmente. As atividades serão introduzidas nas dinâmicas de grupo a partir de: • Canções nas quais ensinam os locais onde terceiros podem tocar: com o objetivo da criança (a mais nova), a identificar de forma clara elúdica os locais que podem ser tocados por terceiros. Essa dinâmica vai ser realizada pelos próprios executores, cantarão e ensinarão a letra para a criança. • Um espaço artístico para a criança expressar suas ideias e pensamentos – com desenhos, pinturas, textos, etc.: sabe-se que a arte é uma forma incrível de expressão do interior do indivíduo, visto isso, a criança pode desenhar formas e objetos que denunciam um caso de abuso, e se esse for o caso, o profissional poderá identificar o problema e intervir. • Vídeos lúdicos que ilustram situações do dia a dia: como situações onde um adulto toca nas suas pernas, o que requer uma atenção, quando o indivíduo toca nas suas genitálias, o que é proibido. • Ensinar o que é uma violência sexual: com o objetivo de a criança identificar um abuso, tanto sofrido por ela, quanto por outra pessoa. • Informar contatos e pessoas seguras para falar sobre seus problemas: será salientado que a criança pode falar com os pais sobre um abuso, se não resolver, poderá se sentir segura para contar a um professor ou colega. Além disso, informar os órgãos governamentais que auxiliarão a criança nesse problema, informando o local e o contato, como o Conselho Tutelar, por exemplo. • Ensinar sobre as partes do corpo: com o objetivo das crianças se conhecer por completa, dessa forma, ela saberá o que é intimo ou não. As atividades realizadas tem um objetivo de prevenir e identificar uma violência sexual. As crianças precisam entender o que está acontecendo quando alguém as tocam, falam e o que mostram a elas. 14- Tempo de duração do projeto O projeto terá duração de duas horas com cada turma ou grupo selecionado. Levando em conta os dados informados anteriormente, com 269 crianças no ensino fundamental na escola, dividindo por nove turmas (do 1º ano ao 9º ano), há uma média de 30 crianças em cada turma. Serão duas horas de atividade para cada turma, totalizando 18 horas em apenas uma escola específica. Porém, o projeto irá atuar apenas 8 horas diárias, o que dará cerca de 2 dias de atuação em apenas uma das escolas. Como há um total de 165 escolas de ensino fundamental no município, seguindo os dados anteriores, o projeto terá uma duração de, aproximadamente, 11 meses dentro da cidade de Ponta Grossa, atendendo, ensinando, auxiliando e prevenindo violência sexual infantil. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. Município de Ponta Grossa. Disponível em < https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/ponta- grossa/panorama>. Acesso em 25 de set de 2021. Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, ONDH. Disponível em < https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh>. Acesso em 25 de set de 2021.
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