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1 MIXOMA ODONTOGÊNICO Curso: Odontologia Disciplina: Diagnóstico Bucal II Professora Orientadora: Sâmea Juarez Acadêmica: Carolina Gomes Palmerim 2 3 INTRODUÇÃO Essa pesquisa tem como tema a patologia Mixoma Odontogênico, suas principais características, diagóstico diferencial e tratamento. E tem como objetivo expor as características gerais dessa patologia para fins de estudo por meio de revisão de literatura. DEFINIÇÃO / ETIOLOGIA 4 Lesão tumoral benigna. Derivado do ectomesênquima odontogênico do órgão dental ou de células indiferenciadas do ligamento periodontal. Pela OMS é considerado um neoplasma localmente invasivo que surge da porção ectomesênquimal do aparato odontogênico, sendo classificado como tumor odontogênico. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 5 Constitui cerca de 3 a 8% de todos os tumores odontogênicos. Manifesta-se geralmente entre a segunda e a terceira década de vida. Distribuição semelhante entre os sexos. 6 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Lesão ligeiramente mais comum na mandíbula (região posterior, ângulo e ramo). Quando a maxila é acometida, geralmente as lesões são maiores e mais destrutivas. Desenvolve-se como uma tumefação indolor de crescimento lento e progressivo. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 7 Em alguns casos pode ocorrer crescimento rápido (relacionado ao acúmulo de substância fundamental mixoide do tumor). Pode ocasionar uma lenta expansão óssea, assintomática, localmente destrutiva, sem metástase para linfonodos. Lesões maiores podem estar associadas à presença de dor local, parestesia, mobilidade e reabsorção dentária, além da perfuração de corticais óssea. 8 9 10 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 11 Apresenta abundante substância intercelular mucosa composta por tecido conjuntivo frouxo eosinofílico. Imersas nesse estroma de mucopolissacarídeo ácido abundante, encontram-se células fusiformes, arrendondadas e estreladas com citoplasmas alongados. 12 CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS Ou células mesenquimais angulares ou fusiformes de longos processos citoplasmáticos delicados, que se anastomosam entre si, com ou sem pequenas massas de epitélio odontogênico inativo. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 13 Possui fundo mixomatoso, ultraestruturalmente as células correspondem a fibroblastos. São relatadas algumas semelhanças histológicas entre a papila dental e o mixoma odontogênico. A substância fundamental é composta por glicosaminoglicanos, principalmente o ácido hialurônico e o sulfato de condroitina. 14 15 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS E DE IMAGEM 16 Radiográficamente apresenta-se como uma lesão radiolúcida uniocular ou multiocular. Geralmente as margens da lesão são irregulares ou festonadas. As lesões unioculares são mais observadas em crianças na região anterior dos maxilares . 17 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS E DE IMAGEM Quando é multiocular, em áreas em torno dos dentes, o tumor frequentemente infiltra-se nas raízes, apresentando-se com múltiplas áreas radiolúcidas de diferentes tamanhos. Quando localizadas na maxila e envolvendo o seio maxilar, geralmente tem seu aspecto alterado, mostrando discreta radiopacidade difusa. 18 CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS E DE IMAGEM Imagens semelhantes à “raquetes de tênis”, “favos de mel”, “bolha de sabão” e em alguns casos aspecto de “raios solares”. A imagem radiolúcida pode conter trabéculas delgadas insignificantes de osso residual, que frequentemente se arranjam em ângulos retos umas com as outras. A ressonância magnética tomografia computadorizada têm sido de grande valia na diferenciação do mixoma odontogênico e de outras doenças. CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS E DE IMAGEM 19 São importantes nas avaliação da extensão anatômica da lesão, determinação do prognóstico e do tipo de tratamento mais adequado. Tais exames mostram , no caso de mixomas, medula óssea circunjacente intacta, lesão delimitada e homogeneidade de densidade. Em tomografia computadorizada (TC) apresenta-se uma imagem radiolúcida de densidade homogênea. 20 22 23 24 25 26 27 28 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 29 Rabdomiossarcoma Lipossarcoma mixóide Sarcoma neurogênico Neurofibroma Lipoma Fibroma condromixóide Fascite nodular Cisto ósseo simples Osteossarcoma Mieloma múltiplo Histologicamente o diagnóstico diferencial deve ser feito com: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 30 Radiograficamente e clinicamente, deve ser realizado com: Ameloblastoma do tipo sólido Granuloma central de células gigantes Hemangioma intra-ósseo Querubismo Displasia fibrosa Cisto ósseo traumático Cistos odontogênicos (radicular, periodontal lateral, dentígero, ceratocisto) 31 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O diagnóstico definitivo somente é estabelecido com a somatória dos exames clínicos, radiográficos, hitopatológicos/anatomopatológicos. PROGNÓSTICO 32 Geralmente o prognóstico é bom e metástases não ocorrem. TRATAMENTO / PROSERVAÇÃO 33 O mixoma odontogênico tem alto índice de recidiva, devido principalmente a ausência de uma cápsula fibrosa definida e sua consistência “gelatinosa” que torna a retirada completa da lesão mais difícil. É importante que o tratamento inicial seja eficaz, o tratamento mais indicado geralmente é a ressecção com margem de segurança. Há também indicação de enucleação e curetagem, ressecção periférica em bloco e amplas ressecções. 34 35 36 37 TRATAMENTO / PROSERVAÇÃO 38 A proservação pós-operatória dos pacientes com mixoma odontogênico deve ser feita indefinidamente, principalmente nos dois primeiros anos, pois esse é o período de maior recidiva. 39 CONCLUSÃO Nesse trabalho foram apresentados aspectos e características sobre o Mixoma Odontogênico. Pode-se atingir o objetivo de expor as características e aspectos principais da patologia para fins de estudo acadêmico por meio das literaturas consultadas. 40 CONCLUSÃO Que, apesar das divergências em alguns tópicos, mostraram-se de grande relevância. Tornando possível a realização dessa pesquisa, a qual se faz relevante por sua utilidade como base para outras pesquisas e conhecimento acadêmico. REFERÊNCIAS 41 • ANDRADE, Emanuel Sávio de Souza et al. Estudo clínico-patológico de mixomas odontogênicos. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 10, n. 3, p. 073-080, 2010. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-52102010000300013. Acesso em: out. 2021. • ALVES, Andreza Oliveira et al. Mixoma odontogênico e seus diagnósticos diferenciais com base no coeficiente de difusão aparente: relato de caso e breve revisão da literatura. Clinical and Laboratorial Research in Dentistry, 2021. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/clrd/article/view/184741. Acesso em: out. 2021. • BRITES, Fabiano Caetano. Ressecção cirúrgica completa de mixoma odontogênico mandibular. Revista da AcBO-ISSN 2316-7262, v. 4, n. 1, 2014. Disponível em: http://www.rvacbo.com.br/ojs/index.php/ojs/article/view/228. Acesso em: out. 2021. • CASTRO, Alvimar & Kanno, Claudia & Callestini, Renata & SICCHIERI, Luciana & Munhoz, Felipe. (2003). Mixoma odontogênico em mandíbula mandibular odontogenic myxoma. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/237628120_MIXOMA_ODONTOGENICO_EM_MANDIBULA_MANDIBULAR_ODO NTOGENIC_MYXOMA. Acesso em: out. 2021. REFERÊNCIAS 42 • MELO, Allan Ulisses Carvalho de et al. Mixoma odontogênico maxilar: relato de caso clínico comprometendo seio maxilar. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 74, p. 472-475, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rboto/a/ZwmxjYMdtBSTjBwtyvZzV4x/?lang=pt. Acesso em: out. 2021. • MOURÃO, Carlos Fernando de Almeida Barros; JÚNIOR,José Wilson Noleto Ramos. Tratamento para o mixoma odontogênico: revisão de literatura. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço, v. 39, p. 293-6, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Carlos-Fernando- Mourao/publication/326586974_Tratamento_para_o_mixoma_odontogenico_revisao_de_literatura/links/5b57f0ffaca272a2d 6670731/Tratamento-para-o-mixoma-odontogenico-revisao-de-literatura.pdf. Acesso em: out. 2021. • NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 1395-1400 p. • VALCÁRCEL LLERANDI, Julio; JAMES PITA, Alberto; FERNÁNDEZ GONZÁLEZ, María del Carmen. Mixoma odontogénico. Revista Cubana de Estomatología, v. 46, n. 3, p. 62-69, 2009. Disponível em: http://docplayer.es/93926402-Revista-cubana-de-estomatologia-2009-46-3-62-69.html. Acesso em: out. 2021.
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