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Demências

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– º
Demências 
 
Objetivo 1: DESCREVER as estruturas e sistemas responsáveis pela memória. 
 
- Memoria é a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações. 
 
-A aprendizagem é a etapa de aquisição; evocação é etapa de lembrança. 
 
 
ÁREAS CEREBRAIS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA DECLARATIVA 
 
 
- Áreas telecefálicas 
 
->que incluem a parte medial do lobo temporal, 
a área pré-frontal dorsomedial e as áreas de 
associação sensoriais) 
 
- Áreas diencefálicas 
 
 ->as áreas dienfecalicas são componentes do 
circuito de Papepez, que é um circuito que une 
lobo límbico, núcleos do hipotálamo e tálamo, 
sendo 
 
->Formado pelo hipocampo, fórnix, corpo 
mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos 
anteriores do tálamo, capsula interna, giro do 
cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo de novo, fechando o circuito. 
 
- Essas áreas telecefálicas e áreas diencefálicas são unidas pelo fórnix, que liga o hipocampo 
ao corpo mamilar do hipotálamo. 
 
 
ÁREAS TELENCEFÁLICAS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA 
– º
• Hipocampo 
- Situada no assoalho do corno inferior do ventrículo lateral 
acima do giro para-hipocampal. 
 
- É formado pelo arquicortex (um tipo de córtex 
filogeneticamente antigo) e seus circuitos intrínsecos são 
complexos (esses circuitos envolvem 3 áreas adjacentes Corno de 
Ammon 1, Corno de Ammon 2, Corno de Ammon 3 (Corno de 
Ammon pode ser abreviado como Ca, ficando assim Ca1, Ca2, Ca3) . 
 
-O hipocampo através do córtex entorrinal recebe informações 
das áreas neocorticais 
 
- O hipocampo através do fórnix projeta-se aos corpos 
mamilares do hipotálamo 
 
- Recebe também fibras da amígdala, que reforçam a memória 
de eventos associadas a situações emocionais. 
 
- Possuí conexões com área tegmentar ventral e com o núcleio accumbens o que explica o 
reforço das memórias associadas a eventos de prazer. 
 
- Testes foram realizados em paciente que tiraram o hipocampo para tratar casos graves de 
epilepsia do lobo temporal, os pacientes cursaram com: 
 
-> Amnésia anteróretrograda: Paciente perde a memória de eventos que aconteceram 
depois da cirurgia 
 
->Amnésia Retrógada: Perda a memória de eventos ocorridos a pouco tempo antes da 
cirurgia 
 
->Mas a memória de longa duração permaneceu normal 
 
- Apesar do hipocampo ser indispensável para consolidação das memorias de curta e longa 
duração, esses tipos de memórias não são armazenadas no hipocampo, pois ela permanecem 
mesmo após a retirado hipocampo. 
 
- O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas aferencias que ele 
recebe da amigdala. 
 
- A consolidação da memória é maior quando a informação a ser memorizada está associada 
a um episodio de grande impacto emocional, que pode ser uma emoção positiva, como a 
vitória de seu time ou negativa como a morta de um parente. 
 
– º
- O hipocampo também é responsável pela memoria espacial ou topográfica, relada a 
localizações no espaço, configurações ou rotas e que nos permite encontrar um caminho que 
leva a um determinado local, esse tipo de memória espacial também permite memorizar as 
características do espaço a seu redor e depende de um tipo especial de neurônio do 
hipocampo que são as células de lugar. 
 
- Na doença de Alzheimer, principalmente na fase terminal, em que ocorre um grave 
comprometimento do hipocampo, o paciente perde completamente a orientação e não 
consegue se dirigir de uma cadeira para a cama. 
 
• Giro denteado 
- Situado entre a área entorrinal e o hipocampo com o que se continua lateralmente. 
 
- Sua estrutura é formada por uma camada de neurônios (muito 
semelhante ao hipocampo). 
 
- Tem amplas ligações com a área entorrinal e o hipocampo, com o 
hipocampo constitui a formação do hipocampo. 
 
- O giro denteado é responsável pela dimensão temporal da 
memória, por exemplo ao lembrarmos de uma festa de casamento 
ele informa a data e se ela foi antes ou depois de nossa festa de 
formatura. 
 
• Córtex entorrinal 
- Ocupa a parte anterior do giro para-hipocampal medialmente a 
sulco rinal. 
 
- É um tipo de córtex primitivo (arquicortex) e corresponde a área 
28 de Brodmann. 
 
- Recebe fibras do fórnix e envia fibras ao giro denteado que, por sua 
vez, se liga ao hipocampo. 
 
- O córtex entorrinal funciona como um portão de entrada para o 
hipocampo, recebendo as diversas conexões que a ele chegam através 
do giro denteado, incluindo as conexões que recebe da amígdala e da 
área septal. 
 
- Lesão do córtex entorrinal, mesmo com o hipocampo intecto, 
resulta em déficit de memória. 
 
- E geralmente esse córtex (o entorrinal) é o primeiro afetado em caso de paciente com 
Alzheimer. 
 
• Córtex para-hipocampal 
– º
- O córtex para- hipocampal ocupa a parte posterior do giro para-hipocampal continuando-se 
com o córtex cingular posterior no nível do istmo do giro do cíngulo. 
 
- Estudo de neuroimagem funcional mostraram que o córtex para-hipocampal é ativado pela 
visão de cenários novos (não ocorro com cenários já conhecidos), especialmente os mais 
complexos, como uma rua ou uma paisagem. 
 
- Não é ativado com a visão de objetos, isso é feito pelo hipocampo. 
 
- Pacientes com lesão do giro para-hipocampal são incapazes de memorizar cenários novos, 
embora consigam evocar cenários já conhecidos neles e navegar. 
 
- No caso, diante disso também se conclui a armazenagem não ocorro no próprio córtex para-
hipocampal , mas em outras áreas, provavelmente no isócortex, pois a memoria permanece 
mesmo depois desse córtex lesado. 
 
• Córtex cingular posterior 
- O córtex cingular posterior em especial a parte situada atrás do esplênio do corpo caloso 
(retroesplenial), recebe muitas aferênicas dos núcleos anteriores do tálamo que por sua vez, 
recebem aferências do corpo mamilar pelo trato mamilotalamico, integrando o circuito de 
Papez. 
 
- Esse córtex também está relacionado com a memória topográfica, ou seja, a capacidade de se 
orientar no espaço e memorizar caminhos e cenários novos, ou evocar os conhecidos. 
 
- Lesões no cíngulo posterior ou dos núcleos anteriores do tálamo resultam em amnésias, 
pode gerar também desorientação e incapacidade de encontrar caminhos anteriormente 
memorizados. 
 
• Área pré-frontal dorsolateral 
- A área pré-frontal dorsolateral tem diversas funções e entre elas o processamento da memória 
operacional. 
 
- Lesões dessa área há perda de memória operacional, como ocorre na doença de Alzheimer. 
 
• Áreas de associação do neocórtex 
 
- Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação depende 
da atividade do hipocampo. 
 
- Incluem-se as áreas secundários sensitivas e motoras e áreas supramodais. 
 
- Diferentes categorias de conhecimento são armazenadas em áreas diferentes do 
neocórtex e podem ser lesadas separadamente, resultando em perdas diferentes. 
Estudos mostraram que quando pessoas são solicitadas a fazerem desenhos de animais, há 
ativação de áreas neocorticais da parte ventral do lobo temporal. 
– º
 
- Quando o reocnheicmento é de objetos como ferramentas a área ativada é área pré-motora 
esquerda, pois a pista para reconhecimento é atividade motora envolvida no uso de ferramente, 
 
ÁREAS DIENCEFÁLICAS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA 
 
As estruturas diencefalicas envolvidas com a memória são os corpos mamilares do hipotálamo 
 
- Eles recebem aferências dos córtex entorrinal e do hipocampo pelo fórnix 
 
- Através do trato mamilotalâmico projetam-se aos núcleos anteriores do tálamo e estes se 
projetam para o córtex cingular posterior. 
 
- Essas estruturas fazem parte do circuito de Papez, que até pouco tempo era considerado 
como circuito básico no processamento das emoções e hoje reconhecido como circuito 
relacionado com a memória. 
 
Mecanismos de formação das memorias 
 
Os neurônios envolvidos nos processos de memorização(áreas cerebrais relacionadas ao 
processamento, consolidação e armazenamento dos tipos de memoria), o mecanismo de memoria 
nesses neurônios envolvem as sinapses. 
Em relação a memoria de trabalho, ocorre uma excitação prolongada das espinhas dendríticas das 
sinapses da área pré-frontal. Entretanto essas excitação permanece por pouco tempo, como 
écaracteristico da memoria de trabalho. 
No caso de sinapses de memória de longa duração, o estudo foi feito em molusco marinho pela 
Aplysia e o resultado obtido pelo neurocientistas liderados por Kandel podem ser generalizados 
para a memória de longo prazo do ser humano. Nos neurônios relacionados com a memoria 
ocorrem complexas reações bioquímicas, envolvendo uma cascata de segundos-mensageiros, ao 
final das quais há ativação de alguns genes que determinam a transcrição de proteínas utilizadas 
na formação de novas sinapses ou na ampliação da área da membrana pré-sinaptica. Assim na 
consolidação da memória na Aplusia, o número de sinapses dobra, podendo diminuir com o tempo, 
na etapa do esquecimento O mesmo fenômeno ocorre na meoria de curto e longo prazo em 
mamíferos, que pode ser avaliado pelo numero de espinhas dendriticas. Assim, a consolidação da 
memória decorre da plasticidade sináptica. 
Sabe-se hoje que novos neurônios também proliferam na formação hipocampal, mais 
especificamente no giro denteado. No entanto, esses neurônios morrem depois de algum tempo. 
A hipótese mais aceita para explicar este fato é que cada novo neurônio estaria ligado a uma nova 
memória. Depois de um tempo, quando a nova memória já estiver consolidada e transferida para 
o neocórtex, o novo neurônio desapareceria. 
 
 
Objetivo 2: IDENTIFICAR os tipos de memória (classificação). 
 
-Podemos diferenciar as memórias a partir de duas características centrais: 
 
➔ Tempo de armazenamento (ultrarrápida, curto prazo e longo prazo) 
➔ Natureza da memória (explícita, implícita e de trabalho). 
– º
➔ Caráter funcional, segundo a qual existem dois tipos de memória: a memória de arquivo e 
a memória de trabalho. 
 
MEMÓRIA DE LONGA DURAÇÃO 
Como o próprio nome indica, a memória de longa duração (MLD) é aquela que armazena 
informações por longos períodos de tempo, meses, anos ou até mesmo décadas. 
- Por isso, a MLD é também conhecida como memória remota. 
- Uma característica importante da MLD é sua capacidade de guardar informações por tempo 
indeterminado, bastando, para tanto, que a memória continue a ser reforçada com o passar dos 
anos. 
A memória de longa duração pode ser didaticamente dividida em duas categorias principais: 
(a) Memória declarativa 
- Memória explícita 
- Memórias que estão prontamente acessíveis à nossa consciência e que podem ser evocadas 
através de palavras; 
- Episódios da infância, imagens de viagens, número de telefone 
- Memória Episódica: Experiências passadas -> Viagens, Primeiro Beijo (responsável pela 
autobiografia) 
- Memória Semântica: Memória que guarda fatos e não momentos -> Aprender gramática, 
matemática 
(b) Memória não declarativa 
- Memória implícita 
- Memórias que estão em nível subconsciente, não podendo ser evocadas por palavras, mas 
sim por ações. 
 
MEMÓRIA PROCESSUAL 
 
 
-Memória para procedimentos e habilidades, por exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola, 
dar um nó no cordão do sapato e da gravata, etc. 
 
 
– º
MEMÓRIA SENSORIAL 
- A memória sensorial é aquela que nos permite reter as informações que chegam até nós 
através dos sentidos, podendo ser estímulos visuais, auditivos, gustativos, olfativos, táteis ou 
proprioceptivos. 
- Caracteriza-se por ter curtíssima duração, caso o estímulo não seja recuperado. 
- A memória sensorial se caracteriza biologicamente por ser um fenômeno de natureza elétrica, 
não produzem alterações morfológicas e nem funcionais nos neurônios envolvidos neste 
processo. 
- A informação está disponível apenas enquanto os neurônios disparam potenciais elétricos. 
Com o fim desses disparos, perde-se a informação. 
MEMÓRIA DE TRABALHO 
- Ela serve, sobretudo, para contextualizar o indivíduo e para gerenciar as informações que 
estão transitando pelo cérebro. 
- A duração da memória de trabalho é ultrarrápida porque ela nos permite armazenar uma 
informação apenas enquanto estamos fazendo uso dessa mesma informação, ou seja, apenas 
enquanto certo trabalho está sendo realizado 
- Quando queremos encomendar uma pizza, por exemplo, olhamos o número no imã da 
geladeira e conseguimos guardá-lo tempo suficiente para que possamos chegar ao telefone 
e discar o número. Quando a informação temporariamente armazenada deixa de ser útil, ela 
é descartada e, normalmente, esquecida. 
 
Objetivo 3: EXPLICAR a neurofisiologia da Síndrome demencial. 
 
- Demência é um comprometimento generalizado, adquirido e geralmente progressivo da 
função cognitiva. 
 
- Demência se difere de coma e estados confusionais, porque na demência o nível de 
consciência está preservado 
 
 
 
 
– º
- A prevalência da demência aumenta com o avançar da 
idade, mas ela não é uma consequência do 
envelhecimento 
 
- As demências são resultado das doenças que 
envolvem o córtex cerebral e suas conexões 
 
- O termo leve comprometimento cognitivo (LCC) é 
usado para descrever déficits que são mais graves do 
que aqueles costumeiramente observados com o 
envelhecimento normal, mas não são pronunciados o 
bastante para justificar um diagnóstico de demência. 
 
- No entanto, os pacientes com LCC têm um risco 
aumentado (cerca de 10% ao ano) de desenvolver 
demência. 
 
- Em contraste com a demência, que afeta múltiplas 
esferas da função cognitiva, também podem ocorrer 
distúrbios cognitivos mais limitados. Esses distúrbios 
incluem déficits na função da linguagem (afasia) ou 
motora (apraxia), ou da integração sensorial. 
 
- A disfunção da memória (distúrbio amnésico ou 
amnésia), outro exemplo de defeito cognitivo 
circunscrito. 
 
- A memória também pode estar comprometida no 
envelhecimento normal e na demência, mas, no caso de 
envelhecimento normal o comprometimento é leve e 
no caso de demência, é acompanhado de outros 
defeitos, como de raciocínio, julgamento, 
comportamento ou linguagem. 
 
- Alguns casos de demência, especialmente a doença de 
Alzheimer, produzem um comprometimento precoce e 
desproporcional da memória e, pelo menos, nos estágios 
precoces da doença, pode ser difícil de distinguir de um 
distúrbio amnésico puro. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 Prevalência da demência e relação com a idade 
As principais diferenças que podem ser úteis na 
distinção se o quadro da paciente afeta o nível de 
consciência ou se afeta o conteúdo da consciência 
– º
- O primeiro passo é determinar a natureza do problema, 
que deve ser classificado, como um quadro que afeta o nível 
de consciência (estado confusional ou coma) ou que afeta o 
conteúdo da consciência. 
 
- Se existe um distúrbio do conteúdo da consciência, é 
preciso fazer a distinção entre um distúrbio cognitivo global 
(demência) e um déficit mais circunscrito, como amnésia 
ou afasia. 
 
- O diagnóstico também é importante em distúrbios não 
tratáveis, para fornecer ao paciente e a sua família a 
informação prognóstica ou o aconselhamento genético, ou 
para alertar os membros da família e o pessoal do 
 atendimento médico sobre o risco de uma doença. 
 
- É importante estabelecer que o nível de funcionamento do paciente diminuiu. 
 
- Os dados que podem ajudar no estabelecimento da causa da demência incluem tempo de 
evolução da deterioração; sintomas associados, como cefaleia, distúrbio da marcha ou 
incontinência; história familiar de uma condição similar; doenças médicas concorrentes e uso 
de álcool e fármacos prescritos ou não prescritos 
 
DEMÊNCIAS 
- Define-se demência como condição na qual ocorre decréscimo cognitivo comparado a um nível 
prévio doindivíduo, com comprometimento de suas funções sociais e funcionais. 
 
- Essa é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode incluir alterações de 
memória, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, raciocínio, concentração, 
aprendizado, realização de tarefas complexas, julgamento, linguagem e habilidades visuais 
espaciais (Essas alterações são características de comprometimento do sistema nervoso 
central). 
 
- A depender do mecanismo fisiopatológico, podem ser reversíveis ou irreversíveis. A principal 
causa de demência em idosos é a doença de Alzheimer, mas, além dela, diversas outras causas 
podem levar a um quadro demencial. 
 
Obs.: Para ser definida como demência, as deficiências apresentadas precisam influencias de 
modo prejudicial no estilo de vida do indivíduo. 
 
A doença de Alzheimer (DA) é a principal causa de demência no mundo. 
 
 
Objetivo 4: DESCREVER as principais demências (Alzheimer, Demência vascular, 
Demência de corpos de Lewy, Demência frontotemporal). 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
 
– º
- Transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal 
 
- Se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das 
atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações 
comportamentais. 
 
➔ Epidemiologia: 
 
 Causa mais comum de demência 
 Prevalência aumenta com a idade 
 Principal causa da morbidade e mortalidade em idosos 
 Maior parte são forma esporádicas 
 5% são relacionadas a genética 
 
➔ Fatores de risco: 
 
 Portar o alelo APOE4 
 Fatores de risco vasculares (hipertensão, dislipidemia, diabetes) 
 Transtornos do sono (insônia, síndrome da apneia obstrutiva do sono) 
 Traumatismo cranioencefálico 
 Depressão 
 Tabagismo, etilismo 
 
➔ Fisiopatologia 
 
- A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e 
pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, 
incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral. 
 
- As características presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de 
Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos 
sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de 
filamentos anormais da proteína tau e consequente formação de novelos neurofibrilares 
(NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação. 
 
- Baseadas nesses marcadores neuropatológicos, duas hipóteses principais foram propostas, a fim 
de explicar a etiologia da doença. 
 
› Hipótese da cascata amiloidal: 
 
- A neurodegeneração na doença de Alzheimer inicia-se com a clivagem anormal da proteína 
precursora amilóide (APP) e resulta na produção, agregação e deposição da substância 
amiloide(Aβ) e placas senis extracelulares. 
 
- Quando a substância Aβ encontra-se em altas concentrações, fibras amiloidais insolúveis 
são formadas no cérebro, as quais podem agregar-se ao zinco e ao cobre, agravando, assim, 
a toxicidade neuronal 
– º
 
› Hipótese colinérgica: 
 
- Formação de novelos neurofibrilares intracelulares . Além disso, a redução da colina 
acetiltranferase. 
 
- Com isso, ocorre a redução dos níveis de acetilcolina e consequente, redução da transmissão 
colinérgica. 
 
- Cérebros de pacientes portadores da doença de Alzheimer mostraram degeneração dos 
neurônios colinérgicos, ocorrendo também uma redução dos marcadores colinérgicos, sendo 
que a colina acetiltransferase e a acetilcolinesterase tiveram sua atividade reduzida no córtex 
cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer. 
 
- Na maioria das células, a fosfolipase A2 (PLA2) contribui para a liberação do ácido araquidônico 
das membranas de fosfolipídeos, o qual é passo fundamental na síntese dos principais 
mediadores da resposta inflamatória. 
 
- Em cérebros de pacientes portadores da doença de Alzheimer, a redução da atividade da 
acetilcolinesterase no córtex frontal e parietal foi relacionada ao início da demência, à 
quantidade de placas senis e NFT e à morte precoce desses pacientes. 
 
- A hipótese colinérgica, na qual as anormalidades sinápticas poderiam representar a causa da 
demência na doença de Alzheimer, admite uma melhor correlação entre o padrão e a severidade 
das alterações cognitivas em comparação às placas senis e NFT. 
 
➔ Aspectos genéticos 
 
- Cerca de 1/3 dos casos de doença de Alzheimer apresenta familiaridade e se comporta de 
acordo com um padrão de herança monogênica autossômica dominante. 
 
- Os pacientes afetados pela doença de Alzheimer têm 50% de chance de ter filhos também 
afetados pela patologia. 
 
➔ Existem 3 categorias de Doença de Alzheimer (DA) 
 
 DA provável: demência estabelecida por exame clínico e documentada por teste objetivo 
(ex, Mini Exame do Estado Mental) e confirmada por testes neuropsicológicos) 
 
 DA possível: déficit em duas ou mais áreas da cognição; com piora progressiva, início entre 
os 40 e os 90 anos de idade e ausência de transtornos sistêmicos ou outra doença cerebral 
que possa causar os déficits progressivos de memória e cognição. 
 
 DA definitiva: são critérios para provável DA e evidência histopatológica obtida de biópsia 
ou necrópsia. 
 
➔ Estágios da Doença de Alzeimer 
– º
 
 Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades 
visuais e espaciais. 
 
 Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar 
movimentos. Agitação e insônia. 
 
 Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e 
fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva. 
 
 Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções 
intercorrentes. 
 
➔ Alterações da Cognição 
 
 Comprometimento da memória, linguagem, agnosias, praxias e nas funções executivas. 
 O desenvolvimento da doença leva em média 10 anos. 
 Comprometimento de memória precoce, com déficit de aprendizagem de informações 
(eventos e dados pessoais) 
 Dificuldade de resolver problemas do dia a dia. 
 Dificuldade de planejar atividades corretamente. 
 Déficit em lembrar fatos e eventos, sobretudo os mais recentes, proporcional ao déficit de 
aprendizagem. 
 Dificuldade de reconhecer objetos e pessoas. 
 Linguagem precocemente acometida, análise de palavras, nomes de objetos 
 Dificuldade de nomear objetos, compreender frases 
 Fala lenta, frases repetitivas, palavras repetitivas 
 Desorientação espacial 
 Dificuldade de operar aparelhos complexos 
 
➔ Resumo dos Déficits Cognitivos 
 
 Amnésia: Aprendizagem e memória de longa e curta duração 
Afasia - perturbação da linguagem; 
 Apraxia - capacidade prejudicada de executar atividades motoras, apesar de um 
funcionamento motor intacto; 
 Agnosia - incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, apesar de um funcionamento 
sensorial intacto; 
 Perturbação do funcionamento executivo, isto é, planejamento, organização, 
sequenciamento, abstração. 
 
➔ Comportamento 
 Variam de progressiva Passividade a marcadores hostis 
 Perturbações do ciclo sono vigília 
 Sintomas de delírios e paranoides 
 Distúrbios de alucinações e de atividade 
 Agressividade 
– º
 Distúrbios do sono 
 Ansiedades e fobias 
 
➔ Atividades da vida diária 
 As perdas funcionais alteram o cotidiano e a vida dos pacientes 
 Essas perdas funcionais estão relacionadas aos déficits que ocorrem nas funções cognitivas, 
executivas e do comportamento. 
 
➔ Diagnóstico diferenciais: 
 
 outras condições do sistema nervoso central que causam déficits progressivos na memória e 
cognição (doença cerebrovascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, hematoma 
subdural, hidrocefalia de pressão normal, tumor cerebral); 
 condições sistêmicas que comprovadamente causamdemência (hipotiroidismo, deficiência de 
vitamina B12 ou ácido fólico, deficiência de niacina, hipercalcemia, neurossífilis, infecção com 
HIV); 
 condições induzidas por substâncias; 
 transtornos psiquiátricos (depressão, esquizofrenia); 
 delirium. 
 
➔ Como fazer o diagnóstico? 
 
- A presença continuada de uma pessoa confiável que conheça e conviva com o paciente é 
muito importante tanto para o diagnóstico como para as medidas de controle dos sintomas 
comportamentais associados à demência. 
 
- Muitas vezes o diagnóstico não será definido na 1ª avaliação geriátrica e dependerá de um 
continuum da avaliação. 
 
- Fazer anamnese com o paciente e com o informante que conviva com o paciente. 
 
 Considerar o critérios padronizados. 
 Considerar diagnósticos diferenciais. 
 Utilizar instrumentos e escalas para avaliação cognitiva e funcional. 
 Considerar repetir a avaliação alguns meses, principalmente em casos iniciais e pacientes com 
alta escolaridade. 
 
➔ Tratamento 
 
 O tratamento envolve o controle desses sintomas de alteração do comportamento 
 Uso de antipsicóticos para delírios e alucinações, de antidepressivos para os quadros 
depressivos e indutores de drogas indutoras de sono para os estes distúrbios. 
 Visa a manutenção da qualidade de vida, melhorando a função e a independência 
 Minimiza as perdas cognitivas e trata alterações de humor e comportamento. 
 A abordagem deve ser feita de forma global, com equipe multidisciplinar incorporando 
tratamento farmacológico e tratamento não farmacológico. 
– º
 
 
DEMÊNCIA VASCULAR 
 
- É a segunda maior causa de demência em idosos. 
 
- A maioria dos casos é decorrente de vários infartos corticais por oclusão de grandes artérias 
cerebrais ou infartos menores afetando substância branca (leucoaraiose) e núcleos 
subcorticais. 
 
- Pode ser difícil determinar se o quadro demencial apresentado pelo paciente é decorrente 
de alterações na vascularização ou de patologias prévias como o Alzheimer. 
 
- O quadro demencial pode ser reversível quando diagnosticado precocemente. 
 
- Esse achado, apresentam como fatores de risco alcoolismo, epilepsia, derivações 
ventriculares, anticoagulação e hemodiálise de longo prazo. 
 
- Clinicamente, os pacientes normalmente se apresentam com hipertensão, início da demência 
abrupto e sinais focais (ataxia, apraxia de marcha, hiperreflexia, paralisia pseudobulbar, 
disartria, disfagia e déficits motores/sensoriais). 
 
- A cefaleia costuma ser o primeiro sintoma, sendo acompanhada por demência, hemiparesia, 
papiledema e, mais raramente, podem ocorrer afasia, convulsões e defeitos no campo visual. 
 
- Durante a investigação, a ressonância magnética (RM) e exames laboratoriais são 
importantes para exclusão de outras patologias. 
 
- O tratamento inclui o controle da PA em pacientes hipertensos, a fim de reduzir os infartos. 
 
- Podem ocorrer também hematomas subdurais crônicos, estando normalmente associados a 
traumatismos cranianos leves em idosos de 50 a 70 anos. 
 
- Esses hematomas podem ser observados por meio de exames de imagem. 
 
- A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) demonstram áreas de 
hipodensidade, obliteração de sulcos e compressão ventricular. 
 
- Caso necessário, pode ser feita também arteriografia cerebral bilateral. Caso não haja melhora 
espontânea, o tratamento costuma ser cirúrgico, com a retirada dos coágulos formado. 
 
➔ Resumo da fisiopatologia: 
 
 Declínio cognitivo que leva ao comprometimento funcional que é causado por doença 
cérebro-vascular. 
 
 Geralmente causado por AVE, mas também pode ser causado por uma doença isquêmica da 
substancia branca ou sequela de uma hipóxia. 
 
– º
DEGENERAÇÃO FRONTOTEMPORAL (DFT) 
 
- É uma proteinopatia causada, principalmente, por acúmulo da proteína Tau, podendo ainda 
ser causada por alterações na TDP-43 ou sarcoma fused-in. 
 
- Este quadro se caracteriza por degeneração neuronal, gliose e consequentemente a uma 
atrofia cortical, mais concentrada nos lobos frontal e temporal, e consequentemente a 
alterações comportamentais e de linguagem. 
 
- Parece ser a terceira maior causa de demência em idosos, tendo início entre 50 e 60 anos, 
podendo ter origem genética ou idiopática. 
 
- Os casos oriundos de alterações genéticas apresentam variações quanto a sua patogênese. A 
DFT pode estar relacionada com mutações no gene MAPT (microtúbulos) ou GNR 
(progranulina). 
 
- As mutações geram toxicidade pelo acúmulo de emaranhados, perda de função proteica e 
distúrbios no transporte axonal. 
 
➔ Resumo: 
 
 Grupo de doenças neurológicas que se caracteriza por destruir os lobos frontal e temporal 
 Acúmulo de proteína tau hiperfosforilada no citoplasma dos neurônios e das células da glia 
 Possuem 3 variedades clínicas 
 Doença Frontotemporal (DFT), caracterizada por alterações de comportamento. 
 Afasia progressiva não fluente (APNF), caracterizada por fala não fluente com agramatismo. 
 Doença Semântica, caracterizada pela perda do significado das palavras. 
 
➔ Quadro Clínico: 
 
 Alteração da personalidade, comportamento social e diminuição das funções executivas do 
paciente, que se torna mais apático e desinibido. 
 
Transtornos cognitivos de atenção, abstração, planejamento e capacidade de resolver problemas. 
 
 Há preservação da memória, da linguagem, percepção e funções espaciais. 
 Uma parte dos pacientes apresenta parkinsonismo. 
 
DOENÇA DE CORPOS DE LEVY 
 
 Caracterizada pela depósitos anormais de uma proteína chamada alfa-sinucleína no 
cérebro (corpos de Lewy no córtex) 
 
 Característica central é declínio cognitivo progressivo que tem força o suficiente para 
interferir nas funções sociais e do dia a dia. 
 
– º
 É caracterizada por delírios e alucinações, flutuação do estado de alerta e cognição, 
transtornos do sono além de demência e parkisonismo. 
 
 Podem ocorrer alterações de memória como evidência do desenvolvimento da doença. 
 
➔ Características para Diagnóstico: 
 
Flutuação cognitiva: 
 
 Sintoma mais prevalente na doença. 
 Variações do nível de atenção e alerta do nível de consciência. 
 Podem ocorrer com variados intervalos de tempo e duração, prevalecendo os episódios de 
duração curta 
 
Alucinações visuais: 
 
 Ocorrem nas fases iniciais da doença 
 São recorrentes, bem estruturadas e detalhadas. Parkinsonismo espontâneo 
 Rigidez, bradicinesia e, raramente, tremor 
 
 
Objetivo 5: EXPLICAR as causas da demência reversível. 
CAUSAS DE DEMÊNCIAS REVERSÍVEIS 
 
- Demência: Casos irreversíveis 
- Perda Cognitiva ou Encefalopatia: Casos reversíveis 
- Os quadros clínicos que podem provocar a demência incluem os seguintes: 
• Hidrocefalia de pressão normal 
• Hematoma subdural 
• Deficiência de tiamina, niacina ou vitamina B12 
• Glândula tireoide com baixa atividade (hipotireoidismo) 
• Tumores cerebrais que podem ser removidos 
• Uso prolongado e excessivo de drogas ou álcool 
• Toxinas (como chumbo, mercúrio ou outros metais pesados) 
• Neurossífilis se tratada precocemente 
• Outras infecções (como a doença de Lyme, encefalite viral e a infecção fúngica criptococose) 
 
- As demências reversíveis são causas raras de demência. Entretanto, são importantes do ponto de 
vista diagnóstico, pois o tratamento adequado pode reverter o declínio cognitivo. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/hidrocefalia-de-press%C3%A3o-normal
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/hematomas-intracranianos#v740124_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-tiamina
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-niacina
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/vitaminas/defici%C3%AAncia-de-vitamina-b12https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-tireoide/hipotireoidismo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/tumores-do-sistema-nervoso/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-tumores-cerebrais
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/transtornos-por-uso-de-subst%C3%A2ncias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-transtornos-por-uso-de-subst%C3%A2ncias
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/s%C3%ADfilis#v790406_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-espiroquetas/doen%C3%A7a-de-lyme
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/encefalite
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-f%C3%BAngicas/criptococose
– º
Hidrocefalia de pressão normal (HPN) 
- A HPN é causa potencialmente reversível de demência e caracteriza-se pela tríade clássica: 
demência, ataxia e incontinência urinária. 
- Pode ser idiopática ou secundária a condições que interfiram na absorção liquórica, como 
meningite ou hemorragia subaracnóide. 
- A demência é freqüentemente leve e de início insidioso. 
- A deterioração da memória é comum, mas o aparecimento de apraxia e agnosia é incomum. 
Pelagra 
- Causada pela deficiência de ácido nicotínico (niacina), afeta os neurônios do córtex cerebral, 
gânglios da base, tronco cerebral, cerebelo e corno anterior da medula espinhal. 
- Manifesta-se por diarréia, glossite, anemia e lesões cutâneas eritematosas. 
- Pode produzir demência, psicose, estados confusionais, sinais cerebelares e extrapiramidais, 
polineuropatia e neuropatia óptica. 
Deficiência de vitamina B12 
- A demência é caracterizada por disfunção cognitiva global, lentificação mental, perda de 
memória e dificuldade de concentração. Déficits corticais focais não ocorrem. As manifestações 
psiquiátricas são proeminentes e incluem depressão, mania e quadros psicóticos com 
alucinações auditivas e visuais. 
Hipotireoidismo 
O hipotireoidismo é causa de demência reversível e psicose crônica. 
- A demência é caracterizada por lentificação mental, perda de memória e irritabilidade. 
- Déficits corticais focais não ocorrem. 
- As manifestações psiquiátricas são proeminentes e incluem depressão, paranóia, alucinações 
auditivas e visuais, mania e comportamento suicida. 
Depressão 
- Tanto a depressão quanto a demência causam lentificação psíquica, apatia, irritabilidade, 
descuido pessoal, dificuldades com concentração e memória, e mudanças no comportamento 
e personalidade. Além disto, a depressão pode ser um sintoma da demência e, não raramente, 
ambas as situações coexistem. 
Neurossífilis 
– º
Era causa frequente de demência antes do aparecimento e disseminação do uso da penicilina no 
tratamento das fases iniciais da doença. Embora incomum nos dias de hoje, a demência por 
neurossífilis ainda constitui diagnóstico diferencial a considerar-se diante de síndromes demenciais 
atípicas ou com manifestações frontais, particularmente em populações menos favorecidas 
socialmente. 
Encefalite herpética 
Embora incomum, permanece como a principal causa de encefalite esporádica na América do 
Norte. Quando não tratada precocemente tem prognóstico desfavorável. Cerca de metade dos 
pacientes morre em dias ou poucas semanas. Dos que sobrevivem, a maioria tem sequelas 
significativas, tais como as síndromes de Korsakoff e Kluver-Bucy, sinais neurológicos focais como 
hemiparesia e afasia, tiques vocais e motores, e demência. 
Neurocisticercose 
Em nosso meio, a neurocisticercose é considerada doença endêmica e pode levar a 
comprometimento cognitivo por inflamação crônica das meninges, hidrocefalia obstrutiva e 
pela presença de cistos corticais. O quadro clínico resulta do próprio processo inflamatório, 
do número e localização das lesões, além de prejuízos secundários a infecções prévias . São 
comuns manifestações típicas da demência vascular. 
Alcoolismo 
Algumas complicações do alcoolismo podem causar demência. Estas incluem o hematoma 
subdural crônico por traumatismo craniano, a degeneração hepatocerebral por cirrose hepática 
e deficiências nutricionais. A demência como acometimento neurológico por efeito tóxico 
direto do álcool tem sido proposta, embora nenhuma anormalidade distintiva tenha sido 
observada nos cérebros dos pacientes com demência pelo uso do álcool. 
Síndrome de Wernicke-Korsakoff 
A síndrome de Wernicke ocorre pela deficiência de tiamina associada ao uso crônico de álcool, 
e é transtorno neurológico agudo caracterizado por ataxia, disfunção vestibular, delírio e pela 
variedade de anormalidades da motricidade ocular (nistagmo, paralisia dos retos laterais e 
paralisia da fixação). Se não tratada adequadamente pode evoluir para síndrome amnéstica 
crônica conhecida com síndrome de Korsakoff, onde os aspectos essenciais são o prejuízo 
grave de memória recente e aprendizado (amnésia anterógrada) e confabulações, com pobre 
resposta ao tratamento. 
 
 
Objetivo 6: DESCREVER as ferramentas para avaliar as demências (MEEM, fluência verbal, teste do 
relógio, GDS, Pfeffer). 
 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL 
 
– º
- Avalia o estado mental 
- Leva cerca de 10 minutos e tem uma série de perguntas 
- Avalia a função cognitiva com base na localização 
- Pontuação máxima: 30 pontos 
- Resultados iguais <= 24 pontos -> Redução da capacidade mental 
- Resultados >=28 ausência de alterações no estado mental 
- É influenciado pela idade, educação, sexo e bagagem cultural 
- A pontuação normal de MEEM não é confiável para descartar demência 
- Pode ter resultados falso positivos 
 
 
 
 
FLUÊNCIA VERBAL 
- Alterações na comunicação verbal são avaliadas examinando-se a fala espontânea, 
compreensão oral, repetição de palavras e frases, nomeação, leitura e escrita 
 
➔ Fala Espontânea 
– º
 
- Durante a anamnese observa-se a fluência, articulação de fonemas, substituição de fonemas, 
sílabas ou palavras 
 
➔ Compreensão Oral 
 
- Quando está deficiente é necessário excluir hipoacusia 
- Dificuldade na compreensão das frases 
 
➔ Repetição 
 
- Incapacidade de repetir fonemas, palavras e frases 
- A repetição depende também na memorização 
 
➔ Nomeação 
 
- Dificuldade de nomear objetos 
- + Frequente 
- Nomear utensílios comuns que estão presentes na realidade do paciente 
- Tem que descartar agnosia visual 
 
➔ Leitura 
 
- Você escreve uma ação: “Abra a boca” e ele tem que realiza-la 
- Pedir para ele ler o texto em voz alta 
 
➔ Escrita 
 
- O paciente deve escrever em uma folha em branco o seu nome, endereço e algumas frases 
- Escreve o que é ditado a ele 
- Nessa parte do exame é possível identificar afasias e separá-las das disfonias e disartrias 
 
 
TESTE DO RELÓGIO 
 
- Teste para avaliar as funções executivas e habilidade visuo-especiais 
 
- É importante avaliar a pontuação final, além do tempo e as estratégias que o paciente usa 
para desempenhar a tarefa 
 
- Deve ter atenção para o nível educacional 
 
- O examinador vai dar uma folha A4 para o paciente e pedir para que ele desenhe um relógio 
com uma determina hora, por exemplo 14:30 
– º
 
- Se o paciente achar que não ficou bom e quiser realizar de novo é permitido 
 
 
 
 
 
 
ESCALA GERIÁTRICA DE DEPRESSÃO - GDS 
 
- É segundo os autores que a traduziram o único instrumento que se conhece que foi elaborado 
com o objetivo de ser utilizado para pessoas idosas. 
 
- É uma escala composta por 28 itens, com duas alternativas de resposta (sim ou não) 
 
- Normalmente os itens: 1, 5, 7, 9, 15, 19, 21 e 27, devem ser pontuados negativamente; isto é 
uma resposta “Não” corresponde um ponto. E ositens 2,3,4,6,8,10,11,12, 
13,14,16,17,18,20,22,23,24,25,26,e,28, será atribuído um ponto à resposta positiva “Sim”. 
 
- Valores de 0-10 pontos – idosos normais; 
- Valores >= a 11 - depressão em severidade crescente 
- Valores 23 - idosos gravemente deprimidos. 
 
– º
 
– º
 
 
 
PFEFFER 
 
 
- O Índice de Pfeffer é constituído por itens relacionados com a capacidade do indivíduo para 
realizar atividades instrumentais de vida diária e funções cognitivas e sociais como fazer 
comprar, preparar alimentos, prestar atenção nos programas de TV 
 
- Esta escala é constituída por dez itens e avalia a independência do idoso para realizar as suas 
atividades diárias 
 
- Quanto menor a pontuação obtida pelo indivíduo, maior a sua independência e autonomia. 
 
- Quanto maior a pontuação, maior é a dependência do paciente, sendo considerada a 
presença de prejuízo funcional a partir de um score de 3 
 
- Scores >=5 possuem boa especificidade e sensibilidade para o diagnóstico de alterações da 
cognição com declínio funcional 
 
– º
- O score mínimo é 0 e o máximo é 30. 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
• Instrumentos para a avaliação em geriatria – João Luis Alves Apóstolo - Escola Superior de 
Enfermagem da Coimbra – 2012 
• A neurologia que todo médico deve saber – Ricardo Nitrini – 2ª ed. 
• Exame Neurológico de Djong – 7ª ed. 
• Neurologia clínica. David A. Greenberg, Michael J. Aminoff, Roger P. Simon 8. ed. Porto Alegre. 
Editora AMGH, 2014. 
• Diagnóstico Diferencial das Demências – José Galluci Neto et al – Revista Clínica de Psiquiatria – São 
Paulo – 2021 
• Neuroanatomia funcional. Angelo machado. 3 edição. 2014. 
 
 
Memória Anterograda – Não lembra depois do trauma 
Memória Retrógada – Não lembra antes do trauma 
Safadeza com idade – ligada com demência

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