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AVD - DIreito Penal - Teoria do Crime

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Todas as respostas conferidas 10 / 10 
 
1,25 pts. 
 
1. 
 
 
Ano: 2008 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: NUCEPE - 2008 - PC-PI - Perito 
Criminal - Farmácia 
No que tange à imputabilidade, certo é afirmar que se trata de um conjunto de 
requisitos pessoais que conferem ao indivíduo capacidade para que, juridicamente, lhe 
possa ser atribuído um fato delituoso. Não excluem a imputabilidade: 
 
 
 
A menoridade penal. 
 
A embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força 
maior. 
 
O desenvolvimento mental incompleto ou retardado. 
 
A emoção ou a paixão. 
 
A doença mental. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
2. 
 
 
O Estado determina o estabelecimento que limita e vincula a atuação do poder público 
e do particular com a finalidade da manutenção da democracia. Nesse sentido: 
 
 
 
Garantismo é aplicar somente a lei de forma mais favorável ao 
acusado. 
 
Garantismo é não necessariamente fazer uma interpretação das 
normas conforme a Constituição com base na dignidade da pessoa 
humana e seus direitos fundamentais, mas desde que seja melhor 
ao acusado. 
 
Garantismo é sinônimo de Estado Constitucional da Monarquia. 
 
Garantismo é estabelecer uma interpretação das normas conforme 
a Constituição com base na dignidade da pessoa humana e seus 
direitos fundamentais. 
 
Garantismo não é aplicado no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
3. 
 
 
Sabemos que o Direito Penal constitui um instrumento de controle social, pois 
contribui para a preservação da paz pública, inibindo que alguns agentes sejam 
estimulados a não violar a norma em favor da coletividade. Diante disso, analise as 
afirmativas. 
 I. O Direito Penal não protege todos os bens jurídicos existentes em razão do 
princípio da fragmentariedade e da subsidiariedade. 
II. O Direito Penal não deve ser entendido como um escudo do cidadão contra o 
Estado, uma garantia de que não haverá excessos. 
III. Conforme a Teoria das Velocidades do Direito Penal, a imposição de uma sanção 
penal, ainda que legítima, é uma violência do Estado contra o cidadão e contra a 
sociedade. Por isso, deve-se atender à intervenção mínima, buscando somente 
incriminar condutas extremamente necessárias. 
IV. O Direito Penal não deve atuar como um instrumento de transformação social, pois 
não é esta a sua missão. 
Estão corretas as afirmativas. 
 
 
 
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I e III 
 
I e II 
 
I, II e IV 
 
III e IV 
 
II e IV 
 
 
1,25 pts. 
 
4. 
 
 
Ana é condutora de uma van escolar, e foi flagrada pela autoridade de trânsito falando 
ao celular enquanto dirigia, e por isso sofreu uma sanção registrada na sua carteira 
nacional de habilitação. Desta situação hipotética, é correto afirmar que: 
 
 
 
Ana cometeu crime de falar ao celular na condução de veículo 
automotor, e por isso deve responder às penas de 2 anos de 
detenção, além da pontuação administrativa correspondente; 
 
Ana não cometeu crime, pois sua infração administrativa já prevê 
a privação da liberdade de dirigir veículo, e daí a sanção 
administrativa deve absorver a pena criminal. 
 
A conduta de Ana é um evento sem nenhuma repercussão jurídica 
alguma. 
 
Ana não cometeu nenhum delito, somente infração administrativa, 
pois o Código de Trânsito Brasileiro não prevê tipicidade para esta 
conduta. 
 
Ana não cometeu nem crime e nem infração administrativa, sendo 
certo que sua conduta de falar ao volante não possui nenhuma 
punição no Código de Trânsito Brasileiro. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
5. 
 
 
Há uma estreita relação teórica e prática entre a atuação da mídia e o direito penal 
brasileiro. Com relação ao tema aqui exposto, levando-se em consideração as 
proposições trazidas pelos estudos da legislação penal simbólica, assinale a alternativa 
correta: 
 
 
 
A aprovação de normas penais incriminadoras não sofre influência 
direta da mídia, uma vez que o seu papel é exclusivamente 
informativo e objetiva assegurar um sentimento coletivo de 
segurança na população. 
 
A mídia tem o papel apenas de divulgar o conteúdo das normas 
penais incriminadoras, sem interferir no sentimento coletivo 
quanto às expectativas de concretização da efetividade normativa. 
 
O papel da mídia é influenciar diretamente na aprovação de 
normas penais incriminadoras, embora tenha o compromisso de 
divulgar dados reais de criminalidade, ressaltando-se que a norma 
penal em si não é automaticamente efetiva. 
 
A mídia desenvolve atividades que influenciam diretamente na 
construção da legislação penal simbólica, pois robustece o 
sentimento de segurança coletiva e estabilidade social, ao 
naturalizar o discurso de que a norma penal em si mesma é capaz 
de reduzir a criminalidade. 
 
Por meio da atuação direta da mídia é possível assegurar a 
efetividade normativa das leis penais incriminadoras, 
concretizando-se as expectativas outrora desenhadas pelo 
legislador infraconstitucional. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
6. 
 
 
Assinale a alternativa correta considerando o desafio da efetividade e concretude do 
conteúdo contido nas normas penais incriminadoras. 
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A concretude dos objetivos pretendidos pelo legislador da norma 
penal incriminadora ocorrerá no momento em que o magistrado 
julgar o mérito de uma pretensão penal deduzida e condenar o 
acusado. 
 
A criação de normas penais incriminadoras, com penas severas 
aos agentes, é medida indispensável para assegurar a efetividade 
normativa e o alcance dos objetivos preconizados pelo legislador, 
especialmente no que atine à prevenção delitiva. 
 
O direito penal democrata-constitucional, por meio de normas 
penais incriminadoras (tipo penal) assegura concretamente a 
modificação das estruturas sociais e, assim, garante a segurança 
pública tão almejada pela sociedade civil. 
 
A aplicabilidade da norma penal incriminadora, no julgamento de 
uma pretensão penal deduzida em juízo, não assegura, 
necessariamente, sua efetividade normativa e, tampouco, 
acarreta a modificação automática das estruturas sociais de 
criminalidade. 
 
A efetividade normativa de uma lei penal incriminadora está 
diretamente relacionada com a regularidade procedimental de 
confecção e produção dessa norma no âmbito do processo 
legislativo democrático. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
7. 
 
 
A Lei 8429/92 e a Lei 8072/90 são dois exemplos de normas jurídicas que trazem em 
seu conteúdo a criminalização de condutas mediante a aplicabilidade de penas aos 
seus agentes. Com relação à efetividade normativa e a análise das respectivas leis no 
contexto dos estudos da legislação simbólica, é correto afirmar que: 
 
 
 
Tanto a Lei 8072/90 quanto a Lei 8429/92 são exemplos clássicos 
de legislaçõespenais simbólicas, haja vista que deixam de 
atender às expectativas do legislador infraconstitucional quanto a 
sua efetividade normativa. 
 
A Lei 8072/90 atendeu efetivamente os objetivos do legislador 
quanto à sua efetividade normativa, haja vista que, a partir da 
sua entrada em vigor, tivemos significativos avanços na 
diminuição da prática de crimes hediondos no Brasil. 
 
A Lei 8429/92 ainda não se encontra plenamente em vigor no 
direito brasileiro, considerando-se o aumento significativo de atos 
de improbidade administrativa praticados pelos agentes públicos. 
 
A Lei 8072/90 não se encontra plenamente em vigor no direito 
brasileiro, embora esteja vigente, pois seus comandos penais 
ainda não se efetivaram dentro dos moldes propostos pelo 
legislador infraconstitucional. 
 
Enquanto a Lei 8429/92 atingiu integralmente sua efetividade 
normativa, sabe-se que a Lei 8072/90 é considerada uma espécie 
de legislação penal simbólica, considerando não ter atendido aos 
anseios do legislador infraconstitucional. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
8. 
 
 
O lawfare é uma proposição teórica utilizada como parâmetro para o entendimento 
crítico de questões que permeiam o direito penal no Estado Democrático de Direito. 
Com relação ao tema aqui exposto, assinale a alternativa correta: 
 
 
 
O lawfare é um instituto do direito penal democrático que objetiva 
assegurar ampla e integralmente a proteção jurídica da pessoa e 
da dignidade do criminoso. 
 
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O lawfare é excepcionalmente admitido no direito penal 
democrático brasileiro, que tem, dentre seus propósitos centrais, 
o princípio da intervenção mínima e anterioridade da lei penal. 
 
O lawfare pode ser definido como "guerra a partir das leis", haja 
vista que lei é vista como mais um instrumento ideologicamente 
construído para atacar aqueles sujeitos considerados inimigos do 
Estado. 
 
O lawfare é um instituto que sistematiza a tipificação de condutas 
consideradas socialmente relevantes pelo Estado, cujo enfoque 
central é garantir a segurança jurídica da sociedade civil. 
 
O lawfare não pode ser visto e compreendido como uma 
estratégia contrária aos direitos fundamentais do acusado, haja 
vista que é compatível com o Estado Democrático de Direito.

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