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A AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A criança tem uma necessidade natural de ser amada, aceita, acolhida e ouvida, e, neste sentido, o professor é quem exerce esse papel e conduz o aluno no caminho da motivação, da busca e do interesse. O empenho desse profissional se reflete na sua preocupação com os gostos e anseios das crianças, que diferem em sua percepção de mundo de acordo com a idade.
A afetividade na Educação Infantil nos remete ao domínio da psicologia do desenvolvimento, ressaltando-se aí, especificamente, o enfoque cognitivo-desenvolvimentista de Jean Piaget, que foi um dos grandes estudiosos da Psicologia do Desenvolvimento, dedicando-se exclusivamente ao estudo do desenvolvimento cognitivo, sendo um dos maiores referenciais sobre esta temática.
Segundo o referido pesquisador, os processos de aprendizagem são influenciados afetivamente sendo positivos ou negativos, podendo acelerar ou atrasar o desenvolvimento intelectual. Da mesma forma, Vygotsky também afirma não podemos compreender o funcionamento cognitivo sem entender o aspecto emocional, pois ambos são uma unidade afeto-cognição e a própria motivação para aprender está associada a uma base afetiva.
Para que se possa compreender de forma mais ampla o tema da afetividade na Educação Infantil, percebemos que antes, faz-se necessário tratar rapidamente sobre a aprendizagem deste nível educacional. A Educação Infantil foi vista durante um grande tempo como uma forma de cuidar, apenas em se fazer companhia, sendo assim deixada em segundo plano, não contando com nenhuma preocupação no que diz respeito ao caráter pedagógico que está inserido em todo contexto educacional.
Porém, atualmente, muito se discute sobre Educação Infantil, quem já é conhecida como primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, que está propicia ao conhecimento. Conforme a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9394/96) - colocando-a na mesma importância com o Ensino Fundamental e Médio. Sobre a Educação Infantil, especificamente, a LDB se expressa assim:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (LDB, CAP.II; SEÇÃOII; ART.29- LDB)		
A primeira infância, de 0 aos 5 anos, é o período em que os seres humanos constroem suas bases cognitiva, emocional, motora, social e ética. Quando ainda não sabem utilizar a linguagem oral, as crianças fazem uso principalmente da emoção para se comunicar com o mundo, através do choro e sorriso, por exemplo, são uma das formas que elas encontram para comunicar-se. Ao adquirir a fala, as crianças recebem mais um meio de expressar o que sentem e começam a se relacionar com o mundo de outra forma.
Para Freire (1996), a prática educativa deve ser entendida como um exercício constante em favor da produção e desenvolvimento da autonomia dos educandos, que perde completamente o sentido sem o querer bem por aqueles que não tem motivações e a falta de entusiasmo e da alegria por sua prática.
Apontando os estudos feitos por estes estudiosos que contribuem, imensamente, para novas pesquisas, pode-se afirmar que a afetividade é essencial em todos os seres humanos, de todas as idades, mas, especialmente, no desenvolvimento infantil. A afetividade está sempre presente nas experiências vividas pelas pessoas, no relacionamento com o outro social, por toda sua vida, desde seu nascimento. Quando a criança entra na escola, torna-se ainda mais evidente o papel da afetividade na relação professor-aluno.
AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
A afetividade está totalmente inserida no âmbito escolar e não é menos importante que a educação do corpo e da mente. Pois, se sabe que as interações afetivas existentes entre professor e aluno são de grande importância para o desenvolvimento e construção do conhecimento. Para Piaget (1980), que diz que “a vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distinta já que o ato de inteligência pressupõe uma regulação energética interna (interesse, esforço, felicidade, etc)”, deste modo o interesse e a relação afetiva entre a necessidade e o objeto susceptível de satisfazê-la. A relação da cognição e afetividade no contexto escolar está intimamente interligada ao desempenho escolar do educando.
Educar não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho a trilhar que o professor julga ser o certo. Educar é ajudar o aluno a tomar consciência de si mesmo, dos outros, da sociedade em que vive e o seu papel dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar ao outro com seus defeitos e qualidades.
Para o pesquisador Andrade (2006, p. 13), “falar de afetividade na relação professor/aluno é falar de emoções, disciplina, postura do conflito do eu e do outro.”, porque é algo que é permanente e real na vida da criança, independente do ambiente que esteja inserida, pois esse ponto é frequente.
Pacheco (2014) afirma que quando a relação professor-aluno é recíproca de bons encontros, cria-se um laço afetivo colaborando para o processo de ensino e aprendizagem. Essa ligação afetiva entre professor e aluno não se limita somente ao carinho físico, mas também na forma que o aluno é tratado. O tom da voz, gestos e palavras são grandes aliados do professor para estabelecer uma boa comunicação afetiva com seus alunos.
O professor deve ter a consciência de seu papel na relação afetiva com o aluno e possuir inteligência emocional suficiente para fomentar essa relação e fazer uso de diferentes recursos, de modo a provocar no aluno a reciprocidade necessária para que o ensino seja efetivado.
Assim, percebe-se que, na vivência escolar, a forma de expressar da criança vai corresponder a alguns princípios assegurados nas fases posteriores. Esses princípios são vitais para evitar crises árduas pelas quais o processo de maturação da criança e o seu eu psicológico podem passar. É na escola que a criança começa a criar autonomia em relação à vida familiar; nesse processo é indispensável à disciplina, uma disciplina de ordem maternal. (ANDRADE, 2006).
Rubem Alves (2000) enfatiza que o professor, aquele que ensina com alegria, que ama sua profissão, não morre jamais. Ele pronuncia:
Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... (ALVES, 2000 p.5)
Em sala de aula tenta-se encontrar qual é o papel do professor, direcionando o olhar para a relação que se desenvolve entre professor e aluno. Pertence ao professor planejar e executar suas aulas para que seus alunos criem vínculos positivos entre si e os conteúdos. Quando um professor apenas transmite um conteúdo, sem lógica, sem que o aluno assimile afetivamente o teor dessas aulas, nada ser á aprendido pois o professor tem de tornar os conteúdos interessantes e motivadores aos olhos dos alunos.
Portanto, é impossível o professor educar bem seu aluno sem antes conquistá-lo por diversas vertentes que compõe sua prática educativa. É necessário que o professor tenha conhecimento do conteúdo a ser passado e saber qual a importância desse conhecimento para a vida desse aluno, somente assim será capaz de fazer com que o aluno tenha interesse em aprender e sinta prazer nesse ato.
REFERENCIAS
ANDRADE, Maria Cecília Milagre. Afetividade e Aprendizagem: relação professor e aluno f. Monografia (Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional) Faculdade Cenecista da Ilha do Governador, Ilha do Governador. Disponível em: < Acesso em: 10 set. 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 14 set. 2019.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 9º ed.- São Paulo: Paz e Terra,1996. - (coleção leitura)
PACHECO, Josemary. A afetividade na instituição escolar. 34 f. 2014. Monografia (Especialização em Administração escolar) -Universidade Cândido Mendes de Recife, Recife, 2014.
VIGOTSKY, Levi. Ciclo da Aprendizagem: Revista Escola, ed. 160, Fundação Victor Civita, São Paulo, 2003.