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1 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA o Atenuadas – vírus vivo com potência infecciosa diminuída. Ex: SCR (sarampo, caxumba, rubéola – tríplice viral), VOP (vacina oral contra a poli), febre amarela, BCG, rotavírus, varicela) – não podem ser feitas em imunossuprimidos. o Inativadas – elemento infeccioso inativado completamente. Ex: VIP, influenza, DTP, raiva o Conjugadas – vacina a partir de um polissacarídeo conjugado a proteínas, pouco imunogênica para menores de 2 anos. Ex: pneumo decavalente e meningo C. o Recombinantes – feitas com engenharia genética. Ex: anti-hepatite B o Combinadas – combinação de várias vacinas em uma só seringa. Ex: DPT, pentavalente, tríplice viral o BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) o Paciente que tenha contato com alguém com hanseníase deve receber uma segunda dose de BCG devido a reação cruzada – 6 meses após a formação da cicatriz para segunda dose. o Como é preparada a vacina BCG? – Cepas atenuadas de Mycobacterium bovis. o Indicação: prevenção das formas graves. o Administração: Intradérmica no deltoide direito (0,1mL). o Obrigatória em menores de 1 ano. Evolução característica da lesão vacinal: ✓ Nódulo ✓ Pústula ✓ Crosta ✓ Úlcera ✓ A lesão regride entre 5 e 12 semanas, deixando uma cicatriz. Não se faz segunda dose em paciente que não desenvolve cicatriz após a 1ª dose do BCG. o Qual a conduta diante de uma linfadenite axilar após o uso do BGC? Nada, a não ser se o gânglio ultrapassar 3cm. Eventos adversos e conduta: o Úlcera > 1cm: o Abscesso frio o Linfadenite regional supurada o Abscesso quente – drena. Em geral é quando há erro na aplicação. O tratamento é usar a medicação até regredir. Lesões disseminada – febre, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada. Contraindicações BCG: o Imunodeficiência (congênita ou adquirida) o Grávidas o RN com peso > 2.000g – ponto de vista técnico devido a pouco tecido. o Lesões de peles extensas Vacinação e revacinação em grupos especiais: o Pacientes infectados pelo HIV: devem fazer o BCG bem no início. o Comunicantes de hanseníase – devem fazer uma segunda dose para proteção cruzada contra o Hansen. #Q: Criança de 1 ano de idade, saudável, recebeu a vacina BCG há 2 meses e há 1 mês vem apresentando secreção purulenta em local da vacina, sem febre ou queda de estado geral. É trazida à UBS e você constata que a lesão do BCG mede 0,8 cm e palpa um gânglio de 1 cm na região axilar D, sem sinais inflamatórios. A orientação é: a) Lavagem local no banho e observação médica. b) Eritromicina tópica até resolução da lesão c) Limpeza do local com antisséptico e neomicina tópica d) Isoniazida VO por 3 meses e) Eritromicina VO por 1 mês Infecção pelo vírus B: o Assintomática o Aguda fulminante o Portador crônico: cirrose/hepatocarcinoma ✓ Altamente eficaz ✓ Anticorpos protetores após 3ª dose > 90 a 95% dos pacientes. ✓ Via IM: coxa, deltoide (não pode ser na região glútea) Esquema de dose recomendado (3) antigo: o Primeiras 12 horas de vida o 1 mês o 6 meses Novo: 2 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA #Q: qual é a interpretação para uma criança que apresenta o seguinte padrão sorológico para hepatite B: HBsAg negativo, HBeAg negativo, anti-HBc IgM negativo, anti-HBe negativo e anti-HBs positivo? R: paciente vacinado. O anti-HBs positivo é a resposta a vacina. #Q: Uma mulher com 25 anos de idade engravida e, durante a realização do pré-natal, descobre ser portadora do antígeno HBs. As medidas apropriadas para evitar a aquisição da doença pelo recém-nascido são: R: vacina e imunoglobulina hiperimune intramuscular ao nascimento. Mas não no mesmo local, a imunoglobulina pode ser na região glútea. Difteria pertussis, da coqueluche e tétano. Composição: o Bordetella inativada (vacina celular) o Toxoide diftérico o Toxoide tetânico Usada nas doses de reforço, pois no 1º ano de vida, é usada a pentavalente (DPT + Hib + HB) O toxoide diftérico tem duas preparações disponíveis: o Crianças < 7 anos: D – quantidade de antígeno maior o Crianças > 7 anos: d – quantidade de antígeno menor Os menores de 7 anos precisam de estímulo antigênico maior para responder a vacina. Tétano neonatal: Pode levar a morte. Toxoide tetânico: o Altamente imunogênico o Títulos protetores por 10 anos. Situações especiais: o Gravidez: controle do tétano neontal – vacinar a gestante caso a última dose foi a mais de 5 anos. o Ferimentos de alto risco – reforço caso última dose > 5 anos. #Q: Uma criança de 8 anos de idade sofre um ferimento perfurante plantar com prego enferrujado. A mesma recebeu 3 doses da vacina DTP no 1º ano de vida, 1 dose aos 15 meses e uma dose aos 5 anos. Que conduta deve ser adotada para profilaxia do tétano nesse caso? R: apenas limpeza e debridamento do ferimento sem dose de reforço, já que a última dose foi a 3 anos. Nos países ricos: vacina acelular o PTN parede celular: toxina pertussis o Mais eficaz que a vacina celular o Menos reatogênica TETRA/PENTAVALENTE DPT + Hiv + Hep B Administração IM aos 2, 4 e 6 meses. Reforço: é feito com a tríplice (DPT) aos 15 meses e entre 4-6 anos. Entre 14-16 anos: dupla adulto, dT, a cada 10 anos. Vacinação contra coqueluche em adolescentes e adultos: Tdap: 1 única vez Observação: manter dT a cada 10 anos. A gestante deve receber o reforço – uma dose a partir da 27ª semana da gestação. A vacina pertussis acelular pode ser feita a partir de 20 semanas de gestação, preferencialmente entre 27 e 36 semanas – a cada gestação. Eventos adversos: o Reações locais o Febre o Reações ao componente pertussis – febre alta, irritabilidade, choro inconsolável (que dure 3 horas), convulsões (ema até 72h após vacina), síndrome hipotônica-hiporresponsiva (48h), encefalopatia (1 semana). Condutas: o Febre alta e irritabilidade, choro inconsolável – MS recomenda que na próxima dose, seja feita uma hora antes antitérmico/analgésico. o Convulsão e síndrome hipotônica- hiporresponsiva: MS banca vacina acelular para próxima dose. o Encefalopatia: tira o componente pertussis. #Q: Mãe leva o filho de 4 meses a consulta no posto de saúde e relata que ele apresentou crise convulsiva tônico-clônica logo após ser vacinado aos 2 meses. Ela está preocupada e solicita orientação, pois ele irá ser vacinado novamente. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que contém a orientação solicitada. R: indicar DTPa (tríplice acelular) ao invés da DTP na próxima vacinação. VACINA ANTI-HEMÓFILOS TIPO B: 3 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA Contida na pentavalente. Redução da doença invasiva – meningite e suas sequelas. o Recomendada < 5 anos. o Contida nas 3 doses de pentavalente o Reforço: só em crianças com asplenia, imunodeficiência. o Crianças > 1 ano e > 5 anos: 1 dose apenas. VACINA ANTIPÓLIO: Poliomielite. o Poliovírus 1e 3 o OPV: via oral – 2 gotas (0,1mL) o 1955: Salk (VIP) o 1961: Sabin (VOP) Desde janeiro de 2016: SABIN VOP Vírus vivo atenuado. Reforço: 15 meses Reforço: 4 anos Mais as doses das campanhas nos menores de 5 anos – objetivo: proteção coletiva. Vantagens: o Administração simples o Baixo custo o Imunidade duradoura o Imunidade local (TGI) o Imunização secundária de contactantes (eliminação fecal) Último caso no Brasil: 1989 Eventos adversos: o Paralisia flácida o 1 caso/13 milhões de doses OMS recomenda OPV – menor custo. Áreas de condições sanitárias precárias: necessidade de barreira mucosa adequada. Contraindicações: o Absoluta: não há. o Imunodeprimidos ou contactantes de pacientes com AIDS, transplantados de medula devem receber VIP. Dúvidas: Caso a criança cuspa ou vomite logo após receber a OPV, o que deve ser feito? Repete. Há necessidade dejejum? Não. SALK VIP: A VIP não provoca pólio vacinal. Nos países ricos substituição da VOP pela VIP. Recomendada no Brasil aos 2 e 4 meses e aos 6 meses. VACINA ORAL CONTRA O ROTAVÍRUS HUMANO (VORH): o Rotavírus: principal causa de diarreia aguda grave na criança o Pico incidência: 4-23 meses o Elaborada com o sorotipo G1 atenuado o Imunidade cruzada com outros sorotipos PNI orienta desde janeiro de 2013: o Limites de faixa etária – evitar invaginação intestinal o Ampliação para 1ª dose aos 2 meses - 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias o 2ª dose aos 4 meses – 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias Caso a criança cuspa ou vomite logo após receber a VORH, o que deve ser feito? Não deve repetir a dose. Eventos adversos: o Febre até 14 dias após o Diarreia até 21 dias Contraindicações: o Imunodeprimidos – vacina com vírus vivo o História prévia de invaginação intestinal VACINA ANTIPNEUMOCÓCICA o Decavalente (10 sorotipos de pneumococos) o Antígenos pneumocócicos conjugados a uma variante da toxina diftérica não tóxica. o 2 Doses no 1º ano de vida o Reforço. VACINA CONJUGADA CONTRA O MENINGOCOCO C: o Fazer o reforço aos 12 meses Reforço da vacina para adolescentes de 11 a 14 anos. TRÍPLICE VIRAL SCR: Vírus atenuados. Via subcutânea. 2 doses: o Primeira aos 12 meses o Segunda entre 4 e 6 anos 4 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA Na preparação para introdução da vacina tetraviral, feita em agosto de 2013, para melhorar a análise da cobertura vacinal em 2013, o PNI orientou desde janeiro de 2013: Tríplice viral: 2 doses 1ª: 12 meses 2ª: 15 meses Intervalo mínimo de 30 dias. Contraindicação: o Reação anafilática após ingestão de ovo de galinha? Não. o Não aplicar em grávidas: risco teórico. o Após imunização esperar 1 mês para engravidar. o Uso de imunoglobulina ou hemocomponentes recentemente – não tomar vacina com vírus vivo. A imunização passiva (uso de imunoglobulinas) pode interferir na resposta imune às vacinas atenuadas – recomendam-se intervalos de tempo entre elas: SARAMPO: Preparo: cultura em fibroblastos de embrião de pinto. CAXUMBA: o Síndrome clássica o Parotidite Complicações: o Orquite o Pancreatite o Meningoencefalite o Surdez Preparo: cultura em fibroblastos de embrião de pinto. RUBÉOLA: Maior preocupação: síndrome da rubéola congênita (Catarata, surdez, cardiopatia). INFLUENZA: #Q: A mãe de um bebê de 2 meses está preocupada com o aumento dos casos de gripe entre os seus vizinhos e pergunta ao médico da unidade básica de saúde qual a idade mínima em que poderia ser aplicada a vacina contra a gripe (influenza) em seu filho. O médico deve responder que a vacina só pode ser aplicada para crianças com a idade mínima de: 6 meses. #Q: Ana Maria é asmática, vai tomar vacina anual contra a gripe recomendada por seu médico e quer vacinar seu filho. Luciano tem 6 meses e é saudável. Ana não se importa se precisar pagar pela vacina. Sua conduta para orientação da vacinação de Luciano é indicá-la: Em duas doses com intervalo de pelo menos 1 mês. E no próximo ano, apenas uma dose. #Q: Nas crianças que apresentam alergia grave à proteína do ovo, as vacinas que deverão ser evitadas são: Influenza e febre amarela. NOVIDADES EM VACINAÇÃO: Alteração da idade para a administração da vacina tríplice viral e da vacina oral de rotavírus humano, desde janeiro de 2013. Na preparação para a introdução da vacina tetraviral, para melhorar a análise da cobertura vacinal em 2013, o PNI orientou desde janeiro de 2013 Tríplice viral: 2 doses – 1ª com 12 meses e 2ª com 15 meses. Intervalo mínimo de 30 dias. Bloqueio vacinal por ocasião de surtos < 12 meses: o 1 dose entre 6 e 12 meses e o Manter as doses de 12 e 15 meses > 12 meses com 1 dose apenas: o Antecipar a 2ª dose respeitando o intervalo mínimo de 30 dias, sem refazê-la aos 15 meses. Tetraviral: o Sarampo o Caxumba o Rubéola o Varicela Produção da vacina tetravalente, no instituto de tecnologia em imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). Disponibilizar a vacina varicela ao Programa Nacional de Imunização (PNI), Ministério da Saúde. Este imunizante foi combinado à tríplice viral – vacina tetraviral. Vacinação em massa contra a varicela com cobertura vacinal de 85% para o sucesso do programa. Vacinação contra a varicela: Crianças com até 5 anos passam a tomar a vacina contra varicela. Atualização de 2017: 1 dose aos 15 meses ou até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Esquema vacina: 1ª dose de tríplice viral, 2ª dose tetraviral ou tríplice viral + varicela. A partir de 2018, MS implanta segunda dose para crianças de 4 até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias). 5 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA Surto de sarampo: Grande número de casos em 2019 – em outubro 5.404 casos confirmados. Medidas preventivas: o Depois de contato com alguém com sarampo, pode-se fazer vacinação de bloqueio em até 72 horas. Campanhas de vacinação: o Dose 0 – entre 6 meses e 1 ano incompleto. Não conta para o esquema vacinal correto da criança. Controle: monitorar as pessoas que entraram em contato com um caso durante o período de transmissibilidade. Período de transmissibilidade: 6 dias antes e 4 dias depois do aparecimento do exantema. Controle adequado: pessoas com sarampo devem evitar o trabalho ou a escola por no mínimo 4 dias, a partir do início do exantema. Vacina do Serum Institute of India – não deve ser feita em < 9 meses de idade. Não fazer em pacientes com APLV (alergia a proteína do leite de vaca). Vacinação da mulher – HPV papilomavírus humano: o Infecção do trato genital por 2 grupos de HPV: oncogênicos (câncer do colo do útero) e não oncogênicos. o Oncogênicos: tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero. o Não oncogênicos: tipos 6 e 11 causam 90% das verrugas genitais. o 50% da população sexualmente ativa entram em contato com o HPV. o Uso do preservativo não é 100% eficaz o A principal forma de prevenção primária é a vacina. 2 vacinas para o HPV se apresentam: o Vacina quadrivalente recombinante contra HPV (tipos 6, 11, 16 e 18). Indicação – meninas e meninos a partir de 9 anos e até 26 anos. o Vacina contra HPV oncogênico recombinante (tipos 16 e 18). Indicação – meninas a partir de 10 anos e até 25 anos. A vacina não é vacina de vírus vivo. Podem ser usadas em imunocomprometidos. Não recomendadas para gestantes. Melhor época para vacinar: adolescência. Esquema de doses: 0-2-6 meses. O 1° local em que foi realizada a vacinação contra HPV foi o DF. No dia 1° de abril de 2013, meninas de 11 a 13 anos de escolas públicas e particulares do DF foram vacinadas contra o papilomavírus humano (HPV). Vacina quadrivalente. No SUS, desde 10 de março de 2014, para meninas de 11 a 13 anos. Vacina quadrivalente, proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Na época: o 3 doses o A 2ª dose, 6 meses depois da 1ª o A 3ª dose, 5 anos após a primeira dose Em 2015, a vacina passou a ser oferecida também para as adolescentes de 9 a 11 anos. Mudança do esquema para 2 doses: o De 9 a 13 anos – intervalo de 6 meses entre as doses – duas doses. As mulheres com HIV entre 9 e 26 anos devem manter o esquema de três doses. Homens vivendo com HIV/Aids passam a receber a vacina contra HPV – esquema 3 doses com intervalo de 0,2 e 6 meses. A segunda dose é aplicada após 6 meses a primeira. Vacina contra hepatite A: o Aos 15 meses de idade. o Dose única. 6 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA o Pode ser feita até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Vacina meningococo C: o 2 doses e 2 reforços o 1ª dose aos 3 meses o 2ª dose aos 5 meses de idade. o Reforço aos 12 meses de idade até os 4 anos. o Reforço para adolescentes de 11 a 14 anos.Vacina contra a tuberculose: o BCG (bacilo de calmette-guérin) o Qual é a conduta diante de um paciente que não desenvolve a cicatriz após a 1ª dose do BCG? Não se faz nova dose. Vacina contra febre amarela: o Vírus atenuado o Via subcutânea o População alvo: crianças de 9 meses de idade até adultos com 59 anos. o Meta: vacinação de 95% da população nas áreas recomendadas. o Primeira dose aos 9 meses. o Viagem para área de risco: vacinação 10 dias antes. o Eventos adversos raros: febre hemorrágica e óbito após uso da vacina. o Mulheres amamentando podem ser vacinadas? Não vacinar até a criança completar 6 meses de idade pois o vírus pode passar pelo leite. o Caso a mulher esteja amamentando e recebe a vacina, a conduta é suspender o aleitamento por 10 dias após a vacinação. o Doação de sangue apenas após 1 mês do recebimento da vacina. o MS abril de 2017: dose única da vacina. Atende às recomendações da OMS. QUESTÕES: 01. Quais são as vacinas administradas ao nascimento? BCG e hepatite B. Macete: as vacinas que administramos no bebê quando nasce é o BB (Bebê) B de BCG e de hepatite B. 02. Menina, 3 anos de idade, com diagnóstico recente de síndrome nefrótica, está na terceira semana de tratamento com prednisolona 2mg/kg/dia. Está evoluindo com boa resposta, com redução do edema e não apresenta alterações urinárias neste momento. Ministério da Saúde é uma contraindicação absoluta neste momento vacinar com: Vacina tríplice viral (SCR). Tríplice viral é uma vacina de vírus vivo atenuado, logo não pode ser administrada em indivíduos em condição de imunossupressão, como é o caso da corticoterapia. Macete das vacinas atenuadas: 03. Segundo MS do Brasil, as vacinas recomendadas para os 2 meses de vida não incluem aquelas para: Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C. As doenças do 2 mês podem ser lembradas pelos 4Ps, que são a polio, penta, (P)rotavírus e a pneumo. A vacina para meningite por Neisseria é administrada no terceiro mês de vida. 04. Qual das vacinas abaixo não é de micro- organismo atenuado? a) BCG BCG é uma vacina do Mycobacterium bovis atenuado. b) VOP VOP é a vacina oral da poliomielite, também chamada de Sabin, é o vírus da poliomielite atenuado c) Rotavírus É a vacina do vírus rotavírus atenuado. d) DTP. A DTP possui o toxoide da difteria e tétano, além da forma inativada da bactéria Bordetela pertussis. 05. Sobre a vacina da BCG, assinale o que for correto: Esta vacina não pode ser administrada em menores de 2 kg. Por questões de técnica de aplicação, já que ela é aplicada via intradérmica, não é possível aplicar essa vacina corretamente antes que a criança complete 2kg de peso. 06. Em que meses a vacina da Hepatite B é aplicada? Ao nascimento, aos 2, 4 e 6 meses – sendo um componente da vacina pentavalente. 07. Sobre a vacina DTP, assinale o que for correto: Para gestantes, recomenda-se a vacina dTpa a partir da 20ª semana de gestação. 7 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA O grande objetivo dessa dose é proteger contra a criança contra coqueluche ao nascimento, já que os anticorpos IgG maternos contra Bordetella pertussis passam a placenta e chegam à criança! Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, recomenda-se a vacinação de gestantes a partir de 20 semanas de gestação. 08. Sobre a vacina oral da poliomielite (VOP), assinale a alternativa correta: Tem a capacidade de geral uma imunidade fecal oral secundaria. Crianças que entrarem em contato com fezes da criança imunizada serão imunizadas também de forma "secundária"! 09. Sobre a vacina do rotavírus (VORH), assinale a alternativa correta: Malformações do trato gastrointestinal é uma contraindicação para receber essa vacina. Já que um dos efeitos colaterais possíveis é a invaginação intestinal, pacientes com malformação do trato gastrointestinal não devem receber a vacina. 10. Sobre a vacina da influenza, assinale a alternativa correta: Em uma criança de 4 anos que recebe a vacina pela primeira vez, uma segunda dose deve ser aplicada após 30 dias. Em crianças dos 3 aos 8 anos, a primeira dose da vacina deve ser acompanhada de uma segunda dose após 30 dias. Nos outros anos, a vacinação é única no período que antecede o inverno. 11. Sobre a vacina da febre amarela, assinale a alternativa correta: É aplicada pela primeira vez aos 9 meses de vida. E, recentemente, foi acrescentada a recomendação de uma segunda dose entre 4 e 7 anos de idade. 12. Quais são os componentes da vacina pentavalente? DTP, Hepatite B e Haemophilus B. Essa vacina é aplicada aos 2,4 e 6 meses de vida, e contém a DTP + Hepatite B + HiB. 13. Você está no alojamento conjunto, avaliando recém-nascido no 2º dia de vida, nascido a termo, parto vaginal, adequado para a idade gestacional, sem intercorrências perinatais, evoluindo com boa aceitação do seio materno. Exame clínico sem alterações. A mãe apresenta quadro de tosse crônica, colhido pBAAR (pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente) na semana passada, que veio positivo, mas ainda não iniciou nenhum tratamento. O recém-nascido em questão ainda não recebeu vacina BCG até o momento. De acordo com as recomendações do MS, a conduta indicada para o recém-nascido neste momento é: Não dar BCG, início imediato de isoniazida e realizar testes tuberculínico com 3 meses de vida. Quando a mãe tem TB, o filho não deve ser vacinado com BCG ao nascer. Deve-se iniciar isoniazida como quimioprofilaxia por 3 meses e após realiza-se teste tuberculínico. So o teste for ≥ 5mm, mantém a isoniazida por mais 3 a 6 meses e não recebe a BCG. Se o teste for <5mm, a isoniazida é suspensa e o bebê recebe a BCG. 14. Adolescente, 13anos, procura o Centro de Saúde para orientação sobre vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). Antecedentes pessoais: portadora do vírus da imunodeficiência humana por transmissão vertical. A conduta é: Três doses sendo o intervalo de 2 a 6 meses após a primeira aplicação. Paciente portador do HIV pode receber vacina do HPV, devendo receber três doses. 15. Em relação à prevenção da raiva e considerando as situações: (i) trabalho como médico veterinário (ii) criança com pequena mordedura em tronco há dois dias, provocada por cão domiciliado, em área de raiva controlada; (iii) mulher que recebeu lambedura de cavalo em ferimento cortocontuso em braço há três dias (iv) homem que pegou com a mão um morcego achado morto em sua cozinha. Indique o tratamento adequado, respectivamente. Três doses pré-exposição; observação do animal por 10 dias; sorovacinaçao com 4 doses de vacina; sorovacinação com 4 doses de vacina. É recomendado o médico receber três doses pré- exposição pelo exposição maior no meio em que trabalha; animal conhecido, mordida em região que não é de risco, pode observar o animal por 10 dias; para lambedura de cavalo e contato com morcego devemos aplicar a sorovacinação com 4 doses. ANOTAÇÕES: A vacina pentavalente é administrada pela primeira vez aos 2 meses, e a varicela é administrada pela primeira vez aos 15 meses (na vacina tetraviral). A vacina da hepatite A é administrada aos 15 meses de vida e a Meningo C é administrada pela primeira vez aos 3 meses. A DTP é administrada pela primeira vez junto com a pentavalente aos 2 meses de idade. Já a VOP é administada pela primeira vez aos 15 meses. DTP é uma vacina com toxoides (difétrico e tetânico) e bactéria morta (Bordetella pertussis). Logo, não há contra-indicação para pacientes em condição de 8 Laís Flauzino | HABILIDADES MÉDICAS PEDIATRIA | 4°P MEDICINA imunossupressão, como é o caso do uso da corticoterapia. Influenza é uma vacina inativada, logo não há contraindicação para indivíduos em condição de imunossupressão, como é o caso da corticoterapia. Hepatite A é uma vacina inativada, logo não há contraindicaçãoem indivíduos em imunossupressão como é o caso da corticoterapia. Dentro da penta temos o Hib, a qual é a vacina para as formas tipáveis do Haemophilus. Há diferença quando falamos em vacina DTP e dTP. Em crianças menores que 7 anos, aplicamos a vacina DTP (com D maiúsculo, que representa uma maior carga de componentes da vacina, já que a criança precisa de um maior estímulo para gerar resposta imunológica). Já a vacina dTP (com d minúsculo) aplicamos em maiores de 7 anos, já que precisam de uma menor carga da vacina para gerar imunidade! Apesar de não ser de microorganismo atenuado, a DTP pode gerar diversos efeitos colaterais: o Febre/irritabilidade (que podem ser manejados com analgésicos) o Hipotonia em até 48h e convulsão em até 72 horas da aplicação da vacina (recomenda-se utilizar o componente pertussis acelular na próxima aplicação em caso de ocorrência desses efeitos) o Encefalopatia em até 7 dias (recomenda-se a suspensão do componente Pertussis da vacina em caso da ocorrência desse efeito colateral). o Como vocês podem perceber, o principal culpado dos efeitos colaterais dessa vacina é o componente PERTUSSIS. A VOP é chamada de Sabin, e a VIP é chamada de Salk! A VOP é a famosa do ‘Zé gotinha’. Não existe mais a recomendação de repetir a dose se a criança cuspir ao receber a vacina. A VOP possui efeito colateral. Por ser uma vacina atenuada, o efeito colateral é a própria doença da poliomielite, a PARALISIA FLÁCIDA! Se a criança cuspir após dose oral de VORH, ela não deve receber outra dose imediatamente, devido ao risco de invaginação intestinal. Idealmente, a VORH deve ser aplicada aos 2 meses de vida, com os limites de variação aceitável entre 1m e 15 dias de vida e 3m e 15 dias de vida. Idealmente a segunda dose é aplicada aos 4 meses de vida, sendo os limites de variação de aplicação entre 3m e 15 dias de vida e 7 meses e 29dias de vida. A partir dos 6 meses de vida, a vacina da influenza pode ser aplicada. É uma vacina de vírus atenuado. Possui 2 componentes de influenza A (H1N1 e H3N2). A vacina da febre amarela está contraindicada em crianças menores de 6 meses e mães que amamentam crianças menores que 6 meses devido ao risco de encefalite. Já anticorpos protetores após 10 dias da aplicação. É uma vacina de vírus atenuado. Referências: MEDCEL e MEDsimple
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