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MÃES NARCISISTAS - QUANDO SUA MAIOR INIMIGA É A SUA MÃE - REVISADO

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Sumário 
 
 
Parte 1 Introdução 9 
Parte 2 Compreendendo o transtorno de personalidade narcisista 11 
Parte 3 Tipos de narcisismo 14 
Parte 4 Como é ser filha (o) de mãe narcisista 16 
Parte 5 A dinâmica familiar narcisista 18 
Parte 6 O programa mental da mãe narcisista 19 
Parte 7 Comportamentos de uma mãe narcisista e suas estratégias 23 
Parte 8 Teste se sua mãe é narcisista 28 
Parte 9 Sinais de que você é sobrevivente de mãe narcisista 31 
Parte 10 Sete passos para sua recuperação 33 
Conclusão 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
A minha filha Yasmim de 18 anos, pela sua doçura, bravura, resiliência, 
que me ensina todos os dias a importância o auto amor e autocuidado, que me 
faz lembrar o quanto somos valiosas (os), não se submetendo, nem aceitando 
nenhum relacionamento tóxico ou que possa lhe oferecer menos do que 
mereçamos. 
A minha filha Ana Luísa de 9 anos, por trazer leveza a nossas vidas e a 
nossa família, por fazer com que eu possa sorrir “sem querer”, enquanto passei 
por momentos difíceis e por ser tão amorosa e carinhosa. 
A meu marido Ademir, por sempre ter me entendido, mesmo quando nem 
eu mesma me compreendia, por ter me amparado, quando eu pensava estar 
tudo perdido, por ter me cuidado em tantas doenças e ter proporcionado um 
amor tão grande quanto marido e pai que é, sendo uma das pessoas mais 
admiráveis que já conheci, meu ombro amigo, namorado e marido. 
A todos sobreviventes, que chamo carinhosamente de flores de Lótus, 
pessoas incríveis, que mesmo com um passado difícil, não desistiram da vida, 
não desistiram de si mesmos, muito menos de reconstruir suas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
 
A Jesus, o Guru e Salvador de minha alma, por ter me dado forças e ter 
me consolado diante de tantas injustiças. 
A todos meus poucos, mas, fiéis, amigos, que, como eu, juntaram as 
peças do quebra-cabeça da minha vida com minha família e me auxiliaram na 
busca da verdade, me acolheram e me validaram. 
A todos médicos e terapeutas que passaram em minha vida, que da forma 
como puderam me acolheram, me auxiliaram, me validaram, dando seu melhor, 
dentro de seu conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O rio nunca segue o mesmo curso” 
 
 
Uma vez disse-me, Maria Inês Ignácio (pedagoga de uma empresa em 
que trabalhei, que me acolheu, quando fiquei afastada do trabalho pelo INSS, 
em virtude de depressão e fibromialgia). 
Por mais difícil que seja o lodo, pegajoso, da lama, o inverno se vai, a primavera 
sempre chega e a flor de lótus, renasce! 
Um pouco de minha história, em entrevista concedida ao site UOL. 
Cuidado! Essa entrevista possui gatilhos emocionais, situações que relato 
alguns traumas na infância, que podem fazer você relembrar algo negativo de 
seu passado de forma consciente e inconsciente, se você estiver em um 
momento sensível, pule essa parte. 
 
 
André Araújo 
Colaboração para Universa, 11/02/2020 
 
Ao olhar para trás, ainda muito criança, lembro de ter sido trancada no 
banheiro, por minha mãe, por motivos que desconheço. 
Aquilo seria apenas o início de uma infância marcada por abusos físicos, 
sexuais e verbais cujas consequências ainda carrego. Nasci em 1983, em 
Vitória. Morávamos em uma casa simples no Morro do Jaburuna, na cidade 
vizinha, Vila Velha. Meu pai era mestre de obras e minha mãe era funcionária da 
Secretaria de Educação do Estado. Foi a primeira de uma série de casas e 
cidades em que morei. 
As mudanças de bairro e cidades se tornaram constantes em minha 
família, sempre que os segredos obscuros do meu pai ameaçavam vir à tona. 
Além de pedófilo, ele era alcoólatra, com vício em jogos de azar e prostitutas. 
Minha mãe encobria os crimes sexuais dele. 
Minha infância foi marcada por dificuldades financeiras, por abuso sexual 
e por lembranças de abusos psicológicos por parte de uma tia, que tinha o hábito 
de ligar uma furadeira, colocando próxima a minha cabeça para conter o meu 
choro. Minha mãe, às vezes, me abraçava em uma noite chuvosa para me 
 
proteger dos trovões, às vezes me deixava trancada. Durante muito tempo, me 
questionei se eu havia também sofrido abusos sexuais por parte do meu pai, 
pois eu não conseguia ter memórias disso. Era como se determinadas 
lembranças tivessem sido apagadas. 
Eu desconfiava, mas tive certeza de que havia sofrido abuso sexual na 
infância por um gatilho emocional. Em 2017, quando estava assistindo a uma 
cena de abuso de uma personagem da novela "Do Outro Lado do Paraíso", 
quando passei mal e fui socorrida por uma amiga psicóloga, que me explicou 
sobre o termo "recalque". 
Era a resposta que eu precisava ter, porque eu nutria muito ódio pelo meu 
pai. Me lembro da minha mãe me dando banhos de assento à noite, quando eu 
tinha uns 5 anos de idade, por eu sentir muitas dores na vagina. 
 
Meus pais faziam brincadeiras sádicas 
 
Quando descobri o que era o transtorno de personalidade narcisista tudo 
fez sentido. Extremamente controladora e manipuladora, comigo e com as 
pessoas próximas, ela torcia fatos em benefício próprio, sempre me expondo ao 
ridículo. Tanto ela quanto meu pai faziam brincadeiras sádicas comigo, como me 
colocar perto de objetos que me causavam pavor, ou me abandonar na multidão. 
Hoje, é muito evidente para mim que, além de narcisista, ela também tinha traços 
de psicopatia. 
Depois da cena da novela, eu precisava resgatar as memórias de minha 
infância. Minha primeira babá me confirmou que desconfiava dos abusos 
sexuais. Procurei minha vizinha, que admitiu que meu pai a molestava. 
Conversei com outras colegas de infância que me relataram que meu pai 
costumava mostrar o pênis para elas, tentava passar a mão nelas. Não sei dizer 
quantas vítimas ele fez. 
Para piorar, aos 8 anos de idade, sofria bullying de amigos da rua, 
meninos e meninas, os mesmos que também eram assediados pelo meu pai. 
Nessa época, sofri abusos sexuais de irmãos mais velhos dessas crianças, que 
se achavam no direito de me molestar pelo fato de meu pai ter assediado as 
irmãs deles, era como se eles buscassem uma vingança através de mim. 
Na adolescência, presenciei a mãe de uma menina de 5 anos, vizinha 
 
nossa, expondo para minha mãe que a filha dela havia sido molestada por meu 
pai e minha mãe, aos prantos, implorava para que ele não fosse denunciado. 
Outras denúncias vieram à tona. 
 
Minha mãe, minha megera 
 
Minha mãe o protegia, encobria seus crimes de pedofilia. Ela sempre dava 
um jeito de defendê-lo, negando abusos, chorando. Do município Vila Velha, 
partimos para cidade de Vitória, capital do estado de Espírito Santo, em 1985. 
No ano seguinte, fomos para a Cidade da Serra e, em seguida, para Guarapari, 
em 1989. De lá, mudamos de bairros diversas vezes durante os anos de 1990 e 
1991, permanecemos em Guarapari até 1995/1996, quando meus pais se 
separaram. Eles voltaram a ficar juntos anos depois. 
Abusadores sabem escolher suas vítimas. Meu pai nunca tocou em 
meninas que foram bem cuidadas, que tinham pais presentes, nunca tocou em 
uma de minhas primas, cujo pai era delegado. 
Por que a minha mãe abafou os crimes sexuais dele contra a própria filha 
e outras tantas crianças? Foi uma pergunta que me fiz várias vezes. Acho que 
eles partilhavam da perversão. Em 2007, após me relacionar durante dois anos 
com um estrangeiro, em um relacionamento também abusivo, ele me disse que 
meus pais não eram normais. Eu já sabia que havia algo de errado em minha 
família e estava decidida a não voltar para a casa deles. 
Comecei a me prostituir em uma boate, dormia na rodoviária, passei fome. 
Tive uma adolescência conturbada, com relações abusivas, excesso de álcool 
(tive coma alcoólico aos 17 anos), cercada por traficantes, prostituição e 
depressão. Aos 20 anos de idade, busquei ajuda e fui tratada por psiquiatra do 
serviço públicode Vitória, que me 'dopava' com remédios para que eu não 
cometesse suicídio. 
Meu passado afetou minha vida em todas as áreas: profissional, 
financeira, social e amorosa. Acabei tendo relacionamentos abusivos por ter 
naturalizado o abuso, e eu não conseguia perceber que as pessoas estavam 
agindo dessa forma comigo. Escapei de outras tentativas de estupro. 
Há um ano, venho fazendo acompanhamento psicológico e mudei 
radicalmente a forma de me relacionar com as pessoas. Faço tratamento para 
 
hiperprolactinemia, uma disfunção hormonal causada pelo estresse pós-
traumático. Meu corpo recebe uma alta carga de cortisol ao sair de casa, ou 
quando estou em contato com pessoas. Isso gera estresse físico e psicológico 
que provoca cefaleia conhecida como enxaqueca suicida. 
Hoje, tenho uma nova família: um marido e duas filhas. Eu não mantenho 
mais contato com minha mãe desde 2018, quando ela tentou manipular minha 
filha mais velha. 
Hoje, aos 37 anos, sou estudante de psicanálise e trabalho como 
terapeuta ayurveda. Criei um canal no Youtube onde abordo sobre o tema 
"narcisismo materno", compartilhando minhas experiências pessoais e ajudando 
outras pessoas que passaram ou estão vivenciando situações semelhantes. 
Entendi que minha história poderia ajudar outras pessoas a se encontrarem com 
a verdade, se libertando da culpa que carregaram durante anos. Não se fala 
sobre mães abusivas, não se fala de nenhuma mãe cruel em documentários na 
Netflix. 
A pergunta mais comum que eu ouço é se eu já perdoei meus pais. Eu o 
perdoei em seu enterro. Perdoei minha mãe também, mas ela jamais vai me 
pedir perdão. Na mente dela eu sou a culpada. Eu não pretendo voltar a manter 
contato. Também me questionam se eu consegui superar todos os traumas do 
passado. Não acredito que seja possível superá-los, mas é possível ter uma vida 
saudável, apesar deles." 
 
 
 
 
 
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/04/30/dor-de-cabeca-tem-diferentes-tipos-e-causas-veja-como-prevenir-e-tratar.htm
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/04/30/dor-de-cabeca-tem-diferentes-tipos-e-causas-veja-como-prevenir-e-tratar.htm
 
 
“A mãe narcisista corta os pés da filha, depois lhe obriga a correr; 
em seguida disputa com a filha, quem chegará primeiro”. 
 
1. Introdução 
 
 
Decidi escrever esse livro, pois meu maior desejo é que todos 
sobreviventes de abuso narcísico, descubram o que é o narcisismo e descubram 
o quanto foram vítimas e não vilãs, das estórias de suas mães, para que possam 
sair de seus cativeiros físicos e emocionais, reconstruírem suas vidas e possam 
ser felizes. 
É um tabu questionar o comportamento de mães em um país tão religioso 
quanto o Brasil. Mas, a sociedade precisar quebrar esse tabu, urgentemente, 
pois mulheres cruéis que engravidam e dão a luz não deixam de ser cruéis ou 
deixam de escolher fazer mal a outros, simplesmente por terem procriado. Aliás, 
mulheres psicopatas, narcisistas ou cruéis usam os filhos como objetos de seu 
prazer, para manipular pessoas e utilizar seus filhos para fazerem um teatro de 
“boa pessoa”, pois, ser mãe passa uma imagem errada de que se é boa, por ter 
a capacidade de cuidar dos filhos. O que a sociedade não enxerga é que essa 
capacidade de cuidar em lares disfuncionais não existe, essas mães dão banho 
nos filhos, os vestem e os pedem para sorrirem ao cruzarem a porta de casa, 
com destino à rua, à sociedade. 
O amor materno é um mito. A filósofa, historiadora e escritora francesa 
Elisabeth Badinter, em seu livro “Um Amor Conquistado - o Mito do Amor 
Materno “, explana muito bem esse amor, que não é inato, mas é adquirido. Não 
existe dentro da fisiologia humana o amor materno, a menos que esse seja 
conquistado, durante a gravidez, talvez, durante o processo de guarda ou, até 
mesmo, após o nascimento do filho. Porém, existem mulheres que não possuem 
a capacidade de amar, fisiologicamente dizendo e, quando essas mulheres são 
mães, essa mesma fisiologia não muda - elas engravidam, ou adotam filhos, mas 
não os amam. Porém, elas têm uma enorme capacidade cognitiva de 
manipulação, convencimento e encenação, utilizando seus filhos para tal teatro: 
essas mulheres são mães, porém, narcisistas. 
 
O objetivo desse livro é fazer você leitor, conhecer as mulheres, mães, 
com o transtorno de personalidade narcisista e para você, caro leitor que tem 
suspeitas de ser um sobrevivente, eliminar de uma vez por todas suas dúvidas, 
visto que, muitas vezes, em consultório, anos a fio, em terapias, nunca, nenhum 
profissional de saúde mental, uma vez se quer, lhe sugeriu que você pudesse 
ser um sobrevivente de uma mãe narcisista. Não, não os culpem, a expressão 
“mães narcisistas” não existe do DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais - versão 5). Também, mesmos em cinco anos de estudo 
profundo sobre a mente humana em cursos de psicologia de universidades 
brasileiras, se desconhece o termo “mãe narcisista”, afinal, realmente ele não 
existe, pois nós, sobreviventes, é que criamos esse “apelido”. O que realmente 
se é estudado de modo “meia boca”, dependendo da universidade e do professor 
é o transtorno de personalidade narcisista. Digo “meia boca”, pois não existem 
protocolos para tratar as vítimas, aliás, nós, os sobreviventes, sequer existimos 
no DSM-5, o mesmo se repete em cursos de formação em psicanálise. Bastou 
conversar com colegas de trabalho, amigos e amigas, psicólogos e psicanalistas, 
acompanhar vítimas, meus pacientes e entrar em grupos de ajuda para constatar 
que o desconhecimento do narcisismo é absurdamente real e triste em 
consultórios no Brasil. Um transtorno sério, grave, que envolve a questão de 
saúde social mental, que afeta todos os tipos de lares, desde as comunidades 
como Rocinha até lindas mansões do Morumbi, em toda parte do mundo, 
existem crianças submetidas a todos tipos de abusos de mães narcisistas. 
Vale a pena ressaltar que o transtorno de personalidade narcisista 
acomete homens e mulheres, pais ou não. Mas, por que decidi falar de mães 
narcisistas? Primeiramente, porque sou filha de uma, tenho experiência de vida 
para abordar tais vivências mas, também, pela forma como mulheres mães são 
“endeusadas” em nosso país, como se somente existissem dois tipos de mães 
para a sociedade: uma que é louca, que tem uma doença mental, que pode 
abandonar seu bebê na lixeira ou esquartejar seus filhos e depois enterrá-los, ou 
aquela boa mãe, do comercial de margarina, aniquilando totalmente a existência 
de mães, que escolhem ser cruéis, por falta de caráter, por falta de empatia, por 
sua essência maligna e não por serem loucas. 
 
 
 
2. Compreendendo o transtorno de personalidade 
narcisista 
 
 
Primeiro vamos separar algo: Transtorno de personalidade não é a 
mesma coisa que transtorno mental, ok? Mas, o que é transtorno mental? 
Transtorno mental é uma condição de saúde mental em que os indivíduos 
passam a ter mudanças nas emoções, pensamentos ou comportamentos. São 
exemplos de doenças mentais: Ansiedade, depressão, esquizofrenia, estresse 
pós-traumático, transtorno bipolar entre outros, que têm tratamento com 
psicoterapia e medicação. 
O que é um transtorno de personalidade? Os transtornos de 
personalidade, também chamados de perturbações da personalidade, se 
caracterizam por padrões de interação interpessoais tão desviantes da 
normalidade, que o desempenho do indivíduo, tanto na área profissional como 
em sua vida privada podem ficar comprometidos. Para tais transtornos é ofertado 
o tratamento com terapia, porém não existem medicações para tratar transtornos 
de personalidade. Para alguns transtornos de personalidade, como o de 
borderline, pode ser realizado tratamento para as comorbidades associadas ao 
transtorno, medicamentos tais como os estabilizadores de humor e os 
ansiolíticos, por exemplo. Porém, não ocorre o mesmo parao transtorno de 
personalidade narcisista. Ou seja, não há medicação para tratar narcisistas, eles 
não doentes mentais, são perversos, maquiavélicos e somente a terapia poderia 
ser utilizada como forma de tratamento, mas, como narcisistas se enxergam 
perfeitos, não se submetem a psicoterapia e, quando o fazem, não dizem a 
verdade, enganando a si mesmos e aos terapeutas. Essas pessoas vivem em 
um mundo fantasioso, pois seu “eu interior”, que tem uma parte chamada “Self” 
(que fica escondido) é imperfeito, então entra em cena seu “Falso-Self”, que é 
cruel e comanda suas ações. Nesse “Falso-Self”, criado, o narcisista é perfeito, 
e ele sofre com seus “supostos vilões”, que podem ser: seu colega de trabalho, 
sua filha, sua ex-esposa. Nessa história ele será sempre o mocinho, não só na 
terapia, mas também na sociedade, será uma eterna vítima, segunda sua 
perspectiva irreal. 
Não, não é real aquela estória do mito de Narciso, mais parecida com os 
 
contos da Disney, como o próprio nome já diz, é um mito! Não, o narcisista não 
é apaixonado por si mesmo, não possui grandiosa autoestima, ele tem é um ego 
inflado, para esconder o quanto ele se odeia, o quanto não gosta de si mesmo e 
o quanto possui zero autoestima e, por isso, precisa diminuir tanto seus alvos, 
destroçá-los, para que ele possa se sentir superior a tudo e a todos. 
Segundo o DSM-5, o transtorno de personalidade narcisista (TPN), é 
caracterizado por um padrão de comportamento generalizado de grandiosidade, 
necessidade de ser bajulado e falta de empatia. Esse padrão se caracteriza por 
cinco dos seguintes comportamentos: 
1. Uma sensação exagerada e infundada da sua própria importância 
e talentos (grandiosidade); 
2. Preocupação com fantasias de realizações ilimitadas, influência, 
poder, inteligência, beleza ou amor perfeito; 
3. Convicção de que eles são especiais e únicos e devem associar-
se apenas com pessoas do mais alto calibre; 
4. Necessidade de ser incondicionalmente admirado; 
5. Uma sensação de merecimento; 
6. Exploração dos outros para alcançar objetivos próprios; 
7. Falta de empatia; 
8. Inveja dos outros e convicção de que outros os invejam; 
9. Arrogância e altivez. 
Os narcisistas estão lado a lado dos antissociais, que formam o “Cluster 
B/ Grupo B” (transtornos dramáticos, imprevisíveis ou irregulares). Esses são: 
Transtorno de personalidade antissocial (os sociopatas), Transtorno de 
personalidade histriônica, Transtorno de personalidade borderline e Transtorno 
de personalidade narcisista. 
Indivíduos com transtorno de personalidade narcisista necessitam, o 
tempo todo, de serem maternados e admirados; são eternas crianças, em corpos 
adultos, o mundo e as pessoas devem girar em torno deles, seus pedidos 
sempre devem ser atendidos e jamais devem ser contrariados. Sem empatia 
emocional, mas com a empatia cognitiva (que é aquela em que o narcisista sabe 
que se cometer um ato cruel contra uma pessoa, essa pessoa irá sofrer), ele 
sabe muito bem se colocar no lugar do outro, sabe dos riscos. Cognitivamente, 
ele entende os danos, porém, mesmo assim, decide fazer o mal ao outro, mesmo 
 
sabendo dos danos que esse mal causará a suas vítimas. Ele não se importa, 
assim como os psicopatas, ouvem a música, mas não sentem a melodia, pois 
não são capazes de possuírem empatia emocional. 
 
 
 
3. Tipos de narcisismo 
 
 
Não existe um consenso entre os estudiosos sobre esse espectro, então 
eu divido com você, caro leitor/sobrevivente, conforme minha experiência e 
estudo profundo sobre vítimas e materiais os quais estudo desde 2017, chego à 
conclusão que todos narcisistas são patológicos e malignos, todos fazem o mal 
para seus alvos, não existe um grau de “menos malvadinho à perverso cruel”, 
todos são patológicos e cruéis, a maldade patológica faz parte do narcisismo. 
Mas, acredito que realmente há algumas diferenças entre os narcisos: 
O narcisista Aberto possui todas características que um narcisista tem, 
desde manipulação a senso de superioridade, mas não esconde muito seu senso 
ridículo de grandiosidade, fala mal de seus alvos na frente de quem quer que 
seja, critica pessoas, se engradece a “torto e direito”, mesmo preocupado com a 
queda de sua máscara, não esconde muito seu jeito cruel de ser. As mães que 
são narcisistas abertas podem ser encontradas em reuniões de conselho tutelar, 
onde seus vizinhos denunciam seus maus tratos às crianças, filhos delas. 
O narcisista Oculto não tira a máscara nem para dormir é extremamente 
manipulador, esconde suas crueldades e crimes com muita racionalidade, pode 
posar de “falso humilde”, come pelas beiradas, age de forma sutil, mas os 
estragos nas vítimas não são nada sutis, eles deixam rombos emocionais, aliás, 
crateras emocionais, que podem, ou não, ser acompanhadas de violência física. 
O narcisista oculto é o mestre do abuso psicológico. 
O narcisista Sádico/Psicopata pode ser aberto ou oculto, além de 
cometer todo e qualquer mal a suas vítimas, ele tem prazer nisso e se diverte. 
Ele pode agir de for sutil, oculta, ou como uma bomba explosiva. O prazer do 
narcisista sádico é causar dor e sofrimento e o que o diferencia dos outros é que 
o narcisista apenas oculto ou aberto, comete suas maldades, para diminuir suas 
vítimas, enquanto que o narcisista sádico ou “narcopata” (narcisista psicopata), 
além de cometer tais crueldades, terá prazer nisso - é possível visualizar, no 
canto de seus lábios, um sorriso de “canto de boca”, quando seu alvo se dá mal, 
ou quando ele tem sucesso quando seus planos/agressões às vítimas são 
 
concluídos com sucesso, ele se diverte com isso. 
A expressão intitulada mães narcisistas, como dito anteriormente, é um 
“apelido” dado a mulheres que são mães que têm transtorno de personalidade 
narcisista e que, como tal, podem ser narcisistas abertas, ocultas e (ou) sádicas. 
 
 
 
4. Como é ser filha (o) de uma mãe narcisista 
 
 
Você, sobrevivente, passou toda sua vida questionando as “esquisitices” 
de sua mãe; sua relação com ela sempre foi confusa e conflituosa, as coisas 
pareciam meio sem “pé nem cabeça”, hora você sentia amor por sua mãe, hora 
sentia raiva, nojo, ódio. Se sua mãe for uma narcisista oculta, é bem provável 
que, talvez, você teve momentos quase que normais como de seus amigos, mas 
sempre foram intercalados, com crises de fúria de sua mãe narcisista. Um belo 
dia sua mãe “boazinha” te tratava normal, no outro se transfigurava com um olhar 
cruel e, “do nada”, surtava: gritos, xingamentos, palavras hostis, ameaças. Viver 
com uma mãe narcisista, é como caminhar sobre um campo minado e, sim, é 
exatamente isso, que diz o autor de diversos livros sobre narcisismo e pioneiro 
no assunto Sam Vaknin em uma de suas entrevistas - o cérebro de uma vítima 
de abuso narcísico é como o de soldados de guerra, assim como suas sequelas. 
E é exatamente assim que nos sentimos quando estamos sob o domínio da mãe 
narcisista, em estado de alerta o tempo todo, pois não sabemos, ao certo, 
quando ela jogará uma bomba sobre nossas cabeças. 
Confusa, acuada, presa e grata, assim você cresceu, aliás, sobreviveu até 
a vida adulta, condicionada mentalmente a ser abusada emocionalmente e 
muitas vezes fisicamente, porém grata, afinal todo mundo diz que sua mãe é 
mãe, que mães não fazem nada por maldade, que tudo é para seu bem, que ela 
sofreu na infância e aprendeu de forma errada a ser mãe, mas que ela te ama, 
que é “apenas” um jeito diferente de amar - e você, acreditou. 
Cansada de “bater em ponta de faca”, trocar de terapeuta, exausta de 
“tarjas preta”, você começa a duvidar que tem algo muito errado com sua história 
de vida, que as peças não se encaixam, a culpa te consome, sente um 
sentimento de vazio existencial, de carência, uma tristeza sem motivo aparente, 
uma doença atrás de outra: opa! “Pera lá”, tem algo errado comigo, será que 
joguei pedra na cruz?São tantas dúvidas e perguntas sem respostas, que 
parecem um emaranhado de fios soltos, até que um dia, quando sua mãe 
apronta novamente`- afinal de contas à medida que mães narcisistas 
 
envelhecem, vão piorando e atacando mais as suas vítimas; é aí que você se dá 
conta de que elas viveram uma vida fracassada e triste, enquanto você chega 
aos 30 anos e, apesar de tantas bombas, ainda está com sua empatia intacta. 
Mesmo com todas as dores, você ainda está bonita e jovem, isso causa tanta 
inveja a sua mãe, que a cada dia você se dá mais conta de que há algo de bem 
errado com ela, então você começa uma pesquisa na internet com títulos “mãe 
desequilibrada, mães psicopatas, mães borderlines, mãe bipolar”, mas nada se 
encaixa, até você pesquisar mães tóxicas e cair nas duas palavras que iriam 
mudar sua vida: 
Tudo começa a fazer sentido, as perguntas sem respostas passam a ser 
respondidas por você mesma, os fios soltos vão se conectando e o mundo 
começa a desabar bem em cima da sua cabeça, você não quer acreditar, mas 
começa a devorar o assunto, aos prantos! 
 
 
 
5. A dinâmica familiar narcisista 
 
 
Na dinâmica disfuncional da família narcísica todos familiares são usados 
como objetos de uma grande encenação da vida real, a mãe narcisista cria um 
papel para cada membro da família e controla como bem quer e, conforme o 
momento, esses papéis podem variar. 
Normalmente, o marido é totalmente manipulado, um homem geralmente 
dependente de alguma forma, um filho fica com o papel de “filho preferido” ou 
filho dourado, outro filho fica no papel de bode expiatório, que é aquele que leva 
a culpa de tudo e também tem o filho invisível, que acaba ficando perdido nesse 
cenário de guerra cruel e injusto da mãe narcisista. Podem existir famílias 
narcísicas com um ou mais bodes expiatórios ou filhos dourados, ou filhos 
invisíveis e quando se é filha (o) única (o), normalmente eles são dourados na 
infância e bodes expiatórios na vida adulta. Também é comum mães narcisistas 
com filhos únicos fazerem deles eternos filhos de ouro, intercalados como bodes 
expiatórios, variando conforme sua necessidade. 
 
 
 
6. O programa mental da mãe narcisista 
 
 
Esse é o nome que dou à lavagem cerebral que a mãe narcisista fez, 
desde quando você nasceu. 
Você sobrevivente, passou lavagem cerebral desde sempre. Sua mãe 
narcisista a (o) via como uma (um) bonequinha (o), para ela brincar e usar como 
quiser. Porém como você não é uma (um) boneca (o), mas de carne e osso, ela 
viu que criar filhos dá trabalho, por isso a falta de paciência com você era 
tamanha, o que resultava em surtos inesperados, por você não conseguir 
amarrar seu tênis sozinha (o) aos 3 anos, o que é comum na maioria dos casos. 
Mas, sim, existem mães narcisistas que souberam muito bem fazer uma 
simbiose entre elas e seus filhos, o tratamento e cuidados foram bons para com 
eles, mas, enquanto esses filhos têm idade para serem manipulados. Quando 
eles começam a esboçar um mínimo de independência pessoal e ter seus 
próprios gostos, vontades, eles saem do papel de dourados e recebem o título 
de bodes expiatórios. 
Adeus montanha-russa - “hora mamãe está bem, hora mamãe está mal”; 
agora é hora de andar o tempo todo vigilante, como soldados na torre de 
comando, não dá mais para esperar dias de trégua, as bombas caem quase 
todos dias. 
No programa mental da mãe narcisista, existem diversos subprogramas. 
 
6.1 Submissão 
 
Você não pode discordar de absolutamente nada do que ela disser ou 
impor e, para isso, ela usa sua força física, com surras e castigos, para provar 
que quem manda é ela e você é só um subordinado. Não é difícil esquecer que 
você é um subordinado, ela te lembra com gatilhos, basta um olhar de 
reprovação, uma “estalada” de lábios com sons de reprovação, gritos, ordens ou 
tratamento de silêncio (você entenderá mais a frente). Assim, você sente-se 
culpado por estar tendo vontade própria e, com esses gatilhos, você 
 
automaticamente se lembra das dores causadas pelas mãos de sua própria mãe, 
vive no piloto automático, obedecendo sem pestanejar. 
 
6.2 “Eu sou boa mãe e você é uma (um) péssima (o) filha (o)” 
 
Sua mãe narcisista sabe muito bem manipular você, afinal ninguém mais 
no mundo conhece você tão bem, quanto sua mãe, pois ela conhece você desde 
o dia que você nasceu, com isso ela tem informações importantes sobre você, 
ela sabe o quanto você tem um coração empata e sabe o quanto você sente-se 
magoada (o) quando ela diz ou insinua que você não é uma boa/bom filha (o). 
Mas, ela faz isso com um propósito: fazer você acreditar que ela é a vítima e que 
você é a vilã (ão). Ela utiliza de técnicas de manipulação desde quando você era 
criança, quando você pedia para ir à praia com sua tia e suas primas e ela dizia: 
“você só pensa em você, não vou ficar aqui sozinha, egoísta desde pequena 
essa menina”. 
Por mais que você tentasse agradar sua mãe, para demonstrar seu amor 
a ela, nada era suficiente, nem você, nem o que você fazia. Nunca existiu algo 
pelo que sua mãe se orgulhasse de você, isso também era proposital - assim ela 
instalava em seu programa mental que você nunca era boa/bom o suficiente, 
que sempre foi péssima (o) filha (o), que nunca soube amá-la como ela afirmava 
merecer, que você é ingrata (o) e rebelde. Assim, ela sempre passa a imagem 
de ser boa mãe, injustiçada pela (o) filha (o) que nunca foi capaz de fazer bem 
seu papel - claro, segundo o mundo ilusório de sua mãe narcisista. 
 
6.3 “ Você é culpada de toda minha desgraça” 
 
Se tem algo que sua mãe narcisista sempre fez muito bem é o papel de 
vítima, sempre com uma história para se lamuriar por aí, sempre se fazendo de 
coitadinha. Quando você entra na adolescência, completamente destruída 
emocionalmente, talvez com revolta, talvez tentando de alguma forma, mostrar 
que você existe para ela ou para sociedade, nas tentativas de suicídio, 
automutilações, bebidas alcoólicas, drogas, dentre outras fugas, são pratos 
cheios e perfeitos para sua mãe narcisista lançar mão da primeira campanha 
difamatória, “Larissa, só me dá trabalho, não sei o que faço mais com essa 
 
menina, como sofro”, disse a mãe narcisista que cortou as pernas da filha e ela 
teve de aprender andar sem as pernas, mal sabe lidar com seus sofrimentos, 
nunca foi levada a terapia, sente culpa e pensa ser um peso para todos. 
Mas não se engane, há filhas (os) onde a fuga foram os livros, alunas (os) 
nota mil, que nunca sequer dormiram fora de casa ou usaram drogas e que, 
mesmo assim, levam o papel de bodes expiatórios, levam a culpa de tudo e 
carregam o fardo de serem culpados por todo sentimento de tristeza de suas 
mães. Por mais que eles se esforcem, suas mães conseguem um jeito de 
manipulá-los para que se sintam maus, ingratos e cruéis. 
 
6.4 “Você é incapaz e inútil” 
 
Como para sua mãe narcisista nada do que você faça é bom o suficiente, 
claro, você acredita que é incapaz, burra e incompetente e ela diz isso 
explicitamente, se for uma mãe narcisista aberta, ou em forma de indiretas, se 
for uma mãe narcisista oculta. Ela faz você acreditar que você é um fraca, 
incapaz de se virar sozinha, que você é medrosa e covarde. Todas as vezes que 
você pensava que estava fazendo algo bom, lá vinha sua mãe criticar, dizer que 
estava errado ou mal feito. Quando você começava a resolver seus problemas 
de vida adulta lá vinha ela dizer que você não seria capaz de resolver sozinha, 
ou insinuar e o medo te dominava, afinal sua mãe queria seu bem, né? Ela estava 
te protegendo de você mesma, pois no ponto de vista dela, e do seu, você era 
incapaz de tomar as rédeas de sua vida e agir por conta própria, por tamanha 
sua falta de capacidade. 
 
6.5 “ Você é incapaz de viver sem mim” 
 
Como todo narcisista, sua mãe pensa que o mundo gira em torno de seu 
umbigo e que você jamais conseguirá cortar relaçõescom ela, que será 
impossível sua existência sem ficar rastejando a seus pés, implorando pelo 
amor, que nunca chegará. Esse é o jogo dela: quanto mais você se humilha, 
tentando ganhar migalhas em forma de afeto, mais ela a rejeita e a reprova, você 
tenta mais, e mais, e mais, rodando como um hamster preso dentro de uma 
gaiola, em um círculo infinito, em busca do tal “amor materno”. Ela sabe bem 
 
disso, por isso tem a convicção que você jamais sairá debaixo de seu domínio, 
que nunca conseguira viver longe dela - ela instalou isso em seu programa 
mental, que você a serviria para sempre. Ela mostrou por A mais B, o quanto 
você é frágil, chorona e fraca, ela destruiu seu emocional para que você se 
sentisse assim, fraca, para que ela, com sua ilusória força incrível, pudesse te 
controlar eternamente. Nem ela, nem você, sabiam que dentro de você tem uma 
leoa, uma flor de lótus, que mesmo que suas sementes ficassem secas por 5 mil 
anos, ainda assim poderiam ser germinadas e você se transformaria, um dia, em 
uma flor de lótus. Até você se dar conta disso, pensou muitas vezes ser incapaz 
de germinar sozinha. 
 
6.6 “Você tem uma dívida comigo” 
 
“Foi eu quem te coloquei no mundo”, “você me deve a vida”. Quantos 
discursos assim você já ouviu? 
Sua mãe narcisista faz você acreditar que tem uma grande dívida a ser 
paga e que você pagará essa dívida sendo responsável pela felicidade dela. De 
forma direta ou indireta, ela faz você compreender que por você ter nascido de 
seu útero, assim como as gatinhas fazem, as éguas, as vacas e tantos outros 
mamíferos, você deve sua vida a ela e deve ser escrava de seus caprichos e 
vontades, para satisfazer seu ego insaciável, com isso você precisa ser 
responsável pela felicidade dela. Agora me diga, como alguém que se odeia 
tanto, odeia todo mundo e não busca terapia de forma sincera, conseguirá ser 
feliz? É impossível! Mas não! Para sua mãe narcisista, se hoje ela está infeliz, 
você tem participação nisso, por mais que ela tenha dado “seu melhor”. Sabemos 
que isso não é possível, pois você ainda é uma filha ingrata que a faz triste e 
infeliz! 
 
 
 
 
7. Comportamentos de uma mãe narcisista e suas 
estratégias 
 
 
A mãe narcisista tem um comportamento de arrogância, seja de forma 
direta ou de forma subliminar e indireta, ela literalmente se acha a “Rainha da 
cocada preta”, tudo que ela faz não se questiona, pois em seu entendimento ela 
não erra e tudo que faz é bem feito. Com seu senso de superioridade, sua boca 
mais parece uma metralhadora de críticas. Você sobrevivente, já deve ter ouvido 
incontavelmente sua mãe narcisista, falar mal de outras pessoas, sempre com 
intuito de subjugá-las, pois, afinal, para o narcisista, em seu mundo fantasioso, 
ele está sempre apostando uma corrida, todos são adversários e subjugar seus 
concorrentes faz parte dessa corrida, afim de derrotá-los. 
Ela é egoísta, sempre se coloca em primeiro lugar, antes de todos, quando 
age com “caridade”, certamente tem planos e segundas intenções com esses 
atos ditos de “caridade”. Por ser egoísta, ela causa danos a seus filhos, não 
consegue satisfazer suas necessidades básicas, as que toda criança precisa 
tendo ou não uma mãe normal. Ela não pensa duas vezes antes de atacar suas 
vítimas, seja seus filhos ou inimigos fantasiosos. 
Aliás, ela pensa sim, uma, duas, três, mil vezes, age calculosamente, mas 
não se importa com os resultados. Por muitas vezes, para não ter a máscara 
descoberta, ela fala mal, indiretamente, com fofocas, intrigas e sementes, que 
são conversas, frases, desabafos contados a pessoas da qual nutrem certa 
confiança. Então, ela chega na casa de sua tia Joana, desabafando, preocupada 
com você, pois você anda muito “porca” e “relaxada”. Assim, sua tia acata o 
discurso materno de sua mãe de que você é uma filha preguiçosa e ela está 
preocupada com isso. O mesmo ela faz com a colega de trabalho, que ela 
enxerga como inimiga, vai plantando sementes de intrigas, fofocas, 
convencendo as pessoas de que seus inimigos, ilusórios, são terríveis, e que ela 
é uma pobre coitada. Não importa até onde vão parar suas mentiras, seu 
egoísmo, ela somente permite pensar em si mesma. 
Narcisistas não possuem empatia, logo você entende perfeitamente como 
conseguem ser tão egoístas. Essa mãe que é narcisista é muito dissimulada e 
 
mente descaradamente sem o mínimo pudor, pode até mesmo se utilizar de 
meias verdades, para criar algo fantasioso e mentiroso e através dessa meia 
verdade, difama sua filha (o). Por exemplo, sua/seu namorada (o) terminou com 
você e você está triste, pois ainda não sabe ao certo o motivo, mas desconfia de 
uma traição, você desabafava com sua amiga ao telefone, sua mãe narcisista 
escuta, corre para ligar para sua tia dizendo algo como “A Bárbara está arrasada, 
o Fábio terminou com ela, ele está com outra”. Quando você descobre que o 
motivo do término, na verdade, não foi uma traição, a fofoca já está espalhada, 
até que chega aos seus ouvidos a mentira de sua mãe. Se você a questionar, 
ela lhe dirá: “Eu? Fazendo fofoca? Não faço fofoca, falo a verdade, eu não 
invento, o Fábio terminou mesmo com você, eu sei que ele tem outra, eu 
conheço os homens, você é nova e não sabe de nada, homens não prestam, 
são todos iguais, infiéis, somente mudam de nome e endereço”. Então, ela vai 
fechar a cara e fazer “tratamento de silêncio”, que consiste em ficar muda e te 
tratar com indiferença, dando o maior gelo, para que se sinta culpada por tê-la 
questionado por falar mal de você, ou por ter inventado mentiras a respeito de 
você. Dependendo de seu grau de submissão, do que foi instalado em sua 
mente, através do programa mental narcisista, você ficará triste, deprimida e 
sentindo-se culpada. Então, apesar de toda indiferença e cara fechada de sua 
mãe, puxará assunto com ela, esperando que ela, enfim, desafaça a cara feia e 
volte a falar contigo normalmente, pois você teme perder sua mãe, apesar de 
todos abusos sofridos. 
Sua mãe narcisista, como todo narcisista, é invejosa, quer estar sempre 
por dentro do que os vizinhos andam comprando, se trocaram de carro, se 
reformaram a casa, vive bisbilhotando a vida alheia de seus tios e tias, critica 
suas roupas novas, a decoração de sua nova casa, critica seu novo corte de 
cabelo, insinua que seu jogo de jantar é antiquado, mas, na verdade, ela nutre 
uma profunda inveja de você, que apesar de ter sofrido tantos traumas e abusos, 
ainda está intacta (o), é jovem, bela (o) e resiliente, e mais, mantém sua 
autenticidade, mesmo que sua personalidade ainda esteja soterrada debaixo dos 
caprichos de sua mãe narcisista. A mãe narcisista inveja a ingenuidade de 
sua/seu filha (o), sua empatia, carinho, amor, caridade sincera. O que mais deixa 
a mãe narcisista furiosa de inveja é a capacidade de sua/seu filha (o) amar, uma 
vez que ela jamais será capaz de tal feito. 
 
Ela adora dar festas, churrascos, adora confraternizações, e 
aglomerações, até mesmo velórios, assim, a miss simpatia pode destilar seu 
poder de sedução e camaradagem. Nesses eventos, ela tem uma ótima 
oportunidade de angariar mais fãs para seu eterno fã clube, o fã clube dos 
“macacos voadores”, que são seus fiéis súditos, que confiam totalmente em suas 
insanidades. Normalmente, esses macacos voadores abraçam o discurso de sua 
mãe narcisista, pois eles devem algum favor a ela, que está sempre 
presenteando, fazendo favores e caridades, justamente para manipular tais 
súditos e, assim, eles ficam na obrigação de escutar suas lamúrias e concordar 
com seus delírios imaginários. 
A mãe narcisista é uma grande atriz, digna do Oscar, finge a todos durante 
anos e talvez por toda sua vida, ser a mãe perfeita, afinal narcisistas pensam 
que são perfeitos, e ela lutará com todas suas forças para encenar esse papel. 
Ela não medirá esforços para cumprir tal papel, principalmente se foruma mãe 
narcisista oculta, será a mãe boazinha, que dá presente aos filhos, paga-lhes 
cursos, dão até mesmo um carro, porque não? Assim, pode ficar endividada, 
reclamando aos parentes que está apertada, pois está pagando um carro para 
sua filha que, apesar de ingrata, ainda é sua filha. Ela também utiliza dessa 
maneira sendo “caridosa” para com os filhos, para que esses confundam 
presentes com amor - nada fazem sem pensar ou planejar, tudo tem um 
propósito, absolutamente, tudo! Todas ferramentas possíveis para contracenar 
nessa novela maquiavélica, em que o poder deve estar sempre em suas mãos. 
Mas, também há aquelas mães narcisistas que exploram seus filhos 
financeiramente, com discurso de coitadinha que esse mês não poderá pagar 
seu cartão de crédito e todo mês é uma desculpa diferente. 
Ela é manipuladora, “não dá pingo sem nó”. Narcisistas tem um poder 
inato de persuasão, parecem que têm sempre respostas na ponta da língua, se 
mostram sempre pessoas de confiança, caridosas, sempre a ajudar. De 
mansinho, ganham a confiança das pessoas, para que possam manipulá-las. 
Porém, ninguém mais na vida de uma mãe narcisista sofre mais manipulações 
do que seus próprios filhos, ela os convence sempre, desde pequenos, a 
estarem sempre cedendo a seus caprichos. 
Se sua mãe for narcisista, possivelmente você já deve ter percebido que 
ela não se desculpa por nada de errado que faça, por absolutamente nada, a 
 
menos que esteja jogando, querendo tragar você de volta para o cativeiro 
emocional, comportamento que é chamado de hoovering. 
Ela não respeita sua privacidade, sempre invasiva, se acha no direito de 
invadir sua vida, seu quarto, suas roupas, seus relacionamentos, seu celular, 
nada escapa aos olhos minuciosos de uma mãe narcisista. 
Não bastando sua falta de respeito e “semancol”, ela ainda expõe sua 
privacidade a todos, conforme a vontade dela em denegrir sua imagem. 
Ela também se vitima com doenças, tem sempre uma moléstia para se 
lamuriar, isso quando não finge depressão por conta dos problemas causados 
pelos filhos. Elas sofrem com diabetes, pois não cuidam da alimentação, se 
empanturram de doces, mas culpam o “emocional abalado” para justificar as 
altas taxas de glicose, graças a sua ingratidão. Seu comportamento, às vezes, é 
tão infantil que te lembra suas coleguinhas do quarto ano. As birras são 
frequentes, quando você nega algo, cara amarrada, tratamento de silêncio e 
você vai lá e mima sua mãe que mais parece, às vezes, sua própria filha. 
Sua mãe narcisista foge da verdade como o “diabo foge da cruz”. Imagine 
só, uma ferida com uma casca grossa, e você vai lá e jorra toda verdade, uma a 
uma, bem em cima de sua mãe, expondo quem ela realmente é, puxando a 
casca grossa, a ferida fica exposta. Ela tem medo de encontrar suas feridas 
emocionais, ou feridas narcísica e, então, caso você consiga isso, cuidado! É 
nessa hora que você conhece a fúria narcísica, você pode estar em risco, sim, 
se sua mãe narcisista perder a cabeça, quando você a confrontar, isso poderá 
desencadear desde agressões verbais a agressões físicas. Vale a pena lembrar 
que mães narcisistas são criminosas, todas elas um dia já cometeram diversos 
crimes contra seus filhos, desde negligenciar sua saúde, violência física, tortura, 
agressão psicológica. Se toda mãe narcisista fosse condenada pelos seus 
crimes pegariam pena máxima, mas, infelizmente, não é fácil comprovar seus 
crimes em juízo, já que elas são astutas e perspicazes. 
Ela te confunde, propositalmente, o que é chamado de gaslighting, 
estratégia muito usada por narcisistas, para confundirem suas vítimas e deixá-
las à beira da loucura, com intuito de que a vítima questione sua própria sanidade 
mental. Ela vai guardar algo importante para você, dizendo que você é relaxada 
e pode perder e, quando você pedir, ela dirá que não está com ela, que foi 
devolvido a você há muito tempo, mas como você é esquecida, não deve se 
 
lembrar. Além de te confundir, pode ser que o suposto “sumiço” desse 
documento ou objeto possa te levar à problemas ou atrapalhar você em algo, 
como sua carreira profissional, por exemplo. 
Ela faz triangulação entre os filhos ou família, faz intrigas entre você e seu 
irmão, usa seus filhos, manipulando-os contra você. É muito comum relatos onde 
a mãe narcisista convencia o pai a surrar a filha, mas ela não batia, pois tinha 
um discurso de que era contra violência e que seu marido teimava e batia, contra 
sua vontade quando, na verdade, esse pai (seu marido), era incentivado por ela. 
A mãe narcisista tem o hábito de xingar e humilhar sua/seu filha (o) bode 
expiatório, esse filho tem como papel ser aterro sanitário de todo lixo emocional 
da mãe narcisista - ela se odeia e alguém “pagar o pato”, nesse caso, o filho 
bode expiatório. Se ela está com raiva porque seu político favorito perdeu as 
eleições, adivinhe para quem sobra? Para o bode expiatório. Se ela está em um 
mau dia e sua filha resolve sair para jantar, aparece deslumbrante com um 
vestido vermelho, com as coxas à mostra, pronto! Ela vai xingar a filha com 
palavras machistas de cunho sexual, vai humilhar a filha e dizer que a garota é 
a vergonha da família. Vale salientar que muitas mães narcisistas têm 
comportamentos machistas com relação as suas filhas e à outras mulheres, mas, 
elas mesmas, não se submetem a homem algum! É aquela estória: “pimenta nos 
olhos das outras é refresco”. Toda vez que a mãe narcisista humilha ou xinga a 
filha, ela está fazendo uma projeção de si mesma, é assim que a mãe narcisista 
se sente, se ela te xingar de “vadia”, saiba, é assim que ela se sente. Você não 
faz ideia de como foi o passado de sua mãe, já que a única coisa que sabe são 
as estórias de uma infância difícil, mas, o que elas escondem, levarão para o 
caixão com elas e digo: são muitos segredos. 
 
 
 
8. Teste se sua mãe é narcisista 
 
 
Para você ter certeza de que sua mãe é narcisista, há somente um jeito 
dela ser diagnosticada: Ela precisa consultar com um psiquiatra, psicólogo ou 
psicanalista e dizer 100% a verdade para esse profissional. Sabendo que 
narcisistas não se submetem a terapia e que não são capazes de dizer a 
verdade, pois tem delírios e vivem em seus mundos fantasiosos, isso é quase 
impossível. Mas você sobrevivente conhece sua mãe narcisista, mais que 
qualquer profissional de saúde mental, pois conviveu com sua mãe quase por 
toda sua vida. Lembre-se sempre de que sua mãe é adulta, dona de suas 
decisões e tem idade suficiente para tomar a decisão ou não de buscar ajuda, 
não fique tentando a todo custo diagnosticar sua mãe, se ela é abusiva, tóxica 
ou narcisista, o que importa é você cuidar de si mesma e não mais cuidar dela. 
Para fazer um teste e ter noção se sua mãe é narcisista, responda sim ou 
não para essas questões: 
1. Sua mãe te compara com seus amigos, primos e filhos de outras 
pessoas, sempre te diminuindo e enaltecendo outras pessoas? 
2. Sua mãe já tentou ou já destruiu ou deu jeito de sumir com seus 
diplomas de escola, cursos e até mesmo faculdade? 
3. Sua mãe não festejava ou comemorava seus aniversários? 
4. Sua mãe cortava seu cabelo curto ou te vestia com roupas 
masculinas quando você era criança? 
5. Sua mãe fala mal de você para seus familiares? 
6. Sua mãe não é ou nunca foi afetuosa com você? 
7. Sua mãe não se importava que você fosse exposta ao perigo, como 
quedas, fogo ou abusos de terceiros? 
8. Sua mãe disputa com você a atenção de outras pessoas? 
9. Sua mãe já tentou roubar seu namorado/parceiro ou já deu em 
cima de algum deles? 
10. Sua mãe já deixou de prestar socorro quando você era criança, 
como por exemplo te levar ao hospital quando caiu e quebrou o 
 
braço ou se machucou gravemente? 
11. Sua mãe não cuidava da sua higiene pessoal e/ou não te ensinava 
bons hábitos de autocuidados e higiene, tais como escovar os 
dentes, tomar banhoetc.? 
12. Sua mãe fica com raiva de você quando você nega algo que ela 
peça? 
13. Sua mãe costuma dar gelo em você, quando você faz algo de bom 
para você mesma? 
14. Sua mãe não te parabenizou quando você ganhou algo, ou quando 
passou no vestibular, ou quando se formou em cursos ou até 
mesmo quando se formou na faculdade? 
15. Sua mãe se faz se vítima e não perde a oportunidade de se lastimar 
e se fazer coitadinha na frente dos outros? 
16. Sua mãe um dia fica já se interferiu de modo abusivo em suas 
relações? 
17. Sua mãe já invadiu sua privacidade, lendo as mensagens no seu 
celular, ouvindo suas conversas por de trás a porta? 
18. Sua mãe é controladora? Ela fica tentando controlar você o tempo 
todo? 
19. Sua mãe mente, é fofoqueira e fala mal dos outros? 
20. Sua mãe tratas as pessoas com inferioridade, como se ela fosse 
especial? 
21. Sua mãe tem atitudes infantis? 
22. Você tem dificuldades em tomar decisões ou sente-se insegura em 
ser independente? 
23. Você sente como se tivesse um eterno débito com sua mãe, pelo 
simples fato de ela ser sua mãe? 
24. Você sente-se acorrentada a sua mãe? 
25. Você tenta agradar sempre sua mãe, mas parece que nada do que 
você faça consegue agradá-la? 
26. Sua mãe tem atitudes diferentes quando está na frente de 
conhecidos e em casa te trata de outra forma? 
27. Sua mãe nunca pede desculpas? 
28. Sua mãe faz chantagens com você para convencê-la a concordar 
 
com algo que você não deseja fazer ou concordar com ela? 
29. Você sofre com um sentimento de vazio existencial? 
30. Sua mãe é instável emocionalmente e você sente como se tivesse 
pisando em ovos no seu relacionamento com ela? 
Agora, conte quantas vezes você disse “sim” e conclua: 
Se contou entre 1 a 5: Talvez sua mãe seja narcisista. 
Se contou entre 6 a 9: A sua mãe pode ter traços narcisistas. 
Se contou entre10 a 19: é bem possível que a sua mãe seja narcisista. 
Se contou entre 20 a 30: é muito possível que a sua mãe seja narcisista. 
Se você concluiu que sua mãe é narcisista e deseja curar as feridas das 
sequelas emocionais que ela deixou em você, deseja ter um estudo profundo 
sobre como superar o trauma que sua mãe te causou, sugiro que faça meu curso 
online, que é um treinamento com o método COMO SUPERAR MÃES 
NARCISISTAS, que desenvolvi exclusivamente para você, acesse agora mesmo 
o site www.comosuperarmaesnarcisistas.com 
 
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9. Sinais de que você é sobrevivente de mãe narcisista 
 
 
O que concluí sobre os efeitos de uma mãe narcisista em seus filhos, 
através dos anos de estudo, é que o estrago emocional é muito grande. Imagine 
só, toda referência do ser humano assim que ele nasce é desse primeiro 
cuidador, que normalmente é a mãe. Caso você tenha uma mãe psicopata, você 
será condicionado a acreditar que todo comportamento psicopático de sua mãe 
é o comportamento normal de uma mãe. Você nutrirá certa empatia por todos 
psicopatas que se aproximem de você, de modo inconsciente, claro, por isso não 
é incomum, em consultório, eu receber sobreviventes que tenham passado por 
relacionamentos abusivos, sejam eles amorosos, no ambiente de trabalho ou até 
mesmo entre amigos. Não, não é uma espécie de imã, é a assimilação do que é 
anormal que passou a ser tratado como normal. Suas referências são 
deturpadas, assim como você que é filho ou filha de uma mãe narcisista, tem 
suas referências de normalidade disfuncionais. 
Além dos danos neurais, dos danos psicológicos, psíquicos, o pior de 
todos os danos é o sentimento de “tempo perdido”, o sentimento de “trouxa”, de 
ter sido enganado por quem jamais deveria sequer ter lhe causado qualquer tipo 
de dor, mas deveria tê-lo amado, como mães funcionais o fazem. O desamparo 
emocional, as surras, as torturas em formas de castigo, nada, nada disso se 
compara ao sentimento de não pertencimento e de vida roubada. Felizmente, 
voltar a ter um bom sono é possível, tratar a depressão é possível, tratar o 
estresse pós-traumático é possível, mas, infelizmente, resgatar o tempo todo que 
eu e você vivemos no engodo de nossas mães narcisistas sem que alguém nos 
salvasse é impossível. Se, ao menos, nossos parentes, tios, tivessem olhado 
para nós com olhos atentos, com respeito, com atenção, com menos “pé de 
galinha não mata cabeça de pinto”, talvez alguém tivesse nos socorrido, mas 
não há o que se esperar de uma sociedade religiosa e egoísta, com o lema “cada 
família por si e Deus para todos”. Somente resta uma alternativa: Derrubar a 
casa e construir tudo novo. 
Existem alguns sinais mais percebidos ao longo de meus estudos e 
 
escutas, que são: 
1. Transtornos psicológicos e físicos, tais como, depressão, 
ansiedade, estresse-pós-traumático, dores pelo corpo, gastrite 
nervosa, dores de cabeça constantes, insônia, fobia social, entre 
outros; 
2. Consequências emocionais: 
a) Sentimento de vazio existencial; 
b) Sentimento de que não é digno de ser amada e ou de ser feliz; 
c) Baixa autoestima; 
d) Procrastinação e auto sabotagem; 
e) Insegurança; 
f) Sentimento de medo constante; 
g) Hipervigilância; 
h) Falta de amor próprio; 
i) Tristeza sem motivo aparente; 
j) Desânimo e cansaço; 
k) Dificuldades em se cuidar; 
l) Problemas para se socializar; 
m) Vontade de agradar sempre as pessoas e acaba esquecendo de si 
mesmo; 
n) Desejo de não querer viver mais; 
o) Sentimento de rejeição; 
p) Ficar na defensiva; 
q) Dificuldades em manter uma rotina; 
r) Dificuldades em ter foco e disciplina; 
s) Dependência emocional; 
t) Carência afetiva; 
u) Dificuldades de concentração; 
v) Dificuldades em ter responsabilidades com a vida adulta, entre 
outros. 
 
 
 
10. Sete passos para sua recuperação 
 
 
O primeiro passo você já concluiu, você descobriu que não é a (o) 
vilã/vilão da vida da sua mãe, pelo contrário, você foi usado cruelmente para 
o papel de antagonista da estória de vida da sua mãe narcisista. 
O segundo passo é aceitar que sua mãe é narcisista e que ela não 
te ama, pois narcisistas não possuem a capacidade de amar. Eu sei, é muito 
difícil constatar e aceitar que ter uma mãe que não te ame é duro demais, 
porém necessário. Seu ego vai gritar, como assim não sou amada (o) nem 
pela minha mãe? Mas se acalme, e abrace essa etapa, pois sem aceitar que 
tem uma mãe assim, não poderá avançar no seu processo de recuperação. 
O terceiro passo é se auto perdoar, você carregou muitas culpas 
durante muitos anos, agora é hora de largar esse fardo pesado, que não te 
pertence, esse é o momento de se acolher e dizer para você mesmo porque 
não dava para você ter encontrado a verdade antes, pois desde quando você 
nasceu, passou por lavagem cerebral, não foi culpa sua. 
O quarto passo é você fazer meu treinamento on-line 
www.comosuperarmaesnarcisistas.com , onde você irá se redescobrirá, 
construirá sua real identidade, fará sua verdadeira autobiografia, treinará sua 
autoestima, seu auto amor, aprenderá a cuidar de você mesma e sentirá 
prazer nisso, abandonará a síndrome da boa menina, que é essa “mania” de 
tentar agradar a todos para sentir-se amada, aprenderá a colocar bordas e 
limites em suas relações, para nunca mais dar lugar a pessoas abusivas em 
sua vida, além de reprogramar crenças limitantes que dificultam sua vida 
pessoal, profissional e até mesmo financeira. Você terá acesso a vídeo-aulas 
exclusivas com o método “como superar mãe narcisistas”, criado por mim, 
que como você sou uma sobrevivente e há anos estudo a reconstrução das 
vítimas. Desenvolvi esse método para que você possa superar sua mãe 
narcisista, de uma vez por todas. Você contará com apoio do grupo VIP de 
alunos no WhatsApp, terá suporte técnico durante um ano, poderá tirar 
dúvidas comigo, Virginia Coser, durante um ano, além de ter sua satisfação 
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garantida, já que você pode adquirir o cursoe testar por sete dias. Durante 
esses sete dias, caso você não queira o curso, eu devolvo o dinheiro a você, 
é satisfação garantida ou seu dinheiro de volta, sem enrolação. Invista em 
sua saúde emocional, reconstrua hoje mesmo sua vida e saia do papel de 
vítima, para ter uma vida extraordinária. 
O quinto passo é você buscar ajuda de um terapeuta que entenda 
do assunto, que possa te validar e não dizer aquelas baboseiras de que “mãe 
é mãe”, “honre sua mãe”, culpando você por todo estrago que sua mãe fez 
em sua vida emocional. Esse profissional deve te acolher, te validar e te 
ajudar a tratar sequelas psíquicas, tais como depressão, ansiedade, 
estresse pós-traumático, etc. 
O sexto passo é não ficar preso ao passado, pois existe uma vida 
brilhante te esperando lá na frente, não estacione no que você perdeu ou no 
que não viveu, viva o presente, recolha seus cacos e construa um novo 
caminho com eles. Não é fingir que nada aconteceu, até porque isso é 
impossível, mas é lutar para ter uma boa vida, daqui para frente, ter novos 
hábitos, conhecer novas pessoas, trabalhar suas sequelas, e se redescobrir. 
Acredite, você se apaixonará pela pessoa que você é, irá se enxergar como 
nunca havia se enxergado antes, e se amará do jeitinho que você é, terá 
prazer em sua própria companhia e nunca mais temerá a solidão. 
O sétimo passo é acreditar, sem duvidar, que a vida ainda lhe 
reserva muitas coisas boas, olhar para o presente com os pés no chão, mas 
com o coração repleto de esperanças, olhar para trás e ver que não pode 
ser diferente, que você fez o que pode e isso não foi o suficiente para ter 
uma mãe que o amasse, pois seu tudo foi pouco para a mente insana dela. 
Contudo, agora você deve e pode investir todo esse amor em você mesmo, 
se pegar no colo, se maternar e cuidar de você com todo seu coração, ser 
bondoso com você, ser respeitoso, se amparar em momentos difíceis e estar 
pronto para uma nova vida, longe de pessoas abusivas, onde você mesmo 
se basta. 
 
 
 
Conclusão 
 
 
Desejo a você sobrevivente, toda sorte de bênçãos, você merece todo 
amor do mundo, você é a pessoa mais forte e resistente que as pessoas vão 
encontrar pelo caminho. Seja grato a você mesmo por ter vencido até aqui, pois 
não foi fácil. Saiba, se você chegou até aqui é porque você vai longe, alçará vôos 
altos, tão altos, que talvez hoje não consiga ainda enxergar. Mas, saiba que esse 
dia vai chegar e você terá muito orgulho de você mesmo, de sua força e de sua 
capacidade de resiliência. Conte comigo. Somos manos e manas de alma. 
Estamos no mesmo mar, em barcos diferentes, mas estamos juntos como um 
lago repleto de flores de lótus, super-mega resistentes!

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