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26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 1/18
REABILITAÇÃO NAS FRATURAS PROXIMAIS DO
FÊMUR
ALINE MIRANDA FERREIRA
DANIEL RODRIGUEZ POUSA
■ INTRODUÇÃO
As fraturas proximais do fêmur são frequentes na população idosa e, na maioria das vezes, são decorrentes de queda da própria altura. São
consideradas um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, com altas mortalidade e incapacidade funcional, levando a custos
médico-hospitalares elevados e a problemas sócio-familiares. Em países como Austrália, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Argentina, Chile,
Cingapura, Líbano, Omã, Malásia, Nova Zelândia e Rússia, bem como na maior parte da Europa e da América do Norte, há uma incidência
de pelo menos 150 a 250 fraturas de quadril para cada 100 mil pessoas, em cada país.
No Brasil, entre os anos de 2008 e 2012 ocorreram mais de 181 mil casos de fratura do fêmur em pessoas com mais de 60 anos de
idade, com incidência de 1,80 fratura para cada 1 mil idosos, predominando o sexo feminino (67,5%), com custo médio de tratamento,
por paciente, de R$ 1.933,79.
Estudos na população brasileira apontam taxas de mortalidade relacionadas com fratura do fêmur variando de 7,4 a 36,8% no primeiro
ano. Dez por cento desses pacientes sofrem fratura contralateral. Além disso, a incapacidade física após a fratura é outro grande
problema, sendo que 50% dos pacientes não recuperam o nível de função prévia à fratura e requerem algum tipo de auxílio em suas
atividades diárias. Somente um terço dos idosos que sobrevive à fratura do quadril retorna ao nível prévio de independência.
A queda é o mais significativo fator de risco para fraturas proximais do fêmur em idosos. As quedas normalmente ocorrem da posição
ortostática e estão associadas à redução das reações de proteção, à reação de equilíbrio lenta e à diminuição da força global. Na população
jovem, essas fraturas são menos frequentes — menos de 10% das fraturas proximais do fêmur ocorrem em sujeitos com menos de 50–60
anos de idade, e estão relacionadas com trauma de alto impacto, como acidentes de trânsito.
São descritos como fatores de risco não modificáveis:
 
mulheres maiores de 85 anos de idade;
história de fratura de quadril na família;
baixa condição social.
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(home)
Pesquisa Estendida
https://www.portalsecad.com.br/home
26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 2/18
São descritos como fatores de risco modificáveis:
 
quedas;
diminuição da densidade mineral óssea (DMO);
baixo nível de atividade física;
uso crônico de medicação.
O tratamento cirúrgico, por meio da utilização de parafusos, placas, hastes ou próteses, é indicado na maioria dos casos, e a reabilitação
pós-operatória precoce é de suma importância na diminuição da taxa de mortalidade e de incapacidade funcional na população idosa.
Estudos apontam que os exercícios que estimulam a descarga de peso dentro das primeiras 48 horas de pós-operatório têm mostrado
inúmeros benefícios em idosos. Entretanto, em pacientes jovens, a descarga total de peso imediata é desaconselhada.
Além disso, os programas de reabilitação baseados em exercícios intensivos, bem estruturados e supervisionados têm mostrado melhora da
habilidade funcional entre idosos submetidos a tratamento fisioterapêutico após fratura proximal do fêmur.
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
 
discorrer acerca das implicações das fraturas proximais do fêmur sobre a saúde pública;
elencar os principais tratamentos cirúrgicos;
descrever as abordagens fisioterapêuticas mais indicadas durante o período de internação hospitalar;
relatar a respeito das abordagens fisioterapêuticas mais indicadas após a alta hospitalar;
aplicar testes validados que avaliem a capacidade funcional e o risco de quedas em idosos após fratura proximal do fêmur;
prescrever orientações ao paciente, aos familiares e cuidadores para a prevenção de novas quedas.
■ ESQUEMA CONCEITUAL
■ TRATAMENTO ORTOPÉDICO DAS FRATURAS PROXIMAIS DO FÊMUR
As fraturas da extremidade proximal do fêmur podem ser divididas em fraturas do colo femoral (Figura 1A), transtrocantéricas (Figura 1B) e
subtrocantéricas (Figura 1C).
O tratamento preconizado para as fraturas da extremidade proximal do fêmur atualmente é, de preferência, o cirúrgico, com
colocação de material de osteossíntese, por gerar estabilidade e um retorno funcional mais precoce. Assim, o idoso não fica
acamado por um longo período de tempo e agravando seu estado de saúde, o que poderia levá-lo a um declínio funcional grave e
até à morte. O tratamento não cirúrgico é em geral reservado para pacientes críticos, instáveis clinicamente para a cirurgia ou
pacientes não deambuladores.
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26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 3/18
Figura 1 — Topografia das fraturas proximais do fêmur. As fraturas podem ser classificadas em do colo femoral (A), transtrocantérica (B) e
subtrocantérica (C).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O colo femoral tem um periósteo fino, pouco osso esponjoso e suprimento sanguíneo relativamente baixo; consequentemente, as fraturas
nessa região têm alta incidência de necrose avascular, pseudoartrose ou consolidação viciosa e danos degenerativos.
As fraturas do colo femoral são mais frequentes nos idosos, devido à baixa densidade óssea. Em jovens, a incidência dessa fratura
é baixa e está relacionada com traumas de alta energia, no qual uma carga axial é aplicada com o joelho fletido e o quadril
abduzido, como em um acidente automobilístico ou uma queda de grande altura.
A região transtrocantérica contém uma grande quantidade de osso esponjoso e suprimento sanguíneo; dessa forma, fraturas nessa região
tipicamente cicatrizam bem com redução aberta e fixação interna com placas ou parafusos.
A região subtrocantérica é comumente definida a partir do trocânter menor até 5cm distal. Essa região recebe alto estresse biomecânico
durante a marcha e o apoio unipodal. Além disso, os músculos inseridos no fragmento proximal fazem o tratamento das fraturas
subtrocantéricas ser particularmente desafiador e com grande proporção de complicações, como a não união e a falha do implante cirúrgico.
A cirurgia com haste intramedular resulta em melhor estabilidade da fratura.
Fraturas por estresse são incomuns na população geral, mas devem ser investigadas em pacientes com queixa de dor na virilha sem
trauma associado, em particular em jovens fisicamente ativos, tais como atletas de elite, maratonistas ou militares.
Dentre os materiais de osteossíntese disponíveis para a abordagem cirúrgica das fraturas proximais do fêmur têm-se (Figuras 2A–D):
 
hastes cefalomedulares — indicadas nas fraturas transtrocantéricas e subtrocantéricas;
placas e parafusos — indicados nas fraturas do colo femoral e transtrocantéricas;
parafusos — indicados para as fraturas do colo femoral graus I e II de Garden;
próteses parciais ou totais do quadril — indicadas para idosos com fraturas do colo femoral graus III e IV de Garden.
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LEMBRAR
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26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 4/18
Figura 2 — Implantes cirúrgicos para o tratamento das fraturas proximais do
fêmur: prótese parcial (A), placa e parafuso deslizante (DHS) (B), parafusos
canulados (C) e haste cefalomedular (D).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Para saber mais:
 
Classificação de Garden das fraturas do colo femoral:
grau I — fratura incompleta;
grau II — fratura completa sem desvio;
grau III — fratura completa com desvio parcial;
grau IV — desvio total do foco de fratura.
Alguns estudos defendem que a cirurgia realizada precocemente, ou seja, dentro das primeiras 12–48 horas após o trauma, diminui o índice
de morbidade e mortalidade. Entretanto, Lewis e Waddell descrevem que pacientes com graves comorbidades e instabilidade clínica não
se beneficiam com a cirurgia precoce e que o tratamento cirúrgico deve ser retardado até a melhora da condição clínicageral.
■ COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
As complicações pós-operatórias podem variar de acordo com as condições de saúde física e mental preexistentes à fratura, o tipo de
tratamento imposto, o tempo de internação e a condição social, entre outros. As principais complicações clínicas e cirúrgicas são
apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO ORTOPÉDICO
Cirúrgicas
Infecção
Hipovolemia
Consolidação viciosa
Perda da redução
Necrose avascular da cabeça do fêmur
Clínicas
Pneumonia
Insuficiência respiratória
Estado confusional agudo
UP
TVP
TEP
AVC
ITU
Gastroenterocolite aguda
Anemia
Desidratação e desnutrição
UP: úlcera de pressão; TVP: trombose venosa profunda; TEP: tromboembolismo pulmonar; AVC: acidente vascular cerebral; ITU: infecção do trato urinário
Fonte: Adaptado de Boas e colaboradores (1998).
Alterações comportamentais, incluindo demência, depressão e delírio, influenciam negativamente nos resultados funcionais. Além disso, os
idosos que sofrem fratura do quadril têm alto risco de institucionalização.
O estado confusional agudo ou o delírio pós-operatório é uma complicação comum, principalmente em pacientes com mais de 75
anos de idade, caracterizado por alteração da consciência, mudança na cognição e distúrbio perceptivo. Tem aparecimento agudo,
duração de dias a semanas e curso clínico flutuante. O delírio pós-operatório está associado a pobres resultados funcionais, ao
aumento do período de hospitalização e ao aumento da mortalidade.
Cerca de 27% dos pacientes que sofrem a fratura de quadril desenvolvem o medo de cair, levando a uma limitação da recuperação da
função, vista a redução da participação do paciente nos exercícios durante o processo de reabilitação.
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O medo de cair, ou a síndrome pós-queda, é definido como uma grande preocupação sobre a queda, que leva um indivíduo a evitar
atividades que ele ainda é capaz de realizar diante de um perigo real, aparente ou imaginário de cair.
Tem-se que 5 a 10% dos idosos sofrem uma segunda fratura — do quadril contralateral — que está comumente associada a maior
mortalidade, comorbidades e declínio da independência nas atividades de vida diária (AVDs).
Fatores como ter baixa visão, viver em instituições e apresentar osteoporose, tontura, demência, doenças respiratórias e doenças
cardíacas parecem influenciar significativamente no risco de nova fratura.
 
1. Analise as afirmativas a seguir a respeito da etiologia da fratura de fêmur.
I — A diminuição da força global é um dos fatores que levam os idosos às quedas.
II — Ser do sexo feminino com idade superior a 70 anos é um dos fatores de risco para quedas não modificáveis.
III — O uso crônico de medicação é considerado um fator de risco para quedas modificável.
IV — O tratamento cirúrgico é indicado em alguns poucos casos, sendo preferido o tratamento conservador.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a III e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
2. Sabe-se que as fraturas proximais do fêmur em idosos representam um sério problema dentro do contexto da saúde pública,
devido aos elevados custos econômicos para o tratamento e suas consequências, assim como pela alta taxa de morbidade e
mortalidade. Considerando essas informações, analise as afirmativas a seguir.
I — A fratura do lado contralateral pode ocorrer em 5 a 10% dos pacientes.
II — Cerca de 50% dos idosos que sobrevivem à fratura retornam ao nível prévio de independência física.
III — Alterações cognitivas (preexistentes ou adquiridas no período de internação) dificultam o processo de reabilitação e estão
fortemente relacionadas na literatura com pobre resultado funcional após a fratura.
IV — A diminuição da densidade óssea é um fator de risco modificável.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a III e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
3. Relacione a primeira e a segunda colunas com relação à indicação dos materiais de osteossíntese disponíveis para a abordagem
cirúrgica das fraturas proximais do fêmur.
(1) Hastes cefalomedulares
(2) Placas e parafusos
(3) Parafusos
(4) Próteses parciais ou totais do quadril
( ) Fraturas do colo femoral graus I e II de Garden
( ) Fraturas transtrocantéricas e subtrocantéricas
( ) Fraturas do colo femoral graus III e IV de Garden
( ) Fraturas do colo femoral e transtrocantéricas
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) 1 — 2 — 3 — 4
B) 2 — 4 — 1 — 3
C) 3 — 1 — 4 — 2
D) 4 — 3 — 2 — 1
Confira aqui a resposta
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ATIVIDADES
26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 6/18
 
■ TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Na elaboração do tratamento, o fisioterapeuta deve levar em consideração a idade, ou seja, se o paciente é jovem ou idoso, a demanda
funcional previamente à fratura, as enfermidades associadas, a condição clínica e a cognição.
O objetivo do tratamento fisioterapêutico é restaurar a mobilidade e permitir a marcha precoce e maior independência ao paciente.
A mobilização precoce iniciada no primeiro dia de pós-operatório melhora os resultados funcionais, reduz as taxas de complicações
clínicas e, consequentemente, promove a alta hospitalar mais rápida e a diminuição do índice de mortalidade.
NO PERÍODO HOSPITALAR
O tratamento fisioterapêutico durante o período de internação hospitalar deve promover orientações quanto ao pós-operatório e
estimular o retorno às AVDs. Exercícios ativos ou ativos assistidos de flexoextensão de pé, joelho e quadril devem ser iniciados no
primeiro dia de pós-operatório, conforme tolerância dolorosa, assim como os exercícios isométricos de quadríceps e glúteos.
Exercícios metabólicos, de reexpansão pulmonar e higiene brônquica também devem ser realizados. O principal objetivo é diminuir
os efeitos deletérios do imobilismo, como trombose venosa profunda (TVP), tromboembolismo pulmonar (TEP), problemas
respiratórios e sarcopenia.
O treino de mudança de decúbitos e aquisição da posição sentada no leito com o mínimo de ajuda do fisioterapeuta e/ou cuidador deve ser
precocemente estimulado, assim como sentar fora do leito. Os exercícios de mobilização ativa ou ativo-assistida dos membros inferiores
(MMII) e superiores (MMSS) podem ser realizados na posição sentada — isso auxiliará no treino de controle de tronco, na melhora da
expansibilidade torácica e na percepção do ambiente pelo paciente. É importante avaliar a presença de sinais de hipotensão ortostática
nessa posição.
Nos pacientes que foram submetidos à cirurgia de prótese total ou parcial, os movimentos de adução, flexão acima de 90 graus e
rotação interna de quadril não devem ser realizados até a 12ª semana de pós-operatório, a fim de evitar a luxação da articulação
operada. O paciente deve ser instruído a dormir com um coxim entre os MMII, a sentar em assento mais alto e a não cruzar as
pernas.
Nenhum exercício em particular tem se mostrado superior a outros, mas estudos relatam que os exercícios que estimulam a descarga de
peso resultam na melhora do equilíbrio e da habilidade funcional entre os idosos submetidos a tratamento fisioterapêutico após fratura
proximal do fêmur.
Assim que o paciente tiver condição clínica, o treino de ortostatismo deve ser iniciado. Com o uso do andador, o paciente é treinado a
adquirir a posição em pé a partir da posição sentada, e vice-versa. É importante que o cuidador/acompanhante também seja
orientado a auxiliar o paciente a realizar essas atividades após a alta hospitalar.
Exercícios realizados na posição ereta, isto é, em pé e andando, têm mostrado impacto significante na recuperação funcional em relação
aos exercícios passivos sentados ou no leito durante a internação hospitalar.
A deambulação precoce é desafiadora e desconfortável para o paciente, necessitando de assistência de um ou, às vezes, dois
fisioterapeutas. Além disso,alguns cirurgiões hesitam em permitir a marcha precoce após a fratura do fêmur proximal, com receio de falha
mecânica.
Embora os cirurgiões devam tomar a decisão caso por caso, estudos apontam que a deambulação dentro das primeiras 48 horas de
pós-operatório tem mostrado inúmeros benefícios em pacientes idosos, sem aumento da taxa de falha do material cirúrgico.
Pacientes idosos precisam de fixação interna confiável ou de substituição protética que permita a carga total imediata. Se o implante tiver
sido corretamente aplicado, fornecerá uma fixação adequada até mesmo na presença de osteoporose acentuada.
Em pacientes jovens, a imediata descarga total de peso é desaconselhada, devido à alta taxa de falha mecânica do implante, e o
treino de marcha deve ser realizado com descarga parcial de peso.
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https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 7/18
O estudo clínico randomizado de Oldmeandow e colaboradores comparou dois grupos de pacientes idosos com fratura proximal do fêmur:
deambulação no primeiro ou segundo dia de pós-operatório e deambulação no terceiro ou quarto dia de pós-operatório. Os resultados após
sete dias de pós-operatório mostraram que pacientes que deambularam dentro dos dois primeiros dias conseguiram percorrer distância
significativamente maior, apresentaram maior independência nas transferências de sentado para em pé e em pé para sentado e tiveram alta
hospitalar mais cedo.
Portanto, pacientes que permanecem no leito por mais de 48 horas de pós-operatório podem ter a recuperação funcional mais lenta e
permanecer mais tempo internado. O estudo também mostrou que a estabilidade cardiovascular é a maior determinante no sucesso em
adquirir a deambulação precoce. Pacientes com instabilidade clínica apresentaram maior dificuldade para deambular precocemente e
necessitam de maiores cuidados após a alta hospitalar.
Antes de iniciar os exercícios, é importante avaliar clinicamente o paciente. Dessa forma, deve-se checar se o valor da hemoglobina
está dentro da normalidade, assim como a frequência cardíaca (FC), a frequência respiratória (FR) e a pressão arterial (PA). Os
exercícios de fortalecimento muscular e o treino de marcha não devem ser realizados enquanto o paciente não estiver clinicamente
estável.
Exercícios ergométricos dos MMSS também têm se mostrado eficazes no estágio inicial do tratamento fisioterapêutico de pacientes
idosos submetidos à cirurgia do quadril. O estudo clínico randomizado de Mendelsohn e colaboradores comparou os resultados
funcionais entre um grupo de pacientes submetidos à reabilitação convencional e um grupo de pacientes submetidos à reabilitação
convencional associada ao treinamento aeróbico utilizando um cicloergômetro de MMSS. O protocolo de reabilitação foi realizado por quatro
semanas, com frequência de três vezes por semana, e o treinamento aeróbico teve 30 minutos de duração.
Os resultados mostraram que os pacientes submetidos ao treinamento com o cicloergômetro apresentaram aumento significativo do pico
de volume de oxigênio (VO ) e melhor desempenho nos testes de mobilidade e equilíbrio após a alta da fisioterapia. A justificativa para esses
resultados é que a capacidade aeróbica em idosos é determinante na independência funcional e forte preditora de qualidade de vida. Assim,
apesar do tamanho amostral pequeno, o estudo sugere que esse tipo de treinamento pode ajudar pacientes com fratura proximal de fêmur a
retornar ao nível de atividade física prévio à fratura.
A TVP e o TEP são complicações frequentes na fratura proximal de fêmur. A profilaxia mecânica por meio de dispositivos como a bota
pneumática é uma alternativa para a prevenção dessas complicações. Entretanto, a eficácia do uso desses equipamentos — sejam sozinhos
ou associados a algum fármaco anticoagulante — na prevenção de eventos tromboembolíticos venosos em pacientes após fratura de fêmur
proximal é controversa na literatura.
APÓS A ALTA HOSPITALAR
Embora não exista um consenso sobre o melhor tipo de intervenção para melhorar a funcionalidade de idosos que sofreram fratura do
quadril, programas de exercícios intensivos, bem estruturados e supervisionados têm mostrado melhora da mobilidade desses pacientes.
Estudos recentes apontam que programas de exercícios de alta intensidade e longa duração mostram resultados mais
promissores. A metanálise de Diong e colaboradores aponta que os exercícios resistidos progressivos são mais efetivos na
recuperação da mobilidade de idosos pós-fratura da região proximal do fêmur quando comparados a programas que não utilizam
esses exercícios. Igualmente, exercícios realizados em outros lugares além do ambiente hospitalar também contribuem para
melhores resultados funcionais quando comparados a intervenções realizadas somente no hospital.
A frequência, a intensidade e os tipos de exercícios resistidos progressivos variam entre os estudos. O estudo clínico randomizado e
controlado de Singh e colaboradores utilizou 80% da resistência máxima (RM) da força dos músculos dos MMSS e dos MMII para o
treinamento com frequência de duas vezes por semana, durante 1 ano. Os exercícios realizados foram leg press, flexão e abdução do quadril
na posição ortostática, extensão e flexão de joelho, tríceps braquial, peitoral e remada. Exercícios de equilíbrio também fizeram parte do
treinamento.
Programas de exercícios domiciliares sob orientação também têm mostrado benefícios na funcionalidade de idosos com fratura
proximal do fêmur.
Um estudo baseado em orientação de exercícios domiciliares individualizados ao longo de um ano de tratamento apontou resultados
significativos em relação à mobilidade e à capacidade física quando comparado a um grupo de idosos que receberam tratamento baseado na
entrega de uma cartilha de exercícios. O programa de intervenção incluiu cinco a seis visitas de um fisioterapeuta no domicílio do
paciente.
A visita inicial foi dedicada à avaliação, modificações de perigos ambientais para quedas, orientações para realizar a deambulação com
segurança e orientações de alívio não farmacológico de dor. Na segunda visita, foi implementado o programa de exercícios a serem
realizados em casa, com foco no fortalecimento progressivo e individualizado dos MMII, no treino de equilíbrio e em exercícios funcionais
(Quadro 2). As demais visitas domiciliares e telefonemas tinham o objetivo de encorajar os pacientes a manterem a frequência dos
exercícios. Após 12 meses de intervenção, os resultados mostraram que os idosos submetidos a esse protocolo apresentaram melhor
capacidade de subir e descer escadas e, após dois anos, eram fisicamente mais ativos em comparação ao grupo controle.
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26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 8/18
Quadro 2
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS DOMICILIARES DESCRITOS POR SALPAKOSK E COLABORADORES
Tipos de
exercícios
Exercícios Progressão Frequência Duração
Fortalecimento Extensores de joelho
Flexores de joelho
Abdutores de quadril
Levantamento da cadeira
Agachamentos
Resistência progressiva com três diferentes
cargas
3 vezes por
semana
12
meses
Equilíbrio Transferência de peso de uma perna para a
outra
Passo à frente, ao lado e para trás
Apoio unipodal
Progressivamente reduzindo o apoio dos
MMSS
2 vezes por
semana
12
meses
Funcionais Treino de marcha
Treino de alcance
Mudança de diferentes direções
Subida de degraus
 2 vezes por
semana
3 meses
Fonte: Adaptado de Salpakosk e colaboradores (2014).
Exercícios em cadeia cinética fechada (CCF) têm se mostrado superiores aos exercícios em cadeia cinética aberta (CCA).
Os resultados de Sherrington e colaboradores mostraram que idosos que realizaram o protocolo de exercícios em CCF apresentaram
melhor equilíbrio e desempenho funcional comparados ao grupo de idosos submetidos a um protocolo de exercícios em CCA.
O protocolo de exercícios em CCF consistiu em:
 
sentar e levantar de uma cadeira;
subir um degrau com ambos osmembros e descer (step up);
fazer o step up lateral;
colocar um MI sobre um bloco enquanto mantém o suporte de peso sobre o outro membro;
alternar passadas em diferentes direções guiadas por marcas no chão.
Os exercícios foram inicialmente conduzidos com o apoio em mesas, cadeiras ou dispositivos auxiliares para suporte. Os exercícios foram
progredidos por meio do aumento do número de repetições, da redução do apoio das mãos, do aumento da altura dos blocos e da
diminuição da altura da cadeira. As Figuras 3A–E exemplificam esses exercícios.
35
37
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26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 9/18
Figura 3 — Exemplos de exercícios em CCF: sentar e levantar de uma cadeira (A), subir um degrau com ambos os membros e descer (B), step up
lateral (C), colocar um MI sobre um bloco enquanto mantém o suporte de peso sobre o outro membro (D) e alternar passadas em diferentes direções
guiadas por marcas no chão (E).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A habilidade de deambulação previamente à fratura e a presença de complicações, tais como úlceras de pressão ou delírio,
desempenham um papel importante na recuperação das AVDs e na capacidade de andar após a fratura. Esses fatores devem ser
levados em consideração para estabelecer um prognóstico funcional após a fratura.
 
4. Analise as afirmativas a seguir a respeito do tratamento fisioterapêutico no período hospitalar e marque V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Os exercícios isométricos de quadríceps e glúteos devem ser estimulados de 3 a 5 dias após a cirurgia.
( ) O tratamento fisioterapêutico durante o período de internação hospitalar deve desestimular o retorno às AVDs, uma vez que
confere risco ao paciente.
( ) Estudos mostraram que exercícios que estimulam a descarga de peso resultam na piora do equilíbrio e da habilidade funcional
ATIVIDADES
26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 10/18
( ) Estudos mostraram que exercícios que estimulam a descarga de peso resultam na piora do equilíbrio e da habilidade funcional
entre os idosos submetidos a tratamento fisioterapêutico após fratura proximal do fêmur.
( ) Os exercícios de fortalecimento muscular e o treino de marcha devem ser evitados enquanto o paciente não estiver clinicamente
estável.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) V — V — F — F
B) F — F — F — V
C) V — V — F — V
D) F — F — V — V
Confira aqui a resposta
 
5. Um dos objetivos iniciais do tratamento fisioterapêutico nas fraturas proximais do fêmur é a prevenção de complicações clínicas.
Considerando essas informações, analise as afirmativas a seguir.
I — O uso de bota pneumática pode ser uma alternativa de profilaxia mecânica para a prevenção de TVP.
II — Exercícios respiratórios de expansão pulmonar e higiene brônquica devem ser realizados desde o primeiro dia de internação,
para prevenir pneumonia e insuficiência respiratória.
III — O treino de marcha precoce aumenta o risco de complicações clínicas e o tempo de hospitalização.
IV — O treino de mudanças de decúbito deve ser realizado no primeiro dia de pós-operatório, com o intuito de gerar maior
independência do idoso e prevenir UPs.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
6. Assinale a alternativa correta com relação a quando o paciente é submetido à prótese de quadril para o tratamento da fratura
proximal do fêmur.
A) O treino de marcha não deve ser realizado.
B) Os movimentos de abdução e rotação externa de quadril devem ser evitados.
C) Os movimentos de flexão acima de 90°, adução e rotação interna de quadril devem ser evitados.
D) Pacientes submetidos à prótese de quadril apresentam pior prognóstico de funcionalidade quando comparados a pacientes
submetidos a outros implantes cirúrgicos.
Confira aqui a resposta
 
7. Analise as afirmativas a seguir sobre o programa de reabilitação após a alta hospitalar em idosos pós-fratura da região proximal do
fêmur.
I — Evidências científicas apontam que os exercícios de alta intensidade e longa duração são efetivos na recuperação da mobilidade.
II — Somente exercícios resistidos progressivos realizados em ambiente hospitalar são efetivos na recuperação da mobilidade e
independência física.
III — Os exercícios domiciliares fundamentados no fortalecimento progressivo de MMII e MMSS, sob a orientação de um
fisioterapeuta, apresentam bons resultados funcionais.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
 
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta
 
8. Analise as afirmativas sobre o tratamento após cirurgia de fratura proximal de fêmur em idosos.
I — Os exercícios em CCF mais indicados são o leg press, o agachamento unipodal e o afundo.
II — Sentar e levantar de uma cadeira é um exercício de CCF indicado para esses pacientes.
III — Os exercícios de transferência de peso entre os MMII favorecem o treinamento de equilíbrio.
IV — Os exercícios de step up lateral com aumento progressivo da altura do degrau favorecem o treino de força e equilíbrio desses
pacientes.
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p
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a II, a III e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
■ AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL
A perda da função física está associada a grande incapacidade, maior dependência, aumento da probabilidade de internação e morte. A
avaliação do desempenho funcional é um componente-chave para a investigação da saúde e do bem-estar de idosos.
A avaliação do desempenho funcional consiste na utilização de instrumentos capazes de mensurar qualitativa e quantitativamente a
função. Em geral, esses instrumentos são divididos em duas categorias: questionários subjetivos, nos quais o indivíduo avalia sua
própria função, e testes físicos, nos quais o examinador mensura o desempenho físico por meio de testes padronizados. Estudos
sugerem que a utilização de ambos os instrumentos — questionários subjetivos e testes físicos — fornece resultados mais
específicos sobre déficit de mobilidade, taxa de internação e mudanças na função.
Existe uma diversidade de ferramentas disponíveis na literatura para analisar a função em idosos em diferentes condições. As principais
vantagens delas são o baixo custo e a facilidade de aplicação.
A escala de equilíbrio de Berg é uma das ferramentas de avaliação disponíveis. O objetivo principal é avaliar o equilíbrio e identificar idosos
com maior predisposição a quedas por meio de 14 itens comuns nas AVDs (Quadro 3). Cada alternativa possui uma escala ordinal de 0 a 4
pontos, sendo o zero representativo de pior desempenho e o 4 de melhor desempenho. A soma desses pontos pode chegar ao máximo de
56. É um teste simples, fácil de administrar e seguro para avaliar pacientes idosos. É necessário apenas um cronômetro e uma régua, e todo
o procedimento dura em torno de 15 minutos.
Quadro 3
ESCALA DE EQUILÍBRIO FUNCIONAL DE BERG — VERSÃO BRASILEIRA
Instruções gerais: Por favor, demonstrar cada tarefa e/ou dar as instruções como estão descritas. Ao pontuar, registrar a categoria de resposta mais
baixa, que se aplica a cada item. Na maioria dos itens, pede-se ao paciente para manter determinada posição durante um tempo específico.
Progressivamente, mais pontos são deduzidos, se o tempo ou a distância não forem atingidos, se o paciente precisar de supervisão (o examinador
necessita ficar bem próximo do paciente) ou se fizer uso de apoio externo ou receber ajuda do examinador. Os pacientes devem entender que eles
precisam manter o equilíbrio enquanto realizam as tarefas. As escolhas sobre qual perna ficar em pé ou qual distância alcançar ficarão a critério do
paciente. Um julgamento pobre influenciará adversamente o desempenho e o escore do paciente. Os equipamentos necessários para realizar os testes
são um cronômetro ou um relógio componteiro de segundos e uma régua ou outro indicador de 5, 12,5 e 25cm. As cadeiras utilizadas para o teste
devem ter uma altura adequada. Pode-se usar um banquinho ou uma escada (com degraus de altura padrão) para o item 12.
Tarefa Instrução Pontuação
1. Passar da posição sentada para
a posição em pé.
Por favor, levante-se. Tente não
usar suas mãos para se apoiar.
4 — Capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e de estabilizar-se
independentemente.
3 — Capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos.
2 — Capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas.
1 — Necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se.
0 — Necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se.
2. Permanecer em pé sem apoio. Por favor, fique em pé por 2
minutos sem se apoiar.
4 — Capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos.
3 — Capaz de permanecer em pé por 2 minutos com supervisão.
2 — Capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.
1 — Necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30
segundos sem apoio.
0 — Incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.
 
(Se o paciente for capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio,
dá-se o número total de pontos para o item 3. Então passa-se para o item
4.)
3. Permanecer sentado sem apoio Por favor, fique sentado, sem 4 — Capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2
38
38
39
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nas costas, mas com os pés
apoiados no chão ou em um
banquinho.
apoiar as costas, com os braços
cruzados por 2 minutos.
minutos.
3 — Capaz de permanecer sentado por 2 minutos sob supervisão.
2 — Capaz de permanecer sentado por 30 segundos.
1 — Capaz de permanecer sentado por 10 segundos.
0 — Incapaz de permanecer sentado sem apoio durante 10 segundos.
4. Passar da posição em pé para a
posição sentada.
Por favor, sente-se. 4 — Senta-se com segurança com uso mínimo das mãos.
3 — Controla a descida utilizando as mãos.
2 — Utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a
descida.
1 — Senta-se independentemente, mas tem descida sem controle.
0 — Necessita de ajuda para sentar-se.
5. Realizar transferências. (O avaliador arruma as cadeiras
perpendicularmente ou uma de
frente para a outra para uma
transferência em pivô.) Transfira-se
da cadeira com apoio de braço para
a cadeira sem apoio de braço, e
vice-versa. (Podem ser utilizadas
duas cadeiras — uma com e outra
sem apoio de braço — ou uma
cama e uma cadeira.)
4 — Capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos.
3 — Capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos.
2 — Capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão.
1 — Necessita de uma pessoa para ajudar.
0 — Necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar
a tarefa com segurança.
6. Permanecer em pé sem apoio
com os olhos fechados.
Por favor, fique em pé e feche os
olhos por 10 segundos.
4 — Capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança.
3 — Capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão.
2 — Capaz de permanecer em pé por 3 segundos.
1 — Incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos,
mas mantém-se em pé.
0 — Necessita de ajuda para não cair.
7. Permanecer em pé sem apoio
com os pés juntos.
Junte seus pés e fique em pé sem
se apoiar.
4 — Capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer
por 1 minuto com segurança.
3 — Capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer
por 1 minuto com supervisão.
2 — Capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer
por 30 segundos.
1 — Necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer
com os pés juntos durante 15 segundos.
0 — Necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer
com os pés juntos durante 15 segundos.
8. Avançar à frente com o braço
estendido, permanecendo em pé.
Levante o braço a 90º. Estique os
dedos e tente alcançar à frente o
mais longe possível. (O examinador
posiciona a régua no fim da ponta
dos dedos quando o braço estiver a
90º. Ao serem esticados para
frente, os dedos não devem tocar a
régua. A medida a ser registrada é
a distância que os dedos
conseguem alcançar quando o
paciente se inclina para frente o
máximo que ele consegue. Quando
possível, peça ao paciente para
usar ambos os braços, para evitar a
rotação do tronco).
4 — Pode avançar à frente mais do que 25cm com segurança.
3 — Pode avançar à frente mais do que 12,5cm com segurança.
2 — Pode avançar à frente mais do que 5cm com segurança.
1 — Pode avançar à frente, mas necessita de supervisão.
0 — Perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo.
9. Pegar um objeto do chão a partir
de uma posição em pé.
Pegue o sapato/chinelo que está na
frente dos seus pés.
4 — Capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança.
3 — Capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão.
2 — Incapaz de pegá-lo, mas se estica até ficar a 2–5cm do chinelo e
mantém o equilíbrio independentemente.
1 — Incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está
tentando.
0 — Incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio
ou cair.
10. Virar-se e olhar para trás por
cima dos ombros direito e esquerdo
enquanto permanece em pé.
Vire-se para olhar diretamente atrás
de você por cima do seu ombro
esquerdo sem tirar os pés do chão.
Faça o mesmo por cima do ombro
direito.
(O examinador poderá pegar um
objeto e posicioná-lo diretamente
atrás do paciente para estimular o
i t )
4 — Olha para trás de ambos os lados com boa distribuição do peso.
3 — Olha para trás somente de um lado, o lado contrário demonstra menor
distribuição do peso.
2 — Vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio.
1 — Necessita de supervisão para virar.
0 — Necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair.
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movimento.)
11. Girar 360 graus. Gire-se completamente ao redor de
si mesmo. (Pausa) Gire-se
completamente ao redor de si
mesmo em sentido contrário.
4 — Capaz de girar 360 graus com segurança em 4 segundos ou menos.
3 —Capaz de girar 360 graus com segurança somente para um lado em 4
segundos ou menos.
2 — Capaz de girar 360 graus com segurança, mas lentamente.
1 — Necessita de supervisão próxima ou de orientações verbais.
0 — Necessita de ajuda enquanto gira.
12. Posicionar os pés
alternadamente no degrau ou no
banquinho enquanto permanece em
pé sem apoio.
Toque cada pé alternadamente no
degrau/banquinho. Continue até
que cada pé tenha tocado o
degrau/banquinho quatro vezes.
4 — Capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança,
completando 8 movimentos em 20 segundos.
3 — Capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8
movimentos em mais de 20 segundos.
2 — Capaz de completar 4 movimentos sem ajuda.
1 — Capaz de completar mais do que 2 movimentos com o mínimo de
ajuda.
0 — Incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair.
13. Permanecer em pé, sem apoio,
com um pé à frente.
(O avaliador deve demonstrar para
o paciente.) Coloque um pé
diretamente à frente do outro na
mesma linha; se você achar que
não irá conseguir, coloque o pé um
pouco mais à frente do outro pé e
levemente para o lado.
4 — Capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro,
independentemente, e permanecer por 30 segundos.
3 — Capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente
para o lado, independentemente, e permanecer por 30 segundos.
2 — Capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer
por 30 segundos.
1 — Necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15
segundos.
0 — Perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar em pé.
14. Permanecer em pé sobre uma
perna.
Fique em pé sobre uma perna o
máximo que você puder sem se
segurar.
4 — Capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por
mais de 10 segundos.
3 — Capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por
5–10 segundos.2 — Capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por
mais de 3 segundos.
1 — Tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3
segundos, embora permaneça em pé independentemente.
0 — Incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair.
Fonte: Adaptado de Miyamoto e colaboradores (2014).
A escala de equilíbrio de Berg mostrou sensitividade de 0,73 (95% intervalo de confiança [IC], 0,65–0,79) e especificidade de 0,90 (95% IC
0,86–0,93) para risco de quedas em idosos. Indivíduos com valor igual ou acima de 50 apresentam menor risco de quedas.
O Short Physical Performance Battery (SPPB) é um instrumento com o objetivo de mensurar o desempenho funcional dos MMII de
idosos. O SBBP (Quadro 4) é baseado em três tarefas cronometradas: testes de equilíbrio em pé, curta caminhada em velocidade usual e o
ato de levantar-se de uma cadeira por cinco vezes. A pontuação varia de zero (pior desempenho) a 12 (melhor desempenho). Baixa
pontuação tem sido associada à perda da mobilidade, incapacidade, hospitalização, tempo de internação e morte. O SPPB mostrou
confiabilidade de 0,83 (95% IC 0,73–0,89) na população idosa brasileira.
Quadro 4
THE SHORT PHYSICAL PERFORMANCE BATTERY — VERSÃO BRASILEIRA
Testes de equilíbrio Pontuação Observação
Posição em pé com os pés
juntos
Manteve por 10s —
1
Não manteve por
10s — 0
Não tentou — 0
Se pontuar zero, o examinador deve encerrar os testes de equilíbrio.
Posição em pé com um pé
parcialmente à frente
Manteve por 10s —
1
Não manteve por
10s — 0
Não tentou — 0
Posição em pé com um pé à
frente
Manteve por 10s —
2
Manteve por 3 a
9,99s — 1
Manteve por
menos de 3s — 0
Não tentou — 0
Teste de velocidade da Pontuação Observação
39
40 41
42,43
43
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marcha (4 metros)
Menos de 3,62s —
4
De 3,62 a 4,65s —
3
De 4,66 a 6,52 — 2
Mais de 6,52s — 1
Não conseguiu —
0
O examinador deve solicitar ao paciente que ande na velocidade usual e anotar o menor valor
de duas tentativas.
Teste de levantar-se da
cadeira cinco vezes
Pontuação Observação
11,19s ou menos
— 4
11,20 a 13,69s — 3
13,70 a 16,69s — 2
Menos de 16,70s
— 1
Menos de 60s — 0
O examinador deve realizar um pré-teste. Se o paciente não for capaz de levantar da cadeira
sem o uso dos braços, o teste deve ser encerrado.
Fonte: Adaptado de Nakano (2007).
Outro teste comumente utilizado para predizer o risco de quedas é o Timed up and go test (TUG ).
O TUG consiste em cronometrar o tempo gasto na tarefa de levantar-se de uma cadeira (a partir da posição encostada), andar 3
metros até um demarcador no solo, girar e voltar andando no mesmo percurso, sentando-se novamente com as costas apoiadas no
encosto da cadeira. O paciente deve utilizar seus sapatos e órteses de costume (nenhuma bengala ou andador). A instrução dada é
que o paciente execute a tarefa de forma segura e o mais rapidamente possível. Sugere-se que pacientes que realizem o teste em
tempo maior ou igual a 12 segundos apresentam maior risco de quedas.
Quando os testes de desempenho funcional sugerem aumento do risco de quedas, é aconselhável que o paciente utilize algum tipo
de dispositivo auxiliar para marcha, como um andador ou bengala, até a melhora da mobilidade e do equilíbrio.
■ PREVENÇÃO DE NOVAS QUEDAS
Visto que metade dos idosos que sofreram fratura proximal do fêmur tem altíssima probabilidade de sofrer uma nova fratura, a prevenção de
novas quedas é tão importante quanto o tratamento para a recuperação da funcionalidade e da capacidade física.
A prevenção de novas fraturas pode ser estabelecida por meio de diferentes abordagens:
 
tratamento medicamentoso da osteoporose;
tratamento de doenças associadas e suas complicações (neurológicas, cardiológicas, osteomusculares e mentais, entre outras);
suplementação vitamínica;
atividade física;
modificações ambientais.
O tratamento antiosteoporose após o reparo de uma fratura de quadril por trauma mínimo foi associado a uma redução na taxa de
novas fraturas clínicas e a menor mortalidade, com maior sobrevivência.
Algumas das modificações ambientais que devem ser orientadas aos pacientes e seus familiares/cuidadores para evitar quedas estão
apresentadas no Quadro 5.
Quadro 5
MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS PARA EVITAR QUEDAS
Providenciar a melhoria da iluminação na residência
Ter um abajur ou interruptor de luz próximo à cama
Dormir em cama de altura adequada
Usar barras de apoio lateral no banheiro (box e vaso sanitário)
Adotar o uso de tapetes emborrachados antiderrapantes no banheiro
Aumentar a altura do vaso sanitário
Fazer a revisão de superfícies irregulares ou escorregadias
Usar calçados presos ou fechados, de salto baixo, com solado antiderrapante
Não usar saias ou vestidos longos
Evitar tapetes soltos ou com dobras
Prestar atenção aos degraus altos ou estreitos
Usar fitas antiderrapantes nos degraus
Retirar obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios)
Evitar prateleiras excessivamente baixas ou elevadas
44
45
41
46,47
47
26/07/2019 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/6714 15/18
Fonte: Elaborado pelos autores.
 
9. As afirmativas a seguir apresentam possíveis abordagens de prevenção de novas quedas.
I — Prática de atividade física.
II — Realização de tratamento medicamentoso da osteoporose.
III — Uso de suplementação vitamínica.
IV — Adoção de cadeira de rodas.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
10. Cerca de 5 a 10% dos idosos que sofreram fratura proximal do fêmur sofrem fratura contralateral dentro de um ano. Analise as
afirmativas a seguir, que apresentam modificações ambientais que devem ser feitas para evitar quedas.
I — Utilização de barras de apoio lateral no banheiro.
II — Uso de calçados presos ou fechados, de salto baixo, com solado antiderrapante.
III — Adoção de tapetes pela casa.
IV — Opção por abajur ou interruptor de luz próximo à cama.
Quais estão corretas?
 
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
■ CASOS CLÍNICOS
São apresentados a seguir dois casos clínicos para a melhor fixação do conteúdo apresentado ao longo deste artigo.
CASO CLÍNICO 1
Paciente do sexo feminino, 72 anos de idade, sofreu fratura transtrocantérica do fêmur esquerdo em consequência de queda da
própria altura. Foi submetida à cirurgia com haste cefalomedular há um dia. Na avaliação, foi constatado que a paciente estava
corada, normotensa, normocárdica, eupneica, consciente, contactuante e comunicativa. Apresentava queixa de dor na região
operada, principalmente na tentativa de mobilização do membro operado. Foi liberada pela equipe médica para deambular com
descarga total de peso sobre o membro operado.
 
11. Qual é a conduta fisioterapêutica a ser adotada no primeiro e no segundo dias de pós-operatório da paciente do caso clínico 1?
ATIVIDADES
ATIVIDADE
26/07/2019 Portal Secad
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Confira aqui a resposta
 
CASO CLÍNICO 2
Paciente do sexo masculino, 80 anos de idade, sofreu fratura do colo do fêmur após queda da própria altura. Está com 1 mês de pós-
operatório e não foi encaminhado para tratamento fisioterapêutico previamente. Chegou deambulando sem uso de dispositivo
auxiliar, mas necessitando se apoiar em terceiros (cuidador). Na avaliação, foi utilizada a escala de Berg de equilíbrio e a SPPB, e a
pontuação foi 24 e 3, respectivamente.
 
12. A quais conclusões se pode chegar com os resultados das duas escalas utilizadas no caso clínico 2?
Confira aqui a resposta
 
13. Quais são as condutas fisioterapêuticas mais indicadas para o paciente do caso clínico 2?
Confira aqui a resposta
 
■ CONCLUSÃO
As fraturas proximais do fêmur são consideradas um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, com altas taxas de morbidade e
mortalidade e incapacidade funcional, sendoa queda o fator de risco mais significativo para essas fraturas.
O tratamento cirúrgico é preconizado na maioria das vezes, e as cirurgias realizadas dentro das primeiras 48 horas após o trauma parecem
diminuir o índice de morbidade e mortalidade.
Nenhum exercício em particular tem se mostrado superior a outros, mas estudos apontam que a descarga de peso e o treino de marcha logo
nas primeiras 48 horas resultam em maior independência do idoso e alta hospitalar mais rápida. Além disso, a reabilitação baseada em
programas de exercícios intensivos, bem estruturados e supervisionados, tem mostrado melhora do equilíbrio e da habilidade funcional entre
idosos após fratura proximal do fêmur.
■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: B
Comentário: As mulheres acima de 85 anos de idade estão entre os fatores de risco para quedas não modificáveis, e o tratamento cirúrgico é
indicado na maioria dos casos.
Atividade 2
Resposta: C
Comentário: A literatura aponta que somente um terço dos idosos que sobrevive à fratura do quadril retorna ao nível prévio de
independência.
Atividade 3
Resposta: C
Atividade 4
Resposta: B
ATIVIDADES
26/07/2019 Portal Secad
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Comentário: Os exercícios isométricos de quadríceps e glúteos devem ser iniciados no primeiro dia de pós-operatório, conforme tolerância
dolorosa. O tratamento fisioterapêutico durante o período de internação hospitalar deve, sim, estimular o retorno às AVDs. Estudos
mostraram que exercícios que estimulam a descarga de peso resultam na melhora, e não na piora, do equilíbrio e da habilidade funcional
entre os idosos submetidos a tratamento fisioterapêutico após fratura proximal do fêmur — é nos pacientes jovens que a imediata descarga
total de peso é desaconselhada, em função da alta taxa de falha mecânica do implante.
Atividade 5
Resposta: C
Comentário: Estudos apontam que a deambulação precoce, principalmente nas primeiras 48 horas após a cirurgia, resulta em melhor função
e independência do idoso, além de reduzir o tempo de internação.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: Para a cirurgia de prótese de quadril, são necessárias maior incisão cirúrgica e maior lesão de tecidos moles, dessa forma, a
articulação do quadril fica mais suscetível à luxação. Portanto, os movimentos de flexão acima de 90°, adução e rotação interna de quadril
não devem ser realizados nos primeiros 3 meses de pós-operatório.
Atividade 7
Resposta: C
Comentário: Exercícios resistidos progressivos são mais efetivos na recuperação da mobilidade de idosos após a fratura da região proximal
do fêmur, principalmente quando realizados em outros lugares além do ambiente hospitalar.
Atividade 8
Resposta: C
Comentário: Os exercícios em CCF, como o agachamento unipodal e o afundo, são de difícil execução para a maioria dos idosos após a
fratura proximal do fêmur. Dessa forma, exercícios como sentar e levantar de uma cadeira, realizar transferência de peso e executar step up
lateral, entre outros, são os mais indicados.
Atividade 9
Resposta: C
Comentário: Novas quedas podem ser evitadas por meio do tratamento medicamentoso da osteoporose, do tratamento de doenças
associadas e suas complicações, de suplementação vitamínica, de atividade física e de modificações ambientais.
Atividade 10
Resposta: C
Comentário: Tapetes devem ser retirados da casa, pois aumentam o risco de quedas. São aconselháveis somente tapetes emborrachados
antiderrapantes no banheiro.
Atividade 11
Resposta: No primeiro e segundo dias de pós-operatório, devem ser realizados exercícios para a prevenção de complicações respiratórias e
vasculares e medidas e orientações de prevenção de escaras na paciente do caso clínico 1. Além disso, deve-se treinar mudanças de
decúbito e a aquisição da posição sentada no leito com o mínimo de ajuda necessária, bem como realizar exercícios de mobilização ativa ou
ativo-assistida dos MMII e MMSS, preferencialmente na posição sentada, treino de sentar e levantar e de marcha, utilizando um andador.
Atividade 12
Resposta: Pode-se concluir que o paciente do caso clínico 2 tem risco aumentado de quedas e baixa funcionalidade de MMII.
Atividade 13
Resposta: As condutas fisioterapêuticas mais indicadas para o paciente do caso clínico 2 são exercícios resistidos progressivos de longa
duração, exercícios em CCF e exercícios de equilíbrio sob a supervisão de um fisioterapeuta.
■ REFERÊNCIAS
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fracture worldwide. Osteoporos Int. 2012 Sep;23(9):2239–56.
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26/07/2019 Portal Secad
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