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PatologiaPatologia EspecialEspecial @biavetlove Patologia EspecialPatologia Especial Promovem o aumento de pressão nas câmaras cardíacas (p. ex., estenoses valvulares, hipertensão pulmonar). Promovem aumento de volume nas câmaras cardíacas (p. ex., insuficiências valvulares, alterações congênitas). Ocasionam lesão e perda da musculatura cardíaca (p. ex., necrose do miocárdio, miocardites e neoplasias). Impedem a contratilidade normal das fibras cardíacas (hemopericárdio, pericardite constritiva). Alteram a contratilidade normal das fibras cardíacas (arritmias, fibrilação ventricular). A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração de bombear o sangue necessário para atender às demandas metabólicas do organismo. O coração torna- se insuficiente devido à falha na sua capacidade contrátil ou por aumento na demanda de trabalho. As causas de insuficiência cardíaca são todas as doenças ou alterações que: Os principais mecanismos compensatórios são: dilatação cardíaca, hipertrofia do miocárdio, aumento da frequência cardíaca, aumento da resistência periférica, aumento da volemia e redistribuição do fluxo sanguíneo para órgãos com prioridade metabólica. A dilatação e a hipertrofia são mecanismos compensatórios intrínsecos para o aumento de carga diastólica (volume sanguíneo) ou para o aumento da carga sistólica (aumento de pressão) na câmara cardíaca. Isso significa que o aumento de volume ou pressão é inicialmente compensado pelo coração saudável. A dilatação é uma resposta do coração vista D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Insuficiência Cardíaca em estados patológicos em que há aumento de volume diastólico. O estiramento das miofibras promove um aumento da força contrátil. O contínuo estiramento da fibra aumenta a força contrátil até um limite após o qual o estiramento excessivo irá resultar em decréscimo dessa força. Macroscopicamente, o coração apresenta -se flácido, globoso e com diâmetro longitudinal menor ou igual ao transversal, e a câmara cardíaca afetada está com paredes finas, músculos papilares achatados e lúmen aumentado. A hipertrofia é o aumento de tamanho das fibras musculares, caracterizado pelo aumento do comprimento, do diâmetro e do número de sarcômeros da fibra muscular sem aumento do número de fibras. É uma resposta compensatória do músculo cardíaco em decorrência da sobrecarga sistólica (sobrecarga de pressão) ou diastólica (sobrecarga de volume) crônica. Existem dois tipos de hipertrofia: concêntrica e excêntrica. A hipertrofia concêntrica ocorre quando há um aumento da carga sistólica, ou seja, aumento da força de contração devido a um aumento de pressão em uma ou ambas as câmaras cardíacas. Observa -se um aumento da massa ventricular sem aumento do volume diastólico final. Macroscopicamente, há aumento da espessura da parede ventricular e diminuição da câmara. As causas são estenoses valvulares, doenças pulmonares que conferem resistência ao fluxo sanguíneo, persistência de ducto arterioso e tamponamento cardíaco crônico. A hipertrofia excêntrica ocorre quando há um aumento da carga diastólica, ou seja, um aumento do volume sanguíneo recebido em uma ou ambas as câmaras cardíacas. Macroscopicamente, há um aumento das câmaras; as paredes podem estar com Patologia EspecialPatologia Especial espessura normal ou ligeiramente mais finas, e os músculos papilares normais. As causas são insuficiências valvulares e defeito septal. Os rins são os principais órgãos envolvidos na resposta compensatória sistêmica. O débito cardíaco inadequado resulta em menor fluxo sanguíneo para os rins e, consequentemente, menor filtração glomerular. Essa menor filtração glomerular ocasiona diminuição na concentração de sódio e aumento da concentração de potássio plasmático, que leva à ativação do sistema renina -angiotensina -aldosterona. A angiotensina II promove a vasoconstrição periférica e a redistribuição do fluxo sanguíneo. Além disso, promove a vasoconstrição das arteríolas renais aferentes, preservando o volume da filtração glomerular, e ativa a liberação de aldosterona, responsável pela reabsorção de sódio e água nos túbulos renais, favorecendo o aumento da volemia. Como mecanismo antagonista, o coração libera um fator natridiurético atrial (FNA) quando o átrio está dilatado ou quando a pressão arterial está elevada. O FNA causa natridiurese, inibição do sistema renina- angiotensina- aldosterona e diminuição da pressão arterial. Se o coração é incapaz de melhorar seu desempenho, os rins continuam respondendo ao sistema renina -angiotensina-aldosterona, acarretando a formação de edema. O aumento do volume plasmático leva ao aumento da pressão hidrostática e ao extravasamento de líquido para o interstício. Essas respostas sistêmicas favorecem o aumento do débito cardíaco, mas, quando a causa da falha cardíaca persiste ou o coração está inapto a responder adequadamente, esses mecanismos compensatórios, na D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Insuficiência cardíaca não é doença, é síndrome. Entre as espécies, mudam as doenças que levam a desenvolver essa síndrome. Lesões diferentes no coração das diferentes espécies, consequentemente doenças diferentes. Coração manda sangue para os tecidos através das artérias e recebe sangue dos tecidos através das veias. verdade, contribuem ainda mais para o agravamento da insuficiência cardíaca e o aparecimento dos sinais clínicos. Definição insuficiência cardíaca: É uma síndrome clinicopatológica caracterizada pela incapacidade do coração em exercer sua função, ou seja, bombear sangue para os tecidos, que pode culminar em diminuição da ejeção ventricular e consequente hipotensão arterial e/ou má retorno venoso e consequente hipertensão venosa. Quando eu uso essa expressão de insuficiência cardíaca? Duas situações a seguir. Tipos de insuficiência cardíaca – definições: Insuficiência cardíaca de baixo débito: Ocorre quando um coração não consegue bombear sangue suficiente para a aorta ou artéria pulmonar a ponto de manter a pressão arterial (hipotensão arterial), o que pode culminar em menor perfusão orgânica e, em casos mais graves, choque cardiogênico. Insuficiência cardíaca congestiva: Ocorre quando um coração não consegue bombear sangue suficiente para esvaziar as câmaras cardíacas, o que reflete em mau retorno venoso e consequente hipertensão venosa (aumento da pressão hidrostática), que é visto como hiperemia passiva (congestão). Patologia EspecialPatologia Especial Diminui a fração da ejeção e isso acaba culminando na diminuição da pressão arterial – hipotensão. Insuficiência cardíaca de baixo débito: Muitas vezes, o coração tem como problema não mandar sangue suficiente – portanto havendo diminuição (insuficiência) de ejeção ventricular, Não perfundindo bem os tecidos, coração não tem força. - Não perfundindo bem o rim – não filtrando adequadamente a urina. - Não perfundindo bem o encéfalo – síncopes. Primeira medida na pressão (12 por 8) é a força que o coração faz para mandar o sangue (ejeção) para os tecidos, e a segunda medida é a resistência da artéria. - Diminuição na primeira pressão é diminuição na ejeção de sangue para os tecidos. - Diminuição na ejeção é comumente vista em doenças que o coração fica fraco, ou seja, há atrofia do músculo cardíaco, miocárdio afina, como na miocardiopatia dilatada comum ao cão e ao homem. - Lesão cardíaca caracterizada pela dilatação das câmaras e insuficiência cardíaca com diminuição da ejeção ventricular. Paciente fica hipotenso, podendo entrar em choque. Coração incapaz de mandar sangue para os tecidos – refere-se à baixa pressão do coração, sem força e contratilidade. Utilização de medicamento para que esse coração bata com a força necessária, que aumente contratilidade e força. Exemplos: Inotrópicos, dopamina, dobutamina (agonistas B1) *Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a força de contração do coração, geralmente aumentando o nível de cálcio intracelular do miocárdio. D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Insuficiência cardíaca congestiva:Segunda forma de insuficiência cardíaca, que é mais comum nos pequenos animais, principalmente no cão, que é relacionada à função cardíaca de receber sangue, ou seja, problemas no retorno venoso. Causas de problemas no retorno venoso – Lesão nas válvulas do coração (tricúspide, mitral), impedindo o correto fechamento das mesmas. Com o envelhecimento, há a degeneração da valva cardíaca, o que faz ela ficar com aspecto engrossado e disforme, a impedindo de fechar normalmente. Com isso, sobra um espaço durante o fechamento e parte do sangue retorna ao átrio (regurgitação) fazendo um barulho entre a contração do átrio e do ventrículo como se fosse um sopro (TUM – FFFF – TÁ). - Esse ventrículo que parte do sangue reflui para o átrio e parte vai para os tecidos, terá que bater mais vezes para dar conta desse sangue, tornando o coração hipertrofiado. - Essa alteração degenerativa da valva somada a hipertrofia cardíaca, faz cada vez mais com que o sangue se torne represado, não conseguindo entrar no coração, pois já tem sangue lá dentro. Com isso, há congestão, mau retorno venoso e os órgãos vão ficando congestos (avermelhamento). - Se o lado esquerdo é prejudicado – afeta os pulmões. - Se o lado direito é prejudicado – afeta principalmente o fígado. - Esses vasos congestos, terão elevação da pressão, hipertensão venosa. Congestão no sistema circulatório, com manifestação clínica associada ao mau retorno venoso. Com isso, há aumento da pressão venosa e para isso, utilizam-se drogas hipotensoras venosas (antagonistas receptores A1 - vasodilatação, inibidores ECA, Bloqueadores de angiotensina). Patologia EspecialPatologia Especial - Congestão pulmonar (dificuldade respiratória), ou hepática (aumento do fígado). Causas de ICC são cardiomiopatias, lesões inflamatórias ou degenerativas do miocárdio, alterações cardíacas congênitas, doenças pulmonares crônicas e estenose ou insuficiência valvulares. Mais comum: Cães e bovinos – IC congestiva. Doenças que Predispõe mais a problemas de congestão. Gatos e cavalos – IC de baixo débito. Doenças que predispõe mais a problemas de débitos. Coração dilatado – tem espaço, mas não tem força. Coração forte – tem força, mas não tem espaço. Hipertensão/Hipotensão: Coração ou artérias? Vasos arteriais ou venosos? *Cão com Doença da válvula mixomatosa – Endocardiose: Lesão da válvula cardíaca e com o passar do tempo hipertrofia. Medicamentos para melhorar a contratilidade aumentam a hipertrofia. Terapêutica visando melhorar a sintomatologia do paciente naquele momento, salvando-o da morte eminente, porém levando a lesões mais graves no futuro. *PIF – corticóides causam uma melhora e mantém vivo por mais tempo – porém ocorre imunosupressão e morte por outras doenças oportunistas associadas ao corticóide. *Laminite – drogas – lesões nos rins, estômago. D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Ascite: acúmulo de líquido não inflamatório abdominal. Edema subcutâneo: acúmulo de líquido no tecido subcutâneo. Hidrocele: acúmulo de líquido no saco escrotal. Anasarca: edema subcutâneo generalizado. Dispneia: dificuldade respiratória. Edema desfigurante da cabeça. Emagrecimento progressivo à caquexia (caquexia cardíaca). Hepatomegalia. Quando se têm casos muito graves de Insuficiência cardíaca congestiva, é comum que no ante mortem o paciente venha a desenvolver a de baixo débito. Um paciente com baixo débito, geralmente não evolui para insuficiência cardíaca congestiva, simplesmente morre – choque, morte súbita. O que mata mais do que problemas cardíacos no cão: - Cinomose, parvovirose, verminose, traumas, câncer. O que mata mais do que problemas cardíacos no gato: - FELV, traumas, câncer (maioria relacionado ao FELV), Insuficiência renal crônica. SINAIS CLÍNICOS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: Mitral – lado esquerdo – ICE. Tricúspide – lado direito – ICD. Miocárdio – dois lados afetados. INSUFICIÊNCIA C. CONGESTIVA DIREITA: - também sinais como distensão da jugular por causa da estase sanguínea (evidente, principalmente em bovinos) e diarreia decorrente da congestão de estômago e intestino, podem ser observados. Ascite em cão: Liquido levemente avermelhado. Transudato modificado. IC congestiva direita na maioria das vezes. Efusão peritoneal - Mecanismos de formação: - Diminuição da pressão oncótica. - Aumento da pressão hidráulica (fígado e baço congestos). - Aumento da permeabilidade vascular. - Ruptura de órgãos cavitários. - Bloqueio linfático. Tipos de fluido: - Transudato pobre em proteína. - Transudato modificado ou rico em proteína. - Exsudatos infecciosos e não infecciosos. - Efusão quilosa. - Efusão linfática não quilosa. - Efusão hemorrágica. Transudato puro ou pobre em proteína: - Fluído límpido, sem turvação, teor de proteína <2, tipo celular variado. - Mecanismo fisiopatológico: diminuição da pressão oncótica por hipoalbuminemia (causas: perda glomerular de proteína, glomerulonefrite, síndrome nefrótica, neoplasia, insuficiência hepática (cirrose, enteropatia por perda protéica). - Hipoproteinemia - Má ingestão de proteína ou perda de proteína (pela urina ou trato gastrointestinal). Transudato modificado ou rico em proteína: - Turvação visível, proteínas acima de 2, tipo celular variado: neutrófilo e macrofilo são predominantes. - Mecanismo fisiopatológico: aumento da pressão hidráulica (hipertensão portal, cirrose hepática, cirrose micronodular, nódulos comprimem capilares sinusóides, o que aumenta a pressão hidráulica, Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 insuficiência cardíaca direita). Para coleta! Tubo EDTA e comum. - Cirrose hepática: líquido amarelado. Exsudato infeccioso – séptico (avaliar histórico de uso de antibióticos): - Turvo e fédito, proteínas altas e com alta celularidade (neutrófilo degenerado e bactérias) - Mecanismo fisiopatológico: aumento da permeabilidade vascular – ruptura de órgãos cavitários com sepsia à feridas penetrantes. - Exsudato viral: felinos – PIF; fluido palha, proteína elevada, células não tão altas, neutrófilos íntegros e fundo granular róseo. Exsudato não infeccioso – não séptico: - Turvo, proteína alta, alta celularidade (neutrófilos e macrófagos), permeabilidade vascular. - Mecanismos fisiopatológicos: neoplasias, necrose, ruptura de órgãos cavitários como bexiga e vesícula biliar não contaminada. Efusão quilosa – muito rara - Turva bem leitosa, proteínas maiores de 2 e células totais altas com predominância de pequenos linfócitos e triglicerídeos muito altos. - Mecanismos fisiopatológicos: extravasamento de linfa – cardiopatia, obstrução linfática neoplásica. Efusão hemorrágica – muito comum: - Turvo avermelhado, proteínas elevadas, células acima de 2000, tipo celular: neutrófilo e linfócito e macrófago (crônico), plaquetas (hemorragia), eritrófago (hemorragia). - Mecanismos fisiopatológicos: eventos traumáticos, neoplasia, distúrbio de coagulação, hemangiossarcoma esplênico, intoxicação cumarínica. Gato com insuficiência cardíaca congestiva direita, com frequência faz acúmulo de líquido (ascite) incolor. Ás vezes amarelo, ás vezes vermelho. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Animal sentado, incomodado ao deitar e com pescoço elevado, tentando respirar melhor. Posição de cão sentado. Posição ortopneica: cotovelos afastados e pescoço distendido. Em bovinos, difícil notar ascite (não sabe se aquele líquido está dentro ou fora do rúmen). Bovino tende a desenvolver edema subcutâneo acentuado (submandibular, barbela, peito). Cavalos tendem a desenvolver edema na linha média ventral. Sinal de Godet positivo: pressionar a região edemaciada e se mantiver a impressão digital é positivo. Hidrocele: acúmulo de líquido no interior do saco escrotal, entre as túnicas (testículos não afetados). Dispneia: dificuldade respiratória. Inunda o parênquima pulmonar - edema pulmonar. Intolerância ao exercício. Ortopneia: dispnéia ao deitar. Posição ortopneica: assumir posição que facilite a respiração. Tosse com engasgo: tentativas seguidasde expectoração. Ao deitar. Cianose: pele e mucosas visíveis. Espuma e/ou líquido drenando pelas narinas (branca, rósea ou vermelho claro) Emagrecimento progressivo à caquexia. INSUF. C. CONGESTIVA ESQUERDA: Ás vezes é tão pequena a troca gasosa que a pele no focinho, plano nasal, ao redor dos olhos, junções mucocutâneas começa a ficar cinza (cianose). Animais quando baixam a cabeça sai espuma pelas narinas (espuma = líquido + ar; quando o ar entra se mistura com o soro sanguíneo que passou pelo aumento da pressão hidrostática). Situação ante mortem do edema pulmonar - espumar pela boca e pelo nariz. Coração hipertrofiado e grande - deita em decúbito esternal - coração comprime a traqueia - tosse (outra situação de tosse que não tem a ver com edema). Síncope: insuficiência cardíaca por baixo débito, insuficiência cardíaca congestiva (pouca troca gasosa no pulmão - edema). É uma síndrome que pode ter diversas causas. Se o ar que entrou tem pouco O2, se tem problema nas hemáceas, nas trocas gasosas, etc. Sangue estagnado em um vaso venoso - elevação da pressão - aumento da pressão hidrostática. Quando ocorre nos vasos cavais (v.c cranial, v.c. caudal), no cão a tendência é ter um pouco de escape de hemácea junto com o líquido, por isso ele é vermelho. Análise de líquidos cavitários: Quais os principais exames de apoio na ICC? Ascite (muito comum). Hidrotórax (comum). Hidropericárdio (incomum). - Para caracterizar esse líquido como cardíaco, precisa ser um transudato modificado. - Líquido vermelho claro (exceções), aspecto turvo (podendo ser límpido no gato e herbívoros), densidade variável. PH alcalino, proteína entre 2,5 e 7,5 g/dl. Celularidade entre 1.500 e 7.000 células/mm³. Predomínio de neutrófilos e macrófagos. Ocasionais linfócitos e células mesoteliais, background de eritrócitos (semelhante a um esfregaço sanguíneo), ocorrência de eritrofagia. - Espuma dá ideia da quantidade de proteína. - Líquido vermelho dá ideia da quantidade de hemácia. - Líquido cavitário drenado de cão (pré e pós- centrifugação). Hemáceas vão sedimentar. Líquido com coloração mais incolor ou amarelado. 3-5% de hemáceas no total de líquido no cão. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Líquidos cavitários drenado de gatos. ÁREAS BRANCAS – DENSIDADE AGUA. Radiopacas. AREAS PRETAS – DENSIDADE AR. Radiolucentes. Distante um lobo do outro e entre eles está branco. Aumento da pressão hidrostática da veia cava cranial. ICC Esquerda – Edema pulmonar leve em cão. Onde deveria estar escuro, está mais claro. Líquido não está separando os lobos pulmonares, mas sim está no seu interior. ICCE – Edema pulmonar acentuado em cão: Exame radiográfico: - Presença de líquido livre na cavidade torácica (derrame pleural) ou no espaço alveolar (dentro do pulmão). ICC Direita - Derrame pleural: Exame Ultrassonográfico: aumento de volume do fígado em ICCD. Lesões extra-cardíacas de insuficiência cardíaca congestiva: ICC DIREITA: - Caquexia, abaulamento abdominal. Diferenciar o efeito massa – colocar em posição bipedal – líquido e útero grávido descem com a gravidade. Aspecto gelatinoso do edema quando cortado. Aspecto brilhante e úmido. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Fígado noz-moscada de bovino é grande e mais azulado. Edema desfigurante de cabeça associado a ICC em cão. Também apresentou atrofia dos músculos massetéricos e temporais. Utilização de diuréticos. Ascite no cão acompanhada de um pouco de fibrina. Aumento de volume do fígado com essa fibrina que geralmente recobre a superfície hepática e que muitas vezes acaba grudando os lobos hepáticos. - Fígado de noz-moscada: superfície de corte semelhante a uma noz moscada. - Fígado grande, aumentado de volume com bordas arredondadas, geralmente recoberto por quantidade variável de fibrina que acaba grudando seus lobos. - Ás vezes, aspecto de bife à milanesa - recoberto de fibrina. Precisa ser necessariamente um fígado caracterizado por congestão da ICC. Causas diferentes não nomeiam o fígado dessa forma. Lâmina histológica do fígado: - Variável quantidade de hemácias, principalmente na região centro-lobular (que é a característica da congestão). - A medida que o processo vai cronificando, essas hemácias por estarem estagnadas ali e não terem oxigênio, acabam não perfundindo aquela região normalmente, e os hepatócitos morrem, fazendo com que as células ovais se diferenciem em fibroblastos que vão produzir colágeno (material azul na lâmina) que vai sendo depositado, causando uma fibrose centro-lobular. - Na sua situação mais crônica - congestão continuada que acaba culminando em fibrose da região centro-lobular - áreas mais claras intercaladas com as mais escuras com grande quantidade de eritrócitos. - Não consegue sair da Veia centrolobular, hemáceas nos capilares sinosóides, sangue parado fica sem O2 e hepatocitos morrem por hipóxia, necrose centrolobular hipóxica sendo substituídos por colágeno. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Com a cronificação, também começam a se formar pequenas irregularidades na superfície hepática - Nódulos de hiperplasia, (nódulos de regeneração) muito parecidos com nódulos de hiperplasia fisiológicos de envelhecimento, mas em cima de um fígado de noz-moscada. - Denomina-se de cirrose cardíaca (cirrose hepática ocasionada por insuficiência cardíaca). - No gato, geralmente nessa fase o animal já tem um fígado diminuído de volume e fica diferenciado do parênquima normal. Fígado normal. Fígado de noz-moscada no cão com hemácias em região centro-lobular. Fígado de noz-moscada no cão com fibrose centro-lobular moderada. Fígado de noz-moscada no cão com fibrose centro-lobular acentuada. Congestão das veias cava caudal e porta em cão. Hidrotórax por ICCD em bovino - derrame pleural. Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 1 3 - 1 0 - 2 0 2 1 Lesões extra-cardíacas da ICC esquerda: Congestão e edema pulmonar por ICCE (líquido fluindo pelas narinas em cão). - Aumento da pressão hidrostática pulmonar. - Cabeça para baixo - tendência do líquido sair pelas narinas. Congestão e edema pulmonar por ICC - avermelhamento e falta de colapso pulmonares: Lâmina histológica: eritrócitos nos septos e material hialino alveolar. Pulmão normal - edema pulmonar. Pressão negativa se desfaz ao abrir o tórax. – isso faz os pulmões liberarem ar de dentro. - Quando não colapsa e mantém o formato original – dentro há célula inflamatória, tumoral ou líquido. Edema pulmonar - manutenção do formato. Textura parecendo um fígado. Quando se abre a traqueia - grande quantidade de líquido e de espuma. Impressão costal - das costelas. Espuma e líquido vermelho nos brônquios. Pulmão normal é seco. Se o animal teve episódios de descompensação cardíaca e edema pulmonar de forma crônica - pode haver grande quantidade de pigmento (hemossiderina) oriundo daquela hemoglobina que estava dentro da hemácia que passou para a luz alveolar - células do vício cardíaco - Hemossiderose pulmonar. HEMOSSIDERINA: ferro acumulado nos tecidos – pigmento de hemossiderina (excesso = hemossiderose) Normalmente Uma parte do Fe vai tentar ser armazenado nas células. Não perceptível numa avaliação histopatológico. Precisa de um acúmulo maior – hemossiderose. - Células do vício cardíaco (falha cardíaca). São macrófagos contendo hemossiderina. Grande quantidade de sangue nos capilares – lesão cardíaca, insuficiência do lado esquerdo, congestão pulmonar, volta o sangue para o pulmão. Macrófago alveolar fagocita a hemácia. Digere e faz a quebra, acumulando dentro do citoplasma a hemossiderina.
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