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Fisiologia do músculo esquelético

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
FISIOLOGIA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
OS TIPOS DE MÚSCULOS 
 
 
 
Muitas células do nosso organismo 
possuem habilidades contráteis 
limitadas, porém apenas as células 
musculares, que são especializadas na 
contração, permitem a locomoção dos 
animais. Essas células especializadas na 
contração, além da locomoção, 
também realizam o bombeamento 
sanguíneo, constrição de vasos e 
movimentos de propulsão. 
As células musculares podem ser 
classificadas como lisas ou estriadas, 
sendo que as estriadas têm esse nome 
porque as suas proteínas contráteis 
estão organizadas em miofilamentos, 
que conferem uma aparência de estrias 
ao microscópio. Além disso, o tecido 
muscular estriado também é 
diferenciado em estriado cardíaco e 
estriado esquelético. 
ORGANIZAÇÃO DO 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
Conceito: por estarem fixados aos vários 
ossos do corpo, possui grande irrigação 
sanguínea, facilitando a passagem de 
medicamentos injetados em seu interior 
para a circulação. Possui musculatura 
estriada, é voluntária. 
Tendão: responsável por fixar o músculo 
ao esqueleto. 
Epimísio: Membrana (TCPD) que 
recobre o músculo. 
Perimísio: derivado do epimísio, é um 
tecido conjuntivo mais frouxo e menos 
fibroso, que envolve os feixes de fibras 
musculares (fascículo). 
Fascículo: ilha/conjunto de fibras 
musculares. 
Endomísio: fibras reticulares e uma 
lâmina basal que envolve as células 
musculares unitariamente. 
Sarcolema: membrana plasmática 
delicada que envolve a fibra muscular; 
consiste em uma membrana celular 
verdadeira, de uma fina camada de 
material similar ao da membrana 
envolve os capilares sanguíneos; 
contém também finas fibrilas 
colágenas. Nas extremidades das fibras 
musculares, essas camadas superficiais 
do sarcolema se fundem com as fibras 
tendinosas que, por sua vez, se reúnem 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
em feixes para formar as fáscias 
musculares, consequentemente, 
formando os tendões, para então se 
inserirem nos ossos. 
Miofibrila: As miofibrilas são formadas 
por um agrupamento ordenado de 
filamentos grossos e finos paralelos entre 
si, cuja distribuição ao longo da 
miofibrila é responsável pela formação 
de bandas. As miofibrilas, por sua vez, 
também se agrupam de modo que as 
bandas ou estrias ficam em sincronia, 
formando faixas claras e escuras que 
caracterizam o músculo estriado 
esquelético. 
Cada estria encontrada na fibra 
muscular delimita os sarcômeros, que é 
a unidade mínima contrátil do músculo. 
Os comprimentos do sarcômero variam 
de acordo com o estado de contração 
do músculo. 
Os filamentos grossos, com 10nm de 
diâmetro e 1,5μm de comprimento são 
os principais constituintes do sarcômero. 
Tais filamentos se compõem quase que 
exclusivamente da proteína miosina e 
por isso são também chamados de 
filamentos de miosina, sendo mantidos 
em posição por conexões transversais 
delgadas que estabilizam e ancoram os 
filamentos em posição no centro de 
cada sarcômero. 
Os filamentos finos se compõem 
basicamente da proteína actina, têm 
5nm de espessura e estendem-se por 
cerca de 1μm em cada direção a partir 
de cada parede que delimita cada 
sarcômero. Os filamentos de actina e 
miosina interagem entre eles e permite 
a mágica da contração muscular. 
Sarcômero: divisão longitudinal da 
miofibrila; compõe a unidade contráctil, 
pois possui a actina e a miosina; espaço 
entre duas membranas Z. 
A FIBRA MASCULAR 
 
 Retículo sarcoplasmático: é formado 
por túbulos longitudinais e pelas 
cisternas terminais. Possui bombas de 
cálcio ao longo de suas paredes que 
concentram o Cálcio no seu interior em 
até 2000 vezes. 
Túbulos transversais (T): Atravessam 
transversalmente a fibra muscular 
esquelética, levando o potencial de 
ação até o seu interior; são estrturas 
extracelulares por serem formados por 
invaginações da menbrana plasmática. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
Cisterna terminal: é onde haverá a 
liberação de calcio; 
 
 
Banda ou faixas ou discos I: Faixas claras 
que possuem somente actina. 
Bandas ou faixas ou discos A: faixas 
escuras que possuem actina + miosina; 
sobreposição dos filamentos. 
Bandas ou faixas ou discos H: Faixa 
escura em que possui, exclusivamente, 
miosina. 
Linha M: Nela há miomesina, proteína C 
e outras proteínas que interligam os 
filamentos de miosina, mantendo seu 
arranjo em forma de grade. Há ainda a 
creatina quinase, uma enzima que 
catalisa a transferência de um grupo 
fosfato da fosfocreatina para o ADP, 
resultando no ATP utilizado nas 
contrações musculares. Ou seja, haverá 
proteínas responsáveis pela 
organização do filamento. 
FILAMENTO DE MIOSINA 
É formado por aproximadamente 200 
ou mais moléculas polimerizadas 
totalizando 1800 aminoácidos (é a 
proteína mais longa que se conhece). 
Ela é dobrável e forma projeções 
laterais de seus filamentos chamadas 
pontes cruzadas. 
Uma molécula de miosina tem PM de 
480.000. Cada molécula é formada por 
2 cadeias pesadas, cada uma com PM 
de 200.000 e 4 cadeias leves, cada uma 
com PM de 20.000. 
 
FILAMENTO DE ACTINA 
É um filamento altamente complexo e 
formado 3 tipos de proteínas diferentes: 
Actina, Tropomiosina e Troponina. 
Actina: representa a base ou esqueleto 
do filamento, com duas cadeias 
paralelas enroladas em hélice, chama 
actina-F. Em cada cadeia de actina, 
existem muitas moléculas de ADP que 
são os sítios ativos com que vão reagir as 
pontes cruzadas de miosina. A porção 
actina do filamento delgado é formada 
por subunidades esféricas ou globulares 
de actina chamada Actina-G. 
Tropomiosina: Deposita-se sobre cada 
um dos filamentos de actina, 
encobrindo os seus sítios ativos de modo 
a impedir a interação entre a actina e a 
miosina. 
Troponina: complexo de 3 moléculas 
globulares com afinidades diferentes, as 
quais são: 
i. Pela actina (I) 
Fibra muscular
Retículo 
sarcoplasmático
regulação de 
cálcio
intracelular
Túbulos t
extracelular
Cisterna 
terminal
liberação de 
cálcio
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
ii. Pela Tropomiosina (T) 
iii. Pelo cálcio (C) 
Entre cada molécula de Tropomiosina e 
de actina-G está uma molécula menor 
de troponina. 
O complexo troponina-Tropomiosina é 
capaz de inibir a contração muscular. 
Em testes realizados em laboratório, 
quando se retira, por métodos químico, 
o complexo troponina-Tropomiosina, a 
actina é atraída fortemente pela 
miosina. Quando o complexo é 
novamente acionado, cessa toda a 
atração. 
 
IMPORTÂNCIA DO 
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
1. É responsável pela geração de 
força para locomoção, para a 
respiração e para a sustentação 
postural; 
2. É o tecido mais abundante no 
corpo humano (≅ 50% da massa 
corporal total); ela possui uma 
energia corporal basal muito 
pouca, mas como o volume é 
elevado, o gasto se torna 
grande; 
3. Está envolvido na produção de 
calor durante períodos de 
exposição ao frio; 
4. Fornece aminoácidos para 
diversos processos metabólicos 
(neoglicogênese) – válido dizer 
que não acontece em 
condições normais; 
5. A depleção deste tecido está 
envolvida em uma série de 
morbidades (Ex: caquexia – 
perda de massa muscular 
seguida pela perda de massa 
gordurosa - por câncer – cerca 
de 80% dos canceres levam a 
um quadro de caquexia e 30% 
desse percentual levará o 
paciente a óbito); 
6. “Programa metabólico de 
obesidade” (>30% TMB; 
importante na oxidação de 
lipídeos).

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