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FUNDAMENTOS EM PEÇAS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 1) MANDADO DE SEGURANÇA: FUNDAMENTOS: O mandado de segurança conhecido como o remédio constitucional, o qual possui embasamento constitucional e está atualmente disciplinado Art.1 da Lei 12.016/2009. " Art. 1° Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça". O mandado de segurança, que consiste em uma ação de iniciativa do contribuinte, será concedido com o escopo de resguardar direito líquido e certo, que não seja amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 2) AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO- TRIBUTÁRIA: FUNDAMENTOS: Fundamentação legal para propor referida ação encontra-se no art. 19, I, do NCPC. Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 "Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. A ação declaratória é cabível para declarar a existência ou inexistência de uma obrigação tributária acessória ou principal. É o meio processual adequado para que o contribuinte obtenha a seu favor uma decisão judicial que estabilize, caracterize e individualize os limites da obrigação tributária em casos concretos". 3) MEDIDA CAUTELAR FISCAL: FUNDAMENTOS: A medida cautelar fiscal encontra-se amparo no art. 2º, mais especialmente inc. VI e inc. IX, da Lei 8.137/1992: "Art. 2º A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo de crédito tributário ou não tributário, quando o devedor: VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados ultrapassem trinta por cento do seu patrimônio conhecido; IX - pratica outros atos que dificultem ou impeçam a satisfação do crédito". À luz do disposto no inciso VI do art. 2º da Lei 8.397/1992, a medida cautelar fiscal é providência que se impõe para o devido resguardo dos direitos de cobrança do crédito. Nesse contexto, esta ação serve para tornar indisponíveis tantos bens quantos bastem à satisfação do crédito − inclusive do sócio-administrador de fato, no caso de inexistência de bens da pessoa jurídica. A medida cautelar fiscal se afigura em instrumento jurídico que possibilita garantias consistentes para o crédito tributário constituído ou por constituir, sabendo-se que no processo cautelar não existe lugar para decisão definitiva acerca da sujeição dos bens dos requeridos, discussão que é própria à ação de execução. 4) AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL: FUNDAMENTOS: Medida Cautelar Fiscal é regulada pela Lei 8.397/92, a qual tem como objetivo garantir a satisfação dos créditos da Fazenda mediante medidas de indisponibilidade do patrimônio do contribuintes. Os fundamentos da Ação Anulatória de Débito Fiscal são bem amplos, possibilitando ao contribuinte questionar o crédito tributário indevido em razão da não- incidência ou não ocorrência do fato gerador, pela arguição de previsão legal de isenção tributária, ausência de lei instituidora do tributo, base de cálculo incorreta, erros formais de procedimentos administrativos, dentre outras situações fático-jurídicas que tornem indevida a exação tributária. 5) REPETIÇÃO DE INDÉBITO: FUNDAMENTOS: Repetição de Indébito Tributário é o direito, assegurado pelo artigo 165 do Código Tributário Nacional (CTN), que o contribuinte possui de pleitear a recuperação total ou parcial dos valores pagos de forma indevida ou duplicada ao Fisco, independentemente da modalidade do pagamento. "Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos". À luz da própria interpretação do artigo 166, do CTN, dessume-se que somente o contribuinte de direito tem legitimidade para integrar o polo ativo da ação judicial que objetiva a restituição do "tributo indireto" indevidamente recolhido. Somente ao sujeito passivo (o dito "contribuinte de direito") é conferida a faculdade de repetir o indébito tributário, desde que cumpridos os requisitos do artigo 166 do CTN. 6) AÇÃO DECLATÓRIA CUMULADA COM (C/C) REPETIÇÃO DE INDÉBITO: FUNDAMENTOS: Art. 940 da Lei nº 10.406, Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição. A repetição de indébito é um instituto legal que tem como propósito evitar que uma pessoa seja lesada ou tenha seu patrimônio diminuído por conta de uma cobrança indevida ou superfaturada. O objetivo é proteger a pessoa natural ou jurídica de pagar valor indevidamente cobrados. Dentro do CC, no mesmo artigo 940, também está exposta a prerrogativa para a devolução do valor em dobro, conforme exposto abaixo: Dessa forma, a cobrança de uma dívida já paga configura a possibilidade de pedir a repetição de indébito com o dobro do valor cobrado. É importante apontar que é necessário demonstrar, na ação de repetição de indébito, que o credor agiu de má-fé, cobrando indevidamente um valor de forma proposital, Ou seja, se a cobrança ocorreu por conta de um erro justificável, como um erro no sistema que possibilitou a emissão de um novo boleto de um valor já pago (por exemplo), não se configura má-fé. Para se receber a repetição de indébito dobrada, é necessário demonstrar não só a cobrança de um valor já pago, mas que o credor sabia desse pagamento e, mesmo assim, ocultou as evidências do mesmo, realizando nova cobrança com objetivo de ganhar capital de forma irregular. 7) AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: FUNDAMENTOS: A consignação em pagamento é uma das causas descritas pelo Código Tributário Nacional, como de extinção do crédito tributário prevista no artigo 164 do CTN. A ação de consignação de pagamento possui natureza de ação declaratória de modo que é pretensão do autor de que o juiz declare que o depósito ora realizado em consignação tenha, afinal, extinguido seu débito. Tem caráter dúplice , no entanto, tal especificidade não impede a utilização da reconvenção. Tal via pode ser utilizada porque o caráter dúplice é limitado à cobrança do saldo remanescente quando insuficiente o depósito. Funda-se, ademais, no direito à quitação de que é titular o sujeito passivo da obrigação tributária, que poderá ajuizá-la nas hipóteses especificamente previstas no artigo 164 do CTN. 8) EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL: FUNDAMENTOS: Previsão legal, no artigo 16, da Lei de Execuções Fiscais, os embargos à execução fiscal é uma ação judicial destinada à defesa do contribuinte devedor de algum crédito tributário. Os embargos à execução fiscal é uma ação judicial destinada à defesa do contribuinte devedor de algum crédito tributário. Essa ação é distribuída por dependência na ação de execução fiscal no qual ambas serão julgadas em conjunto. Encontram previsão legal, no artigo 16, da Lei de Execuções Fiscais: Diz o art. 16, III, da Lei 6.830/80 (Lei de Execução Fiscal): “O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias contados: I – do depósito; II – da juntada da prova da fiança bancária; III – da intimação da penhora A natureza jurídica dos embargos à execução é de ação autônoma, isto porque atuam como uma açãoabsolutamente independente, tanto que autuados em apartado. Entretanto, logicamente se sujeitam à petição inicial, haja vista ser por conta da existência de referida peça a necessidade de oferecimento dos embargos. Na sua aplicação, o executado pode abordar toda e qualquer matéria de defesa, de acordo o artigo 745 do Código de Processo Civil, na redação da Lei 11.382/06, aplicável subsidiariamente, haja vista a Lei 6.832/80 ser omissa a respeito. 9) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: FUNDAMENTOS: Súmula 393 do Superior Tribunal de Justiça, vazada nos seguintes termos: "A exceção de pré- executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória". O instrumento é de possível emprego se os temas nele cogitados não se sujeitem à dilação instrutória. os vícios arguidos com a exceção devem estar atestados em prova pré-constituída; do contrário, ao executado será dada apenas a oposição de embargos. Os fatos suscitados exigem a produção prova pericial contábil, aspecto relativamente comum na prática tributária. Se rejeitada — ou porque formalmente incabível ou porque meritoriamente improcedente —, a exceção dará lugar a um específico tipo decisório: a assim designável decisão interlocutória, desafiando o recurso de agravo de instrumento. 10) AGRAVO DE INSTRUMENTO: FUNDAMENTOS: O agravo de instrumento é o recurso por meio do qual é impugnada uma decisão interlocutória. O prazo para interposição do recurso é de 15 dias, nos termos do art. 1.003, §5º, do CPC/15. O principal objetivo do agravo de instrumento é pedir a reforma da regra, o Agravo de Instrumento é cabível contra decisões interlocutórias que possam causar prejuízos a uma das partes. Em regra, o Agravo de Instrumento é cabível contra decisões interlocutórias que possam causar prejuízos a uma das partes. De acordo com o art. 203, §2° do Código de Processo Civil, a decisão interlocutória é um pronunciamento judicial de natureza decisória mas que não se enquadra no conceito de sentença pois que não dá fim ao processo (não põe fim à fase cognitiva do procedimento comum). O meio pelo qual o juiz decide questões que surgem durante o processo e que precisam de resolução para que este continue, mas que não se tratam da questão central do litígio (não resolvem o mérito). São chamadas questões incidentais. Já a sentença, por sua vez, é o pronunciamento judicial de natureza decisória por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução, dando início à fase de cumprimento de sentença (ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais).o Agravo de Instrumento não pode ser utilizado em todas as decisões interlocutórias, mas somente naquelas elencadas no art. 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil. Trata-se de um rol taxativo. É importante mencionar que as decisões agraváveis proferidas na fase de conhecimento estão sujeitas à preclusão caso não sejam impugnadas em tempo hábil através de Agravo de Instrumento. Já as decisões não agraváveis devem ser atacadas na Apelação ou nas Contrarrazões da Apelação. 11) APELAÇÃO: FUNDAMENTOS: A apelação é o recurso tratado pelo disposto nos art. 1.009 a 1.014 do Código de Processo Civil. Segundo o art. 1.009 é cabível contra a sentença, que é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos Art. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução (CPC, art. 203, § 1º).1 É decisão emanada do juiz de primeiro grau de jurisdição. Por intermédio da apelação, se busca obter a reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou até sua invalidação. 12) CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO FUNDAMENTOS: As Contrarrazões é o instrumento legal de ordem processual que visa contrariar, refutar, combater as razões do recurso, apresentadas pela parte contrária. As contrarrazões estão relacionadas ao recurso de apelação, recurso ordinário, recurso especial e o extraordinário. Neste sentido, o Código de Processo Civil dispõe: Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior. Parágrafo único. A remessa de que trata o ‘caput’ dar-se-á independentemente de juízo de admissibilidade. Art. 1.010, CPC. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: §1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. §2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. 13) CONTRAMINUTA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO FUNDAMENTOS: O que se debate nesta peça processual: trata-se de modelo de contraminuta ao agravo de instrumento cível, conforme novo CPC, art. 1.019. As razões escritas e fundamentadas oferecidas pela parte contra quem se interpôs ao agravo, isto é, o agravado. 14) RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC): FUNDAMENTOS: É a exceção à regra. O recurso que devolve a matéria de fato e de direito à reapreciação pelo STF ou STJ. Serve para tutelar garantias constitucionais tais quais o Mandado se Segurança, o Habeas Corpus , o Habeas Data e o Mandado de Injunção. Recurso previsto na Constituição: Cabe apenas em decisão proferida por tribunal superiores conforme estabelece os Arts. 102,II e art. 105,II da C.F. STJ, TSE OU TSM: STF,TRF OU TJ: STJ 15) CONTRARRAZÕES EM ROC: FUNDAMENTOS: A petição de interposição no ROC é uma formalidade que deve ser cumprida com o intuito de que o Juízo de origem determine a intimação do recorrido para oferecer as contrarrazões, apesar de não haver juízo de admissibilidade O prazo para a interposição do ROC é, em regra, de quinze dias (CPC, art. 1.003, § 5°), bem como o prazo para o recorrido apresentar contrarrazões, também de 15 dias (CPC, art. 1.028, § 2°). Após a distribuição, os autos serão enviados ao Ministério Público para vista no prazo de cinco dias (art. . 31 e 35, Lei n° 8.038/90). Art. 932. Incumbe ao relator: V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 16) RECURSO ESPECIAL: FUNDAMENTOS: O Recurso Especial, cabível em face de decisão de tribunal superior que apresenta lesão à lei federal, com seu objeto devidamente prequestionado e prazo de 15 (quinze) dias para interposição, será processado e julgado pelo STJ, considerado pela Constituição Federal como “guardião da legislação federal”. Com sua forma prevista a partir do art. 1.029 do CPC, é passível de agravo quando tiver seguimento negado pelo presidente ou vice-presidente do tribunal recorrido. Neste momento, o agravo será objeto de análise pelo STJ e, caso seja deferido, do Resp. interposto. O recurso especial é julgado exclusivamente pelo Superior Tribunal de Justiça e tem como objetivo discutir o alinhamento entre as decisões judicias presentes no caso concreto e o que apresenta a legislação federal. “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuídooutro tribunal.” 17) CONTRARRAZÕES EM RECURSO ESPECIAL: FUNDAMENTOS: As contrarrazões é o instrumento legal de ordem processual que visa contrariar, refutar, combater as razões do recurso, apresentadas pela parte contrária. As contrarrazões estão relacionadas ao recurso de apelação, recurso ordinário, recurso especial e o extraordinário. Art. 1.021 - Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1º - Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. O artigo 1.003, § 5º do Código de Processo Civil prevê que o prazo para interpor as contrarrazões é de 15 dias. 18) RECURSO EXTRAORDINÁRIO: FUNDAMENTOS: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004. Art. 543-A. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não oferecer repercussão geral, nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006). As questões constitucionais suscitadas no Recurso Extraordinário possuem repercussão geral, nos termos do § 3º do artigo 102 da Constituição Federal e do artigo 543-A do CPC. A cobrança de diferencial de alíquota de empresas optantes do Simples Nacional possui repercussão geral e denota amplitudes econômica, jurídica, política e até mesmo social que ultrapassam os interesses subjetivos da causa, envolvendo toda a Sociedade Brasileira, considerando que este é um tema que atinge todos os Estados da Federal da República do Brasil. Econômica, porquanto uma Justiça Tributária no âmbito do ICMS influi direta ou indiretamente na Economia do Estado, principalmente, levando em conta que a redução da carga tributária fomenta a geração de renda e a circulação da moeda. Política, na exata medida em que dá margem à uma revisão legislativa coerente e séria aos legisladores ao próprio Chefe de Governo, podendo eles se articularem para produzir uma Legislação que sim, realize uma arrecadação tributária a título de ICMS razoável, mas acima de tudo, justa. Social, porque o fomento da economia repercute direta ou indiretamente na vida das pessoas, na distribuição de renda. E, jurídica, levando em conta a própria técnica legislativa e interpretação das normas à luz da Constituição Federal que é a norma máxima do Ordenamento Jurídico brasileiro. Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994) 19) CONTRARRAZÕES EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO: FUNDAMENTOS: Art. 542. Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se- lhe vista, para apresentar contrarrazões. (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 2001) § 1o Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994) § 2o Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo. (Incluído pela Lei nº 8.950, de 1994) § 3o O recurso extraordinário, ou o recurso especial, quando interpostos contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contrarrazões. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998) Conforme o art. 1.030, I, “b”, o recurso extraordinário não será admitido nos casos em que o acórdão recorrido estiver em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando houver sido exarado no regime de repercussão geral; 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: I – negar seguimento: [...] b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; Súmula 282: É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada. Súmula 356: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. 20) EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA: FUNDAMENTOS: Este recurso tem como propósito último a uniformização da jurisprudência, dos Tribunais Superiores. ART. 994, inc. IX), cujo objetivo âmago é afastar eventual divergência de interpretação jurisprudencial, no âmbito do STJ ou STF (Tribunais Superiores). Os embargos de divergência, previstos no art. 1.043 do CPC, são recurso que possui a finalidade de uniformizar entendimentos do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal internamente, levando a uma anulação ou reforma da decisão embargada. (Rodrigues, Marco Antônio). 21) CONTRARRAZÕES EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA: FUNDAMENTOS: Nos rígidos limites estabelecidos pelo art. 1.022, do Código de Processo Civil de 2015, os embargos de declaração destinam-se apenas a suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material eventualmente existentes no julgado e, excepcionalmente, atribuir-lhe efeitos infringentes quando algum desses vícios for reconhecido. "Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º ". 22) MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: FUNDAMENTOS: LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: ... Em matéria tributária, o mandado de segurança tem suporte no art. 151, IV, do Código Tributário Nacional, o qual estabelece que a liminar concedida através do MS é causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário. Mandado de Segurança Coletivo é a ação impetrada por Pessoas Jurídicas de Direito Público ou de Direito Privado em nome de seus membros ou associados. Interesses ou direitos coletivos que são aqueles em que o titular é um grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si por relação com base jurídica. O mandado de segurança pode ser impetrado pelo contribuinte desde que tenha um direito líquido e certo ou lesado/ameaçado por ato de autoridade. Direito líquido e certo, protegível mediante mandado de segurança, é aquele cuja demonstração independe de prova. 23) CONTESTAÇÃO EM FAVOR DA FAZENDA PÚBLICA: FUNDAMENTOS: “Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção”. Sendo assim, no caso do prazo para contestar a inicial,a Fazenda Pública, possui o prazo em dobro de 60 (sessenta) dias, para apresentar sua contestação. O art. 183 da Lei nº 13.105/2015 NCPC estabelece que a Fazenda Pública goza de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais e que a contagem dos prazos terá inicio a partir da intimação pessoal de seus representantes legais, sendo possível que esta intimação ocorra por remessa dos autos, carga destes ou através de intimação por meio eletrônico (art. 183, § 1º). Este prazo em dobro somente deixará de ser aplicado em momento em que a lei de forma expressa determinar prazo diferente e próprio para a Fazenda Pública (art. 183, § 2º). 24) EXECUÇÃO FISCAL: LEI Nº 6.830/80 FUNDAMENTOS: Lei n. 6.830, de 22 de setembro de 1980. Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. Antes do exame da legislação, impõe-se a análise da súmula 239-STF (“decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores”). A melhor interpretação dessa súmula está contida no seguinte precedente: A Súmula 239/STF, segundo a qual ‘decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício, não faz coisa julgada em relação aos posteriores’, aplica-se tão- somente no plano do direito tributário formal porque são independentes os lançamentos em cada exercício financeiro. Não se aplica, entretanto, se a decisão tratou da relação de direito material, declarando a inexistência de relação jurídico-tributária.2. A coisa julgada afastando a cobrança do tributo produz efeitos até que sobrevenha legislação a estabelecer nova relação jurídico-tributária” (STJ, Resp. 731.250/PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 17.04.2007, DJ 30.04.2007 p. 301). Nos termos da súmula 189-STJ, não é necessária a intervenção do Ministério Público. Estão excluídas do polo ativo as empresas públicas e as sociedades de economia mista (STJ, Resp. 813.662/RJ, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24.10.2006). Se a execução fiscal for contra a Fazenda Pública, adotar-se-á o rito do art. 730 do CPC (nesse sentido: súmula 58 do TRF4 e STJ, Resp. 1180697/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/08/2010, DJe 26/08/2010). É preciso verificar se a dívida executada tem origem em tributo ou não (e.g., FGTS, na forma da súmula 353-STJ), fato esse que definirá a não aplicação, nos casos de dívidas oriundas de tributo, da suspensão da prescrição pelo prazo de 180 dias. É que, por força do art. 146, III, b, da CF/88, somente Lei Complementar pode regular a prescrição (só o CTN, portanto).
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