Anatomia Sistema Urinário das Serpentes

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Anatomia das serpentes
Sistema Urinário
@vitoriagabriela_azevedo
O sistema urinário dos répteis possui uma morfologia e anatomia
bastante específicas, sendo sua fisiologia renal bem adaptada às diversas
condições de vida, incluindo fatores como alimentação, temperatura e a
disponibilidade de água no ambiente.
➤Rins: Os rins são órgãos do sistema urinário responsáveis por filtrar o
sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo. No caso das
serpentes os rins são lobulados, pareados, aplainados, com coloração
vermelho-escura a castanho e comunicam-se com a cloaca através dos
ureteres, e possui aberturas chamadas de papilas urinárias. Além disso,
os rins das serpentes estão localizados no último terço ou quarto caudal
da cavidade celômica. Nesses animais, os rins são metanéfricos e não
possuem a pelve nem a pirâmide renal, e as alças de Henle também estão
ausentes, o que vai acarretar na incapacidade de concentrar a urina além
de seus valores osmóticos do plasma sanguíneo. Assim o néfron das
serpentes, e de outros répteis, consiste em um glomérulo, um longo e
espesso túbulo contornado proximal, um curto e fino segmento
intermediário e um curto túbulo distal;
➤Segmento sexual renal: Nas serpentes machos e lagartos o
segmento terminal dos rins encontra-se modificado em um segmento
sexual o qual está sob o controle de andrógenos. Sendo que nas serpentes
geralmente corresponde à região medial do túbulo distal convoluto.
Essas porções do rim aumentam em volume durante a estação
reprodutiva da espécie, involuindo no período de quiescência sexual;
➤Bexiga: As serpentes não possuem bexiga urinária; dos répteis,
apenas quelônios e alguns lagartos possuem uma bexiga urinária a qual
está conectada à cloaca por uma curta uretra. Com isso, nas serpentes o
refluxo de urina ocorre da cloaca até o cólon distal, havendo a absorção
de água;
➤Uretra: As serpentes também não vão apresentar uretra;
➤Ureteres: Nas serpentes, os ureteres vão ter variações em seu
comprimento, costumando ser mais longo no lado direito. Além disso, os
ureteres podem passar posteriormente à margem interna de cada rim, ou
ainda ventromedialmente, ou ao longo de sua borda mais ventral.
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Os ureteres direito e esquerdo se comunicam com o exterior por meio
das papilas, que geralmente estão localizadas na face dorsal da cloaca. Já
que as serpentes não possuem bexiga urinária, na maioria delas, o ureter
vai sofrer uma dilatação em sua porção distal formando um pequeno
reservatório urinário;
➤Cloaca: A cloaca das serpentes recebe as finalizações dos tubos
digestório, urinário e genital, e possui função reabsortiva. A cloaca das
serpentes apresenta uma parede fina, altamente vascularizada com
grande concentração de capilares, que estão mais presentes nas regiões
caudal e medial do órgão. Portanto, a conservação dos níveis de
hidratação e a reabsorção do filtrado glomerular no animal citado, estão
bastante relacionadas à cloaca;
➤Veia porta renal: Esse vaso sanguíneo não passa pelo glomérulo
renal, entrando nos rins ao nível do túbulo renal, onde desempenha um
papel na secreção dos uratos;
➤Artérias renais: Dependendo da espécie de serpentes, pode ocorrer
uma variação quanto ao número de artérias que suprem cada rim,
levando sangue oxigenado rico em minerais do coração para os rins.
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Referências bibliográficas
Anatomia Descritiva e Comparativa do Sistema Urinário de
Crotalus durissus Linnaeus,1758, Bothrops neuwiedi Wagler,1824
e B. moojeni Hoge,1965 (Ophidia,Viperidae). Disponível em:
file:///C:/Users/vitor/Downloads/Untitled.pdf.
ANATOMIA DOS RÉPTEIS. Disponível em:
file:///C:/Users/vitor/Downloads/Anatomia%20dos%20repteis.p
df.
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