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ENCEFALOPATIA CRÔNICA DA INFÂNCIA CONHECIEDA COMO PC – PARALISIA CEREBRAL DEFINIÇÃO • A paralisia cerebral (PC) infantil caracteriza-se por uma disfunção neuromotora, também denominada encefalopatia crônica, não progressiva da infância. É entendida como consequência de má-formação congênita ou lesão cerebral no período perinatal (próximo, durante e após o parto), que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação e estruturação, resultando na maioria das vezes em lesões irreversíveis CONCEITO • A encefalopatia crônica não-progressiva é popularmente conhecida como paralisia cerebral (PC), é definida como um distúrbio permanente não invariável do movimento e da postura, proveniente de lesões não progressivas no cérebro que iniciam nos primeiros anos de vida. A PC é determinada pela mudança de movimentos posturais dos pacientes, em decorrência a uma lesão, ou disfunção do sistema nervoso central, não sendo causado por doença degenerativa. A PC é a alteração motora mais comum em crianças, cerca de 1 a 2 crianças de cada 1000 nascidas, sendo mais comuns entre bebês prematuros, crianças com peso menor que 1,5 kg ao nascer, problemas durante o estado gestacional e doenças que causem anormalidades no fluxo sanguíneo da placenta ou útero. HISTÓRICO • Em 1843, o cirurgião Inglês chamado William John Little fez as primeiras descrições de uma desordem médica que atinge o sistema nervoso de crianças nos primeiros anos de vida, causando espasticidade nos membros inferiores e, em menor grau, nos membros superiores. Os acometidos por esta moléstia apresentavam dificuldade em segurar objetos, engatinhar e andar, e ao longo do tempo não sofria melhora nem piora do quadro clínico. Essa condição ficou conhecida como doença de Little, e é atualmente conhecida como displegia espástica, uma das formas clínicas da paralisia cerebral (PC). Observou-se, na época, que muitas dessas crianças nasciam após um parto prematuro ou complicado, e concluiu-se que a falta de oxigênio durante o parto era a principal causa responsável por dano cerebral e consequente déficit no controle dos movimentos. • O termo paralisia cerebral (PC) foi usado pela primeira vez em 1897 por Sigmund Freud, após analisar os trabalhos de Little. Freud questionava se as anormalidades do processo do nascimento eram fatores etiológicos somente durante o parto ou consequências de causas pré- natais. Além disso, segundo Monteiro (2011) “as crianças com paralisia cerebral habitualmente tinham também deficiência intelectual, distúrbio visual e convulsões”. Além disso, portadores de paralisia cerebral são, reconhecidamente, pacientes com risco para comprometimento nutricional. FISIOPATOLOGIA ESPASTICIDADE é um distúrbio motor caracterizado pelo aumento do tônus muscular, dependente da velocidade, associado à exacerbação do reflexo miotático. A COREIA consiste em movimentos involuntários breves, espasmódicos, semelhantes à dança, que se iniciam numa parte do corpo e passam para outra de um modo brusco e inesperado, e muitas vezes de forma contínua. A ATETOSE é um fluxo contínuo de movimentos lentos com posições retorcidas e alternantes que se exprimem geralmente nas mãos e nos pés. A coreia e a atetose costumam apresentar-se conjuntamente (coreatetose). ATAXIA refere-se à incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários e que pode fazer parte do quadro clínico de numerosas doenças do sistema nervoso NÍVEIS DE INTEGRAÇÃO MOTORA · Nível I- Espinhal: Integra os reflexos fásicos · Nível II – Bulbar: Integra os reflexos tônicos · Nível III – Mesencefálico: Integra as reações de retificação · Nível IV – Cortical: Integra as reações de equilíbrio além das funções superiores. CLASSIFICAÇÃO • · Quanto a topografia: Quadriplegia, Diplegia e Hemiplegia. • · Quanto ao tônus: Espasticidade, Flutuante, Ataxia e Misto. • · Quanto a gravidade: Grave, Moderado e Leve. • · Problemas associados PROBLEMAS ASSOCIADOS · Microcefalia · Crise convulsiva · Deficiência mental · Déficit visual; auditivo · Fala e linguagem · Percepção · Complicação do aparelho respiratório SISTEMA RESPIRATÓRIO Desequilíbrio da musculatura respiratória. Mobilidade torácica reduzida. Ineficiência diafragmática. Hipoventilação. DISFUNÇÃO NA ALIMENTAÇÃO Associação de sialorreia. Protusão lingual. Vômito exacerbado. Refluxo Gastroesofágico. Disfagia SISTEMA MUSCULO- ESQUELÉTICO · Encurtamento · Contraturas · Deformidades PLANO DE TRATAMENTO · Metas a longo prazo · Metas a curto prazo · Órteses · Adaptações para a vida funcional ou para qualidade de vida
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