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Paralisia Cerebral- resumo

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Paralisia Cerebral  
 
Encefalopatia crônica infantil não 
progressiva 
 
- Afecção neurológica causada por 
uma lesão permanente no cérebro em 
desenvolvimento; 
- Tem caráter não-progressivo e o 
quadro clínico é variável, assim como 
sua etiologia; 
- Conjunto de distúrbios que podem 
envolver funções cerebrais como 
motricidade (espasticidade), 
aprendizagem, audição, visão e 
raciocínio. 
-NÃO necessariamente danos 
intelectuais-cognitivos. 
 
Especificamente a PC, refere-se a um 
grupo de distúrbios cujo denominador 
comum é a anormalidade da função 
motora e da postura na ausência da 
doença de base progressiva reconhecida. 
Os distúrbios do movimento e da postura 
causam limitações nas atividades, os 
quais ocorrem no desenvolvimento do 
cérebro infantil. Contudo a lesão 
nem sempre é cerebral podendo 
acometer outras regiões do encéfalo 
como o cerebelo. 
 
 
 
 
Epidemiologia 
 
- Carência de estudos no Brasil, 
contudo estima-se que a cerca de 30 
a 40 mil novos casos por ano. 
- Em países desenvolvidos a 
prevalência varia de 1,5 a 5,9/1000 
nascidos vivos. 
- Estima-se que a incidência em 
países em desenvolvimento é de 
7/1000 nascidos vivos. 
 
- Há evidências de que a incidência 
aumenta em crianças prematuras e 
com baixo peso ao nascimento 
 
- É a causa mais comum de 
deficiência física grave na infância. 
 
Fisiopatologia 
- O desenvolvimento do cérebro tem 
início logo após a concepção e 
continua após o nascimento. 
 
- Quando ocorre qualquer fator 
agressivo antes, durante ou depois do 
nascimento no tecido cerebral, as 
áreas atingidas terão funcionamento 
prejudicado. 
 
- Dependendo das agressões, as 
alterações ocorridas serão 
permanentes caracterizando uma 
lesão não progressiva. 
 
Fatores de risco 
-Baixa idade gestacional (PIG); 
-Baixo peso ao nascer; 
-Asfixia perinatal; 
-Leucomalácia periventricular ou 
subcortical; 
-Hemorragia intraventricular grave; 
-Isquemia cerebral; 
-Lesão da substância cinzenta 
profunda. 
 
Etiologia 
 
Pré-natais 
- rubéola 
- citomegalovírus 
- toxoplasmose 
- herpes 
- sífilis congênita 
- abuso de álcool 
- drogas ilícitas 
Perinatais 
- leucomalácia periventricular 
- partos distócicos 
- prematuridade e baixo peso 
- hipóxia 
- asfixia neonatal 
- infecções contraídas no canal 
de parto 
Pós-natais (2 anos) 
- meningite 
- encefalite 
- viral 
- hidrocefalia 
- traumatismo crânio encefálico 
- oclusão das veias e artérias 
encefálicas 
- tumores 
 
● As lesões cerebrais mais 
graves resultam de doença 
cerebrovascular seja isquêmica 
ou hemorrágica: 
- Hipoperfusão cerebral 
- Infarto de distribuição arterial 
- Hemorragia IV e IP 
 
Intensidade dos Sintomas 
 
As alterações dos movimentos e da 
postura, os déficits sensoriais e 
mentais, bem como as convulsões, 
dependem de fatores agravantes e 
atenuantes. 
 
FATORES AGRAVANTES: 
- O agente causal e a duração de sua 
ação; 
- A idade gestacional em que ocorreu 
a agressão; 
- Más condições de atendimento 
durante o trabalho de parto; 
- Maior maturidade fetal; 
- Convulsões neonatais. 
 
FATORES ATENUANTES: 
- Fatores protetores placentários e 
maternos genéticos; 
- Equipamentos hospitalares para 
monitorização do parto; 
- Boa qualificação do pessoal 
envolvido no atendimento perinatal; 
- Plano de saúde para cobertura do 
parto cirúrgico; 
- Fisioterapia neonatal; 
- Estimulação precoce. 
 
Diagnóstico 
 
- Essencialmente clínico e baseia-se 
na anamnese, avaliação física e 
neurológica; 
 
- Embora exames de imagem possam 
esclarecer a etiopatogenia envolvida 
(TC axial de crânio, RNM, 
cintilografia por perfusão cerebral); 
 
- Não existem critérios para definir o 
diagnóstico de PC, porém o atraso 
no desenvolvimento motor, a 
persistência de reflexos primitivos e 
alterações no tônus e na postura são 
sinais precoces que chamam a 
atenção; 
 
- Essas alterações diferem de 
acordo com a idade gestacional ao 
nascimento, idade cronológica, 
distribuição da lesão e doença de 
base. 
 
 
 
 
Quadro Clínico 
 
sinais clínicos → espasticidade, 
discinesia, ataxia 
distribuição anatômica ​→ unilateral e 
bilateral 
classificação da função motora → 
extremidades superiores e 
extremidades inferiores 
distúrbios associados 
 
Classificação 
 
A criança com PC pode ser 
classificada: 
- De acordo com tipo de tônus 
muscular (ou disfunção 
motora); 
- Quanto à topografia por 
comprometimento corpóreo; 
- De acordo com a gravidade e 
intensidade (Gross Motor 
Function Classification 
System). 
 
● Quanto a disfunção motora 
(segundo a localização da lesão 
encefálica), pode-se dividir PC 
em: 
- Espástica 
- Discinética 
- Ataxia 
- Mista 
- Hipotônica 
A paralisia cerebral espástica pode 
afetar: 
- rigidez muscular (espasticidade), 
associada a danos ou problemas de 
desenvolvimento do​ ​córtex cerebral. 
- movimentos incontroláveis 
(discinesia), associados a danos nos 
gânglios basais. 
- falta de equilíbrio e coordenação 
(ataxia),a associados a danos no 
cerebelo. 
- Mista: uma combinação de dois ou 
mais tipos, associada a danos em ​vias 
aéreas do cérebro. 
 
 
 
 
 
Espástica 
- Predominante em crianças 
pré-termo. 
- Comum em pacientes com lesão do 
motoneurônio superior e está 
relacionada à hiperatividade da via 
corticoespinal. 
- Bilateral ou unilateral. 
-​ ↑ ​Tônus muscular e ​↓​ força 
muscular 
- Os músculos com maior tensão 
crescem menos. 
- Encurtamento muscular. 
- Aumento dos reflexos miotáticos, 
clônus, reflexo cutâneo plantar em 
extensão - sinal de Babinski). 
- RTCA patológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação Sintomática: 
 
- Espásticas (piramidais) 75% 
 
- Coreoatetósicas 
(extrapiramidais ) 18% 
 
- Atáxicas (cerebelares) 2% 
 
- Mistas 5% 
 
Pode ser classificada com relação ao 
tipo de tônus muscular (ou disfunção 
motora) e quanto à topografia por 
comprometimento corpóreo e a 
gravidade 
 
Topografia sequela motora: 
- Monoplégicas 
- Diplégicas 
- Hemiplégicas 
- Tetraplégicas 
 
Discinética 
 
- Resultado de lesões da vias 
extrapiramidais – núcleo da base. 
 
- Caracteriza-se por contrações 
musculares involuntárias, 
sustentadas ou intermitentes. 
 
- As contrações involuntárias 
causam torção, movimentos 
repetitivos e posturas anormais 
- Atetose, Coreoatetose ou 
Distonia; 
 
- Presença e movimentos 
involuntários e variações na 
tonicidade muscular resultantes de 
lesões dos núcleos da base situados 
no interior dos hemisférios cerebrais 
(Sistema Extra-piramidal) 
 
- RTCA patológico. 
 
Subdivisões: 
-​ Distônica​ (movimentos lentos e 
bizarros, levando a posturas 
distorcidas dos membros e do 
tronco); 
 
- ​Atetose​ (movimentos involuntários 
lentos de contorção e retorção 
nas extremidades, o paciente 
apresenta caretas e movimentação 
de pescoço); 
 
- ​Coreia​ (movimentos anormais nas 
regiões proximais de caráter 
explosivo, abruptos e de grande 
amplitude, que ocorrem em 
intervalos regulares). 
 
Ataxia 
- Caracteriza-se por um distúrbio da 
coordenação dos movimentos em 
razão de dissinergia, diminuição do 
tônus muscular e equilíbrio deficiente, 
em razão de lesões no cerebelo; uma 
marcha com aumento da base de 
sustentação e tremor intencional. 
 
Mista e hipotônica 
 
- Mista:​ na maior parte dos casos, os 
sintomas não aparecem isolados, 
pelas lesões múltiplas, podendo a 
criança apresentar mais do que um 
quadro clínico. 
 
- Hipotônica:​ grave depressão da 
função motora e fraqueza muscular, 
além de frouxidão e aumento da 
mobilidade articular, músculos mal 
definidos, menor força e resistência. 
Na maioria da vezes, o diagnóstico é 
transitório, pois a maioria das 
criançasevolui para os tipos 
discinéticos ou atáxicos de 
PC. 
 
Classificação topográfica 
 Se refere à distribuição corporal da 
lesão, que pode ser: 
-​ Monoparesia ​(apenas um membro é 
comprometido – muito raro); 
- ​Hemiparesia​ (comprometo um dos 
lados do corpo – dependendo do 
hemisfério do cérebro que foi 
afetado); 
-​ Hemiparesia dupla​ (afeta um lado 
do corpo, mais o membro 
superior contralateral); 
-​ Diparesia ​(o comprometimento é 
mais acentuado nos membros 
inferiores que nos superiores); 
-​ Triparesia​ (afeta os 2 membros 
inferiores mais um membro superior); 
- ​Quadriparesia ​(Comprometimento 
global e com a mesma gravidade – 
aqui o potencial de independência, 
nesta criança é bastante limitado) 
 
Quanto a intensidade e gravidade:​ é 
realizada pela Gross Motor Function 
Classification System (GMFCS) que 
tem como propósito classificar o 
funcionamento motor do indivíduo e 
não julgar a qualidade do movimento 
ou o potencial de evolução. 
 
Nível I:​ Crianças e adolescentes que 
andem sem limitações. 
Nível II:​ Limitações para andar por 
longos distâncias e em equilíbrio 
Nível III​: A criança anda com 
dispositivo manual de mobilidade 
(andador,muletas, bengala) 
Nível IV​: Geralmente é transportada 
em cadeira de rodas manual ou 
motorizada 
Nível V: ​Há limitação grave no 
controle de cabeça e tronco, 
requerendo tecnologia assistente 
extensa e assistente física 
 
 
 
Caracterização Clínica 
- Movimentação funcional 
assimétrica; 
 
- Encurtamento muscular 
principalmente dos mm 
antigravitacionais; 
 
- Atrofia muscular dos membros 
acometidos; 
 
- Crises epilépticas em até 1/3 dos 
pacientes e são prevalentes nos 
quadros mais severos; 
 
- Alterações posturais e de marcha. 
 
- Capacidade de realizar AVDS 
comprometida - movimentação 
involuntária nos quadros de PC 
coreoatetóide; 
 
- Deficiências sensoriais se 
apresentam em graus e combinações 
variadas - déficits auditivos, visuais e 
de funções perceptuais contribui para 
a morbidade; 
 
- Alteração cognitiva com deficiência 
intelectual leve e profundo: 25% dos 
pacientes - severidade da PC 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 
- Clínico: história, anamnese e no 
exame físico e neurológico; 
 
- Exames laboratoriais de rotina 
contribuem pouco para o diagnóstico 
clínico, entretanto são fundamentais 
para o diagnóstico etiológico; 
 
- Realizar sorologia para infecções 
congênitas, exames de neuroimagem, 
e avaliação oftalmológica e genética. 
 
- TC ou RM de crânio são 
importantes na busca de fatores 
etiológicos, porém, em 25% a 30% 
dos casos, podem ser normais; 
 
- Alterações mais comuns: atrofia 
cortical, cistos encefalicos, 
leucomalácia periventricular e 
malformações cerebrais.; 
 
- Lesões evidenciadas podem não 
corresponder ao quadro clínico: 
atrofias discretas com quadro de PC 
 tetraparética espástica grave. 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 
- Criança com PC deve ser 
estimulada até atingir o máximo do 
seu desenvolvimento; 
 
- Diagnóstico Precoce 
Estimulação Precoce (Plasticidade 
Cerebral); 
 
- Atendimento multidisciplinar - 
complexidade e da variedade de 
manifestações clínicas; 
 
Drogas para diminuir contratura 
muscular e espasticidade: baclofeno, 
benzodiazepínicos; 
 
- Toxina botulínica; 
 
Fisioterapia 
- Minimizar a espasticidade e a 
fraqueza muscular, que impedem a 
função motora; 
 
- Otimizar os recursos dinâmicos 
que a criança dispõe e auxiliar a 
realização de uma tarefa de forma 
mais eficiente (funcionalidade). 
 
- Órteses, próteses e meios 
auxiliares de locomoção; 
 
- Hidroterapia; 
 
- Equoterapia; 
 
- Cinesioterapia (bolas, rolos, 
esteiras, etc); 
 
- FES (Estimulação elétrica 
funcional).

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