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Ginecomastia, Reconstrução de Mama, Expansor de Tecido, Úlcera de Decúbito, Traumatismo do Membro Superior, Lesões Nervosas, Fenda Palatina e Fenda labial, Trauma e Reconstrução de Face

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Ginecomastia, Reconstrução de Mama, Expansor de Tecido, Úlcera de Decúbito, Traumatismo do Membro Superior, Lesões Nervosas, Fenda 
Palatina e Fenda labial, Trauma e Reconstrução de Face 
Ginecomastia 
Aumento das glândulas mamárias masculinas, causado por 
desequilíbrio hormonal (estrogênio e testosterona). 
Mais comum na adolescência (período de diferenciação 
hormonal). 
→ Causas 
Fisiológica, medicamentosa, endócrina, doenças sistêmicas, 
neoplasias. 
Fisiológica 
Recém-nascido, puberal, envelhecimento. Necessário a 
palpação da glândula mamária em ambos os sexos. Aproximadamente 
65% dos meninos desenvolvem algum grau de aumento das mamas 
durante a puberdade. Isto é normal e geralmente desaparece até os 18 
anos. 
Medicamentosa 
● Hormônios: andrógenos, HCG, estrógenos, GH. 
● Antiandrógenos: ciproterona, flutamida. 
● Antibióticos: isoniazida, cetoconazol. metronidazol. 
● Antiulcerosos: cimetidina, omeprazol, ranitidina. 
● Drogas cardiovasculares: amiodarona, IECAs. 
● Quimioterápicos. 
● Drogas psicoativas: diazepam, haloperidol, antidepressivos 
tricíclicos. 
● Outras drogas: álcool, anfetaminas, heroína e maconha. 
Endócrina 
● Hipogonadismo: primário (com lesão de células de Leydig). 
● Hiperprolactinemia: tireotoxicose → defeitos do receptor 
androgênico. Aumento da atividade de aromatase. 
Doenças sistêmicas 
● Cirrose hepática: insuficiência renal crônica. 
● Realimentação após período de inanição. 
Neoplasias 
● Tumor testicular germinativo: tumor de células de Leydig. 
● Tumor adrenal feminilizante. 
● Tumor não trofoblástico secretor de HCG (pulmão, hepático e 
gástrico). 
● Podem apresentar três formas: glandular (retro areolar), 
glandular adiposa, adiposa (obesidade). 
Acontece devido ao desbalanço entre a ação estrogênica e 
androgênica sobre o tecido mamário masculino. 
● Cerca de 25% dos pacientes não apresentam causa identificável. 
● Tumores testiculares produtores de estrógeno podem ter 
ginecomastia. 
● Pode ser devido ao aumento da atividade da aromatase que pode 
ocorrer por obesidade e hipotireoidismo. 
● Pacientes sem causa evidente devem ser submetidos a dosagem 
de testosterona, estradiol, LH e B-HCG. 
● Neoplasia de mama deve ser suspeitada na presença de uma 
massa firme, irregular, imóvel, unilateral e com localização 
excêntrica. 
● O tratamento deve ser dirigido à etiologia. 
● Se problema hormonal, primeiro correção hormonal. Pode até 
necessitar de cirurgia, mas a correção hormonal deverá ser 
realizada. 
→ Tratamento 
As medicações para tratamento incluem andrógenos, 
antiestrógenos e inibidores da aromatase. 
É cirúrgico, com ressecção da glândula e do tecido adiposo. 
Pode-se associar lipoaspiração e retirada de pele. 
Reconstrução de mama 
Câncer de mama é uma doença sistêmica, podendo se 
manifestar em qualquer período da vida, mesmo 20 anos após. 
● Câncer não invasivo: quando células cancerosas estão 
circunscritas aos ductos. 
● Câncer invasivo: células anormais migram dos ductos para o 
tecido mamário. 
● Metástase: é quando as células cancerosas migram para demais 
tecidos. 
 
Consiste em reconstruir as mamas com simetria, dentro de 
um princípio oncológico: avaliar mama oposta, expectativa da paciente. 
Dois momentos da reconstrução: imediata (logo após a 
ressecção do câncer de mama) ou tardia (tempo após a retirada da 
mama). 
Instrumentos: prótese, expansor de tecido, retalho do 
músculo grande dorsal, TRAM (retalho do músculo reto abdominal), 
DIEP (TRAM + microcirurgia), lipofilling (enxerto de gordura). 
● Expansor: "balão" introduzido para ganho de pele e espaço e 
posterior inserção de prótese mamária. 
● Retalho de músculo grande dorsal: muito utilizado para 
reconstrução tardia. Serve como proteção para a prótese e 
principalmente para a pele irradiada. 
● TRAM: transferência do músculo enfraquecido, tendência a 
abaulamento, geralmente contralateral a mama a ser transferida. 
Somente utilizada a parte central, eliminando-se as pontas 
(isquemia). 
● Lipofilling: enxerto de gordura utilizado principalmente em 
pacientes com pele irradiada. 
*Pele irritada: cicatrização prejudicada e com aspecto endurecido. 
→ Complicações 
Necrose parcial ou total, seroma (acúmulo de líquido entre a pele e 
músculo impedindo a sua conexão à pele), infecção, protusão da 
parede abdominal. 
 
Reconstrução papila mamária: após a simetria das mamas, 
retalho local, pigmentação da aréola. Importante realizar o 
acompanhamento das próteses por ecografia. 
Expansor de tecidos 
É uma técnica que expande os tecidos para conseguir 
melhores resultados estéticos e funcionais com o tecido local. Consiste 
em um balão de silicone colocado sobre a pele dilatado lentamente com 
soro fisiológico. 
→ Benefícios 
● Formação de tecidos adicionais. 
● Aparência e propriedades mecânicas semelhantes nas áreas 
doadora e receptora. 
● Ampliação da irrigação sanguínea dos tecidos. 
● Formatos: retangulares, redondos e crescentes. 
● Expansor de 40 ml: aumento de 10% no volume por semana. 
→ Indicações 
Couro cabeludo, face e pescoço, reconstrução de nariz, 
falhas na orelha, membros superiores e inferiores, abdome e dorso, 
reconstrução mamária. 
→ Complicações 
Celulite, infecção, exposição. 
Úlcera de decúbito 
● Preocupação em hospitais. 
● Interferência na saúde do paciente e da família. 
● Custo. 
● Responsabilidade legal. 
● Avalia qualidade de assistência. 
→ Epidemiologia 
● 17% dos pacientes hospitalizados. 
● 25-85% paraplégicos e tetraplégico. 
● 63% acima dos 70 anos. 
● 41% doenças cardiovasculares. 
● 27% doença neurológica. 
● 15% doenças ortopédicas. 
● Úlceras mais graves em pacientes agudos e não crônicos. 
→ Etiologia 
Lesão de partes moles da região superficial ou profunda. 
Ocorre isquemia devido à excessiva e prolongada pressão externa. 
Vários fatores: pressão proeminência óssea, fricção, umidade 
(maceração cutânea), contaminação por fezes, urina, desnutrição, 
condição socioeconômica, motivação psicológica, espasmos 
musculares, idade, hipertermia, hipotensão, imobilização por fratura, 
estresse. 
→ Fisiopatologia 
Pressão: acima de 70 mmHg por 1 a 2 horas - inicia a lesão. 
Resulta na oclusão dos vasos e edema intersticial que predispõem a 
hemorragia e, consequente necrose. 
Inicia necrose, tecido muscular e subcutâneo e após a pele. 
Uma pressão baixa por longo tempo pode causar mesmo dano que a 
pressão alta por curto tempo. 
Fatores potenciais: incontinência anal e urinária, drenagem de feridas, 
transpiração (umidade). 
→ Localização 
● Saco: 17% deitados. 
● Isquiáticos: 28% cadeira de rodas. 
● Trocantéricas: 19%. 
● Calcâneo. 
→ Quadro clínico 
● Área hiperemiada na pele com ou sem solução de continuidade. 
● A área da pele não condiz com a destruição tecidual abaixo ( em 
cone). 
● Há necrose, organismo isola com espessa fibrose (bursa). 
● Extensão da lesão depende da área de pressão, espessura e 
vascularização do tecido acometido. 
→ Grau de comprometimento 
● Estádio I: eritema por mais de 30 segundos após alívio da 
pressão. 
● Estádio II: perda de epiderme/derme, abrasão, bolha ou ferida 
superficial. 
● Estádio III: perda total da pele, lesão ou necrose do subcutâneo 
sem atingir a fáscia, ossos ou tendões. 
● Estádio IV: extensa destruição, necrose de músculo e ossos. 
Pode-se ter cavernas e túneis nos estádios III e IV. 
→ Diagnóstico 
● Avaliar áreas de risco, eritema, bolhas, estado nutricional, 
avaliação multidisciplinar. 
→ Tratamento 
● Demorado e com resultado relativo. Do simples ao complexo, alta 
recidiva, lesão muscular ou não. 
● Sistêmico: melhora estado nutricional, tratar infecções, espasmo 
muscular, apoio psicoterápico. 
● Diminuição da pressão com: colchão piramidal. almofadas, 
colchões d'água, mudanças de decúbito de 2 em 2 horas. 
● Debridamento: mecânico ou químico (papaína, sulfadiazina). 
● Enxerto de pele, retalho músculo-cutâneos (paciente 
paraplégico).→ Pós-operatório da cirurgia 
● Posição paciente: não apoiar retalho. 
● Curativos não compreensivos, drenagem, antibiótico sem 
infecção, repouso leito prolongado. 
→ Complicações 
Deiscência de sutura, hematomas, seromas, infecção de 
ferida operatória, necrose de retalho. 
Traumatismo membro superior 
Lesões cutâneas, lesões tendinosas, lesões nervosas, 
lesões ósseas, amputações. 
Exame físico: local da lesão, sensibilidade, motricidade. 
Tratamento 
● Sem perda cutânea: sutura. 
● Com perda cutânea: curativo, enxerto, retalho local. 
Hematoma subungueal 
● Lesão polpa digital: transversa com e sem exposição óssea. 
● Lesão polpa digital oblíqua: com perda da polpa, com perda o 
leito ungueal, com perda da polpa e exposição de ⅓. 
Oblíqua: enxerto de pele total, retalho Kutler (2 retalhos cutâneos 
laterais), retalho V-Y, cross finger, retalho tenar em crianças. 
Considerações: o tendão é um componente intermediário entre o 
músculo e osso, é responsável pela execução do trabalho tendo por 
finalidade tracionar o esqueleto e causar. 
Importante é deslizar com o mínimo atrito possível. 
A cirurgia não deve se limitar em suturar elementos para religamento 
das partes seccionadas, tendo por finalidade preservar o máximo 
possível a integridade funcional do tendão. 
Na mão possuem um mecanismo de deslizamento e nutrição muito 
importante: bainha sinovial e vínculas, com grande significado. 
Tratamento: sutura com 2 pontos básicos, sustentação e coaptação, 
ponto de kesller-mason-allen mod modificado com tala gesseada (30 
dias) e fisioterapia. 
Lesões nervosas 
Fatores que influem na qualidade da reparação nervosa: 
idade, tipo de lesão, distância entre os cotos (6 cm), tempo decorrido 
da lesão (ideal no momento da lesão ou três semanas depois - tempo 
de crescimento do nervo). Quanto mais tempo, o resultado será mais 
pobre. 
Diagnóstico: é clínico baseado na sensibilidade, motricidade e 
eletromiografia. 
Nervo ulnar: importante para a motricidade da mão. Ajuda na flexão 
do punho e dedos. Inerva musculatura intrínseca da mão Tete: ação 
dos interósseos e teste de Frommann (adutor dos polegares - uso do 
flexor do ulnar teste positivo). 
Nervo mediano: grande área de sensibilidade e musculatura flexora e 
oponente do polegar. Teste fazendo oponência e sensibilidade. 
Nervo radial: todos os músculos extensores dos dedos e punho. Teste 
de capacidade de extensão dos dedos e punho. 
Tratamento: tipo de nervo e tempo decorrido no máximo até 2 anos. 
Idade: em crianças é melhor, quanto mais velho, pior a recuperação. 
● Nível da lesão: quanto mais alta pior. 
● Tipo e extensão da lesão: as cortantes são melhores. 
Estiramento, esmagamento pior prognóstico. 
Contratura de Volkmann 
● Lesões isquêmicas do membro superior que produzem uma 
retração dos músculos flexores do antebraço com flexão dos 
dedos e punho. Causas mais frequentes: fraturas, 
supracondilianas, trauma direto no antebraço, gesso circular. 
Casos mais leves atingem o flexor profundo dos dedos e longo 
do polegar. Curativo tipo luva de box não é recomendado, deve-
se deixar os dedos para fora para permitir a visualização da 
perfusão do membro. 
● Todos os músculos flexores podem ser atingidos e raramente 
Sinais e sintomas: em poucas horas: palidez e distúrbios circulatórios, 
desaparecimento do pulso, parestesia, dor, paralisia. 
Tratamento 
● Liberação de qualquer bandagem. 
● Abertura do antebraço e liberação da artéria braquial. 
● Salvar nervo mediano e ulnar. 
Enfermidade de Dupuytren 
Afecção lenta e progressiva, que atinge a aponeurose 
palmar, plantar e no pênis, causando espessamento e posterior 
retração de um mais dedos. Presença de fibroses e desvio no pênis. 
Pode acontecer em ambas mãos em tempos diferentes ou ao mesmo 
tempo. 
Frequência: homens, raça branca, acima de 50 anos, raro em 
mulheres e raça negra. 
● Fase inicial: ao exame clínico pode apresentar uma pequena 
depressão cutânea na face ventral da mão. 
● Fase evolutiva: pequeno nódulo subcutâneo 
● Fase final. 
A deformidade atinge limites, onde a polpa digital toca a 
palma da mão, tornando a mão praticamente inútil. Atinge mais de 4 e 
5 dedos. 
Tratamento: ressecção da aponeurose. 
Complicações: hematomas, edema, infecção, cicatriz, 
Fenda palatina e fenda labial 
Malformação craniofacial congênita 
→ Embriologia 
● Lábio: entre 4 e a 6 semanas. 
● Palato: 5 e 12 semana 
→ Incidência 
● 1:1000 recém nascidos. 
● Homens 2:1. 
● Mulheres (mais comum fenda palatina isolada). 
● Raça branca 1-1000. 
→ Fatores de risco 
Uso de fenitoína, corticoide, fenobarbital, diazepam, 
metilprednisona, isotretinoína, fumo, álcool, idade > 30 anos do pai, 
ácido retinóico, fatores genéticos. 
→ Tratamento multidisciplinar 
Odontologia, geneticista, enfermagem, nutricionista, otorrino, 
assistente social, fonoaudiólogo, pediatra, cirurgião plástico, 
ortodontista. 
→ Apresentação 
● Fenda labial unilateral incompleta: separação vertical do lábio 
em vários graus, mas base nasal ou banda de Simonart intacta. 
● Fenda labial unilateral completa: ruptura completa do lábio da 
base da narina e do alvéolo. Não há banda de Simonart. 
● Fenda labial bilateral: abertura do palato. 
● Fenda labial bilateral incompleta 
● Fenda labial e palatina. 
● Fenda palatina submucosa: comunicação com o nariz. 
→ Diagnóstico 
● Pré-natal: imagem, diagnóstico, aconselhamento. 
● Recém-nascido: alimentação, avaliação clínica, genética e 
informações do tratamento. 
→ Tratamento 
● 0-3 meses: tratamento ortopédico pré-cirúrgico. 
● 3 meses: correção da fenda labial gengivoperiosteoplastia. 
● 12 meses: correção fenda palatina com veloplastia intravelar. 
● Diagnóstico insuficiência velofaríngea (3 a 4 anos) alongamento 
do palato ou da faringoplastia, obturador da fala. 
● Idade escolar: tratamento de deformidades secundárias de lábio 
e nariz. 
● 7-9 anos: dentição mista, enxerto ósseo alveolar. Enxerto pós-
alveolar tratamento ortodôntico. 
● Puberdade: rinoplastia definitiva. 
● Maturidade óssea: cirurgia ortognática mandibular. 
Trauma de face 
● 30-40% acidentes de trânsito, sofrem trauma na cabeça. 
● 30% fraturam ossos do crânio ou face. 
→ Classificação 
Exposta: lesão na pele perto da linha de fratura por risco de infecção 
da lesão. 
Fechada: quando a pele permanece íntegra, só o osso quebrou. 
→ Complexidade 
Simples: um traço de fratura e dois fragmentos. 
Complexas: múltiplos traços com dois ou mais fragmentos. 
● Frequente associar fratura de nariz, maxilar, base de crânio, 
etmóide. 
● Cuidados: estética, mastigação, visão, respiração, olfato. 
● A fratura mais comum é do rebordo alveolar. Lembrar dos 
elementos dentários. 
Maxila 
Má oclusão dentária (patognomônico), mordida prematura, 
hipoestesia nas áreas do nervo infraorbitário, edema e hematoma 
periorbitário, dificuldade de deglutição, desníveis no rebordo orbitário 
inferior, linforreia, aspecto alongado da face, enfisema subcutâneo. 
Passagem de nervos: 
● Forame supra orbitário. 
● Infra orbitário. 
● Mentoniano. 
Obs.: lesão no nervo olfatório e possibilidade de extravasamento de 
líquor. 
Classificação Le fort 
● Le fort I: tangencia margem inferior da abertura piriforme, 
horizontalmente na parede anterior do seio maxilar, disjunção a 
este nível. 
● Le fort II: mais comum. Região nasofrontal, desce apófise frontal 
da maxila, até os ossos lacrimais, assoalho da órbita e rebordo 
orbitário inferior. 
● Le fort III:Disjunção craniofacial, sutura nasofrontal até paredes 
medial e inferior da órbita, incluindo arco zigomático, dá aspecto 
alongado da face. 
● Le fort IV: parte frontal fraturada em conjunto com o resto das 
estruturas. 
Exames diagnósticos: tomografia, ressonância e tomografia 3D, raio 
X, raio X de Waters (perfil, fronto-naso, mento-naso, Hitz). . 
Tratamento 
● Rebordo alveolar: imobilização com barras de Erich e 
odontossíntese com fio de aço por 4 a 5 semanas.● Fraturas complexas: redução cirúrgica com miniplacas. 
Complicações 
● Precoces: obstrução das VAS (edema, hematoma), TCE, 
hemorragia, fístula liquórica. 
● Tardias: pseudoartrose, má oclusão da boca, diplopia, 
hipoacuidade visual, lesão do nervo hipoestesia cutânea, lesão 
aparelho lacrimal. 
Fratura nasal 
Epistaxe, edema e hematoma periorbitário, obstrução nasal, 
dor, desvio de pirâmide nasal, rinorréia, nariz em sela, rinoscopia. 
Exame diagnóstico: raio x PA e perfil, Waters (mento-placa). 
Tratamento: redução imediata antes do hematoma ou edema ou após 
5 dias. Osteossíntese, drenar hematoma (condrite septal), gesso 7 dias; 
Complicações: sangramento persistente, desvios da pirâmide nasal, 
telecanto traumático, dacriocistite (ducto lacrimal), nariz em sela. 
Fratura de órbita 
Atinge os ossos que formam a cavidade orbitária: zigomático, 
frontal, etmoide, asas esfenoide, lacrimais, maxilares. 
Exame clínico 
● Aplainamento do contorno látero-inferior da órbita. 
● Enoftalmo. 
● Exoftalmo 
● Deslocamento de ligamento cantal, queda da pálpebra e da 
fenda palpebral. 
● Déficit ocular motor pode ocorrer. 
● Hematoma e equimose subconjuntival. 
● Epistaxe unilateral. 
● Dor e limitação ao abrir a boca (especialmente de fratura de 
maxilar junto). 
● Parestesia ou paresia do nervo infraorbitário. 
● Diplopia. 
● Epífora: lacrimejamento por obstrução. 
● Hifema: lesão dentro do globo ocular - sangue na câmara 
anterior do olho. 
Exame diagnósticos 
● Tomografia computadorizada é padrão-outro. 
● Raio x de Waterns e Hirtz (arco Zigomático). 
Tratamento 
● Fratura sem deslocamento: conservador, cabeceira elevada, 
frio local, analgesia, anti-inflamatório. 
● Fratura com deslocamento: cuidados. 
Complicações: distopias, estrabismo, diplopia, enoftalmo, exoftalmo. 
Sequelas: deformidades tardias do contorno ósseo e alterações de 
visão como enoftalmia e diplopia. 
Fratura da mandíbula 
Local mais frequente de fratura é colo do côndilo corpo e 
ângulo. 
Perda dos dentes causa atrofia do alvéolo dentário, local de 
fácil fratura. 
Colo do côndilo (mais estreito), corpo da mandíbula, 
Dois sistemas musculares atuam sobre a mandíbula: 
anteriores e depressivos posteriores. 
Os músculos da mastigação são os mais potentes, são eles: 
masseter, temporal, pterigoideo lateral e pterigóideo medial 
Tipos de fratura 
Simples, exposta, galho verde, complexa e cominutiva. 
Exame clínico 
Edema, hematoma, equimose intra ou extrabucal, limitação 
abertura bucal, dor na deglutição e fala. 
Curiosidades 
● Impacto em mento: fratura condilar. 
● Impacto lateral: fratura de ângulo ipsilateral. 
● Fratura de arco e ramo pode acometer o nervo alveolar inferior 
causando anestesia no lábio inferior e dente. 
● Fratura bilateral do côndilo ocasiona retrusão. 
Exame diagnóstico: tomografia, raio x, oblíqua, Towne, panorâmico, 
estudo da ATM (articulação temporo-mandibular). 
Tratamento: redução, fixação e imobilização. Maxilo mandibular com 
barras de Erich. 
Complicações 
● Imediatas: hemorragia, obstrução das vias aéreas, infecção, 
osteomielite, deformidade labial. 
● Tardias: falta de união, retardo de consolidação, necrose 
avascular e osteíte, anquilose da ATM e anestesia da região 
mandibular. 
Reconstrução da face 
Sempre preservar a unidade estética da face: frontal, 
supraorbitária. 
Couro cabeludo 
Pele com cabelos, gálea e fáscia. 
Tipos de reparo 
● Avulsão total: reimplante ou enxerto sobre o periósteo. 
● Exposição tábua óssea: retalho livre muscular em cima do osso. 
● Defeitos parciais: retalhos locais ou expansores.. 
Reconstrução do couro cabeludo 
Os retalhos sempre são constituídos pela pele, fáscia 
superficial e gálea. Em lesões de mais de 2 cm, é quase impossível 
reparo direto com aproximação dos bordos. 
Reconstrução de fronte 
Frontal: retalhos de avanço para lesões pequenas, lesão maior que ⅓ 
faz-se enxerto da unidade estética. 
Temporal: quando atinge só área glabra, incisão de retinoplastia e 
elevação de retalho em áreas maiores - enxerto de pele total muitas. . 
Reconstrução de pálpebras 
Pálpebra superior, pálpebra inferior, cílios, tarso, mucosa, músculo 
orbicular. 
Pálpebra superior: retalho e rotação frontal com enxerto composto 
mucosa/cartilagem nasal. 
● Até ¼: sutura direta. 
● > de ¼: retalho pálpebra inferior. 
● Perda central: retalho tarsoconjuntival. 
● Perda subtotal ou total: retalho de pálpebra inferior. 
Pálpebra inferior: retalho lateral onde a incisão ocorre nos limites das 
regiões zigomáticas, mucosa e cartilagem. 
● Até ¼: sutura por planos. 
● ¼ - ½: retalho lateral. 
● ½ - ¾: retalho lateral e enxerto mucosa. 
● > de ¾: retalho lateral, mucosa e cartilagem. 
Reconstrução nasal 
● Reconstrução total: retalho de converse em dois tempos. 
● Asa e columela: retalho indiano. 
● Asa: retalho sulco nasogeniano. 
Reconstrução de lábios 
Pele, vermelhidão, músculo orbicular. 
Tipos de retalho: retalho de avanço lateral e toda espessura (pele, 
mucosa e músculo), retalho nasogeniano e retalho Abbe. 
Reconstrução de orelha 
● Pavilhão auricular: cartilagem ou pele. 
● Conduto auditivo 
● Ângulo escafo-conchal: 90°. 
● ângulo céfalo-auricular: 30-45°. 
● Reconstrução total: 2 até 4 tempo cirúrgicos . 
● Reconstrução parcial: ⅓ superior, ⅓ médio e ⅓ inferior. 
● Moldagem com cartilagem dos arcos costais.

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