Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1.Defeitos do Desenvolvimento da Região Bucal e Maxilofacial PATOLOGIA BUCAL-1°UN. 14 @raniellesantanaa FENDAS OROFACIAIS · Formação da face e da cavidade oral: – Natureza complexa; – Desenvolvimento de múltiplos processos teciduais; – União e fusão de modo muito ordenado. - Carência de nutrientes - 4° a 10° semana= Crucial · Distúrbios no desenvolvimento/fusão pode resultar em fendas labiais DESENVOLVIMENTO PORÇÃO CENTRAL DA FACE FINAL DA QUARTA SEMANA · Aparecimento dos Placóides nasais (olfatórios) Cada lado da parte inferior do processo frontonasal; · Proliferação de ectomesênquima = Processo nasal mediano e lateral; · Narina primitiva: Depressão/fossa nasal entre os processos nasais SEXTA E SÉTIMA SEMANAS · Formação do Lábio superior = Processo nasal mediano + Processo maxilar (1° arco branquial/faríngeo) · Parte média do lábio superior Processo nasal mediano · Parte lateral do lábio superior Processo maxilar · Processo nasal lateral Asa do nariz · Formação do Palato primário: Processo nasal mediano Origina a Pré-maxila (Estrutura óssea com formato triangular) Abriga os 4 Incisivos superiores · Formação do palato secundário: Processo maxilar 90% do palato duro e mole (Ossos palatinos e cristas palatinas dos maxilares) · Cristas palatinas = Projeções bilaterais que emergem das porções medianas dos processos maxilares Palato secundário OITAVA SEMANA · Fusão da porção anterior das cristas palatinas Fusão com o palato primário e septo nasal TIPOS DE FENDAS MAIS COMUNS · Fenda labial: Fusão defeituosa do processo nasal mediano + Processo maxilar (25%) Completa ou incompleta · Fenda palatina: Fusão defeituosa dos processos maxilares (30%) · FL + FP: 45% dos casos FL+FP CAUSAS/ETIOLOGIA · FL e FL+FP podem possuir associação etiológica (FL +/- FP) · Causas não estabelecidas totalmente · Principais: – Associação com síndromes (Fendas sindrômicas); – Consumo de álcool (Etilismo materno) Sindrômica ou não; – Tabagismo materno Dobra as chances; – Deficiência de ácido fólico (Vitamina B9); – Corticosteroides; – Anticonvulsivantes (fenitoína) Aumenta 10x as chances; – Anomalias cromossômicas; – Idiopáticas (Espontâneo) PREVENÇÃO · Suplementação com ácido fólico (Evidências contraditórias) TIPOS DE FENDAS RARAS · Fenda facial lateral: Falta de fusão dos processos maxilar e mandibular Uni ou bilateral - Macrostomia: Alargamento da boca Comissura labial à orelha Congênito - Pode ser um defeito isolado ou está associado a outras desordens - 3% dos casos · Fenda facial oblíqua: Falha na fusão do processo nasal lateral com o processo maxilar ou banda amniótica - Lábio superior ao olho (Pode envolver o nariz, ou passar lateralmente) - Quase sempre associada à FP - 1 em cada 1300 casos · Fenda mediana do lábio superior: Falha na fusão dos processos nasais medianos - As mais aparentes representam uma agenesia do palato primário associada à holoprosencefalia (Problemas no desenvolvimento do lobo frontal) Características Clínicas e Radiográficas FL ± FP · Variação racial em relação à prevalência: Norte americanos Asiáticos Brancos Negros - Norte americanos: 3,6 casos a cada 1000 - População asiática: 1,5 vez maior do que nos indivíduos brancos (Mais comum em homens 2:1 e 1,5:1) - Indivíduos brancos: FL ± FP (Um a cada 700 a 1.000 nascimentos) - Negros: 0,4 a cada 1000 · Mais comum entre homens (Quanto mais grave,, maior a predileção por homens) FP isolada · Menos comum que FL ± FP · 0,4 casos por 1000 nascimentos (Brancos e negros) · Mais comum em mulheres (Quanto mais grave a fenda, maior a predileção por mulheres) · Pode envolver palato duro ou mole, ou ambos - Menor manifestação: úvula fendida/bífida Prevalência maior que a FP Mais comum em negros FL isolada · 80% FL unilateral 70% predileção lado esquerdo / 70% associada à FP · 20% FL bilateral 85% associada à FP · Fenda labial completa: Envolve o nariz - As que envolvem o alvéolo, passam entre incisivo lateral e canino - Dentes ausentes (IL) ou presença de supranumerários - Possibilidade de observação de defeito ósseo em radiografia · Fenda labial incompleta: Não envolve o nariz FENDA PALATINA SUBMUCOSA · A mucosa se apresenta intacta, mas existe um defeito na musculatura subjacente do palato mole · Pode ocorrer chanfradura/corte no osso · Área de coloração azulada · Pode estar associada à úvula bífida SEQUÊNCIA/ANOMALIA DE PIERRE ROBIN · Condição caracterizada por fenda palatina · Micrognatia mandibular Glossoptose FP · A falta de desenvolvimento mandibular impede que a língua tome a sua posição mais inferior, esta por sua vez, por estar em um local inadequado, impede a fusão das cristas palatinas · Glossoptose: Obstrução das vias aéreas causada pelo deslocamento posterior e inferior da língua · Mandíbula retraída resulta em: - Deslocamento posterior da língua - Falta de suporte para a musculatura da língua - Obstrução das vias aéreas · Efeitos de uma fenda: Dificuldades psicossociais, na fala, alimentação, maloclusão (Dentes supranumerários, ausência ou ambos) TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Tratamento desafiador (Geralmente envolve várias abordagens primárias e secundárias na infância) · Abordagem multidisciplinar (Pediatra, odontopediatra, cirurgião plástico, cirurgião buco-maxilofacial, ortodontista, fonoaudiólogi, otorrino, protesista, geneticista) Tratamento: 1. Primeiros meses de vida: – Fechamento primário do lábio; – Posteriormente correção do palato. 2. Fase mais tardia da infância: – Enxertos ósseos autógenos na região alveolar; 3. Procedimentos posteriores: – Cirurgia ortognática e enxertos de tecidos moles; – Distração osteogênica. FOSSETAS DA COMISSURA LABIAL · Pequenas invaginações da mucosa, no limite do vermelhão do lábio, no ângulo da boca · Falha na fusão do processo maxilar com o processo mandibular · Trata-se de uma alteração congênita, mas pode se desenvolver no decorrer da vida CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Fístulas cegas que podem se estender de 1 a 4 mm de profundidade · São percebidas durante o exame clínico de rotina (Geralmente o paciente não havia notado a presença) · Assintomática/inócua · Não possui associação com as Fendas orofaciais (Embora exista uma predileção para esses casos) · Em alguns casos, ao pressionar a fosseta, é eliminado uma quantidade líquido (Saliva drenada pelas glândulas salivares menores) · + entre adultos (20%) Crianças (0,7%) · + entre os homens (Transmissão autossômica dominante) · O acúmulo de saliva pode desenvolver fungos · Histopatologia: Epitélio pavimentoso estratificado TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Não necessita de tratamento, salvo em casos de secreção excessiva, ou infecção secundária (Fungos) devido a esse acúmulo de saliva na invaginação FOSSETA LABIAIS PARAMEDIANAS · FÍSTULAS CONGÊNITAS DO LÁBIO INFERIOR/ FOSSETAS LABIAIS CONGÊNITAS · Invaginações congênitas raras no lábio inferior · Originadas a partir dos sulcos laterais persistentes do arco mandibular CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Fístulas bilaterais e simétricas; · Fístulas cegas profundidade de 1,5 cm e drenagem de saliva; · Sutil ou proeminente; · Fosseta única pode estar presente central ou lateralmente; · Pode ser componente da síndrome de Kabuki/ pterígio poplíteo (Associada a Van der Woude, FP, FL, anormalidades genitais,singpatia) · Síndrome de van der Woude: - Traço dominante autossômico - Fossetas labiais paramedianas associada à FL e/ou FP; - Pode ocorrer Hipodontia. - Algumas pessoas podem ter apenas a Fenda submucosa · Histopatologia: Tecido pavimentoso estratificado, podendo tecido circundantes estarem inflamados TRATAMENTO · Se necessário por razões estéticas · Excisão cirúrgica LÁBIO DUPLO · Anomalia oral rara · Crescimento exageradode tecido na mucosa labial · Natureza congênita, mas pode ser adquirida tardiamente · Pode ser componente da Síndrome de Ascher, ser resultado de um trauma ou hábito nocivo (Sugar lábio) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Afeta mais o lábio superior, mas pode ser em ambos os lábios · Lábio em repouso, não é percebida · A síndrome de Ascher é caracterizada pela seguinte tríade: - Lábio duplo - Blefarocalásia - Aumento atóxico da tireoide (50%) - Causa indefinida · Histopatologia: Aspecto normal, com inúmeras glândulas salivares menores (blefarocalásia da síndrome de Ascher revela hiperplasia das glândulas lacrimais e prolapso do tecido adiposo palpebral) TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Não há necessidade · Casos graves Excisão cirúrgica simples Razões estética GRÂNULOS DE FORDYCE · Glândulas sebáceas ectópicas (Ocorrem na mucosa oral/genital) · 80% da população · Variação da normalidade CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Múltiplas pápulas amareladas / Branco amarelado · Mais comum na mucosa jugal e porção lateral do vermelhão do lábio · Ocasionalmente, tais glândulas aparecem também na região retromolar e no pilar amigdaliano anterior · Maior incidência entre os adultos (Fatores hormonais) Puberdade estimula · Assintomática Rugosidade na mucosa · Quantidade pequena ou centenas · HISTOPATOLOGIA: São semelhante às glândulas sebáceas normais, com ausência de folículos pilosos · Importante palpar, pois pode ser invisível clinicamente TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Não há necessidade de biópsia ou tratamento · Raramente tornam-se neoplasiados LEUCOEDEMA · Condição comum da mucosa oral; · Etiologia desconhecida; · Mais comum em Negros (Pigmentação) 70% a 90% adultos e 50% criançasPredisposição genética · Mais comum e mais acentuado em tabagistas; · Variação da normalidade · Sinal patagnomônico: Ao esticar a mucosa fica fraco ou some, diferente da leucoplasia · Bilateral (Maioria dos casos bilaterais são benignos ou apenas uma variação da normalidade) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Acomete mais a mucosa jugal, podendo se estender à labial e, raramente ao assoalho e palato faríngeo · Aparência difusa, opalescente e branco-acinzentada cremosa/leitosa da mucosa; · Superfície pregueada, com formação de estrias esbranquiçadas ou rugosidades; · Não destacável · Sinal patagnomônico: Ao esticar/distender a mucosa, o aspecto esbranquiçado fica fraco ou some, diferente da leucoplasia CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS – Aumento da espessura epitelial; – Edema intracelular na camada espinhosa; TRATAMENTO · Condição benigna Nenhum tratamento é necessário; · Diagnóstico diferencial com leucoplasia; MICROGLOSSIA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Alteração de desenvolvimento incomum; · Etiologia desconhecida; · Língua anormalmente pequena ou Aglossia (língua ausente); · A maioria está associada às Síndromes de hipogênese oro-mandibular-membros: - Hipodactilia (ausência de dedos); - Hipomelia (hipoplasia de parte ou de todo o membro); · Pode existir associação à Hipoplasia da mandíbula Estreitamento dos arcos · Pode ocasionar a ausência dos incisivos inferiores; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Varia de acordo com a natureza e gravidade da condição; · Cirúrgicos e ortodônticos; · Desenvolvimento da fala é bom Pode variar de acordo com o tamanho da língua MACROGLOSSIA · Aumento da língua; · Causas: Malformações congênitas ou Doenças adquiridas; · Maioria dos casos: Causada por hipertrofia muscular e malformações vasculares CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · + Crianças; · Recém-nascidos Sintomas: -Respiração ruidosa; - Incontinência salivar (“baba”); - Dificuldade na alimentação; · Gagueira/dislalia: Dificuldade de articular palavras · Consequências: - Pressão contra os dentes Endentações nas margens - Mordida aberta - Prognatismo mandibular - Língua constantemente para fora Ulcerações, infecção secundária, necrose - Acentuada Obstrução das vias aéreas · Um achado da síndrome de Beckwith-Wiedemann · Pode possuir associação com a síndrome de down Fissurada e papilar · HISTOPATOLOGIA: - Paciente com síndrome de down e edêntulos Sem alteração - Crescimento por tumor Alteração neoplásica TRATAMENTOS/PROGNÓSTICO · Assintomático/leve Fonoaudiologia · Sintomático/grave Glossectomia ANQUILOGLOSSIA · Alteração do desenvolvimento da língua · Freio lingual curto · Limitação dos movimentos da língua · + Recém-nascidos Meninos · Genético ou esporádico CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Leve ou grave (Língua fusionada ao assoalho, freio no ápice Fenda discreta) · Associada à mordida aberta Dificuldade de posicionar a língua no palato na deglutição, ficando entre as arcadas · Problemas de fonação · Problemas periodontais · Problemas na amamentação TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Não há necessidade de tratamento · Recém-nascidos com problemas de amamentação Frenetomia (Corte/liberação do freio) · Crianças ou adultos com dificuldades funcionais ou periodontais Frenectomia (Corte e reparo plástico) · Alguns casos são corrigidos naturalmente, por isso acontece menos em adultos TIREÓIDE LINGUAL · Entre a terceira e quarta semana de vida intrauterina: Desenvolvimento da tireóide – Proliferação epitelial no soalho do cordão faringiano; · Sétima semana: – Botão tireoidiano migra inferiormente para o pescoço; – Posiciona-se anteriormente à traqueia e à laringe; • Local de onde o botão migrou torna-se o forame cego Onde ocorre a junção dos dois terços anteriores e terço posterior da língua • Quando a glândula não migra para o local correto, um tecido tireoidiano ectópico é encontrado entre o forame cego e a epiglote CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Pequenos remanescentes/restos assintomáticos de tecido tireoidiano localizado posterior à língua · Quatro a sete vezes mais comuns em mulheres (Fatores hormonais); · 70% dos casos a glândula ectópica é o único tecido tireoidiano do paciente · Pode ser uma lesão nodular pequena e assintomática ou grandes massas · Sintomas: Bloqueio das vias aéreas, Disfagia, disfonia e a dispneia; Diagnóstico; · Isótopos de iodo ou tecnécio 99; · TC, IRM e ultrassonografia para verificar o tamanho; · Biópsia a depender do caso (Evitar, pois pode ser o único tecido tireoidiano) TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Nenhum tratamento é necessário em casos assintomáticos Acompanhamento periódico; · Sintomáticos: – Terapia supressiva com suplemento de hormônio tireoidiano (Evitar o crescimento da massa); – Remoção cirúrgica ou ablação com iodo radioativo-131 Implantação em outro lugar – Transformação maligna em cerca de 1% dos casos identificados. LÍNGUA FISSURADA · Presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua · Causa não confirmada Hereditariedade CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Poucos ou múltiplos sulcos ou fissuras Ilhas papilares · 2 a 6 mm de profundidade · Geralmente assintomática Alguns casos Ardência discreta ou dor; · + dorsolateralmente à língua · Adultos e crianças gravidade com o aumento da idade · + Gênero masculino; · Pode se associar com a língua geográfica, e ser componente da Síndrome de Melkersson Rosenthal · HISTOPATOLOGIA: Hiperplasia tecidual, perda dos pelos de queratina na superfície das papilas filiformes, papilas separadas por fendas, presença de leucócitos, infiltrado inflamatório TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Condição benigna; · Nenhum tratamento específico é indicado. · Escovação da língua para evitar acúmulo de alimentos Irritação LÍNGUA PILOSA · Acúmulo de queratina das papilas filiformes Semelhança a pelos · Ocorre pelo aumento de queratina ou decréscimo de descamação · Causa incerta + entre fumantes · Outros fatores: debilitação geral, higiene oral deficiente, drogas que induzam a hipossalivação e um histórico de radioterapia na região de cabeça e pescoço · Diferente da Leucoplasia pilosa, que acontece na borda da língua Vírus (HIV...) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Linha média anterior às papilas circunvaladas Margens lateral e anterior; · Papilas alongadas acastanhadas, amareladas ou enegrecidas Resultado da colonização de bactérias cromogênicas, Pigmentos do tabaco e alimentos; · Assintomática; · Sintomas: Sensaçãode náusea ou de um gosto desagradável na boca; · Biopsia normalmente desnecessário · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Alongamento pronunciado, hiperparaqueratose das papilas filiformes e crescimento de bactéria na superfície epitelial LÍNGUA SABURROSA - Acúmulo de células epiteliais descamadas e bactérias Sem projeções filiformes - Negligência na higiene oral - Formação de saburra Halitose - Pode acontecer em pacientes que utilizam salicilato de bismuto (Má digestão) TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Condição benigna Estética · Evitar fatores predisponentes (Tabaco, Antibióticos, Antissépticos bucais) · Excelente higiene oral deve ser efetuada; · Raspagem periódica ou limpeza com escova de dentes ou raspador de língua Descamação das papilas hiperqueratóticas VARICOSIDADES · Veias anormalmente dilatadas e tortuosas · + Adultos · Ocorre devido a perda do tônus do tecido conjuntivo que suporta os vasos · Prevalência Doenças cardiovasculares e tabagistas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Variz sublingual: Mais comum varicosidade oral · + de 60 anos · Geralmente são vesículas papulares ou elevadas múltiplas, Azul-purpúreas Menor frequência - varizes solitárias em outras regiões da boca (Lábio/mucosa jugal) · Margem lateral e no ventre da língua; · Varizes solitárias; · Notadas após sofrerem trombose secundária · Assintomáticas (Exceto em trombose secundária Rara nódulo azul-purpúreo, firme, indolor ) · HISTOPATOLOGIA: Veia dilatada, com paredes uma fina camada de musculatura, flebólitos (Trombose antiga Pedra nas veias/calcificação) TRATAMENTO · Não há necessidade · Varizes solitárias Pode remover para confirmar diagnóstico ou por estética ARTÉRIA DE CALIBRE PERSISTENTE · Alteração vascular comum · Ramo arterial principal estende-se para a superfície do tecido mucoso Sem redução no seu diâmetro · + Idosos (Hipertensos) · Perda do tônus do tecido conjuntivo circunjacente de suporte CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Quase exclusiva na mucosa labial Lábio superior e/ou inferior, uni/bilateral · Média de 58 anos; · Sem predileção por gênero · Elevação linear, papular ou arqueada Coloração pálida, normal ou azulada · Esticando o lábio, torna-se imperceptível Pulsação · Assintomática Percebido acidentalmente durante exame de rotina · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS – Artéria com parede espessa localizada logo abaixo superfície mucosa; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Nenhum tratamento indicado · Biópsia Caso confunda com outra condição (Mucocele, varize...) · Remoção cirúrgica Hemorragia · Registrar no prontuário FÍSTULAS LATERAIS DO PALATO MOLE · Alterações rarasPatogênese incerta · Possivelmente defeito do desenvolvimento da segunda bolsa faringiana · Possíveis causas: Congênita, Infecção ou cirurgia na região amigdaliana CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Geralmente bilaterais (Mas pode ser uni); · Localizadas no Pilar amigdaliano anterior (Mas pode no posterior); · Assintomáticas; · Poucos milímetros a mais de 1 cm. · Pode estar associada a outras condições TRATAMENTO · Não há necessidade Inócuas (Não causa dados) HIPERPLASIA DO CORONÓIDE · Alteração de desenvolvimento rara • Limitação dos movimentos mandibulares • Causa desconhecida; • 3 a 5x mais em homens (+Puberdade-Fato hormonal) Hereditariedade • Uni ou bilateral (Unilateral pode ser tumor) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Hiperplasia unilateral: -Aumento do processo coronoide, que passa a tocar a superfície posterior do zigoma; - Desvio para o lado afetado; - Não há dor ou anormalidades na oclusão; - Radiografia: Crescimento nodular e irregular da ponta do processo coronoide; · Hiperplasia bilateral: · Limitação da abertura mandibular; · Aumento regular de ambos os processos. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Remoção cirúrgica do processo alongado (Coronoideotomia/coronodoitomia)Permitir a movimentação livre da mandíbula Pode ocorrer fibrose · Acesso intraoral · Fisioterapia pós-operatória HIPERPLASIA CONDILAR · Malformação rara da mandíbula · Crescimento excessivo de um dos côndilos · Causa desconhecida Alterações circulatórias locais, distúrbios endócrinos e trauma · Difícil de distinguir da hiperplasia hemifacial; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Manifestações: - Assimetria facial; - Prognatismo; - Mordida cruzada e/ou aberta - Crescimento maxilar compensatório; - Inclinação do plano oclusal; · + Adolescentes e adultos jovens + mulheres · Radiograficamente: - Alongamento da cabeça do côndilo ou; - Alongamento do colo do côndilo; - Alguns casos, hiperplasia do ramo · Tomografia e/ou Cintilografia usando 99mTc-MDP Avaliar o grau de atividade óssea na hiperplasia condilar · HISTOPATOLOGIA: Proliferação da cartilagem condilar, cessando o crescimento, volta o aspecto histológico normal TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Condição autolimitante (Uma hora para de crescer) · Tratamento baseado no grau de dificuldade funcional e comprometimento estético · Condilectomia unilateral ou osteotomia uni/bilateral · Crescimento maxilar compensatório Osteotomia maxilar · Cirurgia ortognática · Tratamento ortodôndico CÔNDILO BÍFIDO · Alteração de desenvolvimento; · Côndilo mandibular com duas cabeças; · Côndilos bífidos ântero-posteriores · Origem traumática; · Côndilos divididos médio-lateralmente; · Trauma; · Inserção muscular anormal; · Agentes teratogênicos; · Persistência de um septo fibroso dentro da cartilagem condilar. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS/RADIOGRÁFICAS · Frequentemente unilateral; · Assintomática; · “clique” ou “estalo” da ATM durante a abertura bucal; · Aspecto bilobular da cabeça do côndilo; TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Não requer tratamento EXOSTOSES · Protuberâncias ósseas localizadas; • Surgem da cortical óssea; • Crescimentos benignos; • Principais: Tórus palatino, Tórus mandibular; CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS/RADIOGRÁFICAS · + Adultos; · Exostoses vestibulares - Face vestibular, geralmente com aumentos de volume ósseos bilaterais; - Acompanha a trajetória dos rebordos alveolares da maxila e/ou mandíbula; - Assintomáticas (Exceto quando a fina mucosa de revestimento é ulcerada por trauma); · Exostoses palatinas - Protuberâncias ósseas no lado lingual das tuberosidades palatinas; - Geralmente bilaterais (Mas pode ser uni) · Geralmente, pacientes com exostose vestibular ou palatina, também apresenta tórus palatino ou mandibular · Geralmente, tudo o que é bilateral é benigno · Exostose solitária - Minoria - Geralmente, ocorre abaixo de uma enxerto gengival Que estimula o periósteo a formar um novo osso · A nível de conhecimento Exostose Subpôntica Reacional: Crescimento ósseo nodular por baixo do pôntico de uma prótese fixa na região posterior · CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS: Massa densa de osso cortical lamelar com uma pequena quantidade de medula óssea fibroadiposa. Em alguns casos, uma zona mais interna de osso trabecular também está presente. TRATAMENTO/PROGNÓSTICO · Aspecto clínico é suficiente p/ diagnosticar Biópsia é desnecessária Quando houver dúvidas Biópsia Excluir outras lesões · Remoção cirúrgica · - Traumatismo constante Ulceração e dor - Acomodar uma prótese dentária - Permitir a adaptação apropriada de um retalho durante uma cirurgia periodontal TÓRUS PALATINO · Tipo de exostose comum; • Protuberância óssea na linha média do palato duro; • Patogênese Desenvolvimento multifatorial Influência genética ou fatores ambientais (Estresse mastigatório) • Desenvolve quando o “limiar” é ultrapassado. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Massa dura de osso na linha média do palato duro; · Classificação quanto à aparência morfológica: - Tórus plano: Base ampla, com superfície lisa e, ligeiramente convexa. Distribuída simetricamente para os dois lados da rafe palatina - Tórus alongado: Se desenvolve como uma crista ao longo da rafe palatina - Tórus nodular: Protuberâncias múltiplas, cada uma com a sua base - Tórus lobular: Massa dura, de mesma base (Séssil ou pediculada) · Geralmente menos de 2 cm de diâmetro (Podendo aumentar) · Assintomático (Exceto quando ocorre traumas na mucosa) · Não aparece em radiografias dentáriasde rotina; · Relação mulher-homem de 2:1; · Pico de prevalência: Início da vida adulta. · Pode sofrer remodelação com a redução do estresse funcional TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Diagnosticado clinicamente; · Não precisa remover · Remoção cirúrgica: Incisão em Y - Acomodar a prótese - Ulceração recorrente - Interferência na função oral TÓRUS MANDIBULAR · Exostose comum · Superfície lingual da mandíbula · Causa multifatorial: Influências ambientais e genéticas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Protuberância óssea na superfície lingual da mandíbula · Acima da linha milo-hioidea Região de pré-molares · Envolvimento bilateral (>90% dos casos); · Assintomáticos; · Aumentos de volume únicos Em minoria múltiplos lóbulos · Radiografias periapicais; – Radiopacidade superposta às raízes dentárias (Radiografia anterior); – Visualizados nas radiografias oclusais; · Início da vida adulta + masculino · Menos comum que o palatino TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Diagnóstico pelo aspecto clínico · Remoção cirúrgica: Acomodar prótese parcial/total · Pode recorrer se os dentes permanecerem no local SÍNDROME DE EAGLE · SÍNDROME ESTILOIDE, SÍNDROME DA ARTÉRIA CARÓTIDA, ESTILALGIA · Processo estiloide: - Osso temporal - Anteromedial ao forame estilomastóideo - Entre as artérias carótidas internas e externas - Conectado ao corno inferior do osso hioideo (Lig. Estilohioideo) · Alongamento do processo estiloide ou Mineralização do complexo ligamentar estilo-hioideo · Não é incomum 18% a 40% da população · Geralmente é bilateral; · Assintomática · Sintomas da síndrome de Eagle Colisão ou compressão dos vasos sanguíneos ou nervos CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · + adultos +Mulheres · Sintomas: – Dor facial vaga: Quando deglutem, viram a cabeça ou abrem a boca – Disfagia (Dificuldade em deglutir) – Disfonia (Falar) – Otalgia (Dores no ouvido) – Cefaleia (Dor de cabeça) – Tontura e síncope transitória - Ataques isquêmicos transitórios · Pode ser verificada na Radiografia panorâmica ou Radiografia lateral da mandíbula · A calcificação pode ser palpada na região de fossa amigdaliana Dor · Ocorre classicamente após uma Amigdalectomia Desenvolvimento do tecido cicatricial na área da mineralização do complexo ligamentar Dor cervicofaringeana Região dos nervos cranianos V, VII, IX e X. · Síndrome de eagle traumática: Sintomas após a fratura do complexo ligamentar estilohioideo TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Casos leves: Não há necessidade · Em alguns casos: Uso de corticosteroide alivia a dor · Casos graves: Excisão cirúrgica parcial do processo estiloide ou do complexo ligamentar estilo-hioideo mineralizado · Acesso cirúrgico, geralmente, intraoral Mas pode ser extra também · Prognóstico bom · Quando a cirurgia é realizada na idade correta (A partir dos 20 anos), o processo não volta a crescer, visto que, já se desenvolveu o suficiente DEFEITO DE STAFNE · CISTO ÓSSEO DE STAFNE; DEPRESSÃO MANDIBULAR LINGUAL DA GLÂNDULA SALIVAR; CISTO ÓSSEO LATENTE; CISTO ÓSSEO ESTÁTICO; · Em 1942, Stafne descobre Lesão radiolúcida, assintomática, próxima ao ângulo da mandíbula · Concavidade focal no osso cortical na superfície lingual da mandíbula, geralmente, próxima ao ângulo · Biópsia Revela tecido de glândulas salivares normais Defeito de desenvolvimento, com porção de glândula submandibular - Anteriormente Tecido da glândula sublingual - Posteriormente Tecido da Glândula submandibular · Outros tecidos encontrados: Adiposo, fibroso, muscular, linfoide, vasos sanguíneos ou nada · Raramente é encontrada a radiolucidez cercada totalmente por osso intacto Aprisionamento de tecido de glândula salivar durante a embriogênese CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Lesão radiolúcida assintomática · Bem-circunscrita · Margem esclerótica (Dura) · Localizada abaixo do canal mandibular, na região posterior da mandíbula, entre os molares e o ângulo da mandíbula · Sua presença pode gerar uma depressão clinicamente palpável · Maioria unilateral · + entre meia-idade e idosos (Idade avançada) + homens · Pode não está associado ao desenvolvimento embrionário · Cisto ósseo estático Geralmente, estáveis no tamanho · Diagnóstico clínico (Palpação) e radiográfico · Em caso de dúvidas: TC cone bean, IRM (Ressonância mag.) ou sialografia (Exame radiográfico das glând. Salivares, que verifica tecido glandular) TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Não necessita · Prognóstico excelente CISTOS DE DESENVOLVIMENTO · Cisto: - Cavidade patológica, geralmente, preenchida por líquido ou um material semissólido, revestida por epitélio - Tende a aumentar lentamente de tamanho Devido ao aumento da pressão hidrostática luminal CISTOS PALATINOS DO RECÉM-NASCIDO · Pequenos cistos no palato de crianças recém-nascidas · Origem: - 1° teoria: Formação de ilhas epiteliais durante a fusão das cristas palatinas/processo palatino, no desenvolvimento embrionário Ao longo da rafe - 2° teoria: Restos epiteliais de glândulas salivares menores do palato · Pérolas de Epstein: Cistos ao longo da rafe palatina Ilhas epiteliais · Nódulos de Bohn: Cistos distribuídos pelo palato (Geralmente entre os palatos) Remanescentes de glândulas salivares menores · São diferentes dos cistos gengivais do recém-nascido CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Comum 65% a 85% · Pápulas brancas ou branco-amareladas · Mais frequente na linha média, na junção palato duro e mole · Mas pode ser encontrada mais anterior ou posterior à rafe, lateral à linha média · Grupo de dois a seis Minoria isolada TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Lesão inócua Nenhum tratamento é necessário · Regride com o tempo Cisto se rompe para a superfície mucosa e elimina a ceratina contida CISTO NASOLABIAL · CISTO NASOALVEOLAR, CISTO DE KLESTADT · Cisto do desenvolvimento raro · Ocorre no lábio superior lateral à linha média · Patogênese é desconhecida: – 1° teoria: Cisto “fissural” Aprisionamento de remanescentes epiteliais, durante a fusão dos processos maxilar, nasal mediano e nasal lateral –2° teoria: Deposição ectópica do epitélio do ducto nasolacrimal CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Aumento do volume do lábio superior, lateral à linha média · Elevação da asa do nariz · Muitas vezes, a aumento do volume Eleva a mucosa do vestíbulo nasal Apagamento do fundo de vestíbulo · Alguns casos Obstrução nasal e/ou Interferência em próteses · Dor rara (Exceto em inflamações) · Pode se romper espontaneamente Drenar para a cavidade oral ou nasal · + adultos (+4° e 5° década) + mulheres · 10% bilaterais · Geralmente sem alteração radiográfica · Pode ocorrer reabsorção do osso adjacentePressão contra do cisto · HISTOPATOLOGIA: - Revestido por epitélio colunar pseudoestratificado - Parede do cisto: Tecido conjuntivo fibroso com tecido muscular esquelético adjacente TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Remoção cirúrgica total por acesso intraoral Às vezes há a necessidade de retirar parte da mucosa nasal - Enucleação CuretarRemover lesão · Enucleação: Remoção de uma massa inteira, sem dissecação · Marsupialização endoscópica (Drenagem) Via cavidade nasal Cisto passa a ser uma cavidade com ar · Recidiva é rara CISTO DO DUCTO NASOPALATINO · CISTO DO CANAL INCISIVO · Cisto não odontogênico mais comum na cavidade oral 1% da população · Origina-se de remanescentes do ducto nasopalatino, no canal incisivo · O ducto nasopalatino deveria sofrer degeneração com o tempo, mas acaba ficando remanescentes CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · + 4° a 6° década de vida +Homens · Sintomas comuns: Tumefação na região anterior do palato, Drenagem e dor · Lesão radiolúcida, bem-circunscrita (Esclerótica) · Pode estar ou não na linha média da região anterior de maxila, entre os ápices dos incisivos centrais · Crescimento lento Reabsorção radicular é rara · Formato redonda ou oval, ou ainda formato de pera invertida ou coração (Resistência do septo ou espinha nasal) · De 6 mm a 6cm até 6mm considera-se um forame incisivo normal (Exceto com presença de sintomas) · Cisto da papila incisiva: O cisto se desenvolve sem envolvimento ósseo,somente na papila · Epitélio de revestimento varia: - Epitélio escamoso estratificado (+encontrado) - Epitélio colunar pseudoestratificado - Epitélio colunar simples - Epitélio cúbico simples · Por se originar do canal incisivo, pode haver nas paredes, vasos sanguíneos, feixes nervosos e glândulas salivares menores TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Enucleação cirúrgica · Necessidade de biópsia, além do diagnóstico radiográfico · Recidiva é rara CISTOS FOLICURES DA PELE · CISTO EPIDERMOIDE OU CISTO INFUNDIBULAR · Cisto que possui em seu interior queratina, proveniente de folículos pilosos inflamados ou não, que passaram pelo processo cicatricial · Proliferação não neoplásica do epitélio infundibular CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Cistos epidermoides Quase 80% dos cistos foliculares cutâneos · + presente em áreas propensas ao desenvolvimento de acne na cabeça, pescoço e costas · + entre homens · Lesões nodulares subcutâneasFlutuantes (Se movimenta ao ser palpada · Branca ou amarelada · HISTOPATOLOGIA: - Cavidade revestida por epitélio escamoso estratificado lembrando a epiderme - A luz é preenchida por ortoceratina degenerada - Quando lesionada Exposição da queratina Organismos ver a queratina como um corpo estranho Reação inflamatória TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Excisão cirúrgica conservadora Recidiva é incomum CISTO DERMÓIDE · Derme: Pele / Óide: Falso= Falsa pele · Malformação cística do desenvolvimento incomum · Cisto revestido por epitélio semelhante à epiderme Possui estruturas anexas da derme em sua parede · Incomum, bilateral · Forma cística benigna do teratoma · Teratoma: - Tumor do desenvolvimento · Derivados de um ou três folhetos germinativos (Ectoderma, mesoderma, endoderma) · Raramente torna-se maligno CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Linha média do soalho bucal · Aspecto borrachóide ou pastoso Ao ser pressionado com o dedo, deixa a marca · Abaixo do músculo gênio-hioideo Tumefação sublingual Dificuldades na alimentação, na fonação ou até na respiração · Acima do músculo gênio-hioideo Tumefação submentoniana Aparência de “queixo duplo” · Variação de poucos milímetros até 12 cm de diâmetro · Geralmente cresce indolor · + entre crianças e adultos jovens · Delinear a lesão: TC, IRM, radiografias de contraste · Diferente da rânula, que é unilateral · HISTOLOGIA: - Revestidos por epitélio escamoso estratificado ortoceratinizado - Parede cística: • Tecido conjuntivo fibroso Anexos cutâneos (Glândulas sebáceas, folículos pilosos ou glândulas sudoríparas) TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Remoção cirúrgica - Acima do músculo gênio-hioideo: Remoção por incisão intraoral - Abaixo: Pode necessitar de um acesso extraoral CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO · Ducto tireoglosso: Estrututa que permite o desenvolvimento de tecidos que formam a tireóide e a língua Quando ambas são formadas e ducto não se degenera= Cisto CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS · Linha média Qualquer lugar desde o forame cego na língua até a chanfradura supraesternal · Cistos supra-hioides Localização submentoniana · 60% a 80% Abaixo do osso hioide · Cistos na área da cartilagem tireoide Desviados lateralmente da linha média (Cartilagem pronunciada) · + durante as duas primeiras décadas de vida Sem predileção por gênero · Tumefação móvel, flutuante e indolor · Menos de 03 cm a 10 cm de diâmetro · Quando unida à língua ou osso hioide pode se movimentar na deglutição ou protrusão · HISTOPATOLOGIA: – Revestidos por epitélio escamoso estratificado ou colunar; – Tecido tireoidiano TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Técnica de Sistrunk Enucleação cística (Remoção do cisto, com o segmento medial do osso hioideo e porção tecido muscular ao longo do trato tireoglosso) · Recidivas (10%) · Prognóstico é bom CISTO DA FENDA BRANQUIAL · CISTO LINFOEPITELIAL CERVICAL · Remanescentes dos arcos branquiais, devido ao fechamento incompleto das fendas · Cisto de desenvolvimento na região lateral do pescoço · CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastóideo · + crianças e adultos jovens (10 a 40 anos) · Massa mole e flutuante 1 a 10cm · HISTOLOGIA: - Epitélio escamoso estratifica - Tecido linfoide TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Remoção cirúrgica Quase nunca recidiva CISTO LINFOEPITELIAL ORAL · Lesão rara da cavidade oral Formada a partir de tecido linfoide oral · Desenvolvida quando a invaginação do epitélio de revestimento da mucosa oral, para o tecido tonsilar, origina uma bolsa que pode ser preenchida por queratina · Microscopicamente semelhante ao cisto da fenda branquial Porém, menor Diferença nos aspectos clínicos CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Massa submucosa pequena Geralmente menor que 1 cm · Firme ou mole à palpação · Mucosa de revestimento é macia e não ulcerada · Branca ou amarela · Assintomática · +Adultos jovens · + Soalho bucal e Superfície ventral e a margem lateral da língua · HISTOLOGIA: - Tecido pavimentos estratificado s/ projeções p/ o conjuntivo - Paraceratinizado com células epiteliais descamadas preenchendo a luz do cisto - Presença de tecido linfoide na parede cística TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Excisão cirúrgica Geralmente, sem recidivas OUTRAS ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO RARAS HEMI-HIPERPLASIA · Crescimento acentuado e assimétrico de uma ou mais partes do corpo · Causa incerta (Anormalidades linfáticas ou · Sanguíneas, distúrbios no sistema nervoso central, disfunções endócrinas e mecanismos aberrantes de divisão) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Hemi-hiperplasia complexa: Um lado inteiro do corpo afetado · Hemi-hiperplasia simples: Limitado a um único membro · Hemi-hiperplasia-hemifacial: Confinado a um lado da face · + mulheres 2:1 + Lado direito · Aumento fica mais acentuado com a idadeAté que cesse o crescimento do indivíduo · Aumento acentuado de todos os tecidos no lado afetado Pele encontra-se espessada · Aumento da pigmentação · Retardo mental · Aumento na prevalência de tumores abdominais: – Tumor de Wilms – Carcinoma cortical adrenal – Hepatoblastoma · Magroglossia unilateral, crescimento de estruturas dentais permanentes (M,PM,C), maloclusão · Erupção adiantada dos dentes ATROFIA HEMIFACIAL PROGRESSIVA · HEMIATROFIA FACIAL PROGRESSIVA, SÍNDROME DE ROMBERG, SÍNDROME DE PARRY-ROMBERG · Condição degenerativa rara Alterações atróficas que afetam um lado da face · Condições esporádicasMas pode se associar à genética CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · + Duas primeiras décadas de vida · 1° atrofia da pele Estruturas subcutâneas em uma área localizada da face · + Mulheres · Pele sobrejacente exibe uma pigmentação escura · Esclerodermia linear (Golpe de espada): Linha de demarcação entre a pele normal e a pele afetada Fronte · Problemas ocasionados: Enoftalmia (Oftálmico), Alopécia, anomalias do sistema nervoso, erupção retardada dos dentes · Boca e o nariz são desviados para o lado afetado · Atrofia do lábio superior Exposição dentária TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Progride por 2 a 20 anos Cirurgia plástica após estabilização do crescimento · Tratamento ortodôntico Maloclusão DISPLASIA ODONTOMAXILAR SEGMENTAR · DISPLASIA HEMIMAXILOFACIAL · Displasia= Desorganização de tecidos · Segmentar= Não é somente de um lado · Distúrbio que afeta os maxilares e tecidos de recobrimento associados · Causa desconhecida CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Descoberta durante a infância · Aumento unilateral e indolor do osso maxilar Hiperplasia fibrosa dos tecidos gengivais · Um ou ambos os pré-molares superiores estão ausentes · Não existe a formação do germe dentário ou foi formação no lugar errado · Dentes decíduos na área afetada podem ser hipoplásicos · O seio maxilar pode ser menor no lado afetado TRATAMENTO E PROGNÓSTICO · Não necessita · Recontorno cirúrgico Por estética, para facilitar a limpeza e/ou erupção SÍNDROME DE CROUZON · DISOSTOSE CRANIOFACIAl, · Craniossinostose: Fechamento prematuro das suturas cranianas Malformações cranianas · 1 a cada 65.000 nascimentos · Herança autossômica dominante ou idade avançada do pai CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ERADIOGRÁFICAS · Braquicefalia: Cabeça curta · Escafocefalia: Cabeça em forma de navio · Trigonocefalia: Cabeça de forma triangular · + grave= Cabeça no formato de trevo · Órbitas são rasasProptose ocular característica (Olho de peixe) · Deficiência visual ou cegueira total · Deficiência auditiva · CefaleiaPressão intracraniana · Radiografias de crânio mostram um aumento das marcas digitaisAspecto de “metal martelado” , favo de mel, bolha de sabão no osso · Maxila pouco desenvolvida Hipoplasia do terço médio da face · Dentes podem ser apinhados Maloclusão · TRATAMENTO: Múltiplos procedimentos (Craniectomia, avanço fronto-orbital e do terço médio...) SÍNDROME DE APERT · ACROCEFALOSSINDACTILIA · Craniossinostose · 1 a cada 65.000 nascimentos · Mutação no gene receptor 2 do fator de crescimento fibroblástico (FGFR2); · Origem paterna Associada à idade avançada do pai · Pode ser mutações esporádicas CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Produz acrobraquicefalia Crânio em forma de torre · Osso occipital é achatado · Fronte apresenta uma aparência alta · Proptose ocular Inclinação para baixo das fissuras palpebrais laterais · Hipertelorismo · O terço médio de face mostra-se acentuadamente retraído e hipoplásico · Radiografias de crânio Impressões digitais semelhantes à síndrome de Crouzon · Sindactilia do segundo, terceiro e quarto dedos das mãos e dos pés Falanges fusionadas · Retardo mental · Hipoplasia da maxila · Mal desenvolvimento da nasofaringe e coanas Dificuldade de respiraçãoRespiração bucal · Fenda do palato mole ou úvula bífida Forma em V do arco superior · Apinhamento dentárioMaloclusão · Erupção retardada dos dentesEspessamento da gengiva · Pode haver ausência de 1 ou mais dentes permanentes (Incisivos laterais superiores ou pré-molares inferiores) · TRATAMENTO: Abordagem multidisciplinar DISOSTOSES MANDIBULAR · SÍNDROME DE TREACHER-COLLINS, SÍNDROME DE FRANCESCHETTI-ZWAHLENKLEIN; · Defeitos nas estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais; · Hereditária autossômica dominanteIdade avançada do pai · 1 a cada 25.000 a 50.000 nascimentosMais comum que as outras CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS · Zigomas são hipoplásicos Face estreita com depressão das bochechasInclinação oblíqua das fissuras palpebrais · ColobomaChanfradura/depressão na parte externa da pálpebra inferior · Orelhas podem demonstrar algumas anomalias Perda da audição · Mandíbula é hipoplásicaQueixo retraídoBoca para baixo
Compartilhar