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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Caso Clínico Leucemia Mieloide Crônica CASO CLÍNICO Homem de 60 anos, relata febre, perda de peso e sudorese. Foi solicitado a realização de um hemograma, onde foram evidencias as seguintes alterações: • Leucócitos totais: 70.000 • Anemia normocítica normocrômica • Presença de eritoblastos • Predomínio de granulócitos maduros • Aumento de basófilos e eosinófilos QUESTÕES 1. Com base nas informações citadas, qual seria o possível diagnóstico da patologia? O quadro clínico (febre, perda de peso e sudorese) tipifica os primeiros sintomas de Leucemia. Além disso, a indicação de anemia normocítica e normocrômica no eritrograma, somada a presença de leucocitose, concomitante à presença de células jovens (eritroblastos) e de granulócitos maduros e ao aumento de basófilos e eosinófilos, corrobora para a suspeita de Leucemia Mieloide Crônica. 2. Após a realização do hemograma qual seria sua conduta para confirmar o possível diagnostico? A identificação da natureza da população blástica pode ser realizada por meio da imunofenotipagem blástica para confirmação da linhagem mieloide (podendo ser mieloblástica ou mieloblástica/megacarioblástica) ou mista (linfoblástica/ mieloide). No âmbito medular, o diagnóstico pode ser realizado por meio do mielograma e biópsia de medula. A medula óssea dos pacientes com LMC é hipercelular, em função da hiperplasia mieloide, apresentando células em todas as fases de maturação, e a série eritroide encontra-se diminuída (como no caso clínico em questão). Para confirmação diagnóstica e monitoração do tratamento, são utilizadas as análises citogenéticas e moleculares - na maior parte dos casos de LMC, há presença do cromossomo Filadélfia. A presença do cromossomo ou de seu transcrito BCR-ABL determina o diagnóstico da doença. Para resposta citogenética, podem-se usar o cariótipo medular e hibridização in situ por fluorescência (FISH). 3. Por que a leucemia está associada com anemia? A anemia é um dos sinais de leucemia. Na leucemia, a medula óssea produz uma grande quantidade de glóbulos brancos doentes, ou imaturos (blastos), que não têm sua função normal. Quando as células leucêmicas começam a se infiltrar na medula, a produção de glóbulos vermelhos diminui, visto que os leucócitos malignos produzidos excessivamente na leucemia costumam se acumular dentro da medula óssea, ocupando espaço que antes era reservado para a produção de hemácias. A infiltração e a destruição da medula pelos leucócitos malignos impedem a produção de novas hemácias, levando ao desenvolvimento de anemia.
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