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Larissa Quintanilha - @nodegraudoconcurso Resumo LINDB Repristinação: nos termos do art. 2.º, 3.º, da LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, ou seja, precisa estar expresso nessa terceira lei, não é automático. Efeito repristinatório: restabelecimento da lei anterior porque, se a lei objeto do controle é inconstitucional e, assim, nula, ela nunca teve eficácia, portanto, nunca revogou nenhum outro ato normativo. É automático. Território ficto: é uma extensão do território brasileiro, como, por exemplo, uma embaixada. Aos contratos ali celebrados, observarão a norma jurídica brasileira. Analogia: o Parte da comparação entre dois casos; o Forma de integração o Aplica-se a norma a dois casos, um previsto e outro não. o Implica o recurso de uma norma assemelhada por inexistir norma para a hipótese. Interpretação extensiva o Não há comparação; o É forma de interpretação, ou seja, a norma existe, mas é preciso estabelecer seu alcance; o Pode ser utilizada para interpretações de normas coletivas. Exemplo: Existe uma norma para cachorro da raça pinscher. (premissa) Hipótese 1: Aplico a norma para cachorro da raça pitbull - interpretação extensiva Hipótese 2: Aplico a norma para gatos - analogia. A eficácia horizontal dos direitos fundamentais nas relações privadas é típica hipótese de adequada utilização da técnica de ponderação. Métodos de interpretação o Teleológica ou sociológica: busca a finalidade da norma no contexto social. Adapta-se às novas exigências sociais. o Sistemática: norma é interpretada de acordo com o ordenamento em que está inserida, considerando todos os dispositivos que possuam o mesmo objeto. Larissa Quintanilha - @nodegraudoconcurso CESPE/Cristiano Chaves: sistemática é a interpretação que parte da ideia de que a lei não existe isoladamente, devendo ser alcançado o seu sentido em consonância com as demais normas que inspiram aquele ramo do direito. o Histórica: norma é interpretada a partir das circunstancias históricas que a precederam. o Jurisprudencial: é aquela realizada por juízes e Tribunais. o Lógica: leva em consideração a finalidade da norma jurídica realizada de acordo com raciocínios lógicos que consideram a razão da existência da norma, sua intenção e o momento em que foi criada, as motivações políticas, ideológicas, eliminar contradições gramaticais com regras dedutivas e indutivas de pensamento. - De acordo com o princípio da anualidade, a lei orçamentária vigora a partir do 1º dia do ano, ainda que nenhum de seus artigos faça estipulações a respeito, pouco importando a data de sua publicação oficial. É uma exceção ao princípio da vigência sincrônica. EQUIDADE como forma de Integração: Pela LINDB não pode! Pelo CPC só quando previsto expressamente poderá. Pela Jurisprudência e parte da doutrina, pode. Antinomia: - norma posterior e norma anterior – antinomia de 1º grau - norma ESPECIAL X norma geral – antinomia de 1º grau - norma SUPERIOR X norma inferior – antinomia de 1º grau - norma ANTERIOR ESPECIAL X norma posterior geral– antinomia de 2º grau (critério da especialidade) - norma ANTERIOR SUPERIOR X norma posterior inferior – antinomia de 2º grau aparente (critério hierárquico). * 1º ou 2º graus referem-se ao número de critérios *As normas em destaque são as que prevalecem, nos respectivos casos. Larissa Quintanilha - @nodegraudoconcurso Lacunas: o Lacuna Axiológica: presença de norma para o caso concreto, mas cuja aplicação seja insatisfatória ou injusta. o Lacuna Normativa: ausência total de norma prevista para um determinado caso concreto. o Lacuna Ontológica: presença de norma para o caso concreto, mas que não tenha eficácia social. o Lacuna de conflito ou antinomia: choque de duas ou mais normas válidas, pendente de solução no caso concreto. - A cobrança de dívida de jogo contraída por brasileiro em cassino que funciona legalmente no exterior é juridicamente possível e não ofende a ordem pública, os bons costumes e a soberania nacional. STJ. 3ª Turma. REsp 1628974-SP, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 13/6/2017 (Info 610). -Em regra, apenas os costumes, assim considerados as práticas e os usos reiterados de conteúdo lícito, secundum legem (segundo a lei) e praeter legem (na falta da lei) são admitidos como instrumentos de integração da norma. Prazo de vacatio legis BRASIL: ▪ REGRA 1: a própria lei estabelece o prazo de vacatio legis. ▪ REGRA 2: quando a lei não dispuser prazo diverso, o prazo é de 45 dias depois de oficialmente publicada a lei. ESTRANGEIRO: Prazo de 3 meses depois de oficialmente publicada. -A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Assim, por exemplo, se uma lei foi publicada no dia 10 de fevereiro, com prazo de vacatio legis de 5 dias, entrará em vigor no dia 15 de fevereiro. Conta-se o dia 10 (primeiro dia), 11, 12, 13 e 14 (quinto dia) e irá entrar em vigor no dia seguinte (15). -O prazo de vacatio legis diz respeito à lei em sentido estrito, não se aplicando a decretos, regulamentos ou atos administrativos, os quais entram em vigor na data de sua publicação. Larissa Quintanilha - @nodegraudoconcurso -Em regra, a lei possui efeito permanente, haja vista que produzirá efeitos até ser revogada por outra lei. Apenas lei revoga lei e, não é admitida aplicação do costume contra a lei. Sendo assim, o costume não tem força para revogar a lei, nem essa perde a sua eficácia pelo não uso e, por isso, o desuso e o costume não têm força para revogar uma lei. Regras sobre o começo e fim da personalidade, nome, capacidade e direitos de família. Lei do País de domicílio da pessoa Regime de bens do casamento Lei do país em que os nubentes tiverem domicílio. Se for diverso, primeiro domicílio conjugal. Casamento realizado no Brasil Lei brasileira quanto aos impedimentos e às formalidades da celebração. Para qualificar os bens e reger as relações a ele concernentes Lei do país em que estiverem situados Bens móveis que a pessoa trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares Lei do país de domicílio do proprietário Para qualificar e reger as obrigações Lei do país em que se constituírem Sucessão por morte ou ausência Lei do país em que domiciliado o defunto. *Em caso de bens de estrangeiro situados no Brasil, a lei brasileira se aplicará ao cônjuge ou filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus, Capacidade para suceder Lei de domicílio do herdeiro ou legatário Cumprimento de diligencias estrangeiras por autoridade judiciária brasileira Cumprimento segundo a lei brasileira, e lei estrangeira quanto ao objeto da diligência. Prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro Lei que vigorar no país onde ocorreu o fato. *Não admite provas que a lei brasileira desconheça. Réu domiciliado no Brasil ou obrigação que deva ser cumprida aqui Justiça brasileira. Imóveis situados no Brasil Só a autoridade brasileira. As leis, atos e sentenças de outro país não terão eficácia no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Responsabilidade dos agentes públicos Larissa Quintanilha - @nodegraudoconcurso CF: responsabilidade subjetiva do agente público exige DOLO ou CULPA. LINDB: responsabilidade subjetiva do agente público DOLO ou ERRO GROSSEIRO. Seja como for, a tendência é que o agente público responda apenas regressivamente, e não de forma direta O art. 22 da LINDB, veicula o primado da realidade, ou seja, o prestígio da situaçãoconcreta, devendo ser levados em conta, na interpretação das normas sobre gestão pública: os obstáculos e dificuldades reais do gestor público; as exigências das políticas públicas a seu cargo; os direitos dos administrados. A mesma norma prevê que na análise da regularidade de contrato administrativo serão levadas em consideração as circunstâncias práticas na ação do agente. Conforme ensina a doutrina, trata-se de norma que busca mitigar o rigor da lei na aplicação da lei contra os administradores públicos, especialmente de pequenos municípios, com realidades próprias, que não se comparam com as de grandes centros (Christiano Chaves de Farias, Nelson Rosenvald e Felipe Braga Netto). Registra-se, porém, a cautela na sua aplicação, a fim de não criar casuísmos com esvaziamento de imposições normativas.