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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA THAIS CORREIA DE MATOS PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA GRUPOS ESPECIAIS: CAPÍTULO I, II E III ARACAJU 2021 THAIS CORREIA DE MATOS PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS PARA GRUPOS ESPECIAIS: CAPÍTULO I, II E III Fichamento da disciplina PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA GRUPOS ESPECIAIS do Curso de Educação Física da Estácio de Sergipe. Prof. Dr. Michael Nadson Santos Santana ARACAJU 2021 NÚMERO DO FICHAMENTO: FICHAMENTO I TÍTULO DO CAPÍTULO: UNIDADE 1 REFERÊNCIA DO LIVRO (ABNT): FERREIRA, Sandra. Prescrição de Atividades Físicas para Grupos Especiais: Unidade 1- Fundamentos para Prescrição e Exercícios para Populações Especiais. TEMA ABORDADO: FUNDAMENTOS PARA PRESCRIÇÃO E EXERCÍCIOS PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS SUBTÓPICOS ABORDADOS: 1.1. Princípios biológicos para prescrição e orientação de exercícios físicos (EF); 1.2. Componentes dos exercícios físicos; 1.3. Escalas de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE); 1.4. Taxa de progressão; 1.5. Fatores a considerar antes de determinar a intensidade do exercício; CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA: No primeiro capítulo se tratou dos fundamentos para prescrição e exercícios para populações especiais, onde foram apresentados alguns princípios voltados para saúde, com objetivo de promover alteração comportamental da saúde dos indivíduos que começam a praticar atividade física de forma habitual. De acordo com o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000), relatou que essa prescrição possui uma técnica, que é a integração entre a ciência do exercício com outras técnicas comportamentais e tem como resultado a longo prazo a aderência aos programas e concretização dos objetivos individuais. Para que essa integração aconteça é preciso conhecer os princípios biológicos do exercício físico- (EF) que são: princípio da sobrecarga, progressão e individualidade; princípio da especificidade; e o princípio da reversibilidade, é necessário que haja uma organização na rotina dos exercícios baseada neles. O primeiro princípio biológico citado anteriormente, foi descrito em um dos subtópicos, por Guedes e Guedes em 2005, da seguinte maneira: O princípio da sobrecarga: nesse processo o organismo do indivíduo vai estar sujeitado a realizar exercícios que ofereçam uma maior intensidade nos esforços físicos, além do normal, para que haja uma melhoria na condição metabólica e funcional; Na progressão: já nessa etapa, o esforço físico que o indivíduo vai ser submetido terá que apresentar uma série de adaptações orgânicas, onde lhe permitirá a passar por estímulos cada vez mais intensos, podendo ocorrer de maneira isolada ou por meio do aumento da quantidade e intensidades das atividades. Já no princípio da individualidade, cada organismo reagirá aos estímulos dos exercícios físicos de maneira diferente pois vai depender do sexo, hábitos de vida, estado de saúde e outros, apresentado também uma diferença de forma e ritmo na progressão da adaptação aos esforços físicos. Tiveram mais dois princípios que não foram citados por Guedes, são eles: o da especificidade e da reversibilidade. Nesse primeiro princípio, as adaptações produzidas no organismo, ao realizar algum exercício físico, serão de maneira especifica para esse tipo de esforço, a exemplo, em um treinamento de musculação para desenvolver força. Já no último princípio as adaptações metabólicas e funcionais provocadas pelo exercício físico irão retornar aos estados iniciais após a pausa dos programas prescritos. Os exercícios físicos que têm resultados mais rápido no organismo, são aqueles de maior intensidade e com menor duração, os de baixa intensidade e de longa a média duração têm resultado mais prolongado. Outro subtópico abordado na primeira unidade, foi sobre os componentes dos exercícios físicos. Quando é estabelecido uma combinação entre três desses componentes básicos, que são eles: frequência, duração e intensidade dos esforços físicos, as rotinas de exercícios físicos produzem as adaptações conforme desejado. A frequência de realização dos exercícios físicos, que é um dos componentes básicos, refere-se à quantidade de vezes que o indivíduo se exercita por dia ou por semana. Já o segundo componente é a duração, este é caracterizado pelo tempo gasto na execução de um exercício físico específico, onde este atua sobre o organismo sem interrupções, e uma sessão de EF, este equivale ao tempo total em que o indivíduo estar envolvido na sessão de treinamento, incluindo as pausas entre os exercícios. Essa sessão terá que apresentar três momentos: parte inicial, principal e final, independentemente da duração. A parte inicial da sessão de exercício físico, é a fase de aquecimento ou preparatória, tem como objetivo preparar o organismo de maneira física e psicologicamente para os esforços de alta intensidade, evitando assim possíveis lesões e súbitas alterações fisiológicas. Já na parte principal, o objetivo é aumentar a demanda metabólica e funcional, que resultará no incremento significativo da demanda energética. E por último, a parte final é conhecida como resfriamento, pois esta fará com que o organismo retorne gradativamente a níveis próximos ao repouso. O último componente básico que é a intensidade, está relacionando entre dois tipos de esforços físicos: o requerido para sua realização, e o máximo, é aquele que o indivíduo tem condições de suportar. A recomendação dada pelo ACSM, é que a intensidade do exercício seja prescrita com 60 a 90% da frequência cardíaca máxima (FCmáx) ou 50 a 85% do volume máximo de oxigênio (VO2máx) ou reserva da FC. Os indivíduos com o nível de aptidão inicial muito baixo respondem à intensidade de exercício baixa, com uma porcentagem de 40 a 50% do VO2máx. A intensidade do exercício físico muitas vezes é realizada com base em proporções de frequência cardíaca máxima de esforço. É durante um teste de esforço graduado, que é a melhor forma de se medir a FCmáx, e para determinar as suas variações existem algumas abordagens, usando a sua porcentagem, o método de reserva e a escala de sensação subjetiva de esforço. Como regra geral, após os 20-25 anos admite-se que ocorre a diminuição de um batimento cardíaco por minuto a cada ano. Uma estimativa da frequência cardíaca máxima de esforço pode ser feita mediante subtração da idade atual do valor 220. Então se um indivíduo com 40 anos e com FC de repouso de 70bpm, os limites da sua frequência cardíaca preconizada para esforços físicos a intensidades entre 40% e 65% deverá se apresentar dentro de um limite de 114 batimentos/minuto (bpm) a 142 bpm. Ou seja, os exercícios físicos não deverão apresentar intensidade que possa elevar a FC acima de 114 bpm, e não exceder a 142 batimentos/minuto. Esse processo é conhecido como zona alvo, que é o limite superior e inferior da frequência cardíaca recomendada para os esforços físicos. É importante também a avaliação da percepção subjetiva do esforço (PSE) pois os dados delineados descrevem melhor a relação entre FC, Vo2 e PSE e os resultados em uma intensidade de exercício mais apropriada para pessoas com aptidão limitada. Algo que é usado como complemento para monitorização da FC são as escalas de percepção subjetiva de esforço (PSE), pois elas podem apresentar variação da intensidade entre um teste de esforço graduado e uma sessão de exercício. Essas escalas também têm sido de grande importância na prescrição de exercício para indivíduos que têm dificuldade com a palpação da FC e em casos em que a resposta da FC a exercícios possa ter sido alterada por uma mudança da medicação. Para avaliar a intensidade do esforço foi utilizada a Escala de Borg, com pontuações de 6 a 20, onde a variação da percepçãosubjetiva de esforço associada à adaptação fisiológica ao exercício era representada do número 12 a 16. Outro tipo de avaliação foi com a Escala OMNI, utilizada para avaliar a intensidade do esforço e classificar a resistência de força (intensidade moderada por meio da classificação representada pelos números de 3 A 6). Para avaliar o esforço na corrida pode ser utilizada a escala OMNI-Walk/Run. O ACSM (2000) destacou alguns estágios do programa de EF recomendados para populações especiais, que podem ajudar na tomada de decisões em cada etapa. Em outro subtópico foi destacado sobre a taxa de progressão, sendo recomendada em um programa de condicionamento, vai depender de vários fatores que são eles: capacidade funcional, preferências, objetivos das atividades individuais, idade e estado de saúde. Em indivíduos com boa qualidade de saúde, o componente resistência da prescrição de exercício possui três estágios de progressão: inicial, melhora e manutenção. No primeiro estágio deve ser feita a inclusão de exercícios de resistência muscular e atividades aeróbias de nível baixo (40 a 60% da frequência cardíaca de reserva ou volume máximo de oxigênio), para evitar desconfortos e lesões foi preciso escolher exercícios compatíveis com a sensibilidade muscular mínima. A duração desse tipo de estágio vai depender da adaptação de cada indivíduo. O tempo da sessão de exercícios na fase inicial deve durar aproximadamente de 12 a 15 minutos e progredir para 20min. É recomendado que os participantes desse programa façam exercício pelo menos três vezes na semana alternando os dias. No estágio da melhora, o participante evolui de maneira mais rápida que o estágio anterior, pois durante 4 a 5 meses ocorre um aumento da progressão da intensidade, chegando a um resultado de 50 a 85% do volume máximo de oxigênio. Nessa etapa a duração é aumentada a cada 2 a 3 semanas, até que o indivíduo consiga praticar exercícios de maneira continua durante 20 a 30min. Para participantes sem condicionamento físico e idosos, é preciso dar mais tempo para se adaptar a cada estágio. E o último estágio é o de manutenção, nele o programa de exercício é iniciado depois dos seis primeiros meses de treinamento. O indivíduo manterá seus níveis de aptidão, fazendo seus exercícios de acordo com sua rotina, com um aumento adicional mínimo de estímulos de condicionamento. Os objetivos do programa nesse ponto devem ser revisados e estabelecer outros. Deve ser planejado um programa especifico de exercício para manter a aptidão, e que tenha o mesmo gasto de energia do programa de condicionamento, para satisfazer às necessidades e interesses do participante por um período prolongado. É importante incluir exercícios que o indivíduo considere agradável. A finalização do Capítulo 1, foi com o subtópico mostrando alguns fatores que devem ser levados em consideração antes de determinar o nível da intensidade do exercício, que são eles: nível individual de aptidão; presença de medicamentos que podem influenciar a frequência cardíaca (ex: β-bloqueadores que irão reduzir a FC em repouso e sua resposta ao exercício); risco de lesão ortopédica ou cardiovascular; preferências individuais para o exercício; objetivos do programa individual. Antes de iniciar um programa de exercícios físicos para populações especiais, por exemplo, em participantes com idade acima de 40 anos, é preciso fazer uma anamnese clínica e perfil de fatores de risco para doenças crônico-degenerativas. Podendo ser utilizado outras medidas de avaliação como: medidas antropométricas (massa corporal; altura; circunferências; espessuras das dobras cutâneas); medidas e avaliação em atividade física; avaliação Postural (Simetria cabeça, tronco, pernas e pés); parâmetros funcionais como frequência cardíaca e pressão arterial em repouso e no esforço; resistência cardiorrespiratória através do: consumo máximo de oxigênio (vo2máx) por meio dos métodos laboratoriais ou de campo, e entre outros. Contudo foi possível destacar alguns pontos importantes para a prática profissional. Sabendo que para prescrição de qualquer tipo de exercício é primordial que venha ser feito uma anamnese para conhecer cada particularidade de cada participante, tendo um controle e atenção ao preparar os treinos, também é prioritário que seja aplicado os princípios biológicos, para que ao decorrer do tempo os objetivos de cada sessão de treinamento venham ser atingidos. NÚMERO DO FICHAMENTO: FICHAMENTO II TÍTULO DO CAPÍTULO: UNIDADE 2 REFERÊNCIA DO LIVRO (ABNT): FERREIRA, Sandra. Prescrição de Atividades Físicas para Grupos Especiais: Unidade 2- Prescrição voltada para Exercícios Intervalados TEMA ABORDADO: PRESCRIÇÃO VOLTADA PARA EXERCÍCIOS INTERVALADOS SUBTÓPICOS ABORDADOS: 2.1. Treinamento com pesos (TP); 2.2. Hidroginástica. CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA: Neste segundo capítulo foi destacado as prescrições voltadas para exercícios intervalados, apresentando alguns princípios básicos para prescrição de exercícios com pesos direcionados para saúde do idoso, pois esses por apresentar algumas comorbidades associadas ou não a fase de senescência, como a artrite, alterações posturais, a hipertensão e outras condições, podem prejudicar esses indivíduos e resultar em limitações das funções físicas na realização de exercícios físicos. Os exercícios intervalados possuem características de duração (geralmente com intervalos entre uma ação e outra) e intensidade (média a alta) possuem maior participação do metabolismo anaeróbio do que o aeróbio. O primeiro subtópico abordado dessa unidade foi sobre treinamento com pesos (TP). Esse tipo de treinamento pode trazer benefícios para seus praticantes, em idosos, por exemplo, pode torná-los aptos a realizar suas atividades diárias com maior facilidade e contrapor-se à sarcopenia (redução da massa muscular) e osteopenia (redução da massa óssea), e a fragilidade também. Tem sido recomendada cautela na taxa de progressão do programa TP para idosos. O controle da taxa de progressão pode minimizar possíveis eventos adversos relacionados a sua prática. Embora existam evidências que apontem para a não diferença entre adultos jovens e idosos quanto à progressão da intensidade/volume do treinamento, é de grande importância observar e avaliar as respostas adaptativas apresentadas por cada indivíduo, bem como o estado de saúde do idoso. Nesse sentido, atenção cuidadosa deve ser ofertada para relação estímulo de treinamento/recuperação. A capacidade cardiorrespiratória e a individualização da prescrição do treinamento com pesos, são fundamentais e tem que ser baseados na aptidão, no estado de saúde e objetivos dos praticantes. Para implementar um programa de TP em idosos tem que seguir uma abordagem gradual e progressiva, fazendo com que esse processo venha minimizar os riscos de lesões por esforço e deixar a atividade mais agradável, aumentando assim aceitação do idoso. Essa abordagem possibilita identificar e solucionar possíveis falhas na elaboração, como também a não adaptação do idoso em algum exercício especifico ou equipamento. O aprendizado do padrão e velocidade de movimento dos exercícios são os problemas enfrentado pelos idosos na fase inicial da implementação de um programa de TP. Se o idoso se acostumar de forma ideal com cada tipo de exercício, como consequência, aumentará a sua autoconfiança, a taxa de progressão do treinamento com peso e seus benefícios. O que pode se tornar como incentivo na fase de implementação, é criar um vínculo de amizade e confiança com o idoso, para ter uma melhor aderência e aumento do prazer em praticar o TP. Outro tipo de prescrição de TP abordado foi o, por meio de zona de repetições máximas, que é caracterizada pelo número de repetições pré-estabelecidas (10-12 repetições máximas) que o indivíduo consegue movimentar a maior carga. Esse tipo de método apresenta importantes vantagens como: não dependedas avaliações iniciais da força muscular máxima (1-RM) e permite o reajuste da carga sem que haja interrupção do treinamento para realização de novas avaliações. É importante que os participantes sem experiência em treinamento com pesos, se familiarizem nos equipamentos, antes de realizar o teste de força submáxima para cada grupamento muscular. Nas fases iniciais do programa de TP, as avaliações da força muscular são mais frequentes, pois ocorre uma adaptação do sistema neuromuscular nos primeiros seis meses de treinamento, podendo tornarem-se mais espaçadas no decorrer do programa. Para se fazer a seleção dos exercícios é preciso ser levado em consideração, as informações adquiridas nas avaliações, o nível de habilidade e experiência do participante. Os exercícios que apresentam menor demanda de habilidade motora e risco de lesão, para idosos sem experiência prévia em TP, são os monoarticulares, especificamente os realizados em máquinas, que podem facilitar o aprendizado e promover aumento da força muscular desses indivíduos. Já os exercícios que envolvem maior quantidade de massa muscular e exigem maior complexidade do controle neural da ativação muscular, são os multiarticulares, que possibilitam a realização do exercício com maior carga, se tornando uma opção de progressão de treinamento. Esse tipo de exercício promove maiores aumentos da força muscular em comparação aos monoarticulares. Participantes sem experiência prévia em treinamento com pesos, é preciso que seja empregado velocidades lentas a moderadas para ocorrer uma melhora significativa da força e potência muscular máxima. A velocidade de realização dos exercícios pode ir aumento gradativamente, com o passar do tempo, quando o aluno apresentar boa qualidade na execução dos movimentos para cada tipo de exercício escolhido. É preciso evitar o esforço máximo e instruir no processo de respiração durante a realização dos exercícios para que o organismo tem uma boa resposta no retorno venoso. O último subtópico abordado foi a hidroginástica, esse tipo de exercício é ideal para pessoas que tem problemas articulares e obesos, pois exerce baixo impacto nas articulações. Os exercícios físicos que naturalmente não alcançam limites de intensidade aeróbia na terra como a caminhada, podem apresentar estímulos de esforços adequado na água, através do aumento da resistência nos movimentos corporais. Em termos fisiológicos, o sistema circulatório é afetado quando o corpo está em água porque a pressão hidrostática excede a pressão venosa e tende aumentar um retorno venoso ao coração. O volume final diastólico aumenta e o volume ejetado médio mostra um aumento de até 35% com a imersão ao nível do pescoço. Esse efeito tem sido benéfico para pacientes com infarto e miopatia (McMurray, et al., 1988). Quando o corpo está imerso, a água serve como um método para transferência de calor, ela também em relação ao sistema musculoesquelético, acaba reduzindo a necessidade de vasoconstrição periférica, e melhorando o fluxo sanguíneo muscular, auxiliando na remoção de detritos metabólicos. A prática da hidroginástica possui algumas restrições para determinados casos específicos, pacientes com insuficiência cardíaca, por exemplo, na água poderia aumentar o estresse no sistema circulatório central, colocando-o em uma situação de risco. De acordo com o exposto, a prescrição tanto do treinamento com pesos, quanto a hidroginástica possuem uma particularidade, pois vai depender qual público vai ser trabalhado, e o intuito de se aplicar cada tipo de exercício. NÚMERO DO FICHAMENTO: FICHAMENTO III TÍTULO DO CAPÍTULO: UNIDADE 3 REFERÊNCIA DO LIVRO (ABNT): FERREIRA, Sandra. Prescrição de Atividades Físicas para Grupos Especiais: Unidade 3- Prescrição para Exercícios Contínuos (Caminhada e Corrida) TEMA ABORDADO: PRESCRIÇÃO PARA EXERCÍCIOS CONTÍNUOS (CAMINHADA E CORRIDA) SUBTÓPICOS ABORDADOS: 3.1. Caminhada; 3.2. Corrida; 3.3. Equivalente de Gasto energético; 3.4. Prescrição de atividades em grupos (idosos). CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA: O último capítulo abordou sobre a prescrição para exercícios contínuos (caminhada e corrida), que são conhecidos como atividades aeróbias. Essas atividades abrangem esforços físicos de média a longa duração e de caráter dinâmico, em ritmo constante e intensidade moderada, é utilizado grandes grupos musculares, onde podem ser ativado todo o sistema orgânico de oxigenação. A eficiência dos exercícios aeróbicos está associada à demanda energética total que é induzida pelo trabalho muscular, estando associada a uma combinação correta entre a frequência, intensidade e duração dos esforços físicos. O primeiro exercício descrito foi a caminhada, ela é uma atividade popularmente mais encontrada nas práticas de exercícios físicos, e recomendada por ser a base de locomoção, estando presente na maioria das atividades diárias. Para calcular a energia consumida durante a caminhada, deverá levar em consideração a velocidade empregada, a distância percorrida e o peso corporal do indivíduo. De acordo com Cooper, um indivíduo estando em uma velocidade de 50 e 100 metros por minuto, ou, 3 a 6 km/h a sua demanda energética ocorrerá por volta de 0,6 kcal a cada km percorrido por kg de peso corporal. Outro exercício descrito foi a corrida, essa modalidade é muito usada em programas de treinamento. O indivíduo fazendo caminhada em velocidades mais baixas a sua demanda energética é menor que na corrida, mas se ele estiver próximo a 8km/h, sua demanda energética tanto da corrida, quanto da caminhada serão semelhantes. Para calcular demanda energética total da atividade, foi demonstrado da seguinte forma: um equivalente energético, para correr um metro/minuto, em plano horizontal, é de 3,5ml de oxigênio, ao multiplicar a velocidade de corrida, em metros/minuto, por 0,2 e acrescentar o valor de repouso, vai obter o custo de oxigênio da corrida expresso em relação ao peso corporal do indivíduo. É bastante comum em treinamentos de corrida, aumentar a velocidade e manter o tempo constante, tendo uma intenção de alcançar o gasto energético mais elevado, para resultar na melhora da condição física do aluno. Uma pessoa com gasto energético inferior a 500kcal por semana, com um mínimo de atividade física possível, é considerada sedentária. Para que essa pessoa saia dessa zona é preciso ter um gasto energético semanal de pelo menos 1000kcal, gastando no mínimo 2.200 calorias por semana com atividades físicas. O sedentarismo pode trazer vários problemas para saúde dos indivíduos. Algo que também foi abordado nesse capítulo foi sobre a prescrição de atividade em grupos idosos. A realização de exercícios para esse grupo deve ser três vezes por semana, com sessões que durem aproximadamente 50min, tendo o aquecimento como parte inicial, e a parte principal e final, sendo para voltar a calma. Quando é feito atividade física na fase da senescência é possível verificar as capacidades funcionais dos indivíduos, como a sua flexibilidade, força muscular, resistência aeróbia, coordenação, equilíbrio e agilidade. A qualidade de vida do idoso está relacionada à manutenção dessas capacidades e da sua autonomia. As capacidades funcionais ajudam o indivíduo a realizar suas atividades de maneira segura e eficiente. Os exercícios que serão inseridos na sessão de treinamento para idosos devem contemplar vários componentes da capacidade funcional (CF), sendo escolhidos de forma cuidadosa e desenvolvidos em uma mesma sessão de treinamento ou até mesmo alternadas. É preciso que haja um planejamento desses componentes que serão trabalhados nas sessões e seja feita a escolha das atividades de forma especifica para o seu desenvolvimento. É preciso que ao longo das sessões seja definido o volume e intensidade com que cada atividade deve ser desenvolvida. A elaboração dos exercícios para atividade física generalizada é baseada na avalição funcionalrealizada por meio da bateria de testes motores para idosos American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAPHERD). Esses testes servem para que os componentes da CF, sejam desenvolvidos com maior ênfase. Sabemos que, a prática diária de exercício físico produz vários benefícios à saúde ao longo da vida. A prescrição de exercícios contínuos deve ser bem estruturada, para que tenha uma demanda energética total, e um o objetivo de aumentar do condicionamento físico e resistência muscular.
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