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1 | P á g i n a UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Escola de Ciências Humanas e Sociais (ECHS) 1º ano da Licenciatura em Turismo RESUMO DO LIVRO DIAS, Reinaldo (2011): Introdução ao Turismo. 1ª Edição. São Paulo. Editora ATLAS UC: Introdução Ao Turismo Docente: Xerardo Pereiro Discente: Ana Luísa Teixeira, al72964 2020/2021 2 | P á g i n a Índice • Introdução ................................................................................................................................................. 3 • Capítulo 1- Principais conceitos e definições em turismo ....................................................................... 4 • Capítulo 2- A Evolução Histórica do Turismo ......................................................................................... 4 • Capítulo 3- Mercado Turístico .................................................................................................................. 5 • Capítulo 4- Segmentação do Mercado Turístico ...................................................................................... 6 • Capítulo 5 – Destinos Turísticos............................................................................................................... 6 • Capítulo 6 – Economia e Turismo ............................................................................................................ 7 • Capítulo 7 – Turismo e meio ambiente natural ........................................................................................ 8 • Capítulo 8 – Sustentabilidade do Turismo ............................................................................................... 9 • Capítulo 9 – Turismo, cultura e sociedade ............................................................................................. 10 • Capítulo 10 – O marketing em Turismo ................................................................................................. 10 • Capítulo 11 – O papel do setor publico no turismo ................................................................................ 12 • Capítulo 12 – O setor privado e o turismo.............................................................................................. 12 • Capítulo 13 – O futuro do turismo .......................................................................................................... 13 • Conclusão ................................................................................................................................................ 14 • Bibliografia ............................................................................................................................................. 15 3 | P á g i n a • Introdução O presente trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Introdução ao Turismo, lecionada pelo docente Xerardo Pereiro, no primeiro ano da Licenciatura em Turismo na Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro. O resumo do livro de Reinaldo Dias “Introdução ao Turismo” tem como o objetivo de clarificar e dar a entender como evoluiu o conceito de Turismo, Turista, Viajante ou Excursionista ao longo da nossa história para chegar as definições que temos na atualidade e todas as modificações que houve para uma evolução deste movimento. Também com a execução deste trabalho poderemos entender de que forma o turismo aumentado e que motivos levam a esse crescimento. O livro encontra-se organizado em treze capítulos com diversos subcapítulos que pretendo simplificar no resumo. 4 | P á g i n a • Capítulo 1- Principais conceitos e definições em turismo Desde os primórdios que existem deslocamentos por motivos de sobrevivência e mais tarde por religião, negócios, saúde, etc... Ao aumentar a procura da viagem e descoberta nasceu o “grand tour” que tinha o objetivo de educar as elites. Ao longo do tempo o conceito de “viagem” evoluiu para “turismo” e este teve várias definições até existir a definição da OMT (Organização Mundial do Turismo) que nos diz que o turismo são as diferentes atividades feitas nas viagens e estadias com duração de menos um ano. Esta definição inclui turistas (que pernoitam) e excursionistas (não pernoitam). A unidade básica da estrutura do turismo são os visitantes e estes podem ser internacionais (quando viajam para outro país), interno (viajam dentro do país de residência) e pode ser caracterizado como turista (se pernoitar) e excursionista (se não pernoitar). A OMT afirma também que existem 3 tipos de turismo básicos: turismo interno (doméstico), turismo recetivo e turismo emissor. Destes derivam ainda o turismo interior (turismo doméstico + turismo recetivo); turismo nacional (turismo doméstico + turismo emissor); turismo internacional (turismo recetivo + turismo emissor). O turismo pode ser considerado um subsistema do sistema social compreendendo as relações que existem entre as organizações e as pessoas (acontece quando se desenvolve uma atividade turística). Ao relacionar o turismo com zonas desenvolvidas e zonas subdesenvolvidas ou em desenvolvimento temos dois núcleos, o emissor e o recetor, respetivamente. • Capítulo 2- A Evolução Histórica do Turismo Como referido anteriormente o conceito de turismo existe desde tempos muitos antigos. Na antiga Grécia tínhamos o Turismo Religioso- Visita a oráculos ou participação em Jogos Olímpicos. Havia também Turismo Cultural- Filósofos que procuravam o conhecimento. Com a queda do Império Romano houve uma dificuldade nos deslocamentos, mas mesmo assim verificou-se um aumento das viagens de cariz religioso e comercial. O séc. XIX ficou marcado no desenvolvimento do turismo pelo aparecimento do vapor como energia, dos comboios e pelo contributo de Thomas Cook com a organização da sua primeira viagem (5 julho de 1841) de onde nasceram os cupões, pacotes de viagens com tudo incluído (alojamento, transporte, atividades no local de destino, etc.…) tornando as viagens mais atrativas. Com o aumento do turismo as preferências eram: praias, termalismo e o contacto com a natureza. No séc. XX surgiu o automóvel que veio aumentar o fluxo turístico e criar associações que organizavam excursões e criavam mapas, hotéis junto das linhas ferroviárias – motéis- e restaurantes perto dos motéis que serviam comidas rápidas. 5 | P á g i n a Em 1936 com a Legislação Nacional criou-se um período de férias obrigatório para os trabalhadores – Turismo Social. A partir de 1945 com o aparecimento do avião o turismo sofre um aumento exponencial. No Pós-Guerra os fatores que favoreceram o turismo foram a recuperação da economia, a melhoria das infraestruturas e meios de transporte, a melhoria das condições de trabalho, etc… O que veio a caracterizar as décadas de 70 e 80 foi a evolução do transporte, o crescimento da indústria turística, as novas tecnologias e os mercados emissores e recetores. Entre a década de 90 e o Séc. XXI apareceu o turismo mais voltado para a natureza (Ex: ecoturismo). O turismo veio a tornar-se um dos maiores acontecimentos da história impulsionado por fatores económicos, tecnológicos, culturais e políticos. Os pioneiros do turismo foram Thomas Cook, César Ritz, George Mortimer Pullman, Karl Baedecker e Kurt Krapf. • Capítulo 3- Mercado Turístico O mercado existe em qualquer sociedade e é considerado a existência de trocas. Apresenta dois lados – a demanda e a oferta – que irá condicionar o mercado com o facto de haver uma necessidade, o desejo de a satisfazer e a capacidade de compra e assim o mercado pode ser considerado como o consumo feito pelas pessoas. Em relação ao turismo, o consumo feito pelo viajante é o total de gastos realizado (durante a viagem, antes da viagem e depois da viagem). Este consumopode ser dividido em: consumo turístico primário (alojamento, transporte, etc.) e consumo turístico secundário (bens e serviços consumíveis). Este consumo turístico é caracterizado pelo facto de ter de ser realizado no local e apenas deixar uma experiência ou recordação. Da vista do turismo o mercado é caracterizado pelo contacto entre o turista (demanda) e quem comercializa o produto (oferta). A demanda é caracterizada como “o número total de pessoas que viajam ou decidem viajar, para disfrutar de instalações turísticas e de serviços em locais diferentes do local de trabalho ou residência habitual” (Mathieson e Wall, 1982), é condicionada pela disponibilidade económica e pelos fatores demográficos e sociais e é classificada em real, potencial, histórica, futura e potencial vinculada à real. As motivações da demanda vão ser o que leva o consumidor a adquirir o produto derivando de estímulos externos ou internos (motivações) e para o turismo estas motivações podem ser físicas, psicológicas, sociais ou culturais. Para haver o mercado turístico tem de haver recursos turísticos e estes podem ser classificados em naturais, potenciais, básicos e complementares e podem ainda ser divididos 6 | P á g i n a por espaços naturais, museus, manifestações culturais, folclore, realizações técnicas, científicas ou artísticas contemporâneas e acontecimentos programados. • Capítulo 4- Segmentação do Mercado Turístico A segmentação consiste na divisão do mercado turístico em grupos iguais relativos a um critério adotado desenvolvendo para cada grupo diferentes estratégias de marketing. Existem várias vantagens associadas à segmentação de um mercado turístico como: a identificação dos públicos-alvo e os segmentos onde a competição é mais fraca; uma definição melhorada de mercado de acordo com as necessidades do consumidor; identificar necessidades que ainda não foram satisfeitas; recursos de marketing melhorados em cada segmento; melhoramento da comunicação. A segmentação deve conseguir medir-se em tamanho e noutras varáveis, deve ser acessível através da promoção, grande e lucrativa, ter características particulares e ser competitiva. A OMT sugere que a segmentação deve ter em conta quatro principais categorias: a demografia, geografia, psicografia e o comportamento. É de salientar que não há limites para o processo de segmentação. • Capítulo 5 – Destinos Turísticos Pode considerar-se uma destinação turística uma localidade, região ou até um país que receberá visitantes. O turista irá assim, fazer da localidade o seu principal destino uma vez que irá instalar-se nela por um curto período. Assim torna-se cada vez mais importante a preservação de localidades. Os destinos turísticos podem ser vistos metaforicamente como uma empresa onde os turistas são os clientes, mas torna-se complexo devido à exigência de maior organização por parte do turismo. Para uma localidade ser considerada uma atração deve ter-se em consideração alguns fatores como: segurança, higiene, acessibilidade, transparência, autenticidade e harmonia. Para além destes fatores deve saber-se que o principal responsável pela qualidade do produto turístico, neste caso a localidade, é o poder público local. Segundo R.W. Butler (1980) os destinos turísticos apresentam um ciclo de vida. No modelo apresentado por Butler a variável mais importante é a evolução do número de visitantes em diversas fases: exploração, envolvimento, desenvolvimento, consolidação, estagnação e declínio (rejuvenescimento). 7 | P á g i n a A principal interação nos destinos turísticos é o contacto dos turistas com os residentes. Estas interações são caracterizadas por não serem espontâneas, por serem transitórias e limitadas. As relações existentes entre o turista e as pessoas residentes na localidade permitiram a Doxey (1972) criar uma escala de relacionamento baseada na evolução de sentimentos constituída por quatro estágios: euforia, apatia, irritação e antagonismo. A tipologia dos turistas tem vindo a ser estudada por vários autores, mas a mais usada é a proposta de Cohen (1972) que identifica quatro tipos: mochileiro (aventura-se por zonas pouco conhecidas), explorador (escapa da rota normal e organiza a própria viagem), turista de massas individual (recorre a agências de viagens) e o turista de massas organizado (não arrisca e viaja em grupo). • Capítulo 6 – Economia e Turismo Da visão económica a produção pode ser caracterizada pela criação de qualquer bem ou serviço. Os setores de produção estão divididos em primário, secundário e terciário (onde está inserido o turismo). O turismo vai provocar um desenvolvimento económico a nível local, regional, nacional e internacional que irá depender da forma de gestão turística. Como o turismo depende diretamente da atividade humana sendo necessário a criação de emprego no setor como: empregos diretos, indiretos, induzidos e temporários. Tendo o turismo um efeito dinamizador causa vários impactos nos setores económico como: efeito multiplicador, redistribuição da renda, modificação das estruturas de consumo, influência sobre preços, especulação sobre o uso do solo, efeitos sobre importações e exportações, efeitos sobre os investimentos e efeito sobre o trabalho. A balança de pagamentos apresenta-se como saldo e débito dos países estrangeiros relacionado com as mercadorias e serviços importados e exportados. A balança é composta por três setores: balança comercial ou de mercadorias, de serviços e de capital. Relacionado com o turismo, a entrada de um turista num país e os gastos realizados é considerado exportação de serviços, enquanto que os gastos realizados no país emissor para o exterior é considerado importação. Há três tipos de exportações relacionadas com o turismo: as que os turistas compram durante a sua estadia, o que é exportado para o país de origem do turista e o que o setor turístico promove. O que mais cresce devido ao turismo é a compra. 8 | P á g i n a Segundo a IGBE o turismo tem uma influência em 52 segmentos da economia contribuindo para um desenvolvimento de atividades produtivas e deu emprego a inúmeros indivíduos. Podemos classificar alguns componentes da cadeia do turismo como: empresas líderes, provedores de serviço e infraestruturas de apoio. A Conta Satélite do Turismo (CST) é usado para medir bens e serviços consumidos pelos visitantes e é também um instrumento que permite avaliar: contribuição do turismo no PIB do país, postos de trabalho criados, qualidade de investimentos que cria o turismo, etc. • Capítulo 7 – Turismo e meio ambiente natural O turismo possui uma grande ligação com o meio ambiente natural, muitos turistas viajam para praias, vão a safaris observar animais e praticam variados desportos devido aos recursos naturais existentes. Existem dois grandes fatores que relacionam o turismo com a natureza: o facto do grande consumo e a inexistência da necessidade da extração de recursos para que possam ser consumidos. A importância do meio ambiente no turismo veio trazer uma melhor qualidade de vida para os residentes. Com o avanço dos estudos em relação ao turismo e o meio ambiente veio a entender-se que o desenvolvimento turístico causava impactos ambientais. Os principais impactos são o prejuízo dos recursos naturais, aumento da poluição, perda de biodiversidade, diminuição da camada de ozono, etc. Para alem destes prejuízos, o turismo também traz alguns benefícios para o meio ambiente como a contribuição para a conservação dos animais ameaçados, aperfeiçoamento do planeamento ambiental, etc. Surge com as preservações o ecoturismo. As principais características do ecoturismo são a redução dos impactos negativos e a proteção de zonas naturais e é uma forma de haver turismo relacionado com o meio ambiente, mas desenvolver aptidões nos turistas para o preservar.9 | P á g i n a • Capítulo 8 – Sustentabilidade do Turismo O conceito de sustentabilidade surgiu com a necessidade de conjugar todas as dimensões do desenvolvimento (especialmente económico). O conceito tem uma visão futurista de forma a que não danifique o meio ambiente. A ONU assumiu assim, que a base do desenvolvimento sustentável seria a satisfação das necessidades e aspirações de uma pessoa. Segundo a OMT o desenvolvimento sustentável do turismo “atende às necessidades dos turistas atuais e das regiões recetoras e ao mesmo tempo protege e fomenta as oportunidades para o futuro. O desenvolvimento sustentável do turismo se concebe como um caminho para a gestão de todos os recursos de forma a que possam satisfazer as necessidades económicas, sociais e estéticas, respeitando ao mesmo tempo a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas que sustentam a vida” O desenvolvimento sustentável do turismo é associado à harmonização de três fatores que podem ser vistos como subsistemas que são: sustentabilidade económica (relacionada com o desenvolvimento económico), sustentabilidade sociocultural (diminuição das desigualdades sociais) e sustentabilidade ambiental (desenvolvimento através de processos ecológicos). Para haver um desenvolvimento sustentável a OMT reuniu seis pontos a adotar: criação de uma política turística a nível nacional, regional e local para organizar o desenvolvimento; a política criada deverá ser resultado de um processo participativo; adotar um foco integrador; avaliar o impacto ambiental; ter como principal preocupação o meio ambiente e respeitar os limites de crescimento. A capacidade de carga é caracterizada pelo controlo do número de visitantes que viajam até um destino. Para se indicar esse número temos vários fatores como: capacidade de carga física (capacidade de oferta de serviços turísticos), capacidade de carga social (tolerância de residentes em relação aos visitantes), capacidade de carga económica (benefícios económicos) e a capacidade de carga institucional (administrações perdem capacidade de controlar o crescimento turístico). No entanto tornou-se complicado a aplicação deste conceito devido ao facto de ao ser necessário estabelecer uma capacidade de carga, ter de ser imposto um limite no desenvolvimento (zonas de turismo sazonal). Ao existir uma saturação da carga o desenvolvimento vai deixar de ser sustentável tendo de se tomar medidas como: aumento da capacidade locar, limitação do número de visitantes e dispersão da pressão. 10 | P á g i n a • Capítulo 9 – Turismo, cultura e sociedade O turismo é como já referido anteriormente um ato realizado pelas pessoas de modo a deslocarem-se para fora do seu local habitual. Ao fazerem turismo, as pessoas vão criar laços sociais de uma forma que nunca aconteceria no seu dia-a-dia. O turismo favorece assim, o contacto entre várias populações vindo assim a serem aceites as suas diferenças. Ao existirem estes contactos podem começar a adotar-se outros valores podendo vir a tornarem-se universais. A existência do contacto social muda as pessoas, a forma de estas verem o mundo tanto a nível intelectual como espiritual. O turismo pode ter como principal objeto, as interações sociais. O aumento destas interações e de viagens pode resultar em alterações a nível social, Poluição sonora, poluição ambiental, consumo de energia, etc. Os residentes tomaram assim medidas em relação ao comportamento dos turistas: resistência, atitude reservada, manutenção de limites, revitalização e adoção. Em relação aos impactos socias que o turismo provoca podemos considerar: choque de culturas, mudanças na estrutura do trabalho, outros padrões de consumo, problemas de saúde e muitos mais. Nos impactos culturais destacam-se: a conservação de herança cultural, fortalecimento da identidade cultural e intercâmbio intercultural. • Capítulo 10 – O marketing em Turismo Para Philip Kotler o marketing é “um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”1 O marketing tem como principal origem as necessidades das pessoas e o atendimento das necessidades, assim o marketing atua principalmente na demanda. O tipo de produtos existentes no mercado podem ser bens ou serviços. Os bens podem ser armazenados, têm uma natureza tangível, podem ser consumidos, etc. Em contrário os serviços não são tangíveis e são maioritariamente lugares, objetos ou instalações. O marketing turístico é uma ferramenta importante para haver um desenvolvimento do turismo e é caracterizado por fornecer aos turistas locais de satisfação das suas necessidades e apresenta duas dimensões: nível microeconómico e nível macroeconómico. 1CF. Kotler (2000), pág.30 11 | P á g i n a Para serem elaboradas estratégias relacionadas com marketing deve ter-se em conta: produto turístico integral, produto turístico global. Os produtos turísticos serão todos os elementos que fazem o destino turístico. Define-se produto turístico como “conjunto de elementos ou atividades realizadas pelo homem à satisfação das necessidades do cliente ou turista” Domínguez (2001) Autores como Middleton afirmam que “o produto pode ser definido como um pacote de componentes tangíveis ou não com base na atividade em um destino. O pacote é percebido pelo turista como uma experiência disponível a um determinado preço”2 Estes produtos têm algumas especificidades como: turistas participam de modo ativo na criação do produto, serviços são prestados na presença do próprio cliente, qualidade do produto, heterogeneidade dos subprodutos, evita-se uma padronização permanente do produto turístico, e ainda apresentam características como: caducidade, rigidez, devem ser consumidos no próprio local, simultaneidade de produção e consumo, subjetividade, intangibilidade e heterogeneidade e complementaridade. Para a Associação de Marketing Americana (AMA), marca “é um nome, um termo, uma sigla, um símbolo, um desenho, ou uma combinação de todos estes elementos que serve para identificar bens e serviços de um vendedor (ou de um grupo deles) e diferenciá-los dos competidores”. Para se escolher uma marca deve ter em consideração: ser fácil de ser pronunciada, ser fácil de ser recordada, auxiliar a lembrar o produto, ser possível de registo, ser aplicável em todos os mercados-alvo. As utilizações das marcas trazem vantagens para o turismo como a promoção dos produtos, maior liberdade de trabalho, melhor publicidade e promoção, facilita a introdução de novos produtos e facilita a compra. As vantagens dos turistas é terem uma rápida identificação do produto, garantia de qualidade, prestígio e permite adquirir produtos de última hora. O composto de marketing é uma junção de elementos entre os quais: o produto, o preço, a distribuição e a promoção. 2 Middleton (2002), pág.135 12 | P á g i n a • Capítulo 11 – O papel do setor publico no turismo Para o turismo é necessário a função do setor publico pelo facto do turismo ser uma atividade dinâmica e os bens públicos serem de uma grande importância. A intervenção do Estado do ponto de vista das instituições gera grandes mudanças no turismo como: a promoção do mesmo a vários níveis, a atração de investimento, planeamento das atividades e a fiscalização. A política do turismo segue funções como termos nos quais as operações turísticas devem funcionar. Estabelece atividades em relação aos comportamentos, direção e orientação, facilita o consenso em torno de estratégias, estruturas para a discussão e permite estabelecer interfaces. Uma política nacional do turismo segundo a Comissão Económica para a América Latina e o Caribe (Cepal) tem como objetivos os seguintesaspetos: melhoramento da balança de pagamento, fomentar o desenvolvimento, diversificação da economia, aumentar a arrecadação pública, aumentar a renda dos residentes, etc. Sem planeamento a atividade turística produz efeitos negativos. O desenvolvimento turístico torna-se sustentável devido a existir este planeamento. Podemos considerar que o planeamento do setor publico do turismo se divide em 3 níveis fundamentais: municipal, estadual e federal e este processo é realizado com quatro fases sendo: o diagnóstico da situação, a análise do plano, a elaboração e por fim a aplicação do plano definido. Nestas fases as pessoas que serão afetadas pelo planeamento devem ter uma participação ativa sendo esta muito importante. O planeamento é extremamente importante na sustentabilidade. • Capítulo 12 – O setor privado e o turismo As Agências podem ser consideradas os intermediários principais quando se trata da comercialização de produtos turísticos. Pela definição da OMT “agências de viagens são empresas que vendem ao público uma grande variedade de serviços associados com o ato de viajar, tais como transporte (incluindo o aluguer de veículos), alojamento e os pacotes turísticos estabelecidos através do de um contrato ou uma comissão” e estas apresentam três funções: assessoria, mediação e produção. No trabalho direto ou indireto com o consumidor final temos as operadoras de turismo. Estas são caracterizadas pela OMT (2001) como “empresas que combinam dois ou mais serviços de viagem e que os vendem através das agências ou diretamente aos consumidores finais” Nascem assim os pacotes turísticos compostos: pela hospedagem que é muito importante em qualquer uma experiência turística (hotéis, acampamentos, albergues, etc.); o transporte 13 | P á g i n a (aéreo, rodoviário, ferroviário ou marítimo) onde cada um tem a sua importância dependendo da região e da distância; alimentação; guias locais; roteiros; etc. Neste conjunto os pacotes podem ser para uma única pessoa onde junto do agente de viagens pode escolher todo o seu pacote enquanto que em grupo para além da vantagem de ter custos reduzidos porque serão repartidos não há muita opção de mudança de serviços no pacote. Para ser possível haver este conjunto de ofertas de serviços como o transporte, alojamento em cada pacote turístico é necessária a colaboração de organizações que estão diretamente ligadas aos mesmos como a Organização Mundial do Turismo (OMT), Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e Associação Internacional de Especialistas Científicos em Turismo (AIEST). No setor privado destacam-se associações Brasileiras como a ABAV, Braztoa e a ABIH e ainda os Convention e Visitors Bureaux (CVBs). • Capítulo 13 – O futuro do turismo Temos presenciado um aumento da procura das viagens, da exploração e do lazer e assim verificamos um aumento do crescimento turístico. Este aumento deve-se ao aumento do tempo livre que leva as pessoas a querer ocupar esse tempo viajando e consequente aumento de rendas, evoluções tecnológicas que irão permitir por exemplo viagens mais rápidas que vão levar a viagens mais frequentes, a preocupação do estado de conservação dos recursos naturais a serem visitados, irá haver também uma maior exigência da qualidade e do preço devido a um maior alcance de informação e devido a concorrência, os diferentes interesses turísticos e o aumento do turismo de terceira idade provocado pelo aumento da esperança média de vida. 14 | P á g i n a • Conclusão Podemos perceber que o turismo é uma área bastante complexa que necessita de vários fatores que o complementam. Existem várias formas de turismo e vários fatores que o influenciam assim como várias mudanças ao longo do tempo. Com a elaboração deste trabalho consegui de forma sintetizada entender muitos dos conceitos abordados em contexto de sala de aula como o que é o turismo, como é praticado, quem são os turistas, viajantes e excursionistas. Consegui relacionar áreas como a economia, gestão, marketing, etc. com o turismo e deu-me assim uma visão melhorada que certamente me irá acompanhar durante todo o meu percurso académico bem como profissional. Para além de todas as definições abordadas consegui ter uma visão clara de que o turismo é um movimento do futuro e que por mais que haja baixas a nível de viajantes como verificamos este ano com a influência negativa do Covid-19 com as constantes mudanças e aperfeiçoamentos nesta área nunca será uma área que irá morrer pois cada vez mais vemos que há uma criação de novos produtos turísticos e que os interesses vão sendo cada vez mais distintos e se consegue atingir um público-alvo variado. Deste modo reflito que o turismo será uma das áreas mais valorizadas e que mais ajuda a economia de um país. 15 | P á g i n a • Bibliografia 1. Dias, Reinaldo. Introdução ao Turismo. 1ª edição São Paulo: Atlas, 2011