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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA MBA EM GESTÃO DE PESSOAS SUENNE DA SILVA BARROS ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. JOÃO PESSOA 2018 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA MBA EM GESTÃO DE PESSOAS DEPÓSITO DO TCC – TURMA 16.1 GESTÃO DE PESSOAS Aluno(a): SUENNE DA SILVA BARROS Matrícula: POS 5770070 Fones: (83) 9 8899-6665 Whatsapp (83) 98899-6665 e-mail: susibar01@hotmail.com ou sonhomoreno01@gmail.com 1. Escreva o título do seu TCC: ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito e para salvaguarda da pessoa do(a) meu(minha) Orientador(a) ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA, bem como do UNIPE – Centro Universitário de João Pessoa, que o TCC entregue é autêntico e foi por mim produzido, não se constituindo, sob hipótese alguma, de plágio. João Pessoa, _____/______/201____. ______________________________________________________________ Assinatura do(a) Aluno(a) mailto:susibar01@hotmail.com 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA MBA EM GESTÃO DE PESSOAS TERMO DE ACEITE E DE RESPONSABILIDADE DE ORIENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Declaro para todos os fins de direito que, dentro dos termos previstos na normativa específica de Orientação de TCC, aceito e me comprometo a orientar o aluno (a) SUENNE DA SILVA BARROS, matrícula POS 5770070, do Curso PÓS- GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PESSOAS, na elaboração do seu Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado: ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES, durante o período de DEZEMBRO DE 2017 a MAIO DE 2018. _________________________________________________ Prof.° Orientador(a): ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Ciente e homologado em ___/___/___ _________________________________________ Coordenador (a) do Curso 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA MBA EM GESTÃO DE PESSOAS BANCA EXAMINADORA _______________________________________________________ PROFª ORIENTADORA: ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA TITULAÇÃO: MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO _______________________________________________________ PROFº(A) EXAMINADOR (A): _______________________________________________________ PROFº(A) EXAMINADOR (A): 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus que, com sua grandiosa bondade e misericórdia, me proporciona o encerramento de mais um ciclo de aquisição de conhecimento, enriquecimento e evolução profissional. Agradeço aos meus pais que, na simplicidade de suas palavras, me encorajaram sempre a enfrentar um novo desafio acadêmico. Agradeço aos amigos de curso que, com suas experiências profissionais compartilhadas em sala de aula, contribuíram para o meu enriquecimento e amadurecimento profissional durante os módulos estudados. Finalizo meus agradecimentos registrando um versículo de II Coríntios 12:9 que diz: ”A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo.” 6 ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. ANALYSIS OF THE OPPORTUNITIES AND THE IMPACTS OF THE ESOCIAL IN THE SECURITY SECTOR OF THE WORK OF THE ORGANIZATIONS. Suenne da Silva Barros1 Ana Camila Rodrigues de Oliveira2 RESUMO Este artigo tem o propósito de analisar as oportunidades e os impactos que o eSocial ocasionará no setor de segurança do trabalho das organizações. O SESMT (Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) passa a ter um papel chave nas organizações, identificando,elaborando e controlando os documentos (eventos) relacionados à implantação e manutenção do sistema do eSocial, de forma que as organizações se mantenham atualizadas com os envios das informações relacionadas à Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, garantindo o cumprimento das obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas e previdenciárias cobradas pelos órgãos que participam do projeto do governo chamado eSocial. O principal resultado deste artigo é analisar as oportunidades e impactos na implementação do eSocial nas organizações envolvendo setores de Gestão de Pessoas e de Segurança do Trabalho, promovendo a disseminação desse conhecimento. Palavras-chaves: Gestão de Pessoas.SESMT.eSocial. ABSTRACT This essay has the purpose to analyzing the opportunities and impacts that eSocial will cause in the organizations' work safety sector. The SESMT 1 Engenheira de Segurança do Trabalho, Engenheira Civil e Técnica de Edificações. Atua como Consultora na área de Engenharia Civil ede Segurança do Trabalho. E-mail: susibar01@hotmail.com 2 Mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba, Engenheira de Segurança do Trabalho e Engenheira de Produção Mecânica. É professora na Universidade Federal na Paraíba (UFPB) e no Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) e atua como Consultora na área de Engenharia de Segurança do Trabalho na implementação do eSocial em empresas. 7 (Specialized Services of Safety Engineering and Occupational Medicine) becomes a vital role in organizations, identifying, elaborating and controlling the documents (events) related to the implementation and maintenance of the eSocial system, so that organizations keep up to date with the sending of information related to Safety Engineering and Occupational Medicine, assuring the enforcement with taxes, taxation, labor obligations and welfare collected by specific sectors of government named eSocial. The main result of this essay is to analyzing the opportunities and impacts in the implementation of the eSocial in organizations involving the People Management and Occupational Safety, promoting the dissemination of this knowledge. Key-words: People Management. SEMST.eSocial 1 INTRODUÇÃO Com o advento da evolução tecnológica, a área da computação vem se expandindo muito nos últimos anos. Sendo assim, o Governo Federal vem fazendo uso da tecnologia da informação para aprimorar os meios de coleta de informações no âmbito trabalhista, previdenciário e tributário. Tais informações, dentro das empresas, são de competência dos diferentes setores existentes, tais como: o setor financeiro, o setor de recursos humanos, setor pessoal, setor jurídico e SESMT (Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). A princípio, essas informações eram prestadas pelas organizações de forma isolada, ou seja, cada informação era enviada diretamente para o órgão competente. Buscando melhorar a fiscalização e garantir o cumprimento das obrigações tributárias, fiscais, previdenciárias e trabalhistas, o governo, através do Decreto nº 8.373 de 11 de dezembro de 2014, criou uma nova ferramenta online denominada de eSocial. O eSocial é uma estrutura digital criada pelo governo federal como propósito de coletar informações de âmbito trabalhista, previdenciário, tributário e fiscal direcionando-as para um ambiente nacional virtual único onde os órgãos (MTE, INSS, Receita Federal,Caixa Econômica Federal e Previdência Social) envolvidos e interessados nestas informações possam captá-las conforme a sua pertinência e 8 necessidade. Com isso, o eSocial não estará modificando nenhuma legislação brasileira vigente. O sistema estará inclusive facilitando a fiscalização dos órgãos fiscalizadores do governo junto às organizações solicitando das mesmas uma revisão em seus procedimentos e processos para que as informações solicitadas no sistema do eSocial sejam totalmente atendidas de modo satisfatório para ambas as partes. De acordo com Fantoni (2014), “o eSocial é fundamental, pois, antes mesmo do seu início de vigência, faz com que, empregadores, em geral, revisem seus processos e busquem a conformidade necessária em suas respectivas atividades. Desta forma, além de propiciar melhores condições de trabalho aos empregados, aos empregadores propicia relevante diminuição do passivo trabalhista e previdenciário”. O sucesso da implantação e manutenção da plataforma do eSocial iniciará com a mudança de cultura interna das empresas, começando no presidente/diretor, passando pelos gestores de setores até alcançar o funcionário de chão de fábrica. A interação entre os diferentes setores da empresa passa a ser fundamental para que os dados transmitidos estejam em sintonia. Para tanto, o empregador necessitará fazer investimentos em capital humano através de qualificações e/ou novas contratações e, aquisição de softwares e treinamentos que favoreçam a comunicação com o sistema do eSocial. Diante desse cenário, o objetivo deste artigo é analisar as oportunidades e os impactos que o eSocial ocasionará no setor de segurança do trabalho das organizações. 1. REVISÃO DA LITERATURA 1.1 ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO É o ramo da engenharia que zela pela saúde e integridade física do trabalhador, reduzindo ou eliminando o risco de acidentes no ambiente de trabalho através da elaboração, administração e fiscalização dos planos de prevenção de acidentes ambientais. 9 A Lei nº 6.367 de 19 de outubro de 1976, em seu artigo 2º, define acidente do trabalho como “aquele que ocorre a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que causa a morte ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Segundo a Norma Regulamentadora nº 09, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Além dos riscos ambientais, também existem os riscos ocupacionais, que são os riscos ergonômicos e os riscos de acidentes. O quadro 1 apresenta os diferentes tipos de riscos e sua respectiva descrição. Quadro 1: Tipos de riscos Riscos Descrição Físicos São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra- som e o ultra-som. Químicos São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Biológicos São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Ergonômicos São aqueles introduzidos no processo de trabalho por agentes (máquinas, métodos etc.) inadequados às limitações de seus usuários. Por exemplo, a realização da atividade de levantamento manual de cargas com o método das “costas curvadas” pode vir a provocar problemas lombares. De Acidentes São aqueles provocados pelos agentes que demandam o contato físico direto com a vítima para manifestar sua nocividade. Por exemplo, a existência de uma gilete sobre uma mesa de escritório (para ser usada em atividades como apontar lápis ou cortar papéis) introduz no ambiente de trabalho um risco do tipo aqui estudado. Fonte: Norma regulamentadora 09 (2018). 10 O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é o setor da engenharia responsável pelo controle da saúde e integridade física dos trabalhadores, reduzindo ou eliminado os riscos existentes no ambiente de trabalho através da tomadas de medidas baseadas nas Normas Regulamentadoras regidas pelo Ministério do Trabalho e outras legislações pertinentes. Os profissionais responsáveis por tais tarefas e componentes do SESMT são: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem. A formatação e quantificação dos profissionais do SESMT se dão através da Norma Regulamentadora NR-4 com base em variáveis como quantidade de funcionários, atividade desenvolvida e o seu grau de risco. Diante desse contexto, o papel do SESMT dentro das empresas para a implantação e manutenção do eSocial são entre outras: Fazer análises e medições dos riscos existentes dentro do ambiente de trabalho do trabalhador; Emitir laudos e pareceres; Informar as medidas protetivas a serem adotadas no ambiente de trabalho para controlar e/ou eliminar os riscos ambientais detectados; Supervisionar, aplicar e registrar os treinamentos de Segurança do Trabalho passados aos trabalhadores; Coordenar a interface entre os vários setores envolvidos na implantação de projetos, no que tange a área de segurança do trabalho; Implantar as atividades e rotinas pertinentes a NR aplicáveis internamente; Desenvolver programas de segurança como PCMSO, PPRA, PCMAT (no caso da construção civil) e documentação pertinente; Registrar a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) junto aos órgãos competentes; Coordenar e efetuar análise de projetos a serem implantados, em conjunto com as áreas técnicas, recomendando alterações, visando eliminar ou minimizar riscos de acidentes e doenças ocupacionais; Elaborar o LTCAT; 11 Fornecer subsídios e auxiliar na elaboração de manuais, normas, procedimentos e programas de treinamento, referentes à segurança e prevenção de acidentes do trabalho, a fim de padronizar métodos de trabalho; Participar da especificação e desenvolvimento dos materiais de segurança, uniformes de trabalho e equipamentos de proteção, a fim de adequá-los às necessidades e condições de riscos; Participar da CIPA; Fazer e responsabilizar-se pela interface externa com a comunidade dentro do escopo de segurança; Implementar ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto individuais quanto coletivas; Coordenar programas e serviços em saúde, efetuar pericias, auditorias e sindicâncias médicas; Elaborar documentos e difundir conhecimentos da área médica no trabalho. 1.2 GESTÃO DE PESSOAS Durante muito tempo gestão de pessoas dentro das empresas, se resumia apenas às obrigações recaídas sobre um setor da empresa identificado como Administração de Pessoas ou Departamento Pessoal responsável por atividades burocráticas, recrutamento, seleção, admissão, pagamento e demissão. Com o passar dos anos, esta visão foi modificando e novas atribuições foram direcionadas a este setor. Durante a Segunda Revolução Industrial, os empresários perceberam a necessidade de melhorar os métodos utilizados devidos a regulamentação das relações trabalhistas. Até então, o operário era visto como um agente repetidor, uma máquina de movimentos que contribuía para a elaboração de um produto final oferecido ao mercado pela empresa e que com o passar do tempo desenvolvia doença do trabalho por esforços repetitivos. Nos últimos anos, as organizações estão passando por processosdesafiadores e de superação para permanecerem competitivas no mercado globalizado. Isto acontece devido ao surgimento de inovações e renovações tecnológicas, novos materiais, novos processos produtivos pujantes e novas 12 profissões, exigindo das mesmas um faro mais apurado na descoberta e desenvolvimento de novos talentos para o seu corpo laboral. As organizações bem sucedidas no mundo estão usando a gestão de pessoas como uma ferramenta de excelência para se sobressaírem em meio à grande concorrência. De acordo com VIEIRA (2014, apud GIL, 2007), “a Gestão de Pessoas passa a assumir um papel de liderança para alcançar a excelência organizacional necessária para enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a utilização de novas tecnologias e a gestão da capacitação intelectual”. Segundo Chiavenato (1999), a definição para a Gestão de Pessoas “é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho”. Para Fisher e Fleury (1998), Gestão de Pessoas “é o conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente de trabalho”. Na visão de CALDAS e cols (2015, apud DAFT, 2007), “a Gestão de Pessoas realiza atividades para atrair, desenvolver e manter uma força de trabalho eficaz dentro de uma organização”. A expressão Gestão de Pessoas surgiu em substituição da administração de recursos humanos, que era o termo mais comum usado para definir as maneiras de se relacionar com as pessoas nas organizações. Atualmente à Gestão de Pessoas estão sendo vinculadas outras nomenclaturas como: Gestão de Talentos, Gestão de Conhecimentos, Gestão de Capital Intelectual, Gestão de Capital Humano em virtude das demandas atuais nas organizações. É possível perceber que a Gestão de Pessoas, hoje em dia, é usada para avaliar, desenvolver e qualificar os colaboradores, identificando suas habilidades e competências, de modo a formarem profissionais mais competentes, criativos e comprometidos com os objetivos e metas apresentadas pelas organizações, resultando em maior produtividade, maior qualidade nos produtos, e serviços desenvolvidos e oferecidos no mercado. 13 1.3 ESOCIAL O eSocial é um projeto do Governo federal com propósito de desenvolver um sistema de coleta das informações descritas no seu objetivo, armazenando-as no Ambiente Nacional do eSocial, possibilitando aos órgãos participantes do projeto sua efetiva utilização para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e de apuração dos tributos e do FGTS. O eSocial tem sua base legal no artigo 37 da Constituição Federal Inciso XXII e Art. 32 da lei 8.212 de 1991. O artigo 37 Constituição Federal diz que: “as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio”. Os principais objetivos do eSocial são: Viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas aos trabalhadores; Simplificar o cumprimento de obrigações; Aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias; Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações; Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas; Conferir tratamento diferenciado as microempresas e empresa de pequeno porte; Prestar informações que não constam em seus sistemas informatizados. A organização, por sua vez, terá as seguintes vantagens com a implementação do eSocial: Atendimento a diversos órgãos do Governo com uma única fonte de informações voltadas para o cumprimento das diversas obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias atualmente existentes; 14 Integração dos sistemas informatizados das empresas com o ambiente nacional do e-social, possibilitando a automação na transmissão das informações dos empregados; Padronização e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do projeto; Garantia dos direitos previdenciários e trabalhistas dos trabalhadores; Ampliação do cumprimento das obrigações pelas empresas; Eliminação de redundância de informações prestadas tanto pelas Pessoas Físicas como Pessoas Jurídicas. 1.4 O ESOCIAL E A SEGURANÇA DO TRABALHO Atualmente, no Brasil existe uma grande demanda de documentos no âmbito trabalhista, previdenciário e tributário a serem informadas aos órgãos federais. Com o eSocial, as informações existentes nos documentos mencionados serão unificadas, promovendo a padronização e a integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do sistema, eliminando a redundância das informações e garantindo os direitos dos trabalhadores. Segundo Garcia (2016), “o atendimento à Legislação será mais transparente e isso vai trazer a necessidade de uma integração entre os setores da organização (Recursos Humanos, pessoal, contábil, fiscal, jurídico, tecnologia da Informação, etc), inclusive Segurança e Saúde no Trabalho (SST).” Neste processo, a Engenharia de Segurança e a Medicina do Trabalho terão um papel importante na implantação e manutenção do eSocial, pois as informações referentes à vida laboral dos trabalhadores nas empresas são de responsabilidade dos profissionais destas áreas. A transmissão das informações na plataforma do eSocial ocorre através de eventos. Estes eventos serão lançados seguindo uma seqüência lógica de acordo com a dinâmica das contratações dos trabalhadores desde a identificação do empregador passando pelos dados específicos da contratação, a gestão dos serviços prestados e do prestador de serviços, o pagamento da remuneração e o 15 término da relação contratual. Os eventos podem ser classificados conforme ilustra a figura1 abaixo. Figura 1:Eventos do eSocial Fonte: Manual de Orientação do eSocial – Versão 2.4 (2017) Os eventos do eSocial que são relacionados com a Segurança do Trabalho são os listados no quadro 2 abaixo: Quadro 2: Eventos relacionados à Segurança do Trabalho Evento eSocial Nome do Evento S-1060 Tabela de Ambientes de Trabalho S-1065 Tabela de Equipamentos de Proteção S-2210 Comunicação de Acidente de Trabalho S-2220 Monitoramento da Saúde do Trabalhador S-2240 Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco S-2241 Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial S-2245 Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados de SST Fonte: Portal eSocial (2018). 1.4.1S-1060 –Tabela de Ambientes de Trabalho Evento dentro do eSocial é usado para incluir, alterar e excluir registros na tabela de ambientes de Trabalho do empregador/contribuinte/órgão público. Nesta tabela deverá ser descrito todos os ambientes da empresa e seus fatores de risco tomando com referência a Tabela 23 do Anexo I dos Lauites do eSocial. Esta tabela 16 traz diversos códigos para os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos. 1.4.2 S-1065 – Tabela de Equipamentos de Proteção Evento obrigatório onde deverá ser informado o código de cada equipamento de proteção individual ou coletiva tendo em sua descrição (redação com até 999 caracteres) a indicação do CA (Certificação de Aprovação) do mesmo. 1.4.3 S-2210 –Comunicação de Acidente de Trabalho–CAT Documento de caráter informativo com o objetivo de comunicar a ocorrência de algum acidente de trabalho ao INSS (Instituto do Seguro Social).Este documento está determinado no art. 22 da Lei 8.213/1991 e no art. 169 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). É importante frisar que o acidente de trabalho é qualquer evento acontecido no exercício profissional que leve o indivíduo a apresentar uma perturbação funcional ou lesão corporal e, conseqüentemente, provoque a redução ou perda da sua capacidade de trabalho. A CAT pode ser classificada em: Inicial, de reabertura e de comunicação de óbito. Segundo a Instrução Normativa do INSS nº 45 de agosto de 2010, o artigo 37,este documento seja preenchido pela empresa em 04 (quatro) vias sendo encaminha para os seguintes órgãos: 1ª via para o INSS; 2ª via é do segurado (empregado) ou dependente; 3ª via para o Sindicato; 4ª via para a empresa. O quadro 3 abaixo resume os diferentes tipos de CAT e sua respectiva descrição. Quadro 3: Comunicação de Acidente de Trabalho Tipo de CAT Descrição CAT Inicial Refere-se ao acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional ou óbito imediato. CAT de Reabertura Documento preenchido para casos onde houve afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou de trabalho. CAT de Comunicação de Óbito Documento emitido exclusivamente em casos de falecimento por acidente ou doença profissional ou do trabalho após a emissão da CAT inicial. Fonte: Elaboração Própria (2018). 17 Com o eSocial, a CAT será informada a partir da identificação do registrador (pessoa que estará transmitindo as informações sobre o acidente no sistema eSocial previamente). O registrador pode ser o empregado, o sindicato do trabalhador avulso não portuário, cooperativa, órgão gestor da mão de obra, o empregado, o dependente do empregado, a entidade sindical competente, o médico assistente ou a autoridade pública. O registrador da CAT deve informar algumas informações sobre o acidente, tais como: dados do empregador, dados do trabalhador (CPF, NIS, PIS, PASEP ou NIT) e informações sobre o acidente (data do acidente, o tipo de acidente a descrição da situação encontrada, parte do corpo atingida). 1.4.4 S-2220 –Monitoramento da Saúde do Trabalhador Evento onde serão informados os exames previstos nos quadro I e II da NR-7 do MTE conforme o risco ao qual o trabalhador está exposto, exames obrigatórios previstos nas legislações vigentes e os exames complementares durante a vida laboral do trabalhador. O eSocial exigirá neste evento a inclusão de informações sobre o profissional responsável por assinar o exame como o conselho a que pertence, por exemplo. 1.4.5 S-2240 –Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Riscos Evento criado para notificar as condições ambientais de trabalho do empregado/servidor, estagiário, trabalhador avulso e cooperado de cooperativa de trabalho. Neste evento será registrada a prestação de serviços do trabalhador em ambientes descritos referenciado no evento S-1060 informando ainda a existência da exposição aos fatores de risco de acordo com a Tabela 23 (Fatores de Riscos Ambientais contida na versão do Leiaute 2.4 – Tabelas). Havendo a mudança de ambiente de trabalho do trabalhador e o encerramento das atividades do mesmo naquele ambiente estas informações terão que ser repassadas dentro deste mesmo evento. 1.4.6 S-2241 – Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial Neste evento serão registrados os fatores de risco contidos na Tabela 28 que geram condições de insalubridade e/ou periculosidade e aposentadoria especial para o trabalhador no seu ambiente de trabalho. De acordo com a nota de Documentação evolutiva nº 01/2018 pelo Comitê Diretivo do eSocial datada de 18 30/05/2018, este evento foi incorporado ao evento S-2240 (Condições Ambientais – Fatores de Riscos). De acordo com o art. 189 da CLT, são consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima do limite de tolerância fixado em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. De acordo com A NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho que trata das Atividades e Operações Insalubres), limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. O quadro 4 abaixo mostra os limites de tolerância e seus respectivos anexos encontrados na NR-15 para atividades desenvolvidas em ambientes onde o trabalhador esteja exposto. Quadro 4: Limites de Tolerância e seus anexos LIMITES DE TOLERÂNCIA E SEUS ANEXOS Ruídos Contínuo ou Intermitente Anexo 1 Ruído de Impacto Anexo 2 Calor Anexo 3 Radiações Ionizantes Anexo 5 Trabalho sob condições hiperbáricas Anexo 6 Radiações não-ionizantes Anexo 7 Vibrações Anexo 8 Frio Anexo 9 Umidade Anexo 10 Agentes químicos com inspeção no local de trabalho Anexo 11 e 13 Poeiras minerais Anexo 12 Agentes biológicos Anexo 14 Fonte: Elaboração própria (2018). Uma vez identificada à concentração ou intensidade do agente nocivo à saúde a que o trabalhador está exposto, o item 15.2 da NR-15 assegura ao este 19 trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região os seguintes percentuais: 40% para insalubridade de grau máximo, 20% para insalubridade de grau médio, 10% para insalubridade de grau mínimo. Caso seja identificado mais de um fator de insalubridade, será considerado o fator de maior grau de insalubridade para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa. 1.4.7 S-2245 – Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados de SST Evento criado para a prestação de informações inerentes aos treinamentos e capacitações específica dos trabalhadores. Para isto deverá ser tomado com base orientativa a planilha 29 – Treinamentos e Capacitações apresentada no Anexo I da NDE nº 01/2018 – Versão 01 do eSocial datada de 31/05/2018. 2. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada entre novembro de 2017 e Abril de 2018 e foi dividida em três etapas distintas, revisão da literatura, documentação técnica do eSocial e a identificação dos desafios e oportunidades do eSocial. Na etapa da pesquisa de revisão da literatura sobre a segurança do trabalho e sobre a gestão de pessoas identificou as responsabilidades do SESMT e a importância da gestão de pessoas no contexto atual. Na segunda etapa do trabalho foi feito um estudo sobre a documentação técnica do eSocial, identificando a forma de organização do eSocial, as informações que deverão ser prestadas e a nomenclatura utilizada. Por último, realizou-se a identificação dos desafios e oportunidades propostos pelo eSocial às empresas, uma vez que a área de Segurança do Trabalho será afetada com a implementação do eSocial. Diante desse contexto, a próxima seção apresenta os resultados obtidos com este trabalho, oferecendo mais uma fonte de informações a respeito do eSocial. 3. RESULTADOS 3.1 DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO ESOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES 20 A partir da pesquisa realizada, constatou-se que a implementação do eSocial trará grandes dificuldades para a organização, especialmente para a área de Segurança do Trabalho. Um exemplo disso é a necessidade de adequar todos os documentos referente á vida laboral dos colaboradores da empresa, incluindo os campos necessários para atender às exigências do eSocial. Além disso, a resistência natural à mudança é outro fator que dificulta a implementação do eSocial. A cultura interna das empresas precisará ser revistas devido à necessária da integração entre os setores das empresas de modo que as informações transmitidas por cada um dos setores estejam dentro dos prazos estipulados pelosórgãos federais,de forma complementar e consonante,sem redundâncias, incompatibilidades ou ausência de dados. Dessa forma, as organizações precisarão repensar suas rotinas, processos internos, procedimentos de treinamento de pessoal, gestão de pessoas e de segurança do trabalho, e o planejamento estratégico da empresa. De acordo com o cronograma do eSocial empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2016 já iniciaram o processo em janeiro de 2018 e as demais empresas entrarão no processo a partir de janeiro de 2019. Quanto às informações de segurança do trabalho estas terão que ter seus envios iniciados a partir de janeiro de 2019 para todas as empresas. Outro aspecto importante refere-se ao sistema de informação que será utilizado. As empresas de grande e de médio porte possuem uma grande quantidade de informações que precisarão ser informadas ao eSocial. Para isso, necessitarão adquirir ou desenvolver um sistema para armazenar tais informações. Dessa forma, torna-se necessário realizar um grande investimento em um sistema de informação adequado à realidade da organização. 3.2 OPORTUNIDADES COM A IMPLANTAÇÃO DO ESOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES O eSocial exigirá das empresas um maior esforço de integração dos diferentes setores existentes. Esse aspecto é uma grande oportunidade de reestruturar os procedimentos internos e manter os setores próximos, facilitando a comunicação entre as pessoas e proporcionando uma melhoria nos resultados em diferentes processos. Será uma oportunidade de ajustar seus procedimentos de modo a está cumprindo prazos de envios dos dados. 21 Outra oportunidade identificada com a implementação do eSocial diz respeito aos sistemas de informação. Estes sistemas permitirão que a empresa forneça as informações necessárias ao eSocial, no entanto, também auxiliarão na gestão de segurança do trabalho, promovendo uma melhoria nos processos internos desse setor. Com a chegada do eSocial as oportunidades de empregos para os profissionais da Segurança do Trabalho serão maiores pois os eventos referentes a este setor terão informações baseadas em medições, perícias e laudos técnicos que só tais profissionais são habilitados e capacitados para fazê-los. Da mesma forma acredita-se que novas portas de emprego surgirão para os profissionais de gestão de pessoas já que cerca de 90% das empresas de médio e pequeno porte precisarão repensar a sua gestão de pessoas para atender as demandas do eSocial. Os profissionais de TI também ganharão mais espaços, pois como se trata de um sistema digital e muitas empresas não têm profissionais no seu quadro de funcionários contratados nesta função os mesmos deverão ser requisitados para alimentar o sistema do governo ou até treinar algum funcionário escolhido pela empresa para desempenhar tal função. Para a empresa, o eSocial trás consigo uma oportunidade da mesma repensar seus processos, rotinas e procedimentos praticados uma vez que o eSocial exigirá uma revolução tecnológica interna que impactará os modelos de gestão até então praticados nos setores pela empresa. 3.3 CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS PARA O ESOCIAL Com achegada do eSocial nas empresas, o setor de gestão de pessoas terá muito trabalho a desenvolver. O mesmo terá como tarefas: identificar as mudanças organizacionais necessárias para garantir o sucesso da implantação e manutenção do eSocial; elaborar um novo planejamento estratégico identificando a missão, o objetivo e a política da empresa baseado na criação, avaliação, desenvolvimento ou modificação de procedimentos, rotinas e processos que são ou serão adotados nos setores das empresas com a chegada do eSocial; criar um grupo de trabalho multi- setorial (representante do RH, departamento pessoal, jurídico, SESMT, informática, presidência e outros) para iniciar a integração entre os setores responsáveis por envios de dados exigidos pela plataforma do governo; treinar, elaborar cursos e palestras para difusão do novo processo dentro da empresa; avaliar, desenvolver e 22 qualificar os colaboradores partindo da identificação e avaliação de suas competências e habilidades; dar o feedback à direção da empresa sobre a implantação do novo planejamento estratégico elaborado, e; conscientizar todos os colaboradores da empresa de suas responsabilidades,direta ou indiretamente,no processo de implantação do eSocial. 3.4 PROPOSTA DE ETAPAS PARA ADEQUAÇÃO AO ESOCIAL De acordo com as pesquisas realizadas, foi possível identificar as principais etapas necessárias para que o setor de segurança do trabalho (SST) das organizações se adeque ao eSocial. A figura 2 abaixo resume os resultados levantados através de um fluxograma de atividades. Figura 2: Fuxograma para atendimento ao eSocial Fonte: Elaboração própria (2018) O fluxograma acima representa a sequência de atividades a serem executadas pelo SESMT para garantir a implantação e manutenção do esocial. Inicialmente será executado um treinamento de nivelamento de conhecimento para todos os trabalhadores da empresa, independentemente do seu grau de Início do Processo Realizar Treinamento sobre o eSocial com todos os funcionários Verificar documentos Técnicos (SST) na empresa Fim do Processo Fim do Processo SIM NÃO Identificar ações corretivas Definir Responsável para executar ação corretiva Estipular prazo para executar ação corretiva Monitorar ação corretiva aplicada Documentação em acordo com o eSocial? 23 comprometimento com o eSocial ou posto de trabalho exercido de modo que todos tomem ciência do funcionamento do sistema e de suas obrigações quanto ao mesmo. Posteriormente, o SESMT fará uma averiguação técnica em toda documentação existente na empresa referente à vida laboral dos trabalhadores, medidas protetivas adotadas, inspeções de máquinas, análises ergonômicas, identificação de riscos ambientais entre outros itens relacionados à Segurança do Trabalho. Uma vez feito isto, o SESMT terá em mãos o panorama da empresa quanto aos documentos existentes e os inexistentes exigidos pelo eSocial. Em seguida, identificado os documentos inexistentes na empresa e exigidos pelo eSocial, o SESMT irá elaborar um plano de ação onde descreverá a ação necessária, o local (setor) onde será aplicada, quem é o gestor responsável e o prazo para aplicabilidade da mesma. Repassada a informação para o devido gestor, o SESMT passará monitorar os resultados das ações aplicadas de forma diária, semanal, mensal, semestral ou anual dependendo do tipo da ação. Este processo se dará de forma constante e periódico de acordo com a ação em questão. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo realizado traz para os profissionais e para os acadêmicos subsídios informativos sobre as responsabilidades e a importância da atuação da equipe do SESMT dentro das empresas, seja fazendo parte do quadro efetivo, ou prestando serviços terceirizados de consultorias. Com base nisto, acredita-se que o eSocial trará para a Segurança do Trabalho abertura de mercado de trabalho com um novo campo de atuação já que a transmissão das informações traduz as condições de ambiente de trabalho, medidas de controle, prevenção e/ou eliminação de riscos ambientais presentes nos setores de trabalho e que são de responsabilidades destes profissionais. Em contrapartida estes profissionais, no desempenho de seus papeis irão contribuir para o cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas, tributárias e previdenciárias das empresas de forma clara, objetiva e correta, juntos aos órgãos fiscalizadores do governo federal, garantindo assim os direitos trabalhistas dos empregados das empresas. Sendo assim, é preciso que o corpo empresarial compreenda que eSocial nada mais é do que uma reestruturação no modo do envio de informações já24 conhecidas e trabalhadas pelas empresas ou organizações, pelos contadores e outros profissionais das empresas. Ressalta-se que a classe empresarial precisa se conscientizar que, para o êxito do eSocial nas suas empresas, os mesmos terão que rever o planejamento estratégico e a gestão de pessoas iniciando com a mudança de missão, metas e objetivos, criando grupo de trabalho multi-setorial, capacitação dos componentes do grupo de trabalho através da participação em cursos e palestras sobre o eSocial e difundindo informações entre todos os seus funcionários formando uma conscientização maciça deixando cientes das responsabilidades de cada no processo da implantação e manutenção do sistema do governo na organização, inclusive relacionado as multas pelo não cumprimento das obrigações requisitadas pelo eSocial que poderão variar de R$ 402,53 a R$ 181.284,63 aos cofres das empresas. 5. REFERÊNCIAS CALDAS e cols, Administração de Pessoal ou Gestão de Talentos? Um estudo nas Administrações Públicas do Cariri Paraibano, XVII SemeAd Seminário em Administração em novembro 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. O capital Humano das Organizações. 8ª ed. São Paulo, Atlas, 2008. FLEURY, Maria Teresa Leme, FISCHER, Rosa Maria. Processo e relações do trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 1998. GARCIA, Jorge Ricardo Bessa. Interfaces dos documentos da Saúde e Segurança do Trabalho com o eSocial, 2016. Disponível no site http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo +Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1 GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas. Enfoque nos Papéis Profissionais. 1ª ed. São Paulo, Atlas, 2007. Layouts do eSocial versão 2.4. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso em: 12 de setembro de 2017. http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo+Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1 http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo+Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1 http://portal.esocial.gov.br/ 25 Manual do eSocial versão 2.4. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso em: 12 de setembro de 2017. Resolução nº 02 de 30/08/2016 do Comitê Diretivo do eSocial. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso em: 12 de setembro de 2017. Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 2. Disponível em: http://portal.esocial.gov.br/institucional/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do- esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016. Acesso em: 12 de setembro de 2017. VIEIRA, Juliana Fachi. Gestão de Pessoas. Disponível em www.administradores.com.br/artigos.academico/gestao-de-pessoas/79383/ Acesso em 25 mar, 2018, às 10:24. http://portal.esocial.gov.br/ http://portal.esocial.gov.br/ http://portal.esocial.gov.br/institucional/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016 http://portal.esocial.gov.br/institucional/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016 http://www.administradores.com.br/artigos.academico/gestao-de-pessoas/79383/
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