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1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA 
MBA EM GESTÃO DE PESSOAS 
 
 
 
 
 
 
SUENNE DA SILVA BARROS 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR 
DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2018 
 
2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA 
MBA EM GESTÃO DE PESSOAS 
 
DEPÓSITO DO TCC – TURMA 16.1 GESTÃO DE PESSOAS 
 
 
Aluno(a): SUENNE DA SILVA BARROS 
Matrícula: POS 5770070 Fones: (83) 9 8899-6665 
Whatsapp (83) 98899-6665 
e-mail: susibar01@hotmail.com ou sonhomoreno01@gmail.com 
 
 
1. Escreva o título do seu TCC: 
ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR 
DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. 
 
 
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE 
 
Declaro, para todos os fins de direito e para salvaguarda da pessoa do(a) meu(minha) 
Orientador(a) ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA, bem como do UNIPE – Centro 
Universitário de João Pessoa, que o TCC entregue é autêntico e foi por mim produzido, não se 
constituindo, sob hipótese alguma, de plágio. 
 
João Pessoa, _____/______/201____. 
 
 
 
______________________________________________________________ 
Assinatura do(a) Aluno(a) 
mailto:susibar01@hotmail.com
 
3 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA 
MBA EM GESTÃO DE PESSOAS 
 
 
 
TERMO DE ACEITE E DE RESPONSABILIDADE DE ORIENTAÇÃO 
DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
Declaro para todos os fins de direito que, dentro dos termos previstos na normativa 
específica de Orientação de TCC, aceito e me comprometo a orientar o aluno (a) 
SUENNE DA SILVA BARROS, matrícula POS 5770070, do Curso PÓS-
GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE PESSOAS, na elaboração do seu Trabalho de 
Conclusão de Curso, intitulado: ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS 
IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS 
ORGANIZAÇÕES, durante o período de DEZEMBRO DE 2017 a MAIO DE 2018. 
 
 
 
_________________________________________________ 
Prof.° Orientador(a): ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA 
MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 Ciente e homologado em ___/___/___ 
 
_________________________________________ 
Coordenador (a) do Curso 
 
4 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA 
MBA EM GESTÃO DE PESSOAS 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
PROFª ORIENTADORA: ANA CAMILA RODRIGUES DE OLIVEIRA 
TITULAÇÃO: MESTRE EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
PROFº(A) EXAMINADOR (A): 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
PROFº(A) EXAMINADOR (A): 
 
 
 
 
5 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a Deus que, com sua grandiosa bondade e misericórdia, me 
proporciona o encerramento de mais um ciclo de aquisição de conhecimento, 
enriquecimento e evolução profissional. 
Agradeço aos meus pais que, na simplicidade de suas palavras, me 
encorajaram sempre a enfrentar um novo desafio acadêmico. 
Agradeço aos amigos de curso que, com suas experiências profissionais 
compartilhadas em sala de aula, contribuíram para o meu enriquecimento e 
amadurecimento profissional durante os módulos estudados. 
Finalizo meus agradecimentos registrando um versículo de II Coríntios 12:9 
que diz: 
”A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, 
de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse 
sobre mim o poder de Cristo.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ANÁLISE DAS OPORTUNIDADES E DOS IMPACTOS DO ESOCIAL NO SETOR 
DE SEGURANÇA DO TRABALHO DAS ORGANIZAÇÕES. 
 
ANALYSIS OF THE OPPORTUNITIES AND THE IMPACTS OF THE ESOCIAL IN 
THE SECURITY SECTOR OF THE WORK OF THE ORGANIZATIONS. 
 
Suenne da Silva Barros1 
Ana Camila Rodrigues de Oliveira2 
 
RESUMO 
Este artigo tem o propósito de analisar as oportunidades e os impactos que o 
eSocial ocasionará no setor de segurança do trabalho das organizações. O SESMT 
(Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) 
passa a ter um papel chave nas organizações, identificando,elaborando e 
controlando os documentos (eventos) relacionados à implantação e manutenção do 
sistema do eSocial, de forma que as organizações se mantenham atualizadas com 
os envios das informações relacionadas à Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho, garantindo o cumprimento das obrigações fiscais, tributárias, trabalhistas e 
previdenciárias cobradas pelos órgãos que participam do projeto do governo 
chamado eSocial. O principal resultado deste artigo é analisar as oportunidades e 
impactos na implementação do eSocial nas organizações envolvendo setores de 
Gestão de Pessoas e de Segurança do Trabalho, promovendo a disseminação 
desse conhecimento. 
Palavras-chaves: Gestão de Pessoas.SESMT.eSocial. 
 
ABSTRACT 
This essay has the purpose to analyzing the opportunities and 
impacts that eSocial will cause in the organizations' work safety sector. The SESMT 
 
1
Engenheira de Segurança do Trabalho, Engenheira Civil e Técnica de Edificações. Atua como 
Consultora na área de Engenharia Civil ede Segurança do Trabalho. E-mail: susibar01@hotmail.com 
2
Mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba, Engenheira de 
Segurança do Trabalho e Engenheira de Produção Mecânica. É professora na Universidade Federal 
na Paraíba (UFPB) e no Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) e atua como Consultora na 
área de Engenharia de Segurança do Trabalho na implementação do eSocial em empresas. 
 
 
7 
 
(Specialized Services of Safety Engineering and Occupational Medicine) becomes a 
vital role in organizations, identifying, elaborating and controlling the documents 
(events) related to the implementation and maintenance of the eSocial system, so 
that organizations keep up to date with the sending of information related to Safety 
Engineering and Occupational Medicine, assuring the enforcement with taxes, 
taxation, labor obligations and welfare collected by specific sectors of government 
named eSocial. The main result of this essay is to analyzing the opportunities and 
impacts in the implementation of the eSocial in organizations involving the People 
Management and Occupational Safety, promoting the dissemination of this 
knowledge. 
Key-words: People Management. SEMST.eSocial 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Com o advento da evolução tecnológica, a área da computação vem se 
expandindo muito nos últimos anos. Sendo assim, o Governo Federal vem fazendo 
uso da tecnologia da informação para aprimorar os meios de coleta de informações 
no âmbito trabalhista, previdenciário e tributário. Tais informações, dentro das 
empresas, são de competência dos diferentes setores existentes, tais como: o setor 
financeiro, o setor de recursos humanos, setor pessoal, setor jurídico e SESMT 
(Serviços Especializados de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). 
A princípio, essas informações eram prestadas pelas organizações de forma 
isolada, ou seja, cada informação era enviada diretamente para o órgão competente. 
Buscando melhorar a fiscalização e garantir o cumprimento das obrigações 
tributárias, fiscais, previdenciárias e trabalhistas, o governo, através do Decreto nº 
8.373 de 11 de dezembro de 2014, criou uma nova ferramenta online denominada 
de eSocial. 
O eSocial é uma estrutura digital criada pelo governo federal como propósito 
de coletar informações de âmbito trabalhista, previdenciário, tributário e fiscal 
direcionando-as para um ambiente nacional virtual único onde os órgãos (MTE, 
INSS, Receita Federal,Caixa Econômica Federal e Previdência Social) envolvidos e 
interessados nestas informações possam captá-las conforme a sua pertinência e 
 
8 
 
necessidade. Com isso, o eSocial não estará modificando nenhuma legislação 
brasileira vigente. O sistema estará inclusive facilitando a fiscalização dos órgãos 
fiscalizadores do governo junto às organizações solicitando das mesmas uma 
revisão em seus procedimentos e processos para que as informações solicitadas no 
sistema do eSocial sejam totalmente atendidas de modo satisfatório para ambas as 
partes. 
De acordo com Fantoni (2014), “o eSocial é fundamental, pois, antes mesmo 
do seu início de vigência, faz com que, empregadores, em geral, revisem seus 
processos e busquem a conformidade necessária em suas respectivas atividades. 
Desta forma, além de propiciar melhores condições de trabalho aos empregados, 
aos empregadores propicia relevante diminuição do passivo trabalhista e 
previdenciário”. 
O sucesso da implantação e manutenção da plataforma do eSocial iniciará 
com a mudança de cultura interna das empresas, começando no presidente/diretor, 
passando pelos gestores de setores até alcançar o funcionário de chão de fábrica. A 
interação entre os diferentes setores da empresa passa a ser fundamental para que 
os dados transmitidos estejam em sintonia. Para tanto, o empregador necessitará 
fazer investimentos em capital humano através de qualificações e/ou novas 
contratações e, aquisição de softwares e treinamentos que favoreçam a 
comunicação com o sistema do eSocial. 
Diante desse cenário, o objetivo deste artigo é analisar as oportunidades e os 
impactos que o eSocial ocasionará no setor de segurança do trabalho das 
organizações. 
 
1. REVISÃO DA LITERATURA 
 
1.1 ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
É o ramo da engenharia que zela pela saúde e integridade física do 
trabalhador, reduzindo ou eliminando o risco de acidentes no ambiente de trabalho 
através da elaboração, administração e fiscalização dos planos de prevenção de 
acidentes ambientais. 
 
9 
 
A Lei nº 6.367 de 19 de outubro de 1976, em seu artigo 2º, define acidente do 
trabalho como “aquele que ocorre a serviço da empresa, provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que causa a morte ou perda, ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho”. 
Segundo a Norma Regulamentadora nº 09, consideram-se riscos ambientais 
os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, 
em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são 
capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Além dos riscos ambientais, 
também existem os riscos ocupacionais, que são os riscos ergonômicos e os riscos 
de acidentes. O quadro 1 apresenta os diferentes tipos de riscos e sua respectiva 
descrição. 
 
Quadro 1: Tipos de riscos 
Riscos Descrição 
Físicos 
São as diversas formas de energia a que possam estar expostos os 
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas 
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-
som e o ultra-som. 
Químicos 
São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, 
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da 
pele ou por ingestão. 
Biológicos 
São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre 
outros. 
Ergonômicos 
São aqueles introduzidos no processo de trabalho por agentes (máquinas, 
métodos etc.) inadequados às limitações de seus usuários. Por exemplo, a 
realização da atividade de levantamento manual de cargas com o método 
das “costas curvadas” pode vir a provocar problemas lombares. 
 
De Acidentes 
São aqueles provocados pelos agentes que demandam o contato físico 
direto com a vítima para manifestar sua nocividade. Por exemplo, a 
existência de uma gilete sobre uma mesa de escritório (para ser usada em 
atividades como apontar lápis ou cortar papéis) introduz no ambiente de 
trabalho um risco do tipo aqui estudado. 
Fonte: Norma regulamentadora 09 (2018). 
 
10 
 
O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho) é o setor da engenharia responsável pelo controle da saúde e 
integridade física dos trabalhadores, reduzindo ou eliminado os riscos existentes no 
ambiente de trabalho através da tomadas de medidas baseadas nas Normas 
Regulamentadoras regidas pelo Ministério do Trabalho e outras legislações 
pertinentes. Os profissionais responsáveis por tais tarefas e componentes do 
SESMT são: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Técnico 
de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem. A 
formatação e quantificação dos profissionais do SESMT se dão através da Norma 
Regulamentadora NR-4 com base em variáveis como quantidade de funcionários, 
atividade desenvolvida e o seu grau de risco. 
Diante desse contexto, o papel do SESMT dentro das empresas para a 
implantação e manutenção do eSocial são entre outras: 
 Fazer análises e medições dos riscos existentes dentro do ambiente de 
trabalho do trabalhador; 
 Emitir laudos e pareceres; 
 Informar as medidas protetivas a serem adotadas no ambiente de trabalho 
para controlar e/ou eliminar os riscos ambientais detectados; 
 Supervisionar, aplicar e registrar os treinamentos de Segurança do Trabalho 
passados aos trabalhadores; 
 Coordenar a interface entre os vários setores envolvidos na implantação de 
projetos, no que tange a área de segurança do trabalho; 
 Implantar as atividades e rotinas pertinentes a NR aplicáveis internamente; 
 Desenvolver programas de segurança como PCMSO, PPRA, PCMAT (no 
caso da construção civil) e documentação pertinente; 
 Registrar a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) junto aos órgãos 
competentes; 
 Coordenar e efetuar análise de projetos a serem implantados, em conjunto 
com as áreas técnicas, recomendando alterações, visando eliminar ou 
minimizar riscos de acidentes e doenças ocupacionais; 
 Elaborar o LTCAT; 
 
11 
 
 Fornecer subsídios e auxiliar na elaboração de manuais, normas, 
procedimentos e programas de treinamento, referentes à segurança e 
prevenção de acidentes do trabalho, a fim de padronizar métodos de trabalho; 
 Participar da especificação e desenvolvimento dos materiais de segurança, 
uniformes de trabalho e equipamentos de proteção, a fim de adequá-los às 
necessidades e condições de riscos; 
 Participar da CIPA; 
 Fazer e responsabilizar-se pela interface externa com a comunidade dentro 
do escopo de segurança; 
 Implementar ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto 
individuais quanto coletivas; 
 Coordenar programas e serviços em saúde, efetuar pericias, auditorias e 
sindicâncias médicas; 
 Elaborar documentos e difundir conhecimentos da área médica no trabalho. 
 
1.2 GESTÃO DE PESSOAS 
 
Durante muito tempo gestão de pessoas dentro das empresas, se resumia 
apenas às obrigações recaídas sobre um setor da empresa identificado como 
Administração de Pessoas ou Departamento Pessoal responsável por atividades 
burocráticas, recrutamento, seleção, admissão, pagamento e demissão. 
Com o passar dos anos, esta visão foi modificando e novas atribuições foram 
direcionadas a este setor. Durante a Segunda Revolução Industrial, os empresários 
perceberam a necessidade de melhorar os métodos utilizados devidos a 
regulamentação das relações trabalhistas. Até então, o operário era visto como um 
agente repetidor, uma máquina de movimentos que contribuía para a elaboração de 
um produto final oferecido ao mercado pela empresa e que com o passar do tempo 
desenvolvia doença do trabalho por esforços repetitivos. 
Nos últimos anos, as organizações estão passando por processosdesafiadores e de superação para permanecerem competitivas no mercado 
globalizado. Isto acontece devido ao surgimento de inovações e renovações 
tecnológicas, novos materiais, novos processos produtivos pujantes e novas 
 
12 
 
profissões, exigindo das mesmas um faro mais apurado na descoberta e 
desenvolvimento de novos talentos para o seu corpo laboral. As organizações bem 
sucedidas no mundo estão usando a gestão de pessoas como uma ferramenta de 
excelência para se sobressaírem em meio à grande concorrência. 
De acordo com VIEIRA (2014, apud GIL, 2007), “a Gestão de Pessoas passa 
a assumir um papel de liderança para alcançar a excelência organizacional 
necessária para enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a 
utilização de novas tecnologias e a gestão da capacitação intelectual”. 
Segundo Chiavenato (1999), a definição para a Gestão de Pessoas “é o 
conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição 
gerencial relacionados com as pessoas ou recursos humanos, incluindo 
recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho”. 
Para Fisher e Fleury (1998), Gestão de Pessoas “é o conjunto de políticas e 
práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as 
relações interpessoais no ambiente de trabalho”. 
Na visão de CALDAS e cols (2015, apud DAFT, 2007), “a Gestão de Pessoas 
realiza atividades para atrair, desenvolver e manter uma força de trabalho eficaz 
dentro de uma organização”. 
A expressão Gestão de Pessoas surgiu em substituição da administração de 
recursos humanos, que era o termo mais comum usado para definir as maneiras de 
se relacionar com as pessoas nas organizações. Atualmente à Gestão de Pessoas 
estão sendo vinculadas outras nomenclaturas como: Gestão de Talentos, Gestão de 
Conhecimentos, Gestão de Capital Intelectual, Gestão de Capital Humano em 
virtude das demandas atuais nas organizações. 
É possível perceber que a Gestão de Pessoas, hoje em dia, é usada para 
avaliar, desenvolver e qualificar os colaboradores, identificando suas habilidades e 
competências, de modo a formarem profissionais mais competentes, criativos e 
comprometidos com os objetivos e metas apresentadas pelas organizações, 
resultando em maior produtividade, maior qualidade nos produtos, e serviços 
desenvolvidos e oferecidos no mercado. 
 
 
13 
 
1.3 ESOCIAL 
 
O eSocial é um projeto do Governo federal com propósito de desenvolver um 
sistema de coleta das informações descritas no seu objetivo, armazenando-as no 
Ambiente Nacional do eSocial, possibilitando aos órgãos participantes do projeto sua 
efetiva utilização para fins trabalhistas, previdenciários, fiscais e de apuração dos 
tributos e do FGTS. 
O eSocial tem sua base legal no artigo 37 da Constituição Federal Inciso XXII 
e Art. 32 da lei 8.212 de 1991. O artigo 37 Constituição Federal diz que: “as 
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de 
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio”. 
Os principais objetivos do eSocial são: 
 Viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas aos 
trabalhadores; 
 Simplificar o cumprimento de obrigações; 
 Aprimorar a qualidade de informações das relações de 
trabalho, previdenciárias; 
 Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações; 
 Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e 
jurídicas; 
 Conferir tratamento diferenciado as microempresas e empresa de pequeno 
porte; 
 Prestar informações que não constam em seus sistemas informatizados. 
 
A organização, por sua vez, terá as seguintes vantagens com a 
implementação do eSocial: 
 Atendimento a diversos órgãos do Governo com uma única fonte de 
informações voltadas para o cumprimento das diversas obrigações trabalhistas, 
previdenciárias e tributárias atualmente existentes; 
 
14 
 
 Integração dos sistemas informatizados das empresas com o ambiente 
nacional do e-social, possibilitando a automação na transmissão das informações 
dos empregados; 
 Padronização e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no 
âmbito dos órgãos participantes do projeto; 
 Garantia dos direitos previdenciários e trabalhistas dos trabalhadores; 
 Ampliação do cumprimento das obrigações pelas empresas; 
 Eliminação de redundância de informações prestadas tanto pelas Pessoas 
Físicas como Pessoas Jurídicas. 
 
1.4 O ESOCIAL E A SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
Atualmente, no Brasil existe uma grande demanda de documentos no âmbito 
trabalhista, previdenciário e tributário a serem informadas aos órgãos federais. Com 
o eSocial, as informações existentes nos documentos mencionados serão 
unificadas, promovendo a padronização e a integração dos cadastros das pessoas 
físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do sistema, eliminando a 
redundância das informações e garantindo os direitos dos trabalhadores. 
Segundo Garcia (2016), “o atendimento à Legislação será mais transparente 
e isso vai trazer a necessidade de uma integração entre os setores da organização 
(Recursos Humanos, pessoal, contábil, fiscal, jurídico, tecnologia da Informação, 
etc), inclusive Segurança e Saúde no Trabalho (SST).” 
Neste processo, a Engenharia de Segurança e a Medicina do Trabalho terão 
um papel importante na implantação e manutenção do eSocial, pois as informações 
referentes à vida laboral dos trabalhadores nas empresas são de responsabilidade 
dos profissionais destas áreas. 
A transmissão das informações na plataforma do eSocial ocorre através de 
eventos. Estes eventos serão lançados seguindo uma seqüência lógica de acordo 
com a dinâmica das contratações dos trabalhadores desde a identificação do 
empregador passando pelos dados específicos da contratação, a gestão dos 
serviços prestados e do prestador de serviços, o pagamento da remuneração e o 
 
15 
 
término da relação contratual. Os eventos podem ser classificados conforme ilustra a 
figura1 abaixo. 
Figura 1:Eventos do eSocial 
 
Fonte: Manual de Orientação do eSocial – Versão 2.4 (2017) 
 
Os eventos do eSocial que são relacionados com a Segurança do Trabalho 
são os listados no quadro 2 abaixo: 
 
Quadro 2: Eventos relacionados à Segurança do Trabalho 
Evento eSocial Nome do Evento 
S-1060 Tabela de Ambientes de Trabalho 
S-1065 Tabela de Equipamentos de Proteção 
S-2210 Comunicação de Acidente de Trabalho 
S-2220 Monitoramento da Saúde do Trabalhador 
S-2240 Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco 
S-2241 Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial 
S-2245 Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados de SST 
Fonte: Portal eSocial (2018). 
 
1.4.1S-1060 –Tabela de Ambientes de Trabalho 
 Evento dentro do eSocial é usado para incluir, alterar e excluir registros na 
tabela de ambientes de Trabalho do empregador/contribuinte/órgão público. Nesta 
tabela deverá ser descrito todos os ambientes da empresa e seus fatores de risco 
tomando com referência a Tabela 23 do Anexo I dos Lauites do eSocial. Esta tabela 
 
16 
 
traz diversos códigos para os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e 
mecânicos. 
1.4.2 S-1065 – Tabela de Equipamentos de Proteção 
Evento obrigatório onde deverá ser informado o código de cada equipamento 
de proteção individual ou coletiva tendo em sua descrição (redação com até 999 
caracteres) a indicação do CA (Certificação de Aprovação) do mesmo. 
1.4.3 S-2210 –Comunicação de Acidente de Trabalho–CAT 
Documento de caráter informativo com o objetivo de comunicar a ocorrência 
de algum acidente de trabalho ao INSS (Instituto do Seguro Social).Este documento 
está determinado no art. 22 da Lei 8.213/1991 e no art. 169 da Consolidação das 
Leis de Trabalho (CLT). É importante frisar que o acidente de trabalho é qualquer 
evento acontecido no exercício profissional que leve o indivíduo a apresentar uma 
perturbação funcional ou lesão corporal e, conseqüentemente, provoque a redução 
ou perda da sua capacidade de trabalho. 
A CAT pode ser classificada em: Inicial, de reabertura e de comunicação de 
óbito. Segundo a Instrução Normativa do INSS nº 45 de agosto de 2010, o artigo 
37,este documento seja preenchido pela empresa em 04 (quatro) vias sendo 
encaminha para os seguintes órgãos: 
 1ª via para o INSS; 
 2ª via é do segurado (empregado) ou dependente; 
 3ª via para o Sindicato; 
 4ª via para a empresa. 
O quadro 3 abaixo resume os diferentes tipos de CAT e sua respectiva 
descrição. 
Quadro 3: Comunicação de Acidente de Trabalho 
Tipo de CAT Descrição 
CAT Inicial 
Refere-se ao acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional ou óbito 
imediato. 
CAT de 
Reabertura 
Documento preenchido para casos onde houve afastamento por agravamento de 
lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou de trabalho. 
CAT de 
Comunicação 
de Óbito 
Documento emitido exclusivamente em casos de falecimento por acidente ou 
doença profissional ou do trabalho após a emissão da CAT inicial. 
Fonte: Elaboração Própria (2018). 
 
17 
 
 
Com o eSocial, a CAT será informada a partir da identificação do registrador 
(pessoa que estará transmitindo as informações sobre o acidente no sistema eSocial 
previamente). O registrador pode ser o empregado, o sindicato do trabalhador 
avulso não portuário, cooperativa, órgão gestor da mão de obra, o empregado, o 
dependente do empregado, a entidade sindical competente, o médico assistente ou 
a autoridade pública. 
O registrador da CAT deve informar algumas informações sobre o acidente, 
tais como: dados do empregador, dados do trabalhador (CPF, NIS, PIS, PASEP ou 
NIT) e informações sobre o acidente (data do acidente, o tipo de acidente a 
descrição da situação encontrada, parte do corpo atingida). 
1.4.4 S-2220 –Monitoramento da Saúde do Trabalhador 
Evento onde serão informados os exames previstos nos quadro I e II da NR-7 
do MTE conforme o risco ao qual o trabalhador está exposto, exames obrigatórios 
previstos nas legislações vigentes e os exames complementares durante a vida 
laboral do trabalhador. O eSocial exigirá neste evento a inclusão de informações 
sobre o profissional responsável por assinar o exame como o conselho a que 
pertence, por exemplo. 
1.4.5 S-2240 –Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Riscos 
Evento criado para notificar as condições ambientais de trabalho do 
empregado/servidor, estagiário, trabalhador avulso e cooperado de cooperativa de 
trabalho. Neste evento será registrada a prestação de serviços do trabalhador em 
ambientes descritos referenciado no evento S-1060 informando ainda a existência 
da exposição aos fatores de risco de acordo com a Tabela 23 (Fatores de Riscos 
Ambientais contida na versão do Leiaute 2.4 – Tabelas). Havendo a mudança de 
ambiente de trabalho do trabalhador e o encerramento das atividades do mesmo 
naquele ambiente estas informações terão que ser repassadas dentro deste mesmo 
evento. 
1.4.6 S-2241 – Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial 
Neste evento serão registrados os fatores de risco contidos na Tabela 28 que 
geram condições de insalubridade e/ou periculosidade e aposentadoria especial 
para o trabalhador no seu ambiente de trabalho. De acordo com a nota de 
Documentação evolutiva nº 01/2018 pelo Comitê Diretivo do eSocial datada de 
 
18 
 
30/05/2018, este evento foi incorporado ao evento S-2240 (Condições Ambientais –
Fatores de Riscos). 
De acordo com o art. 189 da CLT, são consideradas atividades ou operações 
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, 
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima do limite de tolerância 
fixado em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição 
aos seus efeitos. 
De acordo com A NR-15 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho 
que trata das Atividades e Operações Insalubres), limite de tolerância é a 
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o 
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, 
durante a sua vida laboral. O quadro 4 abaixo mostra os limites de tolerância e seus 
respectivos anexos encontrados na NR-15 para atividades desenvolvidas em 
ambientes onde o trabalhador esteja exposto. 
 
Quadro 4: Limites de Tolerância e seus anexos 
LIMITES DE TOLERÂNCIA E SEUS ANEXOS 
Ruídos Contínuo ou Intermitente Anexo 1 
Ruído de Impacto Anexo 2 
Calor Anexo 3 
Radiações Ionizantes Anexo 5 
Trabalho sob condições hiperbáricas Anexo 6 
Radiações não-ionizantes Anexo 7 
Vibrações Anexo 8 
Frio Anexo 9 
Umidade Anexo 10 
Agentes químicos com inspeção no local de trabalho Anexo 11 e 13 
Poeiras minerais Anexo 12 
Agentes biológicos Anexo 14 
Fonte: Elaboração própria (2018). 
Uma vez identificada à concentração ou intensidade do agente nocivo à 
saúde a que o trabalhador está exposto, o item 15.2 da NR-15 assegura ao este 
 
19 
 
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região os 
seguintes percentuais: 40% para insalubridade de grau máximo, 20% para 
insalubridade de grau médio, 10% para insalubridade de grau mínimo. Caso seja 
identificado mais de um fator de insalubridade, será considerado o fator de maior 
grau de insalubridade para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção 
cumulativa. 
1.4.7 S-2245 – Treinamentos, Capacitações e Exercícios Simulados de SST 
Evento criado para a prestação de informações inerentes aos treinamentos e 
capacitações específica dos trabalhadores. Para isto deverá ser tomado com base 
orientativa a planilha 29 – Treinamentos e Capacitações apresentada no Anexo I da 
NDE nº 01/2018 – Versão 01 do eSocial datada de 31/05/2018. 
 
2. METODOLOGIA 
 
A pesquisa foi realizada entre novembro de 2017 e Abril de 2018 e foi dividida 
em três etapas distintas, revisão da literatura, documentação técnica do eSocial e a 
identificação dos desafios e oportunidades do eSocial. 
 Na etapa da pesquisa de revisão da literatura sobre a segurança do trabalho 
e sobre a gestão de pessoas identificou as responsabilidades do SESMT e a 
importância da gestão de pessoas no contexto atual. 
 Na segunda etapa do trabalho foi feito um estudo sobre a documentação 
técnica do eSocial, identificando a forma de organização do eSocial, as informações 
que deverão ser prestadas e a nomenclatura utilizada. 
 Por último, realizou-se a identificação dos desafios e oportunidades propostos 
pelo eSocial às empresas, uma vez que a área de Segurança do Trabalho será 
afetada com a implementação do eSocial. 
 Diante desse contexto, a próxima seção apresenta os resultados obtidos com 
este trabalho, oferecendo mais uma fonte de informações a respeito do eSocial. 
 
3. RESULTADOS 
 
3.1 DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO ESOCIAL NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
20 
 
A partir da pesquisa realizada, constatou-se que a implementação do eSocial 
trará grandes dificuldades para a organização, especialmente para a área de 
Segurança do Trabalho. Um exemplo disso é a necessidade de adequar todos os 
documentos referente á vida laboral dos colaboradores da empresa, incluindo os 
campos necessários para atender às exigências do eSocial. 
Além disso, a resistência natural à mudança é outro fator que dificulta a 
implementação do eSocial. A cultura interna das empresas precisará ser revistas 
devido à necessária da integração entre os setores das empresas de modo que as 
informações transmitidas por cada um dos setores estejam dentro dos prazos 
estipulados pelosórgãos federais,de forma complementar e consonante,sem 
redundâncias, incompatibilidades ou ausência de dados. Dessa forma, as 
organizações precisarão repensar suas rotinas, processos internos, procedimentos 
de treinamento de pessoal, gestão de pessoas e de segurança do trabalho, e o 
planejamento estratégico da empresa. De acordo com o cronograma do eSocial 
empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2016 já iniciaram o 
processo em janeiro de 2018 e as demais empresas entrarão no processo a partir de 
janeiro de 2019. Quanto às informações de segurança do trabalho estas terão que 
ter seus envios iniciados a partir de janeiro de 2019 para todas as empresas. 
Outro aspecto importante refere-se ao sistema de informação que será 
utilizado. As empresas de grande e de médio porte possuem uma grande 
quantidade de informações que precisarão ser informadas ao eSocial. Para isso, 
necessitarão adquirir ou desenvolver um sistema para armazenar tais informações. 
Dessa forma, torna-se necessário realizar um grande investimento em um sistema 
de informação adequado à realidade da organização. 
 
3.2 OPORTUNIDADES COM A IMPLANTAÇÃO DO ESOCIAL NAS 
ORGANIZAÇÕES 
O eSocial exigirá das empresas um maior esforço de integração dos 
diferentes setores existentes. Esse aspecto é uma grande oportunidade de 
reestruturar os procedimentos internos e manter os setores próximos, facilitando a 
comunicação entre as pessoas e proporcionando uma melhoria nos resultados em 
diferentes processos. Será uma oportunidade de ajustar seus procedimentos de 
modo a está cumprindo prazos de envios dos dados. 
 
21 
 
Outra oportunidade identificada com a implementação do eSocial diz respeito 
aos sistemas de informação. Estes sistemas permitirão que a empresa forneça as 
informações necessárias ao eSocial, no entanto, também auxiliarão na gestão de 
segurança do trabalho, promovendo uma melhoria nos processos internos desse 
setor. Com a chegada do eSocial as oportunidades de empregos para os 
profissionais da Segurança do Trabalho serão maiores pois os eventos referentes a 
este setor terão informações baseadas em medições, perícias e laudos técnicos que 
só tais profissionais são habilitados e capacitados para fazê-los. Da mesma forma 
acredita-se que novas portas de emprego surgirão para os profissionais de gestão 
de pessoas já que cerca de 90% das empresas de médio e pequeno porte 
precisarão repensar a sua gestão de pessoas para atender as demandas do eSocial. 
Os profissionais de TI também ganharão mais espaços, pois como se trata de um 
sistema digital e muitas empresas não têm profissionais no seu quadro de 
funcionários contratados nesta função os mesmos deverão ser requisitados para 
alimentar o sistema do governo ou até treinar algum funcionário escolhido pela 
empresa para desempenhar tal função. Para a empresa, o eSocial trás consigo uma 
oportunidade da mesma repensar seus processos, rotinas e procedimentos 
praticados uma vez que o eSocial exigirá uma revolução tecnológica interna que 
impactará os modelos de gestão até então praticados nos setores pela empresa. 
 
3.3 CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO DE PESSOAS PARA O ESOCIAL 
Com achegada do eSocial nas empresas, o setor de gestão de pessoas terá 
muito trabalho a desenvolver. O mesmo terá como tarefas: identificar as mudanças 
organizacionais necessárias para garantir o sucesso da implantação e manutenção 
do eSocial; elaborar um novo planejamento estratégico identificando a missão, o 
objetivo e a política da empresa baseado na criação, avaliação, desenvolvimento ou 
modificação de procedimentos, rotinas e processos que são ou serão adotados nos 
setores das empresas com a chegada do eSocial; criar um grupo de trabalho multi-
setorial (representante do RH, departamento pessoal, jurídico, SESMT, informática, 
presidência e outros) para iniciar a integração entre os setores responsáveis por 
envios de dados exigidos pela plataforma do governo; treinar, elaborar cursos e 
palestras para difusão do novo processo dentro da empresa; avaliar, desenvolver e 
 
22 
 
qualificar os colaboradores partindo da identificação e avaliação de suas 
competências e habilidades; dar o feedback à direção da empresa sobre a 
implantação do novo planejamento estratégico elaborado, e; conscientizar todos os 
colaboradores da empresa de suas responsabilidades,direta ou indiretamente,no 
processo de implantação do eSocial. 
 
3.4 PROPOSTA DE ETAPAS PARA ADEQUAÇÃO AO ESOCIAL 
De acordo com as pesquisas realizadas, foi possível identificar as principais 
etapas necessárias para que o setor de segurança do trabalho (SST) das 
organizações se adeque ao eSocial. A figura 2 abaixo resume os resultados 
levantados através de um fluxograma de atividades. 
 
Figura 2: Fuxograma para atendimento ao eSocial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaboração própria (2018) 
 
O fluxograma acima representa a sequência de atividades a serem 
executadas pelo SESMT para garantir a implantação e manutenção do esocial. 
Inicialmente será executado um treinamento de nivelamento de conhecimento para 
todos os trabalhadores da empresa, independentemente do seu grau de 
Início do 
Processo 
Realizar Treinamento 
sobre o eSocial com 
todos os funcionários 
Verificar documentos 
Técnicos (SST) na empresa 
Fim do 
Processo 
Fim do 
Processo 
SIM 
NÃO 
Identificar ações corretivas 
Definir Responsável para 
executar ação corretiva 
Estipular prazo para executar 
ação corretiva 
Monitorar ação corretiva 
aplicada 
Documentação em 
acordo com o eSocial? 
 
23 
 
comprometimento com o eSocial ou posto de trabalho exercido de modo que todos 
tomem ciência do funcionamento do sistema e de suas obrigações quanto ao 
mesmo. Posteriormente, o SESMT fará uma averiguação técnica em toda 
documentação existente na empresa referente à vida laboral dos trabalhadores, 
medidas protetivas adotadas, inspeções de máquinas, análises ergonômicas, 
identificação de riscos ambientais entre outros itens relacionados à Segurança do 
Trabalho. Uma vez feito isto, o SESMT terá em mãos o panorama da empresa 
quanto aos documentos existentes e os inexistentes exigidos pelo eSocial. Em 
seguida, identificado os documentos inexistentes na empresa e exigidos pelo 
eSocial, o SESMT irá elaborar um plano de ação onde descreverá a ação 
necessária, o local (setor) onde será aplicada, quem é o gestor responsável e o 
prazo para aplicabilidade da mesma. Repassada a informação para o devido gestor, 
o SESMT passará monitorar os resultados das ações aplicadas de forma diária, 
semanal, mensal, semestral ou anual dependendo do tipo da ação. Este processo se 
dará de forma constante e periódico de acordo com a ação em questão. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estudo realizado traz para os profissionais e para os acadêmicos subsídios 
informativos sobre as responsabilidades e a importância da atuação da equipe do 
SESMT dentro das empresas, seja fazendo parte do quadro efetivo, ou prestando 
serviços terceirizados de consultorias. 
Com base nisto, acredita-se que o eSocial trará para a Segurança do 
Trabalho abertura de mercado de trabalho com um novo campo de atuação já que a 
transmissão das informações traduz as condições de ambiente de trabalho, medidas 
de controle, prevenção e/ou eliminação de riscos ambientais presentes nos setores 
de trabalho e que são de responsabilidades destes profissionais. 
Em contrapartida estes profissionais, no desempenho de seus papeis irão 
contribuir para o cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas, tributárias e 
previdenciárias das empresas de forma clara, objetiva e correta, juntos aos órgãos 
fiscalizadores do governo federal, garantindo assim os direitos trabalhistas dos 
empregados das empresas. 
Sendo assim, é preciso que o corpo empresarial compreenda que eSocial 
nada mais é do que uma reestruturação no modo do envio de informações já24 
 
conhecidas e trabalhadas pelas empresas ou organizações, pelos contadores e 
outros profissionais das empresas. 
Ressalta-se que a classe empresarial precisa se conscientizar que, para o 
êxito do eSocial nas suas empresas, os mesmos terão que rever o planejamento 
estratégico e a gestão de pessoas iniciando com a mudança de missão, metas e 
objetivos, criando grupo de trabalho multi-setorial, capacitação dos componentes do 
grupo de trabalho através da participação em cursos e palestras sobre o eSocial e 
difundindo informações entre todos os seus funcionários formando uma 
conscientização maciça deixando cientes das responsabilidades de cada no 
processo da implantação e manutenção do sistema do governo na organização, 
inclusive relacionado as multas pelo não cumprimento das obrigações requisitadas 
pelo eSocial que poderão variar de R$ 402,53 a R$ 181.284,63 aos cofres das 
empresas. 
5. REFERÊNCIAS 
CALDAS e cols, Administração de Pessoal ou Gestão de Talentos? Um estudo nas 
Administrações Públicas do Cariri Paraibano, XVII SemeAd Seminário em 
Administração em novembro 2015. 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos 
nas organizações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. O capital Humano das Organizações. 
8ª ed. São Paulo, Atlas, 2008. 
FLEURY, Maria Teresa Leme, FISCHER, Rosa Maria. Processo e relações do 
trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 1998. 
GARCIA, Jorge Ricardo Bessa. Interfaces dos documentos da Saúde e Segurança 
do Trabalho com o eSocial, 2016. Disponível no site 
http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo
+Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1 
GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas. Enfoque nos Papéis Profissionais. 1ª ed. 
São Paulo, Atlas, 2007. 
Layouts do eSocial versão 2.4. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso 
em: 12 de setembro de 2017. 
http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo+Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1
http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/6081/Jorge+Ricardo+Bessa+Garcia_.pdf?sequence=1
http://portal.esocial.gov.br/
 
25 
 
Manual do eSocial versão 2.4. Disponível em: <http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso 
em: 12 de setembro de 2017. 
 Resolução nº 02 de 30/08/2016 do Comitê Diretivo do eSocial. Disponível em: 
<http://portal.esocial.gov.br/>. Acesso em: 12 de setembro de 2017. 
Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 2. Disponível em: 
http://portal.esocial.gov.br/institucional/legislacao/resolucao-do-comite-diretivo-do-
esocial-no-2-de-30-de-agosto-de-2016. Acesso em: 12 de setembro de 2017. 
VIEIRA, Juliana Fachi. Gestão de Pessoas. Disponível em 
www.administradores.com.br/artigos.academico/gestao-de-pessoas/79383/ Acesso 
em 25 mar, 2018, às 10:24. 
 
 
 
 
 
http://portal.esocial.gov.br/
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