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Resumo AV1- Psicologia Social

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Psicologia Social
PSICOLOGIA SOCIAL X SOCIOLOGIA
· Aproximação: buscam estudar as relações entre o indivíduo e a sociedade;
· Diferenças: as tradições são diferentes, as questões investigadas são diferentes 
Pistas para compreender o início da psicologia social e seus rumos:
-É fundada juntamente com a psicologia científica, em Leipzig. 
-A psicologia dos povos de Wundt buscava empreender os processos mentais superiores e suas interfaces com os contextos culturais nos quais estavam inseridos 
-Nos EUA, a psicologia social ganha força a partir da adoção de métodos experimentais 
-Diferentes teorias psicológicas influenciam propostas de psicologia social e diferentes correntes dentro da psicologia social são formadas 
O que é psicologia social?
-Enfoque da psicologia social é estudar o comportamento (reflexos, ações voluntárias e dimensão inconsciente) de indivíduos e no que ele é influenciado socialmente;
-Estuda das relações entre indivíduo- sociedade;
-Há fenômenos psicológicos que não sejam sociais? (Sim, o autismo é um exemplo). 
PSICOLOGIA SOCIAL SOCIOLÓGICA (PSS)
-Efeito do indivíduo na sociedade 
-Foca na sociedade (é interindividual)
-Trata de discussões históricas, culturais e sociais 
-Estuda as construções dos grupos sociais (ex.: igreja, trabalho, escola)
-Processos grupais e socioculturais (ex.: transição capilar) 
-Identidade social; representações sociais 
-Teoria das Representações Sociais (Serge Moscovici) 
-Ocorre na Europa e na América do Sul 
Críticas a Psicologia Social Sociológica:
· Feitas pela psicologia social psicológica
· Ausência de cientificidade
PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLÓGICA (PSP)
-Efeito do grupo no indivíduo (é intraindividual) 
-É hegemônica (única e mais forte)
-Como o indivíduo se comporta diante dos outros indivíduos 
-Ênfase na compreensão dos fenômenos sociais a partir da perspectiva individual (foca no indivíduo) 
-Observa como os indivíduos respondem aos estímulos sociais 
-Forte influência do Behaviorismo e do Gestaltismo 
-Perspectiva experimentalista 
-É estadunidense 
Críticas à Psicologia Social Psicológica 
-Feitas pela Psicologia Social Sociológica
· Individualismo: a PSP traz para um plano individual questão que são complexas e que tem a ver com um plano coletivo;
· Experimentalismo: a PSP lida com questões que estão no plano social, limitando as questões de natureza história, política e econômica que não podem ser exposta a um experimento; acabam sendo inferiorizadas;
· Microteorização: a PSP explica os fenômenos através de teorias menores e específicas que não conseguem se articulam num plano maior 
· Etnocentrismo: será que aquilo que se produz/ se entende em uma determinada sociedade se aplica a todas as outras? 
· Cognitivismo: a PSP privilegia os aspectos cognitivos e negligenciam os demais, como os aspectos sentimentais e etc; entendem cognição de uma maneira mais restrita, como um processamento de informações 
· A-historicismo: a PSP descontextualiza/ retira do contexto histórico onde uma determinada situação acontece; tem ligação com o etnocentrismo
PSICOLOGIA SOCIAL SÓCIO- HISTÓRICA:
-Está mais alinhada à Psicologia Social Sociológica 
-Ela entende o ser humano em seu contexto social e histórico 
· Analisa a história por inteiro até a chegada do indivíduo na situação atual 
-Compreende que o ser humano está em constante mudança 
-Tem influência do marxismo (materialismo dialético e histórico)
· O momento histórico da sociedade muda as pessoas e as pessoas mudam o momento histórico
-Busca se libertar dos limites impostos pelo determinismo biológico, já que a produção humana não é instintiva, mas sim ensinada através da cultura 
-Analisam a articulação entre subjetividade, desigualdade social e políticas públicas;
-É influenciada pela Obra de Lev Vygotsky, a qual é assentada sobre a inseparabilidade entre indivíduo e sociedade dado que concebia que a mente é socialmente determinada; ele buscava acompanhar como os processos mentais eram desenvolvidos; 
· Zona de desenvolvimento proximal: 
É aquilo que a criança ainda não é capaz de fazer sozinha, mas é capaz de fazer acompanhada por alguém (ex.: criança aprendendo a andar de bicicleta, aprendendo a escrever e etc)
-“No desenvolvimento cultural da criança, toda função aparece duas vezes: primeiro em nível social e mais tarde em nível intraindividual; primeiro em pessoas (interpessoal) e depois no interior da própria criança (intrapsicologia). Isto pode aplicar-se igualmente à atenção voluntária, à memória logica e à formação de conceitos. Todas as funções superiores se originam como relação entre seres humanos.”
· Conceito de experiencia duplicada: 
Capacidade humana de reproduzir mentalmente a sequência de atos que leva a uma atividade. Diferente dos animais, os humanos teriam reflexos intermediados por uma atividade consciente, reflexiva (a linguagem);
-A linguagem é social e cultural 
-O homem é visto de forma totalmente ativa, transforma a realidade, produz recursos para satisfazer suas necessidades, organiza-se em sociedade para o trabalho, transforma a história e transforma as outras pessoas;
Desenvolvimento do pensamento e da linguagem:  
-Inicialmente social, posteriormente egocêntrico, por fim interiorizado. 
-Linguagem egocêntrica serve como etapa intermediária entre as formas pré-intelectuais de falas externas e o pensamento. (Para Piaget e para o behaviorismo a função da linguagem se dá em ordem inversa: é inicialmente individual para posteriormente se tornar social). 
- O conceito de zona de desenvolvimento proximal também aponta para a interação social como base do desenvolvimento. ​
Quatro dimensões compõem o estudo da psicologia humana: 
· Filogênese (transformação da espécie): 
· Ontogênese (transformações individuais da concepção até à morte)
· Sociogênese (interações sociais que enraízam as formações mentais superiores) 
· Microgênese (psiquismo individual): como um individuo se constitui 
-Com Vygotski, o estudo da consciência e das funções mentais superiores são entendidas como objetos de estudo científico passíveis de investigação objetiva. 
PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA 
-Tem base materialista- histórica dialética 
-Buscava superar a individualização desmedida e a divisão dicotômica entre indivíduo e sociedade.
-O indivíduo não está separado do social (e vice-versa)
-Se contrapõe frontalmente à chamada Psicologia Tradicional ou Hegemônica questionando as principais características que eram: o individualismo, o essencialismo e a normalização.
· Individualismo: nos aparta do contexto relacional/social em que estamos inseridos, criando a falsa ilusão de que as experiências singulares da existência não são produzidas de modo sócio-histórico;
· Essencialismo: promove a separação intrínseca das características humanas, o que possibilita à Psicologia Tradicional categorizar e propor aperfeiçoamentos nestas ao indicar como as pessoas devem agir e pensar;
· Normalização: é fruto da propagação de modelos universais, os quais usualmente estão em sintonia com a cultura dominante em que a Psicologia Hegemônica se respalda e reforça como superior às outras.
-Tais aspectos constituem a chamada psicologização (conversão de condições sociais e históricas de alienação em questões individuais e psicológicas).
Ideias que caracterizam uma Psicologia Social Crítica:
-Analisar e interrogar como as teorias e práticas da Psicologia Tradicional operam de modo ideológico e em sintonia com a ordem vigente/dominante e com os poderes instituídos ao privilegiarem determinadas variáveis em detrimento de outras;
-Compreende que todas as psicologias são exatamente constructos sócio-históricos, buscando então apreender especialmente os diferentes modos pelos quais as alternativas propostas pela Psicologia Social Crítica se relacionam com os modelos hegemônicos sedimentados e difundidos pela Psicologia Tradicional;
-É importante atentar não exatamente para a verdade oculta por detrás das práticas e teorias da Psicologia Tradicional, mas sim esmiuçar como as relações políticas e ideológicas dedominação estão funcionando por intermédio dessas práticas e teorias;
-Busca situar o saber psicológico em geral como uma forma de entender, guiar e regular a vida cotidiana, procurando compreender e explicitar quais são os meios pelos quais uma “cultura psicológica” é difundida e instituída, sendo instalada para além do conhecimento acadêmico teórico e da prática profissional em Psicologia;
-Ela busca eterna construção e questionamento das práticas e teorias psicológicas;
-Repensa caminhos e possibilidades para o fazer psicológico;
-Se preocupa em ser instrumento no auxílio ao combate dos problemas da vida cotidiana e social, tais como os preconceitos, as discriminações, transpassando a mera produção de conhecimento teórico;
-Se constitui no questionamento e na reflexão sobre os lugares comuns e ideias dominantes propagadas pela chamada Psicologia Tradicional e/ou Hegemônica, visando assim construir outras formas de se estruturar o saber e prática psicológicos;
-Visa a desconstrução e do movimento crítico constante das práticas e teorias que materializam ou dão substrato aos saberes psicológicos e, desse modo, a perspectiva crítica em Psicologia não pretende implementar e sedimentar verdades outras e, por assim dizer, “novas”;
-O que ela propõe vai ao encontro de determinada cosmovisão que não é ocultada e/ou dissimulada pelos processos ideológicos; ao contrário disso, as posições políticas, os compromissos e implicações sociais subjacentes e a visão de mundo são deliberadamente engajados e explícitos;
-Afirma que todo conhecimento é histórico e socialmente construído.
-Diz que todo conhecimento que se pretenda obter acerca do funcionamento psíquico deve ser entendido à luz das transformações sociais em meio as quais emergem.
-É composto por várias abordagens diferentes
-Não tem um assunto especifico a ser discutido 
PSICOLOGIA SOCIAL COGNITIVA:
-Está mais alinhada à Psicologia Social Psicológica 
-Influencias do behaviorismo 
-É mais forte nos EUA
-Behaviorismo: reforço positivo ou negativo;
· Todo comportamento é fruto do histórico de
interações ambientais entre o organismo e seu meio. Ou seja, não há nenhuma regulação, função, substancia ou processo cognitivo anterior a relação como meio. Todo organismo inicialmente responde ao seu meio às cegas. Em seguida, a partir das interações que acontecerem uma resposta organizada será contribuída e será evocada a cada vez que as necessidades da situação exigirem. ​
-Teoria da aprendizagem/ teoria cognitiva social (Albert Bandura):
-Festinger (1957) e o fenômeno da:
· Dissonância cognitiva: incompatibilidade entre os elementos da cognição (o que o sujeito pensa e seu comportamento)
-Encontro do behaviorismo com a psicologia social: influência do modelo behaviorista e necessidade de incluir processos cognitivos na intermediação da aprendizagem (atenção, compreensão, lembrança)
-Sujeito não é passivamente moldado por suas interações ambientais, tampouco é um sistema de processamento de informação apenas (discussão com modelo estímulo- resposta do comportamentalismo e também com o cognitivismo do modelo de processamento de informação- modelo)
-Ênfase em suas dimensões humanas: homem como ser social e que é agente do seu próprio comportamento 
-Bandura afirmava que o homem é um ser social, aprendendo através da imitação e da observação;
Teoria cognitiva social:
-Pessoa são agentes de seus comportamentos.
-Capacidade de agir humana é marcada pela:
· intencionalidade (as ações visam atingir determinados objetivos);
· antecipação (das possíveis consequências futuras da ação);
Cinco capacidades básicas caracterizam os humanos: 
· Capacidade simbólica - ação de conferir sentido, forma e contiguidade à experiencia; 
· Capacidade vicária – colocar-se no lugar do outro; 
· Capacidade de previsão – das consequências das nossas ações; 
· Capacidade auto- reguladora – controle de nossos sentimentos e ações; 
· Capacidade auto- reflexiva – consequências de nossa experiência e pensamento. 
· Conceito de auto- eficácia: 
Capacidade de perceber-se capaz de realizar determinados comportamentos em âmbitos importantes para a vida. A percepção da eficácia pessoal determinará o tipo de comportamento escolhido, a quantidade de esforço para obtê-lo e a quantidade de esforço e tempo dedicados a obter sucesso. Uma alta auto-eficácia em si não garante o sucesso na realização da tarefa, mas seu baixo nível está ligado ao fracasso. ​
Relação entre indivíduo e sociedade:
-A estrutura social é criada pelas ações individuais. Uma vez criadas, estabelecem limites e regras sociais, com as quais os indivíduos interagem, podendo, inclusive, transformá-las. ​
-A teoria do aprendizado social enfatiza os aspectos individuais. Embora a noção de auto-eficácia seja construída em meio a uma rede de influências sócio-culturais, a teoria pretende explicar comportamento individual.  ​
· A psicologia social cognitiva diz que a aprendizagem é fruto da interação social. Aprendemos a partir das interações sociais e com isso alterarmos o nosso comportamento. Aprendemos o tempo todo, conseguimos prever o que pode acontecer diante do nosso comportamento (reação dos outros indivíduos ou mudanças na sociedade); podemos agir afim de alcançar algum objetivo; também há influência da dissonância cognitiva.
-Descreve a forma como a informação procedente do mundo social se encontra representada nas estruturas da mente 
-Foi assumida pela psicologia como o paradigma mais atrativo para abordar o estudo dos processos mentais depois da crise do behaviorismo 
-Os esquemas determinam o tipo de informação à qual a pessoa dá atenção e a forma como essa informação é codificada e organizada. 
-As estruturas cognitivas preexistentes têm uma função seletiva de retenção, recuperação e organização da informação na memória
-As estruturas cognitivas proporcionam à pessoa um marco interpretativo a partir do qual se dá o significado e se constrói o conhecimento sobre a realidade
-Os esquemas já existentes permitem à pessoa interpretar a informação que recebe, influenciam nas avaliações, nos julgamentos, nas previsões e nas interferências e nos comportamentos. 
-A principal crítica aos estudos sobre estruturas cognitivas realizados em psicologia social é a de ter deixado de lado o estudo dos determinantes sociais e culturais do conhecimento

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