Buscar

Estudo Dirigido I (Fisiologia cardiovascular)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

© Laís Costa, Biomedicina - UFRJ 
 
Estudo Dirigido Fisiologia Cardiovascular 
 
Eletrofisiologia Cardíaca 
 
 
1. O que é um canal iônico? Dei pelo menos um exemplo dele. 
Um canal iônico é uma proteína formada por diversos segmentos transmembranares que constituem um 
domínio. Tias domínios se agrupam, de forma que possa ter um espaço entre dois segmentos, a fim de formar 
um poro, por onde irão passar íons mono ou divalentes, e o tipo de íon a passar é determinado pela sequência de 
aminoácidos do poro. Podemos citar como exemplo os canais de sódio SCNA5, que são constituídos pela forma 
clássica desses canais, em que é possível observar 4 domínios formados por 6 segmentos transmembranares. 
O segmento quatro compete o sensor de voltagem do canal (pela presença de aminoácidos com cargas positivas, 
como arginina e lisina) e entre o segmento cinco e seis temos o ‘’espaço’’ que ao serem agrupados os domínios, 
permitirão a formação do poro. 
 
2. Descreva o conceito de potencial de repouso e potencial de equilíbrio. 
O potencial de repouso é o momento em que o fluxo de corrente total é zero, uma vez que a assimetria de íons 
se compensa. Esse potencial acaba por corresponder ao potencial de equilíbrio de cada íon, isto é, ao momento 
em que o fluxo iônico vai de acordo ao gradiente de concentração, não gerando grandes alterações no potencial 
de membrana. 
 
3. Se um coração é tirado do corpo, ele continua batendo? Explique. 
Sim, pois, apesar de poder sofrer influência do sistema nervoso autônomo, o coração tem seu sistema de 
condução (que dita o início e a frequência dos batimentos cardíacos) formado por células com capacidade de 
gerar seu próprio impulso elétrico, ou seja, propagar potenciais de ação autonomamente. Essa propriedade 
conhecida como automatismo, é intrínseca as células do nó sinoatrial, nó atrioventricular, feixe de Hiss e fibras 
de Purkinje, que formam o sistema de condução do coração. 
 
4. Descreva sucintamente como é o sistema de condução especializado no coração. 
O sistema de condução de coração é formado por células com a propriedade do automatismo, que consiste na 
capacidade de geração autônoma de impulsos elétricos (PAs). O impulso começa no nó sinoatrial, é propagado 
para o nó atrioventricular com um retardo, a fim de que a contração ventricular não ocorra antes do ventrículo 
estar totalmente cheio. Posteriormente, o PA é propagado pelo feixe de Hiss até as fibras de Purkinje, finalizando 
o processo de condução do impulso elétrico. 
 
5. Por que o nodo sinoatrial é o marca-passo do coração? 
O nó sinoatrial é uma célula de condução, que assim como as demais possui a propriedade de automatismo, no 
entanto, o que o diferencia das demais é que sua velocidade de disparo do PA é maior, fazendo com que seja 
denominada ‘’marca-passo’’ do coração. 
© Laís Costa, Biomedicina - UFRJ 
 
 
6. O que é um potencial de ação? 
O potencial de ação é uma alteração transitória da polaridade da membrana (potencial elétrico de repouso), 
causada por um estimulo que é forte o suficiente para atingir o limiar de excitabilidade e provocar a despolarização 
da membrana. 
 
7. Quais as diferenças entre potencial de ação rápido e lento? Explique a diferença nas fases de 
cada um deles. 
O potencial de ação rápido possui uma fase de despolarização mais ligeira, ilustrada por uma curva fortemente 
inclinada (gerando um ângulo de 90°), enquanto um potencial de ação lento possui uma fase de despolarização 
mais ‘’retardada’’ e a curva aparece como uma linha ondulada. O potencial de ação rápido possui 5 fases, enquanto 
o lento possui apenas 4. 
 
 
 No potencial de ação rápido, a fase 0 corresponde a uma rápida despolarização causada pelo influxo de sódio 
(canais de sódio dependentes de voltagem), enquanto a fase 1 é caracterizada por uma repolarização rápida por 
conta da abertura dos canais de efluxo de potássio (Ito). A fase 2, também chamada de platô, é uma fase de 
relativo equilíbrio, pois, a quantidade de cargas saindo (K+) e entrando (Ca+, pelos canais ICa(L) e ICa(t)) é equivalente. 
Na fase 3, temos a repolarização, que começa com a abertura dos canais de retificação retardada (Ikr e IKs) 
abertos no final da fase 2. Por fim, na fase 4, observamos a hiperpoalrização da célula pela abertura dos canais 
IK1. 
 
 
O potencial de ação lento, começa na fase 4 onde temos a abertura de canais de cálcio (ICa(L) e ICa(t)), assim como 
da propagação da corrente If, ativada por hiperpolarização, propiciando o influxo de sódio e permitindo que ocorra 
a despolarização da membrana. Na fase 0, temos notório influxo de cálcio, aberto no final da fase 4, atingindo 
um pico de despolarização que decai, para entrarmos na fase 3 de repolarização. Na fase 3, há a abertura de canais 
de potássio, propiciando seu efluxo, de forma a repolarizar a célula, posteriormente, inicia-se o processo de 
hiperpolarização, recomeçando o ciclo.

Continue navegando