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COVID-19

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST 
CURSO DE BIOMEDICINA 
HYAGO PEREIRA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO E ALTERAÇÕES LABORATORIAIS EM PACIENTES 
INFECTADOS PELO VÍRUS SARS-CoV-2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES 
2021 
 
 
HYAGO PEREIRA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO E ALTERAÇÕES LABORATORIAIS EM PACIENTES 
INFECTADOS PELO VÍRUS SARS-CoV-2 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Centro Universitário Unifacvest, como parte dos 
requisitos para a obtenção do título de Bacharel 
em Biomedicina. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Jader Betsch Ruchel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAGES 
2021 
 
 
HYAGO PEREIRA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO E ALTERAÇÕES LABORATORIAIS EM PACIENTES 
INFECTADOS PELO VÍRUS SARS-CoV-2 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Centro Universitário Unifacvest, como parte dos 
requisitos para a obtenção do título de Bacharel 
em Biomedicina. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Jader Betsch Ruchel 
 
 
 
 
 
Lages, SC / / . Nota 
 (Coordenador do curso de Biomedicina – Jader Betsch Ruchel) 
 
 
LAGES 
2021 
 
 
RESUMO 
 
O SARS-CoV-2 é um vírus da família Coronaviridae que apresenta RNA de fita simples 
positivo, circundado por uma cápsula de lipoproteína que contém uma proteína Spike ou 
proteína S nesta estrutura. Os sintomas mais comuns são febre, tosse e falta de ar e até 
insuficiência respiratória grave. O teste de diagnóstico para COVID-19 surgiu como uma 
ferramenta essencial para rastrear a propagação da doença durante a pandemia. Uma série 
de testes para diagnosticar o SARS-CoV-2 estão disponíveis. Diversas alterações 
laboratoriais são observadas em pacientes com COVID-19, principalmente em estágio 
grave e hospitalizado. O objetivo do estudo é apontar as diferentes técnicas para 
diagnóstico do SARS-CoV-2, avaliando seu tempo de contágio com o vírus e seus 
sintomas apresentados, além de demonstrar os principais parâmetros laboratoriais com 
alterações nos casos de COVID-19. Para isso foi realizado uma revisão bibliográfica 
através de artigos publicados no ano de 2019 a 2021 utilizando bases de dados como o 
Google Acadêmico, Science Direct, SciELO e Nature, sendo identificados e incluídos os 
artigos que correlacionavam com o estudo apresentado. As técnicas utilizadas foram RT-
PCR, RT-LAMP, Sorológico (ELISA, Imunocromatografia e Quimiluminescência), 
detecção de Antigeno e Anticorpos Neutralizantes. Se destacando pela sua eficácia o RT-
PCR é uma técnica considerada padrão ouro por ser de alta sensibilidade e especificidade 
com diagnostico a partir do 3º ao 10º dia de contágio. Testes sorológicos que detectam 
anticorpos IgA, IgG e IgM contra proteína do vírus são úteis da 2ª a 4ª semanas de 
infecção e a técnica dos Anticorpos Neutralizantes que detecta anticorpos pós-infecção e 
pós-vacinação. Em relação às principais alterações laboratoriais, podemos destacar 
leucocitose, neutrofilia e trombocitopenia devido a altos níveis de dímero-D, elevação 
gradual dos níveis de LDH, proteína C reativa e ferritina e há um aumento nos níveis 
séricos de CK, CKMB e troponina. Os testes laboratoriais são de suma importância para 
diagnosticar o vírus SARS-CoV-2, impedindo que pessoas infectadas transmitam para 
outras pessoas, bem como realizar exames periódicos com o intuito de acompanhar 
possíveis alterações no organismo para evitar complicações futuras. No entanto, torna-se 
necessário mais estudos sobre o SARS-CoV-2 e as alterações laboratoriais observadas 
em pessoas infectadas. 
 
Palavra-chave: COVID-19. SARS-CoV-2. Diagnóstico. Alterações Laboratoriais. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
SARS-CoV-2 is a virus of the Coronaviridae family that presents positive single-stranded 
RNA, surrounded by a lipoprotein capsule that contains a Spike protein or protein S in 
this structure. The most common symptoms are fever, cough and shortness of breath, and 
even severe respiratory failure. The diagnostic test for COVID-19 has emerged as an 
essential tool to track the spread of the disease during the pandemic. A number of tests to 
diagnose SARS-CoV-2 are available. Several laboratory alterations are observed in 
patients with COVID-19, mainly in the severe stage and hospitalized. The aim of the 
study is to point out the different techniques for the diagnosis of SARS-CoV-2, evaluating 
its time of infection with the virus and its symptoms, in addition to demonstrating the 
main laboratory parameters with alterations in cases of COVID-19. For this, a 
bibliographic review was carried out through articles published in the year 2019 to 2021 
using databases such as Google Scholar, Science Direct, SciELO and Nature, and articles 
that correlated with the study presented were identified and included. The techniques used 
were RT-PCR, RT-LAMP, Serological (ELISA, Immunochromatography and 
Chemiluminescence), detection of Antigen and Neutralizing Antibodies. Standing out for 
its effectiveness, RT-PCR is a technique considered the gold standard for being of high 
sensitivity and specificity with diagnosis from the 3rd to the 10th day of infection. 
Serological tests that detect IgA, IgG and IgM antibodies against the virus protein are 
useful from the 2nd to 4th weeks of infection and the Neutralizing Antibody technique 
that detects post-infection and post-vaccination antibodies. Regarding the main laboratory 
alterations, we can highlight leukocytosis, neutrophilia and thrombocytopenia due to high 
levels of D-dimer, gradual increase in the levels of LDH, C-reactive protein and ferritin, 
and there is an increase in serum levels of CK, CKMB and troponin. Laboratory tests are 
of paramount importance to diagnose the SARS-CoV-2 virus, preventing infected people 
from transmitting it to other people, as well as performing periodic exams in order to 
monitor possible changes in the body to avoid future complications. However, more 
studies are needed on SARS-CoV-2 and the laboratory changes observed in infected 
people. 
 
Keyword: Diagnosis. Laboratory Changes. COVID-19. SARS-CoV-2. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 
2. OBJETIVO.................................................................................................................7 
2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................7 
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.........................................................................................7 
3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................7 
4. FISIOPATOLOGIA DA COVID-19........................................................................8 
5. DIAGNOSTICO LABORATORIAL PARA COVID-19......................................10 
5.1 TESTE DE BIOLOGIA MOLECULAR..................................................................10 
5.2 TESTE RT-LAMP....................................................................................................12 
5.3 TESTE SOROLÓGICOS..........................................................................................13 
5.4 TESTE AUTOMATIZADO DE ELISA...................................................................14 
5.5 TESTE RÁPIDO IMUNOCROMATOGRAFICO...................................................14 
5.6 TESTE DE ANTIGENO...........................................................................................16 
5.7 ANTICORPOS NEUTRALIZANTES......................................................................176. DEMAIS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS......................................................19 
6.1 ALTERAÇÕES DOS MARCADORES LABORATORIAIS..................................23 
7. CONSIDEREÇÕES FINAIS....................................................................................27 
REFERÊNCIAS.............................................................................................................28 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O Sars-CoV-2, é o vírus causador da COVID-19, uma doença que surgiu em 
Wuhan (China), no final de 2019, onde teve início em um mercado de frutos do mar e 
animais silvestres, tomou proporções mundiais no início de 2020, levando a OMS 
declarar uma pandemia (LUCENA et al., 2019). 
 O vírus mostra semelhanças com as infecções respiratórias causadas pelo vírus da 
SARS que foi transmitido de morcegos para outros animais como os pangolins e deste 
para os seres humanos por volta de 2002, sendo está uma das teorias mais aceitas, e com 
o MERS-CoV que foi transmitido de morcegos para camelos e deste para o homem em 
2012, situação que leva a pensar que o SARS-CoV-2 possa ter características semelhantes 
de transmissibilidade e origem progressiva com estes vírus (NOGUEIRA et al., 2020). 
 O coronavírus engloba uma imensa família e sabe-se que pelo menos sete desses 
vírus causam doenças respiratórias em humanos. De acordo com o estado de 
conhecimento atual, o SARS-CoV-2 é o terceiro coronavírus zoonótico que cruzou o 
bloqueio da espécie e infectou humanos nas últimas duas décadas. O genoma do SARS-
CoV-2 está inscrito em uma única fita de RNA (ácido ribonucleico). Esse tipo de vírus 
sofre mutações genéticas com mais frequência do que o vírus de DNA (ácido 
desoxirribonucleico), pois eles têm pouca capacidade de reparar erros de transcrição. Em 
particular, o SARS-CoV-2 é um RNA de fita simples com a capacidade de sintetizar cerca 
de 29 proteínas diferentes. Certas proteínas fazem parte da superfície do vírus e facilitam 
sua introdução nas células hospedeiras, outras parecem estar ligadas à sua patogênese 
(VIEIRA et al., 2020). 
 Os sintomas mais frequentes nos indivíduos que são contaminados pelo vírus são: 
febre, tosse e falta de ar, a ponto de ocorrer uma grave insuficiência respiratória, esses 
sintomas aparecerem de 2 a 14 dias após a exposição, podem piorar e, em alguns casos, 
levar a morte. O contágio pode ocorrer de diversas maneiras, como pequenas gotículas 
expelidas no ar pela boca e nariz, e encontradas em objetos e materiais, por isso um dos 
principais problemas desta pandemia é a fácil contaminação e disseminação do vírus, que 
pode ocorrer sem a necessidade do contato humano (LUCENA et al., 2019). 
 Pelo fato desta pandemia ser causada por um novo coronavírus, profissionais 
diagnosticaram esta doença com base nos aspectos clínicos e achados laboratoriais ao 
contrário de métodos moleculares. Contudo, depois do isolamento do RNA viral, diversos 
laboratórios produziram testes de maior acurácia para o diagnóstico da SARS-CoV-2. Os 
6 
 
testes laboratoriais disponíveis para o vírus são: Reação em Cadeia da Polimerase com 
Transcrição Reversa (RT PCR) em Tempo Real, Testes de detecção de antígeno, e Testes 
sorológicos, com diversas aplicações em ocasiões diferentes durante a trajetória da 
infecção (SINHA et al., 2020). 
 Testes laboratoriais para diagnósticos diferenciais e acompanhamento do paciente 
comprovam quadros de linfopenia seguido de casos de leucocitose na maior parte dos 
casos, baixos índices de hemoglobina com aparecimento de microcitose e plaquetopenia, 
alto nível de proteína C reativa, diminuição da albumina sérica e demais globulinas 
circulantes, processo inflamatório acentuado promovendo alteração na VHS (velocidade 
de sedimentação das hemácias) e IL-6 (interleucina 6). São encontradas ainda, alterações 
em enzimas hepáticas como a ALT (alanina aminotransferase) e a AST (aspartato 
aminotransferase), e elevação do índice de LDH (lactato desidrogenase). Em 
determinados casos de pacientes hospitalizados em serviços de terapia intensiva é 
possível verificar aumento de Troponina I e Dímero-D, sendo este último intimamente 
ligado a aumento de IL-6, além do aumento de bilirrubinas, creatinina, PCR (proteína C-
reativa) e prolactina. Em alguns casos, o paciente pode manifestar alterações em 
marcadores renais (ureia e creatinina), coagulação TP (tempo de protrombina), TTPa 
(tempo de tromboplastina parcial ativada) e glicose (ALMEIDA JUNIOR et al., 2020). 
 Portanto o presente estudo tem como objetivo trazer as principais técnicas para 
diagnosticar o SARS-CoV-2, e apontar qual a melhor técnica para realizar depois do 
contado com o vírus, e abordar as principais alterações laboratoriais causadas pela 
COVID-19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. OBJETIVO 
 
 2.1 Objetivo Geral 
 Este estudo tem como objetivo apontar as diferentes técnicas para diagnóstico do 
SARS-CoV-2, avaliando seu tempo de contágio com o vírus, além de demonstrar os 
principais parâmetros laboratoriais com alterações nos casos de COVID-19. 
 
 2.2 Objetivo Específicos 
1. Apresentar a fisiopatologia da COVID-19. 
2. Trazer as principais técnicas de detecção do SARS-CoV-2, presença de anticorpos e 
antígenos, bem como suas vantagens e desvantagens. 
3. Mostrar as principais alterações laboratoriais em pessoas infectadas pelo vírus causador 
da COVID-19. 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 Para atingir os objetivos propostos realizou-se uma revisão bibliográfica com 
intuito de trazer as diferentes técnicas exercidas para diagnosticar o SARS-CoV-2, e 
apontar as principais alterações laboratoriais em pacientes infectados pelo vírus da 
COVD-19. Foram utilizados para o estudo artigos científicos publicados no período de 
2019 a 2021. 
 Como fundamentação para o estudo utilizou-se o método de pesquisa 
bibliográfica, por meio de artigos científicos, para verificar as informações, resultados e 
conclusões sobre o método. Os materiais de pesquisa foram coletados através de bases de 
dados como o Google Acadêmico, Science Direct, SciELO e Nature. 
 Para a busca dos artigos foram utilizadas as seguintes palavras chaves: “COVID-
19”, “SARS-CoV-2”, “diagnostico”, “alterações laboratoriais”. Após a leitura dos artigos, 
foram selecionados os trabalhos que abordavam o assunto estudado para a pesquisa. 
Como critérios de exclusão foram excluídos os artigos incompletos, e que não 
apresentassem especificidade com o objeto de estudo através da leitura dos títulos e 
resumos. 
 
 
 
 
8 
 
4. FISIOPATOLOGIA DA COVID-19 
 Acredita-se que, a partir da década de 60, uma recombinação de coronavírus em 
animais ocasionou o surgimento de infecções de coronavírus em humanos (SU et al.,2016 
apud CARVALHO et al., 2020). Considera-se, até ao momento, que existam sete 
diferentes espécies que infectam humanos, sendo elas a HCoV-229E (do gênero 
alphacoronavírus), descoberta em 1966, a HCoV-OC43 (do gênero betacoronavírus 
linhagem A), em 1967, o coronavírus de síndrome respiratória aguda grave SARS-CoV 
(betacoronavírus, linhagem B), o qual originou-se em um surto na China em 2002/2003, 
o HCoV-NL63 (alphacoronavírus), encontrado em 2004, o HCoV-HKU1 
(betacoronavírus linhagem A), identificado em janeiro de 2005, a cepa do coronavírus da 
síndrome respiratória do Oriente Médio, MERS-CoV (betacoronavírus, linhagem C) que 
provocou um surto endêmico na Península Arábica, no ano de 2012, onde se expandiu e 
provocou um surto no ano de 2015 na Coréia do Sul e em mais de 20 países em razão da 
circulação de pessoas. E o recente SARS-CoV-2 (do gênero betacoronavírus), descoberto 
em 31 de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China através de amostras de lavagem 
bronco alveolar (FENG et al., 2020 apud CARVALHO et al., 2020). 
 O SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19 é uma infecção viral das vias 
aéreas que contagia particularmente as célulasepiteliais/alveolares e endoteliais, 
ocasionando a descamação de pneumócitos, presença de membrana hialina, formação e 
inflamação intersticial com infiltração de linfócitos. Aponta-se que alterações virais 
abrangem também células multinucleadas, células sinciciais e pneumócitos atípicos nos 
espaços intra-alveolares, que desencadeiam a SARS (MENDES et al., 2020). 
 O SARS-CoV-2 é um vírus de RNA positivo de fita simples, e partículas 
globulares com aproximadamente 125nm de diâmetro, coberta por um envelope 
fosfolipídico. Suas partículas retratam projeções constituídas por trímeros da proteína S 
(spike protein), resultando na aparência de espículas, chamado também como coroa 
(figura 1) (USP, 2020 apud VELOZO et al., 2021). 
 O SARS-CoV-2 conecta-se à célula do hospedeiro humano através do receptor 
ACE2 (enzima conversora da angiotensina 2), e seu mecanismo de entrada necessita da 
ação sequencial da enzima serina protease TMPRSS2. Essas informações apresentam 
diversos possíveis alvos terapêuticos, incluindo o eixo interleucina (IL)-6-STAT3, 
associado à síndrome de liberação de citocinas (CRS, do inglês cytokine release 
syndrome) (VIEIRA et al., 2020). 
9 
 
 A transmissão do SARS-CoV-2 acontece de forma horizontal, de pessoa a pessoa, 
pelo contato direto ou indireto com secreções contaminadas. Estas secreções são 
formadas ao tossir, falar ou espirrar, práticas que criam uma nuvem gasosa contendo 
patógenos, composta de gotículas de diferentes tamanhos (WHO, 2020 apud 
NASCIMENTO et al., 2020). O contato indireto, por fômites, é resultado da presença do 
vírus em superfícies contaminadas, até mesmo pela deposição de gotículas contendo vírus 
e posterior toque em mucosas do nariz e boca (Harrison, Lin e Wang 2020 apud 
NASCIMENTO et al., 2020). A transmissão do vírus por indivíduos assintomáticos e pré-
sintomáticos, acontece no decorrer do período de incubação, 1 a 3 dias antes do 
estabelecimento da sintomatologia (BAI et al., 2020 apud NASCIMENTO et al., 2020). 
 A maioria dos casos acontece de forma benigna e começa com sintomas comuns 
de resfriado como mal-estar, coriza, febre, tosse seca, falta de ar, fadiga e mialgia. Outros 
sintomas também são relatados como náuseas, vômitos ou diarreia, dor de cabeça e 
garganta, fraqueza, confusão mental, incapacidade de sentir odores ou anosmia e perda 
do sentido do paladar ou ageusia (LIMA, 2020 apud NASCIMENTO et al., 2020). 
 
Figura 1: Estrutura viral do coronavírus. 
 
Fonte: MINGARRO, 2020. 
 
 
 
 
10 
 
5. DIAGNOSTICO LABORATORIAL PARA COVID-19 
 Testes Laboratoriais para diagnosticar o SARS-CoV-2 por meio das seguintes 
técnicas: 
• Testes de biologia molecular: RTPCR, que detectam RNA viral; 
• Teste de saliva molecular RT- LAMP; 
• Testes sorológicos que detectam anticorpos (IgA, IgG, IgM) produzidos como resposta 
do organismo à infeção pelo vírus; 
• Testes de antígeno que detectam proteínas, especificamente proteínas da superfície do 
vírus. 
• Testes de anticorpos neutralizantes, detecta imunidade pós-infecção e pós-vacinação. 
 Os testes apresentam indicações e utilizações clínicas distintos, visto que os novos 
casos diagnosticados pela infecção do SARS-Cov-2 deve ser realizado por biologia 
molecular (RT-PCR). Os resultados de todos os testes são, entretanto, importantes, na 
implantação de medidas de contenção e decisões pertinentes à saúde pública 
(MAGALHÃES, 2020). 
 Este estudo contém os principais testes utilizados para o diagnóstico de COVID-
19, existindo atualmente outros testes no mercado para tal diagnóstico. 
 
5.1 TESTE DE BIOLOGIA MOLECULAR 
 O teste padrão ouro, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é o RT-
PCR (Transcrição Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase), uma técnica de 
alta especificidade que tem por objetivo identificar cópias do genoma RNA do SARS-
CoV-2 em amostras do trato respiratório (nasofaringe e de orofaringe) de casos suspeitos 
de COVID-19 (figura 2) (FIUZA et al., 2020). 
 
Figura 2: Esquema coleta de secreção em nasofaringe. 
 
Fonte: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/doencas-infecciosas/instrucoes-coleta-covid-19 
11 
 
 Certas viroses, como o SARS-Cov-2 contém somente RNA como o material 
genético, consequentemente é necessário realizar a conversão do RNA em DNA (Figura 
4) (IAEA, 2020 apud VELOZO et al., 2021). O diagnóstico do novo coronavírus é 
realizado por meio da técnica de biologia molecular RT-PCR, uma técnica decorrente do 
PCR convencional. Usando, além dos itens do PCR convencional, a enzima transcriptase 
reversa um marcador radioisótopo que ocasiona fluorescência no decorrer dos ciclos da 
PCR. Esta técnica possibilita que os cientistas observem o resultado quase em seguida a 
ocorrência do procedimento por meio da análise da fluorescência em um computador que 
rastreia a quantidade de fluorescência a cada ciclo. Já a RT-PCR convencional só 
possibilita a visualização do resultado ao final da amplificação por meio da Eletroforese 
(IAEA, 2020 apud VELOZO et al., 2021). 
 A técnica de RT-PCR é de alta sensibilidade e especificidade, com resultado em 
torno de três horas. O diagnóstico através da técnica de RT-PCR é aconselhado, entre o 
3º e 4º dia da doença, podendo se prolongar até o 10º dia (VELOZO et al., 2021). 
 A especificidade é de 100%, sua sensibilidade varia conforme o tipo de secreção 
respiratória analisada: Lavado broco alveolar 93%, escarro 72%; swab nasal 63% e swab 
nasofaringe 32% (CURY et al., 2020). 
 Embora considerado a técnica mais eficaz de detecção, é preciso ter em mente que 
o resultado negativo em RT-PCR não exclui totalmente a probabilidade de infecção pelo 
vírus, sendo aconselhado que o resultado seja associado com observações clínicas, 
histórico do paciente e informações epidemiológicas da região. Caso o paciente manifeste 
alta probabilidade de infecção e, mesmo assim, o teste seja negativo, é aconselhado 
realizá-lo novamente com amostras diferentes (NOGUERIRA et al., 2020). 
 
Figura 3: Ensaios de RT-PCR para detecção de infecção por SARS-CoV-2. 
 
Fonte: KEVADIYA et al., 2021. 
12 
 
5.2 TESTE RT-LAMP 
 O embasamento para este recente teste da saliva é a técnica molecular nomeada 
RT-LAMP (sigla em inglês de transcrição reversa seguida por amplificação isotérmica 
mediada por alça), a qual tem certas relações com a técnica de RT-PCR. No qual as 
técnicas são induzidas a reações para a execução de uma fase de transcrição reversa (RT), 
onde o RNA do vírus é transformado em DNA, e uma fase de amplificação, onde o local 
específico do vírus são replicados milhões de vezes para que o patógeno consiga ser 
identificado. Contudo, o RT-LAMP não necessita da extração do RNA do vírus para o 
diagnóstico, e a coleta é recomendada nos primeiros 7 dias de doença. Além disso, o RT-
LAMP dispensa o uso de aparelhos complexos, como o termociclador em tempo real, 
usado para amplificar e detectar o RNA por meio da exposição do material a diversas 
temperaturas. As vantagens do RT-LAMP, envolvendo a utilização da saliva coletada 
pelo próprio paciente como material para o exame, a eliminação da fase de extração do 
RNA, e a chance de realização de amplificação do material viral em temperatura fixa 
(65°C), auxiliam para a simplificação do método e redução do custo (FAPESP, 2020 apud 
NASCIMENTO et al., 2020). 
 A reação da técnica RT-LAMP pode ser colorimétrica onde a medição do pH é 
realizada com o corante vermelho de fenol. Quando o pH está entre 8,2-8,6, a amostra 
ficará rosa, o que significa que o resultado é negativo, e quando o pH se tornar mais ácido, 
a amostra ficará amarela, o que significa que o teste é positivo. O que muda o pH é a 
atividade da DNA polimerase, ou seja, enquanto o DNA polimerase está ativo, ela 
diminui o pH. Isso mudará a cor do vermelho fenol de rosa para amarelo, tornando o teste 
positivo e indicando a presença de vírus na amostra (figura 4). O ensaio colorimétricoRT-LAMP pode amplificar o gene alvo e fornecer interpretação visual em 60 min a 65 ° 
C, os resultados mostram uma alta sensibilidade de 95,74% especificidade de 99,95% 
(ESCOBAR-MUCIÑO et al., 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Figura 4: Teste e leitura colorimétrica RT-LAMP. 
 
Fonte: BEN-ASSA et al., 2020. 
 
5.3 TESTE SOROLÓGICOS 
 A infecção COVID-19 também é capaz de ser detectada indiretamente pela 
presença de anticorpos guiados contra o SARS-CoV-2. Alguns grupos de anticorpos 
(imunoglobulinas) estão envolvidas na resposta imunológica, destacando as classes IgM, 
IgA e IgG. O diagnóstico sorológico é importante na descrição de quadros infecciosos de 
natureza leve a moderada. A sorologia além do mais é importante para entender os fatores 
epidemiológicas da doença, por meio dos inquéritos soro epidemiológicos, identificando 
pessoas transmissoras assintomáticos, contactantes e indivíduos eventualmente 
protegidos da infecção (CODAGNONE et al., 2020). 
 O que se tem usado, tendo em vista o diagnóstico virológico são testes com 
princípios imunológicos para identificação da COVID-19. São os testes de ELISA, teste 
rápido/imunocromatografia e quimiluminescência. Nessas técnicas, utilizam-se alguns 
fluídos corporais como o plasma sanguíneo, o próprio sangue, lavado bronco alveolar e 
pesquisa direta em material oriundo nasofaringe e de orofaringe (XU W, 2020 apud 
RIBEIRO et al., 2020). 
 Os anticorpos IgM são marcadores de uma infecção recente, um estágio inicial da 
infecção, e o paciente positivo pode estar nas fases aguda e replicativa, na fase de 
convalescência ou recuperado, pois o tempo de detecção do IgM pode ocorrer entre a 3° 
14 
 
e 4° semana e após a 5° semana começa a diminuir seus níveis no organismo, quase 
desaparece por volta da 7ª semana. Os anticorpos da classe IgG são marcadores de 
infecções anteriores, anticorpos de memória relacionados à imunidade que estão 
presentes em pacientes recuperados e podem persistir por longos períodos ou mesmo por 
toda a vida, mas no caso de COVID-19, esse período ainda não foi determinado o tempo 
de detecção do IgG é aproximadamente até o 14° dia da infecção variando do 10° 
ao 18° dia. Os anticorpos da classe IgA estão mais frequentemente presentes nas 
superfícies mucosas, protegem a imunidade, neutralizam toxinas e vírus no trato 
respiratório e gastrointestinal, são detectáveis após o 1º dia de sintomas, possuem 
especificidade menor em comparação aos testes com IgG (FIUZA et al., 2020). 
 Em um estudo feito por Pinto et al. (2020), demostrou que a sensibilidade da 
detecção de IgM variou entre 44,4% e 90,4%, e a especificidade variou entre 
81,2% e 100%. Para a IgG, a sensibilidade variou entre 71,4% e 99,7%, e a 
especificidade variou entre 90,9% e 100%. A detecção de IgA, apresentou sensibilidade 
de 93,3% e especificidade de 100%. A sensibilidade dos testes sorológicos para detecção 
de IgG e IgM simultaneamente variou entre 81,5% e 88,6%, e a especificidade entre 
90,6% e 100%. 
 
5.4 TESTE AUTOMATIZADO DE ELISA 
 Os testes automatizados são processados em laboratórios, utilizando 
equipamentos analíticos para a detecção e quantificação de antígenos e anticorpos em 
sangue total, soro ou plasma. Entre as principais técnicas utilizadas estão ELISA 
(Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), Quimioluminescência e 
Eletroquimioluminescência. O teste de ELISA é o mais utilizado e baseia-se em reações 
antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas (teste imunoenzimático), 
sendo a enzima peroxidase a mais usada neste teste (ROITT; DELVES, 2019 apud 
NASCIMENTO et al., 2020). 
 O ensaio de ELISA proporciona a detecção sensível e específica de anticorpos 
anti-SARS-Cov-2 IgA, IgM e IgG, por meio do uso da proteína estrutural recombinante 
S1 do SARS-Cov-2 usada como antígeno. Assim, ao antígeno do SARS-Cov-2 
imobilizado em placa (fase sólida) é inserido o soro do paciente e, caso a amostra seja 
positiva, anticorpos específicos se ligam aos antígenos da placa. Em seguida, é 
acrescentado o anticorpo secundário contra as imunoglobulinas do soro do paciente, o 
qual está combinado à enzima peroxidase, com início da adição do substrato para a 
15 
 
enzima (H2O2) acontece uma reação colorimétrica. A intensidade da cor produzida é 
proporcional ao acúmulo de anticorpos na amostra do soro, sendo medida a partir de 
leitura em espectrofotômetro. Com base nos dados de absorbância adquiridos é possível 
então indicar o título de anticorpos anti-SARS-Cov-2 presentes no soro do paciente 
(EUROIMMUN, 2020; DIAS et al., 2020 apud NASCIMENTO et al., 2020). 
 Além do mais, tem a vantagem da velocidade dos resultados, tem custo 
relativamente baixo. O tempo médio de detecção de anticorpos em relação a infecção por 
SARS-CoV-2 é de cinco dias (intervalo interquartil 3-6 dias), ao mesmo tempo que o IgG 
pode ser detectado em menos de 14 dias (10-18 dias) depois do início dos sintomas 
(WHO, 2020 apud RIBEIRO et al., 2020). 
 
5.5 TESTE RÁPIDO IMUNOCROMATOGRAFICO 
 O Teste rápido ou imunocromatografia da COVID-19 oferece uma velocidade 
importante, visto que sua leitura acontece entre 15 e 30 minutos (ELISA de 1 a 2 horas), 
contribuindo para a triagem do paciente por causa da alta taxa de infectividade do vírus 
deve ser rapidamente isolado dos demais (MAGNO, 2020 apud RIBEIRO et al., 2020). 
 O antígeno ou anticorpo é ligado à membrana na forma de linhas ou pontos e o 
restante da membrana é impedido por uma proteína neutra, como no imunoensaio 
enzimático (ELISA). Os anticorpos ligados à linha de captura podem ser utilizados para 
detectar antígenos, e o segundo anticorpo conjugado com corante é utilizado como um 
conjugado. Uma das técnicas imunológicos desses testes usa um corante insolúvel, como 
ouro coloidal (rosa) ou prata coloidal (azul marinho) como descobridor da interação 
antígeno-anticorpo. No caso do teste para COVID-19, utiliza-se uma lâmina de 
nitrocelulose. A amostra usada se liga ao conjugado colorido e depois da migração por 
cromatografia a formação de um imunocomplexo é apresentada pela deposição de um 
corante coloidal na linha de captação (MS, 2020 apud RIBEIRO et al., 2020). 
 Ainda que os testes rápidos mostrem boa acurácia diagnóstica em pacientes com 
tempo de progresso do quadro superior a 8 dias, o tempo de janela imunológica reduz a 
sensibilidade destes testes quando utilizadas em fases mais precoces, o que explica o uso 
concomitante de outros testes de diagnóstico, como o RT-PCR, nas fases iniciais da 
doença (NASCIMENTO et al., 2020). 
 
16 
 
Figura 5: Teste sorológico do SARS-CoV-2 
 
FONTE: KEVADIYA et al., 2021. 
 
5.6 TESTE DE ANTIGENO 
 Testes de detecção de antígenos virais (TRAg), esses testes pesquisam proteínas 
virais específicas do SARS-CoV-2 e são predominantemente imunocromatográficos. São 
técnicas qualitativas de rastreio rápido, 10-30 minutos, e a informação quanto o seu 
desempenho clínico ainda é diminuída. Possibilitam o diagnóstico prematuro da doença 
em fase aguda e apontam boa performance especialmente em sintomáticos (OLIVEIRA, 
2020). Neste ensaio, o antígeno presente na amostra se liga a anticorpos que são fixados 
em uma tira de papel envolta em um filme plástico. Esta reação cria um sinal detectável 
visualmente. Os antígenos detectados são expressos apenas quando o vírus está se 
replicando ativamente, portanto, os testes podem ser usados para identificar a infecção 
aguda ou precoce (KEVADIYA et al., 2021). São essenciais para conter cadeias de 
transmissão e deve-se realizar em suspeitos nos primeiros 5 dias após o contato, para 
reduzir o risco de falsos negativos (Xavier et al., 2020). O teste realiza-se em amostras 
respiratórias, frequentemente orofaríngeas ou nasofaringes (ALMEIDA et al., 2021). 
 O teste de antígeno tem uma sensibilidade de 96,52% e uma especificidade de 
99,9% (ECO DIAGNÓTICA).17 
 
Figura 6: Teste de detecção de antígeno. 
 
Fonte: ECO DIAGNÓTICA. 
 
5.7 TESTE DE ANTICORPOS NEUTRALIZANTES 
 Acredita-se que os anticorpos neutralizantes sejam o principal correlato da 
imunidade protetora e do sucesso da vacinação. Na infecção por SARS-CoV-2, esses 
anticorpos reconhecem regiões múltiplas dentro da glicoproteína da espícula, 
principalmente, mas não exclusivamente, receptor binding domain (RBD), e inibem a 
infectividade viral por vários mecanismos, incluindo o bloqueio da ligação inicial da 
espícula ao ACE-2. Duas principais regiões de suscetibilidade foram identificadas na 
proteína Spike, o RBD e o domínio N-terminal adjacente (NTD). O SARS-CoV e o 
SARS-CoV-2 têm 80% de homologia e compartilham aproximadamente 75% da 
sequência da glicoproteína da espícula. Embora poucos anticorpos com atividade de 
neutralização cruzada entre SARS-CoV e SARS-CoV-2 tenham sido identificados, a 
existência de anticorpos potencialmente reativos cruzados abre novos caminhos para o 
desenvolvimento potencial de vacinas pan-neutralizantes contra vários coronavírus 
(CARRILLO et al., 2021). 
 Os anticorpos neutralizantes são detectados em cerca de 40% -70% das pessoas 
infectadas, dependendo dos critérios e da coorte analisados. Pelo menos 30% dos 
pacientes não apresentam níveis detectáveis de anticorpos e menos de 15% atingem altos 
18 
 
títulos de neutralização in vitro. Foi observada uma associação entre o título de anticorpos 
neutralizantes e a gravidade da doença COVID-19, e aqueles que apresentam sintomas 
leves ou são assintomáticos têm maior probabilidade de produzir uma resposta 
neutralizante. A atividade neutralizante é demonstrada aproximadamente 6 a 15 dias após 
o início dos sintomas, embora com uma ampla gama de títulos. Depois disso, os níveis de 
anticorpos neutralizantes diminuem gradualmente ao longo de um período de 3 meses 
com uma meia-vida estimada de 26 dias, embora esses dados precisem ser confirmados 
em análises longitudinais maiores (CARRILLO et al., 2021). 
 Uma alternativa ao teste de neutralização é a utilização de métodos 
imunoenzimáticos tradicionais como Elisa e quimioluminescência utilizando amostras de 
soro e plasma, nos quais a intensidade do valor medido apresentou boa correlação com 
os títulos de anticorpos neutralizantes (SANTISA et al., 2020). 
 Para preparar a amostra deve-se pipetar 200ml do tampão de extração e transferir 
para o microtubo (1,5mL), logo após é adicionado 100mL de soro ou plasma ao microtubo 
contendo o tampão de extração. Dissolver as esferas liofilizadas da pipeta Spoit 
completamente no tampão de extração. Em seguida incubar a amostra e o tampão a 
temperatura de 37ºC por 20 min. Após a amostra ser incubada por 20 min, pipetar 100 
mL da mistura da reação no dispositivo teste. Antes do dispositivo teste ser colocado no 
analisador, deve-se deixar o dispositivo fora por 15 min (ECO DIAGNÓTICA). 
 
Figura 7: Procedimento e leitura do teste imunoensaio fluorescente. 
 
19 
 
 
Fonte: ECO DIAGNÓTICA. 
 
 Interpretação dos resultados: se a inibição neutralizante for maior que 20%, 
resultado positivo e anticorpos neutralizantes contra SARS-CoV-2 detectado, se a 
inibição neutralizante for menor que 20% resultado negativo e anticorpo neutralizante 
contra SARS-CoV- 2 não detectado (ECO DIAGNÓTICA). 
 
6. DEMAIS ALTERAÇÕES LABORATORIAIS 
 A análise laboratorial dos pacientes acometidos pela COVID-19, mostrou uma 
série de motivos característicos e capazes de apontar um progresso prejudicial à doença, 
entre eles podemos apontar alterações hematológicas, bioquímicas, marcadores teciduais 
e de resposta inflamatória sistêmica. A infecção pelo SARS-CoV-2 provoca uma intensa 
e duradoura resposta por diferentes citocinas inflamatórias em alguns indivíduos, efeito 
chamado como tempestade inflamatória. Essa resposta exacerbada induz a síndrome do 
desconforto respiratório agudo (SDRA) e disfunção de múltiplos órgãos, sendo capaz de 
levar à deterioração e morte desses indivíduos (YE Q, et al., 2020 apud CARVALHO et 
al., 2020). 
 As alterações laboratoriais mais comuns em pacientes com COVID-19 são 
aumento de 75%-93% da proteína C reativa (PCR) com diminuição da albumina sérica 
em 50%-98% e contagem total de leucócitos com significativa alteração, de acordo com 
relatos na literatura, algumas vezes apresentando uma elevação ou diminuição, mas com 
20 
 
evidente presença de linfopenia (35%-75%). Há também diminuição da hemoglobina de 
cerca de 41% a 50% e aumento da taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS) em 15%-
85%, alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) de cerca de 
8%-37% e lactato desidrogenase (LDH) por volta de 12%. Os valores dos biomarcadores 
associados com infecção, incluindo PCR, procalcitonina (PCT) e VHS, aumentam 
gradualmente à medida que o estado clínico se deteriora, além de dímero-D, creatina 
quinase (CK), fração MB da creatina quinase (CK-MB), LDH, ALT, AST, ureia, 
creatinina, troponina cardíaca e proteína amiloide sérica A (SAA) (XAVIER et al., 2020). 
 
Tabela1: Alterações laboratoriais, observadas na grande maioria dos pacientes 
acometidos pela covid-19. 
 
AUTOR TÍTULO TIPO DE TESTE DESCRIÇÃO 
Almeida-
Júnior 
et al., (2020) 
Covid-19 e a infecção 
por SARS-CoV-2 em 
um panorama geral 
Hemograma (Série 
vermelha) 
Observada 
microcitose e 
redução dos índices 
de hemoglobina. 
Brito et al., 
(2020) 
Pandemia da Covid-19: 
o maior desafio do 
século XXI 
Leucograma Na análise de 
pacientes com covid-
19, tem se notado 
linfopenia evidente 
com posterior 
leucocitose. 
Lippy & 
Henry 
(2020) 
A trombocitopenia está 
associada a infecções 
graves 
por doença de 
coronavírus 
(Covid-19): uma 
metaanálise 
Plaquetograma Observados quadros 
de trombocitopenia 
em 55% dos casos 
avaliados. 
Velavan & 
Meyer 
(2020) 
The Covid-19 epidemic Proteína C-reativa Significativa 
elevação das 
concentrações, o que 
21 
 
é típico de processos 
infecciosos e 
inflamatórios. 
Lippi et al., 
(2020) 
Procalcitonin in 
pacients 
with severe coronavirus 
disease 2019 (COVID-
19): 
A meta-analysis 
Procalcitonina Mostra-se em 
elevação para os 
casos de Covid-19. 
Mardani et 
al., 
(2020) 
Parâmetros 
laboratoriais na 
detecção de pacientes 
COVID-19 com RT-
PCR 
positivo: um estudo de 
precisão de diagnóstico 
Aspartato 
Aminotransferase 
(ALT) e Alanina 
Aminotransferase 
(AST) 
Taxas elevadas esse 
marcador hepático, 
favorecendo para os 
indícios de lesão 
nesse órgão. 
Pimentel et 
al., 
(2020) 
A disseminação da 
covid19: um papel 
expectante e 
preventivo na saúde 
global 
Lactato 
Desidrogenase 
(LDH) 
Altos índices de 
lactato 
Desidrogenase nos 
pacientes com 
confirmação para 
covid19. 
Vuorioet al., 
(2020) 
Familial 
hypercholesterolaemia 
and 
COVID‐19: triggering 
of 
Lipoproteína de 
baixa densidade 
(LDL) 
Aumento na 
mensuração desta 
nas concentrações 
sanguíneas. 
Jiang et al., 
(2020) 
Recurrent PCR 
positivety 
after hospital discharge 
of 
people with 
coronavirus 
Albumina Diminuição 
significativa dessa 
globulina e demais 
circulantes. 
22 
 
disease 2019 (COVID-
19) 
La Regina 
et al., 
(2020) 
Recomendações de 
segurança dos 
pacientes 
para a epidemia de 
Covid19 
Velocidade de 
Hemossedimentação 
(VHS) 
Aumento da VHS em 
até 85% dos casos. 
Xiang et al., 
(2020) 
Marcadores 
bioquímicos 
potenciais para 
identificar 
casos graves em 
pacientes 
com COVID-19 
Ureia, Creatinina e 
Cistatina C 
Em pacientes no 
estado grave da 
doença, as 
concentrações de 
Ureia, Creatinina e 
Cistatina C, 
mostraram-se 
significativamente 
maiores, quando 
comparado aos casos 
leves. 
Nascimento 
et 
al., (2020) 
COVID-19 e Estadode 
Hipercoagulabilidade: 
Uma 
Nova Perspectiva 
Terapêutica.Tempo de 
protrombina (TP), 
Tempo de 
tromboplastina 
parcial ativada 
(TTPA) e Dímero-D 
Aumento dos valores 
de TP e TTPA. As 
dosagens do Dímero-
D mostram-se em 
aumento progressivo, 
mediante 
exacerbação da 
infecção, esse 
aumento também, 
tem sido associado a 
taxa de mortalidade. 
Guo et al., 
(2020) 
Cardiovascular 
implications 
of fatal outcomes of 
patients 
Prolactina, 
Triglicerídeos e 
Troponina I 
Aumento de 
Troponina I, 
vinculada as lesões 
do miocárdio, além 
23 
 
with coronavirus 
disease 
2019 (COVID-19) 
de elevação da 
prolactina e 
triglicerídeos. 
Fonte: Elaborado pelo autor com base em LIMA et al., 2020. 
 
6.1 ALTERAÇÕES DOS MARCADORES LABORATORIAIS 
 Em pacientes acometidos por COVID-19, observa-se atrofia de órgãos linfoides 
secundários, como linfonodos e baço, acompanhada de diminuição do número de 
linfócitos TCD4 e TCD8 nos folículos linfáticos. A infecção por COVID-19 também 
descreve necrose relacionada ao linfonodo no baço, degeneração de células esplênicas, 
necrose hemorrágica focal, proliferação focal de macrófagos e apoptose de macrófagos 
(XU et al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 A linfopenia é um sinal precoce que precede os problemas pulmonares e tende a 
se normalizar à medida que os pacientes melhoram clinicamente. Em alguns pacientes 
infectados com COVID-19, os números absolutos de linfócitos TCD4, células TCD8 e 
NK são muito menores do que o esperado em pacientes com doença persistente grave 
(FATHI, REZAI, 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 A contagem de linfócitos TCD8 retorna ao normal após 2 a 3 meses, embora a 
contagem de linfócitos TCD4 de memória possa levar aproximadamente um ano para se 
normalizar (TERPOS et al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 Na maioria dos casos, a leucocitose é um indicador de possível coinfecção 
bacteriana. Além disso, danos pulmonares graves em pacientes com SARS podem 
desempenhar um papel fundamental no desencadeamento de leucopenia, linfopenia e 
trombocitopenia (LÓPES et al., 2020). 
 A maioria das células inflamatórias que se infiltram nos pulmões são monócitos e 
macrófagos, e os achados histopatológicos mostram a presença de macrófagos e células 
gigantes multinucleadas relacionadas a uma lesão alveolar difusa, acompanhada de 
pequena infiltração linfocítica (XU et al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 O número de monócitos e macrófagos circulantes em tecidos inflamados está 
aumentado e os níveis plasmáticos de interleucina-1 (IL-1), interleucina-6 (IL-6), 
interleucina-8 (IL-8) e fator de necrose tumoral alfa (TNF -α) são aumentados (WAN et 
al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 Os níveis plasmáticos de IL-6, IL-8 e TNF-α e em menor grau de IL-1β estão 
aumentados no momento da internação e suas concentrações se correlacionam com o 
24 
 
curso da doença e mortalidade, mesmo após correção da idade, etnia, raça e comorbidades 
usadas como parâmetros para identificar pacientes em risco de doença grave (DEL 
VALLE et al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 A ferritina sérica é outro parâmetro de grande importância levantado em conta 
nesse contexto inflamatório. Em mais de 63% dos pacientes com COVID-19, esse 
parâmetro foi aumentado na admissão ou durante a internação. Os níveis mais altos de 
ferritina foram observados em pacientes com pior prognóstico e naqueles com maiores 
complicações sistêmicas. Altos níveis de mediadores pró-inflamatórios, hipóxia, estresse 
oxidativo, entre outros, são grandes estimulantes da liberação de ferritina. Acredita-se 
que o aumento da ferritina seja um dos principais parâmetros associados ao agravamento 
da doença, pois reflete sobre a ativação de macrófagos que ocorre em pacientes com 
SARS-CoV-2 (LÓPES et al., 2020). 
 Parâmetros laboratoriais elevados de CK, CKMB e mioglobina estão associados 
a danos miocárdicos e musculares que podem ocorrer em pacientes infectados com 
SARS-CoV-2. O dano ao sistema cardiovascular é multifatorial e pode resultar de um 
desequilíbrio de altas necessidades metabólicas e baixa reserva cardíaca na inflamação 
sistêmica e trombogênese, mas também pode ocorrer dano cardíaco direto pelo vírus 
(COSTA et al., 2020). 
 Os níveis anormais de alanina transaminase (ALT) e aspartato transaminase 
(AST), acompanhados por um ligeiro aumento da bilirrubina, foram os principais 
indicadores. A proporção de pacientes com lesão hepática deve-se a formas progressivas 
de infecção e possivelmente infecção direta de hepatócitos. Vários estudos têm mostrado 
que o dano aos hepatócitos foi maior em pessoas com formas mais graves da doença e, 
consequentemente, os níveis de transaminases e bilirrubina apresentados por essas 
pessoas eram mais elevados (LÓPES et al., 2020). 
 Lesões pulmonares ou de órgãos em pacientes com COVID-19 foram associadas 
a níveis aumentados de lactato desidrogenase (LDH). Lesões generalizadas de órgãos, 
bem como lesões pulmonares, hepáticas ou miocárdicas podem ser responsáveis pelo 
aumento da LDH observada na doença COVID-19. O aumento desses parâmetros 
laboratoriais estaria associado a danos miocárdicos e / ou musculares que esses pacientes 
podem apresentar (LÓPES et al., 2020). 
 O dímero-D, que é o produto da degradação da fibrina, surge por meio de três 
reações: pela conversão do fibrinogênio em trombina de fibrina, a reticulação da fibrina 
pelo fator XIII ativado da cascata de coagulação e pela degradação da fibrina pela 
25 
 
plasmina (MORENO et al, 2020). Dímero-D é um dos marcadores com a maior taxa de 
mortalidade em pacientes de UTI com COVID-19 (TANG et al., 2020). 
 O desenvolvimento de coagulação intravascular disseminada (DIC) é 
caracterizado por tempo de protrombina prolongado e tempo de tromboplastina parcial 
ativada (KPTT), presença de produtos de degradação da fibrina e trombocitopenia. A 
tendência trombótica em pacientes com COVID-19 também está associada à ativação ou 
danos às células endoteliais por meio da ligação do vírus ao receptor enzima conversora 
da angiotensina 2 (ACE-2) (DEL VALLE et al., 2020; ZHANG et al., 2020 apud 
ERRANTE et al., 2020). 
 Anormalidades renais em pacientes infectados com SARS-CoV-2 que manifestam 
a forma grave da doença são um achado comum. O aparecimento e os sintomas variam 
desde danos estruturais leves, como a presença de proteinúria, até a ocorrência de lesão 
renal aguda (IRA) no contexto de falência de múltiplos órgãos. Tal como acontece com 
outras condições, os níveis de captação de creatinina podem nem sempre refletir a 
verdadeira função renal basal do indivíduo e os dados históricos de biomarcadores podem 
nem sempre estar disponíveis no momento da avaliação inicial. Em relação ao valor 
prognóstico, também foi observado que nos casos graves da doença e em pacientes com 
piora clínica mais grave, os níveis séricos de ureia e creatinina aumentam 
progressivamente dias antes do óbito (LÓPES et al., 2020). 
 Níveis significativos de troponina-I foram encontrados em pacientes infectados 
com SARS-CoV-2 e com diagnóstico de miocardite (HUANG et al., 2020). As troponinas 
são enzimas liberadas no sangue quando as células do músculo cardíaco (miócitos 
cardíacos) são feridas ou mortas. Na COVID-19, o envolvimento miocárdico agudo foi 
descrito como dano cardíaco agudo induzido por uma possível tempestade de citocinas 
inflamatórias que podem ou não causar necrose das células do músculo cardíaco. O 
aumento da troponina foi acompanhado por um aumento em outros biomarcadores 
inflamatórios (dímero-D, ferritina, interleucina-6 [IL-6], lactato desidrogenase), 
aumentando a possibilidade de que isso possa refletir mais uma tempestade de citocinas 
ou linfo-histiocitose hematofagocítica secundária do que dano miocárdico isolado 
(FIGUEIREDO et al., 2020). 
 Imunoglobulinas plasmáticas elevadas podem causar aumento da viscosidade 
sanguínea, quando os pacientes requerem o uso de ventilação mecânica eintervenções 
vasculares, e o cateterismo venoso central pode induzir mais dano endotelial em pacientes 
26 
 
criticamente enfermos. Níveis elevados de anticorpos anticardiolipina foram relatados em 
alguns pacientes (LIN et al., 2020; ZHANG et al., 2020 apud ERRANTE et al., 2020). 
 A combinação de todos esses fatores pode levar à trombose venosa profunda ou 
tromboembolismo pulmonar. Em pacientes infectados com COVID-19, a profilaxia 
precoce e estendida com heparina de baixo peso molecular pode ser necessário (ZHANG 
et al., 2020). Alterações isquêmicas nos dedos das mãos e dos pés, mimetizando vasculite, 
foram relatadas em pacientes com infecção grave por COVID-19 (LIN et al., 2020 apud 
ERRANTE et al., 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
7. CONSIDERAÇOES FINAIS 
 A doença da COVID-19 exibe uma ampla gama de sinais e sintomas clínicos que 
afetam órgãos vitais como pulmões, coração, trato gastrointestinal, fígado, sistema 
nervoso central, sangue e rins, seus sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a exposição 
podendo piorar e, em alguns casos, levar à morte. 
 As principais técnicas aplicadas para diagnosticar a doença é RT-PCR 
considerado padrão ouro pela OMS, de alta sensibilidade e especificidade com 
diagnóstico entre o 3º e 4º dia da doença, técnica que se demostrou eficaz no estudo. Outra 
técnica é o RT-LAMP, com a vantagem de utilizar a saliva coletada do paciente como 
material de análise a partir do 7º dia do contágio e um tempo de resultado de 30 a 40 
minutos. Os testes sorológicos que se destacaram no estudo trazendo suas técnicas de 
ELISA e teste rápido ou imunocromatografia buscando a presença de anticorpos IgA, 
IgM e IgG, indicado a partir do 10º dia dos sintomas, oferece uma detecção sensível e 
específica de anticorpos, tem a vantagem de resultados rápidos entre 15 e 30 minutos. Os 
testes de detecção de antígenos, técnica de rastreamento qualitativo rápido, de 10 a 30 
minutos, possibilitam o diagnóstico precoce da doença na fase aguda e apresentam bom 
desempenho, principalmente em pacientes sintomáticos, a partir do 5º dia de infecção. 
Testes de anticorpos neutralizantes também se destacam no estudo pela sua eficácia, 
trazendo vantagens, onde vai detectar anticorpos neutralizantes contra o vírus pós-
infecção e pós-vacina. 
 Em relação às principais alterações dos marcadores laboratoriais, podemos 
destacar leucocitose e neutrofilia relacionadas ao processo inflamatório ou coinfecção 
bacteriana, linfopenia por defeitos na resposta imune e infecção viral com possível 
destruição de linfócitos T, trombocitopenia por coagulopatia devido a altos níveis de 
dímero-D. Com a progressão da doença há elevação gradual dos níveis de LDH, proteína 
C reativa e ferritina devido a tempestade de citocinas. Também há um aumento nos níveis 
séricos de CK, CKMB e troponina, que resultam de danos ao músculo cardíaco. 
 
 
 
 
 
 
28 
 
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