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Doenças de Suínos (Colibaciloses)

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Colibaciloses 
A colibacilose suína causa importantes prejuízos econômicos e para a 
saúde animal. A diarreia pós-desmame (DPD), comumente associada à E. coli 
enterotoxigênica (ETEC), é uma das doenças mais prevalentes na suinocultura 
e é responsável por importantes prejuízos econômicos em todo o mundo 
Etiologia 
A Escherichia coli é parte da microbiota normal do corpo humano e 
também coloniza o trato intestinal de outros mamíferos. Entretanto, alguns 
patotipos de E. coli adquiriram supostos fatores de virulência (FV) de seus 
ambientes. As cepas patogênicas de E. coli são classificadas em seis categorias 
bem descritas: E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli produtora de toxina 
Shiga (STEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteroinvasiva (EIEC), E. 
coli enteroagressiva (EAEC), E. coli de aderência difusa (DAEC). 
Epidemiologia 
Manifestações clínicas da colibacilose entérica obviamente requerem a 
presença de E. colipatogênica, mas também alterações ambientais e fatores de 
risco reconhecidos demonstraram que a porcentagem de suínos não 
sintomáticos positivos para ETEC foi de 16,6% durante o período de lactação, 
66% na fase de creche e 17,3% na população de terminadores. 
Patogenia 
É capaz de aderir e colonizar a mucosa intestinal para permitir a libertação 
de uma quantidade suficiente de enterotoxina para produzir a diarreia. Esta 
adesão é mediada por estruturas da superfície bacteriana, adesinas, 
classificadas como fímbiras e pili. 
Achados Clínicos 
A doença do edema pode ocorrer junto com a diarreia pós-desmame. É 
uma enterotoxemia transmissível causada por cepas verotoxigênicas de E. coli 
(Straw et al., 2006). A toxina liberada pela E. coli entra na corrente sanguínea e 
causa lesões em determinados tecidos. O edema do mesocólon e da submucosa 
gástrica são observados com frequência, com uma taxa de mortalidade média 
de 50-90%. 
Patologia Clínica 
Algumas cepas de E. coli não produzem toxinas, mas destroem as 
microvilosidades das células epiteliais às quais se aderem (Taylor, 2013). As 
cepas de E. coli que causam lesões do tipo A/E (adesão/evasão) são conhecidas 
como E. coli enteropatogênica (EPEC). É fundamental identificar os fatores de 
virulência produzidos pelas cepas ETEC ou EPEC, já que muitas cepas de E. 
coli isoladas de animais não são patogênicas. 
Diagnóstico 
 O diagnóstico de colibacilose entérica é baseado no exame bacteriológico 
de amostras de conteúdo luminal (primeira escolha) ou swabs retais. As 
amostras devem ser inoculadas no ágar-sangue e no ágar McConckey ou em 
outros meios que sejam seletivos para Enterobacteriaceae, como o ágar 
Hektoen. Esses meios seletivos permitem a diferenciação da fermentação da 
lactose (como E.coli) de bacilos entéricos Gram-negativos não fermentativos em 
lactose. 
Tratamento 
Os antibióticos comumente utilizados em todo o mundo constituem uma 
forma relativamente eficaz de eliminar patógenos infecciosos (Philips et al., 
2004). Alternativas com efeitos antimicrobianos, como os ácidos orgânicos ou 
fitogênicos, são cada vez mais importantes, já que muitos países proibiram o uso 
de antibióticos para o controle de infecções bacterianas em suínos. 
Controle e Prevenção 
Os princípios de prevenção de um surto de colibacilose têm como base 
fatores de higiene e de manejo visando reduzir o acúmulo de patógenos e a 
transmissão da infecção, estabelecendo e mantendo a imunidade dos leitões e 
das porcas.

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