Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA MARIANA REGINA ALVES DOS SANTOS RA: 1975695 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – H-MUT ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA – SPDM PIM XI TAUBATÉ-SP 2021 2 UNIVERSIDADE PAULISTA MARIANA REGINA ALVES DOS SANTOS RA: 1975695 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – H-MUT ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA – SPDM PIM XI Projeto Integrado Multidisciplinar XI para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Hospitalar, apresentado à Universidade Paulista – UNIP. TAUBATÉ 2021 3 RESUMO O projeto tem como enfoque principal o Serviço em Enfermagem, Farmácia e Nutrição Hospitalar de um hospital público, com o objetivo de relacionar as matérias estudadas, Serviços de Terceiros e Processos Hospitalares e Métodos de Pesquisa e com a prática vivenciada no Hospital Municipal Universitário de Taubaté que atualmente é administrado pela SPDM – Associação Paulista Para O Desenvolvimento Da Saúde. A unidade visa a manutenção da vida e recuperação das pessoas que necessitam de um acompanhamento intensivo. Suas principais metas: melhorar o atendimento à saúde e qualidade de vida dos pacientes, aprimorando o conhecimento como rege a legislação. Avaliaram-se a realidade dos internos e fatores para promover um atendimento voltado para a humanização, métodos que proporcionem melhor qualidade de atendimento para pacientes e funcionários, enfatizando a importância dos gestores de saúde. Palavra-chave: Enfermagem, Farmácia e Nutrição. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................…....05 2. SERVIÇOS EM ENFERMAGEM, FARMÁCIA E NUTRIÇÃO HOSPITALAR..........06 2.1 ENFERMAGEM................................................................................................................06 2.1.1 ENFERMAGEM NO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE E NA GERÊNCIA EM SERVIÇO DE SAÚDE......................................................................................................06 2.1.2 GERÊNCIA DO CUIDADO EM ENFERMAGEM........................................................08 2.1.3 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE ENFERMAGEM.......................................................................................................................09 2.2 NUTRIÇÃO E DIETÉTICA...............................................................................................09 2.2.1 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL......................................................................10 2.2.2 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE NUTRIÇÃO..............................................................................................................................11 2.3 FARMÁCIA........................................................................................................................12 2.3.1 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE FARMÁCIA..............................................................................................................................13 3. SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES...................................14 3.1 TERCEIRIZAÇÃO HOSPITALAR....................................................................................15 3.2 HOSPITALAR MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ....................................15 4. MÉTODOS DE PESQUISA...............................................................................................16 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………......17 6. REFERÊNCIAS………………………………………………………………………......18 5 1. INTRODUÇÃO O Hospital Municipal Universitário de Taubaté destaca-se pelo atendimento e leva o que há de mais avançado em conhecimento médico até a comunidade, buscando uma saúde pública digna, com qualidade e compromisso social, sendo referência para aproximadamente 2,9 milhões de habitantes do Vale do Paraíba. Dispõe de leitos adultos clínicos e cirúrgicos, pediátricos, psiquiátricos, centro cirúrgico, centro obstétrico, serviço de hemodiálise. Atendimento ambulatorial para várias especialidades, tais como: Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Cirurgia Torácica, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Infectologia, Mastologia, Nefrologia, Neurologia, Neurologia Pediátrica, Oftalmologia, Ortopedia, Obstetrícia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Pneumologia Pediátrica, Proctologia, Psiquiatria, Urologia entre outras. Possui ainda Pronto Socorro de Ginecologia e Obstetrícia e Pronto Socorro Infantil com atendimento 24 h, todos os dias da semana. A SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina assumiu a gestão em 1º de maio de 2019, buscando a excelência do serviço público de saúde e o compromisso com os princípios do Sistema Único de Saúde. 6 2. SERVIÇOS EM ENFERMAGEM, FARMÁCIA E NUTRIÇÃO HOSPITALAR 2.1 Enfermagem A gerência é um assunto relevante para ser estudada, uma vez que esta atividade está presente em vários segmentos da Sociedade. A gerência pode se conceituada como a arte de pensar, julgar, decidir e agir para obter resultados; porém, para ser gerente é preciso desenvolver a capacidade na arte de pensar e julgar para melhor decidir e agir considerando a imprevisibilidades das interações humanas, o que lhes confere uma dimensão do intuitivo, do emocional e do espontâneo (MOTTA, 2004). Para iniciar nossas discussões sobre a Gerência em Enfermagem é importante lembrar que o enfermeiro tem assumido cada vez mais responsabilidades e enfrentado diversos desafios no cenário da saúde, a fim de promover o cuidado à saúde dos indivíduos desenvolvendo atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. Nessa perspectiva, cabe destacar que o aumento de responsabilidades reflete a importância do profissional de enfermagem e do produto de seu trabalho no complexo contexto da saúde em nosso país. As afirmações acima estão amparadas na Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional em enfermagem e dá outras providências. Em seu Art. 11, inciso I, destacam as atividades privativas do enfermeiro, dentre elas: “a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem”. Além disso, como integrante do serviço de saúde aponta que ao enfermeiro compete dentre outras funções: “a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde” (BRASIL, 1986). 2.1.1A Enfermagem no processo de trabalho em saúde e na gerência em serviços de saúde A inserção da enfermagem no mundo do trabalho e na atenção à saúde tem sido marcada por determinantes históricos, sociais, econômicos e políticos (FELLI; PEDUZZI, 2005). Historicamente, a enfermagem moderna se consolida a partir dos trabalhos de Florence Nightingale na Guerra da Criméia na segunda metade do século XIX. Devido à necessidade de organização do atendimento aos soldados em hospitais militares em um primeiro momento, porém atendendo às demandas sociais de manutenção das forças de trabalho de um projeto capitalista, a enfermagem atendeu às demandaspolítico-sociais da época e inseriu-se no processo de trabalho em saúde. O trabalho em enfermagem foi organizado em três vertentes: organização do cuidado aos pacientes (através da sistematização das técnicas de enfermagem); organização do ambiente terapêutico (aplicação de mecanismos de purificação do ar, limpeza, higiene e outros); e organização dos agentes de enfermagem (por meio de treinamento e disciplina) (GOMES, 7 1997 apud FELLI; PEDUZZI, 2005). O processo de trabalho em enfermagem para produzir o cuidado de enfermagem particulariza-se em uma rede ou subprocessos que são denominados cuidar ou assistir, administrar ou gerenciar, pesquisar, ensinar e participar politicamente (Sanna, 2007). Portanto, pode-se entender que a enfermagem moderna iniciou suas atividades pautadas no gerenciamento, pois incluía em suas atividades a organização da unidade e da equipe de trabalho. Além disso, as atividades de enfermagem incluíam também a organização do cuidado mostrando que tais atividades não podem ser dissociadas (GOMES, 1997 apud FELLI; PEDUZZI, 2005). Ao longo do tempo, o papel administrativo desempenhado pelo enfermeiro tem ganhado destaque, devido a fatores políticos, sociais e culturais vigentes nas instituições de saúde e na sociedade (SPAGNOL, 2002). No processo de trabalho gerencial, os objetos de trabalho do enfermeiro são a organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Para a execução desse processo é utilizado um conjunto de instrumentos técnicos próprios da gerência, ou seja, o planejamento, o dimensionamento de pessoal de enfermagem, o recrutamento e seleção de pessoal, a educação continuada e/ou permanente, a supervisão, a avaliação de desempenho e outros. Também se utilizam outros meios ou instrumentos, como a força de trabalho, os materiais, equipamentos e instalações, além dos diferentes saberes administrativos (FELLI; PEDUZZI, 2005: p. 6). A gerência em enfermagem pode ser discutida a partir de dois grandes modelos. O modelo racional apresenta a gerência fundamentada pela Teoria Geral da Administração, tendo enfoque Taylorista voltado para produção em massa. Têm-se como meta atender aos objetivos da organização, para isso utilizando-se de ferramentas administrativas (planejamento, organização, direção, coordenação, controle). Ocorre o controle de tempos e movimentos, trabalho fragmentado por funções, divisão entre concepção e execução do trabalho e alienação do trabalho coletivo (FELLI; PEDUZZI, 2005). Esse modelo gerencial pauta-se basicamente no controle de tarefas e comportamento dos trabalhadores e pode ser observado em diversos serviços de enfermagem, especialmente em grandes hospitais. Nessas instituições é comum um modelo clássico de gestão, caracterizado por poder centralizado, hierarquia rígida, relações impessoais, decisões lentas, comunicação vertical, dentre outras (SPAGNOL, 2002). Entre outras críticas a esse modelo pontua-se a ênfase em tarefas e técnicas, uso de manuais normalizadores, assistência fragmentada e supervisão controladora e disciplinar. A ação do enfermeiro em geral é limitada no que se refere à tomada de decisão e mudanças que realmente interferem na assistência prestada aos pacientes. Mais recentemente, têm ocorrido mudanças nesse modelo, com maior ênfase no trabalho em equipe, organização do trabalho flexível e agilidade na adaptação dos instrumentos. Isso se deve às rápidas mudanças impostas pelos avanços tecnológicos e pela globalização. Houve também destaque à inserção de ferramentas de qualidade nos serviços de saúde, porém a intensificação do ritmo de trabalho da enfermagem destaca-se como uma consequência dessas políticas que tem como real intenção a lucratividade das organizações (FELLI, 2002 apud FELLI; PEDUZZI, 2005). 8 Outros fatores relacionados a essas mudanças incluem os crescentes custos da atenção à saúde, a necessidade de ampliação da cobertura dos serviços e o aumento das exigências dos consumidores (BRITO; MONTENEGRO; ALVES, 2010). A gerência com base no modelo histórico-social foca o atendimento das necessidades de saúde da população, promovendo a democratização das instituições de saúde e ampliação da autonomia dos usuários e trabalhadores envolvidos no processo de cuidado além de preocupar-se com as demandas da organização e com o controle do processo de trabalho (FELLI; PEDUZZI, 2015). 2.1.2 Gerencia do cuidado em enfermagem Administrar a assistência de enfermagem implica em conhecer os problemas mais comuns do setor de trabalho, levantar as necessidades da clientela atendida, gerenciar os conflitos da equipe de enfermagem, além de desenvolver habilidades técnico-científicas e de liderança, para desempenhar um papel de articuladora entre os demais profissionais que atuam nas unidades, tendo como objetivo principal a assistência prestada aos usuários que necessitam desses serviços (SPAGNOL, 2002; p. 127). O enfermeiro é o profissional encarregado pela coordenação e supervisão do trabalho da equipe de enfermagem. Assim no exercício profissional abrange condutas de cuidado direto e indireto, isto é, direciona-se para a gerência do cuidado de enfermagem, propiciando a evolução de uma prática profissional de enfermagem diversificada e inovadora. O trabalho do enfermeiro envolve a articulação entre os vários profissionais da equipe de saúde, organização do cuidado e elaboração de estratégias de melhoria voltadas para as necessidades do cliente, utiliza o conhecimento técnico/ científico, meios e instrumentos para auxiliar no planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações (VASCONCELOS et al, 2016). A gerência do cuidado de enfermagem busca viabilizar as condições adequadas tanto para a oferta do cuidado ao paciente como para a atuação da equipe de enfermagem e de saúde. Dessa forma, no processo de trabalho o enfermeiro desenvolve ações e atividades que garantam o melhor funcionamento possível do local onde os cuidados são produzidos, incluindo o gerenciamento de recursos físicos, materiais, humanos, financeiros, políticos e de informação com vistas à prestação da assistência à saúde. Kurcgant (2010) explica, ainda, que no processo da gerência de enfermagem, a organização da assistência e dos recursos humanos de enfermagem são os objetos de trabalho do enfermeiro. Para a aplicação desse processo é empregada uma série de instrumentos como o dimensionamento de pessoal, o planejamento, a seleção e o recrutamento de pessoal, a educação permanente e/ou continuada, a avaliação, a supervisão e outros. A gerência clássica não atende mais as demandas do mundo moderno, pois trabalhadores e usuários estão mais cientes de seus direitos e o acesso a informações tornou-se uma arma poderosa de reivindicações e mudanças. Os profissionais de enfermagem desejam participar democraticamente das decisões que afetam o rumo das organizações onde estão inseridos e buscam melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho. Portanto, torna-se imprescindível pensar numa forma mais flexível, humanizada e compartilhada de se organizar o trabalho na enfermagem (SPAGNOL, 2002). Aos trabalhadores tem sido oferecida oportunidade de participação efetiva nas discussões e aperfeiçoamento constante do processo 9 de trabalho, com autonomia para desenvolvimento de projetos e novos métodos de trabalho (FERNANDES et al, 2003). As ações gerenciais do enfermeiro são impulsionadas se suas competências profissionais forem alinhadas com o uso racional de instrumentos de gestão (VASCONCELOS et al., 2016). Com todo esse movimento dinâmico as ações padronizadas com a adoção de instrumentos gerenciais rígidos, que não consideram o comportamento da equipe de 7 enfermagem, trazem implicações negativas para gerência do cuidado de enfermagem. É imprescindível gerenciar as pessoas enquanto um sistema de organização vivo, aberto, auto organizadorem seus contextos de trabalho, na busca de seu melhor desempenho e evolução para os profissionais e profissão (MARIOTTI, 2007). 2.1.3 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Enfermagem Com relação ao planejamento dos serviços de enfermagem dentro do H-MUT, segundo informações obtidas no hospital: “os profissionais de enfermagem seguem protocolos de atendimento gerenciados, procedimentos e rotinas bem descritas, o que garante a qualidade do trabalho assistencial e propicia um ambiente seguro para o profissional e para o paciente.” Dentro da empresa estão presentes os profissionais: Enfermeiros: Coordenam a equipe de técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem que estão em sua supervisão, geralmente, no hospital, são feitas por áreas de atendimento ambulatorial, urgência e emergência, internação. Os supervisores de enfermagem também organizam suas equipes e gerenciam que todos os procedimentos sejam feitos cumpridos com qualidade. Quando é detectado alguma dificuldade com atendimento ao paciente por parte dos técnicos ou auxiliares o enfermeiro presta assistência a eles. Técnico ou Auxiliar de Enfermagem: são responsáveis diretos pelos cuidados com o paciente, quanto á administração dos medicamentos, banhos em leitos, alimentação e outros procedimentos de internação. Constata-se que neste ponto da pesquisa o H-MUT tem um planejamento estratégico para a equipe de Enfermagem, que possui profissionais especializados para gerenciamento dos departamentos. A empresa tem uma cultura flexível, que ajuda na Gestão. O modelo de gerenciamento da SPDM para a enfermagem, é de regime de revezamento de setores para os colaboradores, sendo assim não temos equipe fixa para os setores. Tem um Supervisor por período para todos os setores. 2.2 Nutrição e Dietética Desde a antiguidade, a associação entre alimentação, dietética e saúde é descrita como recurso terapêutico. A alimentação exerce um papel fundamental na vida do ser humano cuja subsistência e propagação da espécie dependem da oferta adequada de alimentos na 10 qual sua deficiência, em qualquer etapa do processo vital, interfere no crescimento, no desenvolvimento e na manutenção da saúde (ARRUDA,1991. p.60). Segundo Garcia (1998), a alimentação é a expressão máxima da vida cotidiana e isto confere à nutrição características muito particulares com a responsabilidade de influenciar hábitos. Os profissionais de saúde que tratam dos problemas relacionados à nutrição também tratam de problemas que são seus no cotidiano. De acordo com Boog (1996), lidar com a nutrição é lidar com as vidas alheias e o nutricionista é o profissional legalmente habilitado para implementar a educação nutricional, infelizmente o que não ocorre na vivência hospitalar. Azuaya (2003) afirma que para recuperação do estado de saúde do indivíduo a alimentação é imprescindível, pois seja pela insuficiência alimentar em quantidade e/ou qualidade, com a má alimentação o sistema imunológico pode ser prejudicado, levando a uma menor resistência e o aumento da duração, da intensidade e da frequência das infecções prejudica a distribuição de alimentos ou o tratamento isolado das patologias associadas não são efetivos para a recuperação do estado nutricional e a manutenção da saúde. Segundo Modesto (1980), se há o desconhecimento de todas as possibilidades de atuação do nutricionista, há também o desejo da integração deste à equipe de trabalho em saúde. Cabe à própria classe de nutricionistas exigir sua presença onde já se é oficializado o cargo e divulgar o seu papel para toda a sociedade. Desta forma, este artigo tem a finalidade de descrever, avaliar e relatar a importância do profissional Nutricionista na Saúde Pública, assim como identificar se ocorrem conflitos para exercer essa profissão e observar o impacto da educação nutricional na qualidade de vida de pacientes. 2.2.1 A Importância do Profissional Nutricionista O papel do nutricionista é extremamente importante na vida de um ser humano e na sociedade, no sentido de reeducar as pessoas a assumirem hábitos alimentares baseados no bom senso e no equilíbrio nutricional. Hoje, convivemos com problemas de saúde pública típicas de países desenvolvidos, como a obesidade infantil, advindas da longevidade da população mundial, e ainda não resolvemos problemas básicos de nações subdesenvolvidas, ou emergentes, como a fome, desnutrição e as carências nutricionais (GOULART, 2010. p.11). A população se mostra mais preocupada com a qualidade de vida do que há algumas décadas passadas. Essa preocupação gera uma mobilização na mídia, muitas vezes estimulando as pessoas a consumirem produtos que prometem resultados imediatos, dietas quase milagrosas, sem a devida orientação profissional e preocupação com a saúde. Não se investe na reeducação alimentar como fator preponderante para que o consumidor reveja seus costumes, corrija onde há exageros ou contraindicações e, a partir daí, adote novos hábitos alimentares saudáveis, aliados ao hábito de alguma atividade física no seu cotidiano (AMANCIO, 2008. p. 15). Em função disso e dessa realidade, o papel do nutricionista é extremamente importante no sentido de reeducar as pessoas a assumirem hábitos alimentares baseados no bom senso e no equilíbrio nutricional. O ato de preparar alguns pratos, mesmo que seja apenas aos 11 finais de semana, pode até se tornar uma atividade prazerosa, lúdica e de envolvimento da família, promovendo uma nova forma de encarar a alimentação no seu cotidiano. O ato de alimentar-se deve ser compreendido como um momento de nutrição aliado a instantes de satisfação e relaxamento, evitando-se vícios como a ingestão de alimentos sem degustá-los e sem fazer uma correta e rigorosa mastigação (COSTA, 1999. p.42). Amâncio (2008) descreve e cita que são diversas as áreas em que o nutricionista deve atuar, tais como: nutrição em saúde pública, com enfoque nas ações preventivas, visando à qualidade de vida da população ou indivíduo atendido; nutrição em esportes, referente a atividades relacionadas à alimentação e à nutrição em academias, clubes esportivos e similares, uma vez que tem crescido a consciência das pessoas de que precisam sair do sedentarismo da cadeira e do sofá e do controle remoto e mouse (computador), além do crescimento das atividades esportivas individuais e em equipes, em que o nutricionista está sendo inserido e que muito contribui para o bom desempenho de atletas e esportistas, por meio de orientação adequada quanto aos alimentos a serem ingeridos e dos hábitos a serem modificados/adquiridos. L. Kateleen (2010) explica sucintamente o segmento de nutrição clínica, o nutricionista é uma peça fundamental para o tratamento dos pacientes. Seu objetivo é garantir a alimentação equilibrada e o aporte de macro e micronutrientes necessários ao bom estado nutricional, o que será determinante para a evolução clínica e a recuperação, visto que o paciente desnutrido apresenta fraqueza, alteração na cicatrização de feridas, diminuição das funções dos órgãos, maior risco de infecção e pode até chegar à morte. Quando se dá entrada ao hospital para ser internado, o paciente deve passar por uma triagem feita pela Equipe de Nutrição, porém no nosso cotidiano quem acaba fazendo esta triagem e a equipe da enfermagem, que vai identificar o paciente, além pesar e aferir estatura. A avaliação nutricional pode ser feita utilizando vários métodos, tais como: exame físico, medidas de peso, altura, dobras cutâneas e circunferências, aparelhos que avaliam a composição corporal, testes funcionais, exames laboratoriais e a avaliação do consumo alimentar. Após o resultado da avaliação nutricional o profissional nutricionista irá adequar à dieta do paciente de acordo com suas necessidades e/ou sua doença. O acompanhamento é feito até queo paciente esteja ingerindo a quantidade adequada de nutrientes para o seu estado, por isso o monitoramento é diário. Quando o paciente não consegue se alimentar (ou não o suficiente), ele é indicado para a terapia nutricional na qual pode receber a nutrição enteral (dieta liquida administrada por via sonda colocada no estomago ou no intestino) ou parenteral (alimentação liquida total ou complemento de administração endovenosa por via central ou periférica) o nutricionista fará o acompanhamento para adequação dos volumes e quantidades de acordo com a doença e a tolerância do paciente. 2.2.2 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Nutrição O serviço de nutrição e dietética (SND) do H-MUT prepara diariamente, a partir da prescrição médica, a dieta alimentar mais adequada às necessidades clínicas de cada paciente. Para prestar esse atendimento essencial ao tratamento hospitalar, o SND conta 12 com uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional, composta por profissional habilitado de Nutrição. A equipe garante o suporte nutricional aos pacientes, seja com terapias nutricionais enteral e parenteral ou com dietas orais especiais, suprindo as necessidades metabólicas de cada um. Pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que recebem suporte nutricional enteral e são monitorados diariamente pela nutricionista que adequa as dietas de acordo com os gastos metabólicos. Essas dietas são industrializadas e preparadas individualmente pela Unidade Enteral do SND. Temos também o lactário e o banco de leite humano, o primeiro dá suporte da clínica pediátrica, UTI pediátrica, pronto socorro infantil. O segundo dá suporte a UTI neonatal, o banco de leite é abastecido pelas mamães das duas maternidades que temos no hospital, através de programas de conscientização do aleitamento materno e doação de leite para os bebês da UTI neonatal. O hospital também fornece alimentação completa para os colaboradores do hospital, fornecendo café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia. 2.3 Farmácia Atualmente, a farmácia hospitalar é uma unidade clínico-assistencial, técnico e administrativo, onde se processam atividades relacionadas à Assistência Farmacêutica, à produção, ao armazenamento, ao controle, à dispensação, à distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares; bem como à orientação de pacientes internos e ambulatoriais visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se, também, para o ensino e a pesquisa, propiciando um vasto campo de aprimoramento profissional. Com a Resolução nº 208 de 1990, Conselho Federal de Farmácia, definiu e deu atribuições formalizando a farmácia hospitalar brasileira. Sete anos depois, em 1997, essa resolução foi revisada e reformulada, dando origem a Resolução nº 300 (SANTOS,2012). A Assistência Farmacêutica (AF) é conjunto de ações voltadas à promoção, proteção, recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade, regulamentada pela Resolução Nº 338 de maio de 2004. As ações aprovadas pela Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) garante o acesso ao medicamento tanto individual como coletivo, tendo este como insumo essencial (MS, 2014). O ciclo da assistência farmacêutica é uma das etapas importantes em uma farmácia hospitalar, pois implicar em promover a articulação necessária dos vários componentes relacionados a oferta de medicamentos e compreendem: em seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição e a dispensação, bem como, a farmácia clínica e a atenção farmacêutica (JUNIOR e MARQUES, 2012). A evolução da Assistência Farmacêutica tem um papel fundamental e importante na reestruturação da profissão farmacêutica, segundo a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos Hospitalares (SBRAFH), a farmácia hospitalar deverá ser administrada exclusivamente por um profissional farmacêutico, ligado a direção do hospital e integrada com as demais unidades de assistência ao paciente (FERRACINI, 2010). 13 Além das atividades logísticas tradicionais, a farmácia hospitalar deve desenvolver ações assistenciais que contribuam para a qualidade e racionalidade do processo de utilização dos medicamentos e para a humanização da atenção ao usuário, sendo assim, as ações do farmacêutico hospitalar devem ser registradas com o objetivo de também contribuir para a avaliação do impacto dessas ações na promoção do uso seguro e racional de medicamentos e de outros produtos para a saúde (MS, 2010). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os farmacêuticos são singularmente qualificados pois, compreendem a garantia de qualidade aplicados aos medicamentos; apreciam as complexidades da cadeia de distribuição e renovação dos estoques; estão familiarizados com as estruturas de custos aplicadas aos medicamentos; detêm um grande volume de informações técnicas sobre os produtos disponíveis; podem orientar os pacientes com enfermidades leves e os pacientes com condições crônicas com isso melhorando a qualidade de vida da população (BRASILIA, 2004). Atualmente, a principal perspectiva para o serviço de farmácia hospitalar é introdução da farmácia clínica, cada vez mais os hospitais estão solicitando a atuação do farmacêutico com o propósito de evitar erros de medicações e prescrições desnecessárias de medicamentos, visando também a diminuição do custo da terapia e o tempo de internação dos pacientes. (FERRACINI, 2010). A farmácia clínica teve início em 1960, com a prestação de serviços farmacêutico ao paciente, tendo como base principal a terapia farmacológica, seus efeitos adversos e suas interações indesejáveis, ou seja, propõem a prestação de serviços farmacêuticos voltados diretamente ao paciente. Com isso a prática farmacêutica tem o direcionamento para o paciente, contribuindo para que o serviço de farmácia hospitalar melhore a qualidade da assistência prestada, promovendo uso seguro e racional de medicamentos (FERRACINI, 2010). 2.3.1 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Farmácia A farmácia hospitalar do H-MUT é uma unidade clínica administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente á direção do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades de assistenciais ao paciente. A gestão em farmácia hospitalar, de responsabilidade exclusiva do farmacêutico, deve ser focada em prestar assistência farmacêutica. As funções básicas do farmacêutico é selecionar e organizar uma padronização nas medicações que suprem o hospital, controlar o estoque de medicamentos, observar os ensinamentos da farmacoeconomia, farmacovigilância e das boas práticas de armazenamento e dispensação. Para isso a farmácia deve estabelecer em sua organização práticas gerenciais que conduzam a processos mais seguros, com conceitos de qualidade, valorizando a gestão de pessoas e processos, atendendo às normas e legislação vigente no País. O hospital tem apenas uma farmácia central onde dispensa todos os medicamentos para todos os setores do hospital, onde cada setor faz seu próprio estoque adequado para atendimento diário dos seus pacientes. 14 3. SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES O administrador deve estar sempre atualizado no mundo dos negócios, atento a todo o macro e microambiente que o cerca para poder tornar-se mais competitivo e eficaz. Como menciona Leiria (1993), as organizações são, em geral, muito centralizadoras, excessivamente burocráticas, inchadas, pesadas e não tão agilidade de decisão, não são competitivas e nem eficientes. Toda a organização tem como objetivo minimizar perdas e otimizar ganhos. Para isso as empresas precisam ser mais flexíveis, compostas por pessoas mais abertas, confiantes, que podem compreender melhor a implantaçãode novas formas de administração. Cada vez mais as organizações necessitam estar preparadas para as mudanças que o mercado globalizado exige, mantendo seus esforços focalizados no seu objetivo principal, repassando para terceiros (especializados) o que não faz parte de suas atividades-fim. Diante desta situação, surge a necessidade da terceirização, que é um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros executarem, uma nova estratégia empresarial que vem se firmando como uma ferramenta útil, produtiva e indispensável para empresas que necessitam e querem competir num mercado globalizado. No Brasil a terceirização foi gradativamente implantada a partir da vinda das primeiras empresas multinacionais, principalmente as automobilísticas. As pequenas e médias empresas, por serem mais ágeis e por terem percebido a necessidade de mudança, foram as primeiras a entrar neste novo processo e conquistar espaço no mercado da terceirização. As grandes organizações, receosas de perderem sua fatia no mercado, buscando tornarem-se mais competitivas, não demoraram muito a aderir a este processo. 0 crescimento da terceirização nos diversos setores da economia, decorrente de comprovados benefícios, tais como, descentralização do mercado, redução de custos, melhorias de serviços, aumento de qualidade, agilidade, alívio da estrutura organizacional, dentro outros, estimulou seu uso em outros empreendimentos, como os do setor hospitalar. As unidades hospitalares têm, como principal missão, proporcionar assistência médica integral, atendendo as necessidades da população que delas dependem. A busca pela excelência destes serviços prestados é incessante e proporcional as dimensões e 11 complexidade dessas organizações, ficando nítida a importância da administração na área da saúde para criar condições mais favoráveis para que possam ser mais competitivas e autossuficientes. Diante deste cenário, ganha a terceirização âmbito significativo também na área hospitalar, potencializando resultados, tornando-se um grande recurso estratégico para as instituições públicas ou privadas. A terceirização no setor hospitalar esteve mais associada, até recentemente, a serviços de apoio, diagnóstico e terapêutico, hotelaria e outros caracterizados como não essenciais. Atualmente, além desses, já estão sendo terceirizados os serviços de profissionais (médicos e enfermeiros), de gestão financeira e de gestão de serviços gerais (lavanderia, farmácia, dentre outros). Considerando a importância e os resultados positivos que o processo de terceirização pode oferecer aos setores de um hospital, neste trabalho se desenvolveu a ideia da terceirização hospitalar e realizou-se um diagnóstico em um hospital que já utilizou terceirizado em sua organização. Terceirização é uma palavra extensa que indica a existência de outra empresa com competência, especialidade e qualidade que, em condições de parceira, possa prestar serviços contratante (QUEIROZ, 1992), constituindo-se numa ferramenta utilizada para transferir para outra empresa, ou prestadora de serviço, atividades que não fazem parte do negócio principal da empresa. Para Davis (1992), a terceirização é a passagem de atividades e tarefas a terceiros. A empresa passa a se concentrar em uma atividade-fim, aquela para a qual foi criada e que justifica 15 sua presença no mercado, passando a terceiros as atividades-meio. Esta definição evidencia com clareza que a terceirização estabelece uma organização que oportuniza a empresa se concentrar em seus objetivos principais. Para Fontanella, Tavares e Leiria (1994, p.19), a terceirização é como uma tecnologia de administração que consiste na compra de bens e/ou serviços especializados, de forma sistêmica e intensiva, para serem integrados na condição de atividade-meio à atividade-fim da empresa compradora, permitindo a concentração de energia em real vocação, com intuito de potencializar ganhos em qualidade e competitividade. 3.1 A Terceirização Hospitalar O setor hospitalar, no Brasil, vem reproduzindo esta tendência geral, utilizando de forma crescente a terceirização, ou seja, a intermediação de agentes terceiros para o suprimento de força de trabalho e serviços. A área hospitalar 6, sem dúvida, no universo das empresas e dos negócios, uma das mais complexas e dinâmicas, necessitando de constantes investimentos para atender o avanço da medicina e suas inovações. Conforme Campos (1978), a organização hospitalar se distingue das demais não apenas pela sua complexibilidade, mas também pela sua ampla responsabilidade assumida diante do indivíduo nos seus aspectos biológicos, psicossomático e social. É um a área que merece muita atenção das empresas de diversos setores da economia, pois lida com tecnologia de ponta e está em constante transformação. É um ótimo ramo de negócios e, com certeza, pode propiciar um grande faturamento. No cenário hospitalar também se encontra clientes cada vez mais exigente e consciente de seus direitos. Isso requer do hospital uma gestão mais flexível para atender as necessidades organizacionais, para buscar a continua melhoria dos serviços prestados e os melhores resultados produtivos e financeiros. O setor da saúde tem sofrido pressão e fortes críticas em virtude do aumento de seus custos, acima das taxas de inflação e da necessidade de eficiência num ambiente competitivo. Tais fatos tão propiciados um campo vasto para a terceirização do setor. Os principais argumentos para a transferência da gestão de unidades hospitalares a terceiros são A procura de melhoria dos serviços, maior autonomia gerencial (e, por consequência, maiores responsabilidades aos gestores), maior qualidade, melhor eficiência administrativa e redução de custos. Os autores Girardi, Carvalho e Girardi Jr. (1999) afirmam que, até recentemente, o fenômeno da terceirização no setor de serviços de saúde esteve de alguma maneira localizado em funções de apoio operacional, serviços gerais e administrativos, serviços de hotelaria e outros considerados não essenciais, bem como algumas áreas de apoio diagnóstico e terapêutico tendo, porém, ganhado espaço, atingindo de forma crescente áreas como as dos serviços profissionais especializados e essenciais, a gerência dos serviços e inclusive a gestão financeira. Os autores ainda afirmam que: os problemas de regulação da terceirização na área da saúde são crescentes, tanto no setor privado como no setor público. No setor privado, conveniado com o SUS, onde o processo é já antigo, mas muito discretamente regulado e em muitas áreas desregulado; seja no setor público, que para fugir ao formalismo e à rigidez das normas de contratação e remuneração, tem ensaiado formas de terceirização que muitas vezes se situam na informalidade e mesmo nas franjas da ilegalidade. (GIRARDI; CARVALHO; GIRARDI Jr, 1999, p.5) 16 A terceirização em hospitais tem se colocado como uma alternativa para os hospitais, terem maior flexibilidade, qualidade nos serviços, e ganhos econômicos, características as quais empresas em todo mundo almejam e buscam constantemente. 3.2 Hospital Municipal Universitário de Taubaté O hospital H-MUT terceiriza o serviço de portaria e controladoria de acesso, seu serviço de lavanderia e SADT (apoio diagnóstico). Os demais serviços da unidade são exercidos pelos colaboradores da unidade. Não consegui obter muitas informações sobre os contratos de prestação de serviço. 4. MÉTODOS DE PESQUISA Toda pesquisa deve passar por uma fase preparatória de planejamento devendo-se estabelecer certas diretrizes de ação e fixar-se uma estratégia global. A realização deste trabalho prévio é imprescindível. A ciência se apresenta como um processo de pesquisa que procura atingir conhecimentos sistematizados e seguros. Para alcançar este objetivo é necessário que seplaneje o processo de pesquisa, isto é, traçar o curso de ação a ser seguido no processo da pesquisa. Não é, porém, necessários que se sigam normas rígidas. A flexibilidade deve ser a característica principal neste planejamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a criatividade e a imaginação crítica do pesquisador. Afirma-se que não existe método científico estabelecido previamente. Existem critérios gerais orientadores que facilitam o processo de pesquisa. Demo 2006 defini pesquisa “como diálogo inteligente com a realidade, tomando-o como processo e atividade e como integrante do cotidiano”. O planejamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser investigado, de sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador. Assim pode haver um número sem fim de tipos de pesquisa. As pesquisas podem ser classificadas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas. 1 – Pesquisas Exploratórias: Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Na maioria dos casos essas pesquisas envolvem: levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas a pesquisa e análise de exemplos. 2 – Pesquisas Descritivas: Tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou a relação entre determinadas variáveis. 3 – Pesquisas Explicativas: Tem como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É a que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas. Serão desconsideradas as diferentes classificações desses tipos para utilizar apenas uma: a que leva em conta o procedimento geral que é utilizado para investigar o problema. Com isso podemos distinguir no mínimo três tipos de pesquisa: a bibliográfica, a experimental e a descritiva. 17 Cada tipo de pesquisa usa um método e tem uma finalidade, no entanto, toda pesquisa requer um planejamento prévio, sendo que o ponto principal é a definição do problema ser pesquisado, partindo do problema, é feito o embasamento teórico do problema, que na maioria das vezes, exige estudar outros autores para uma compreensão melhor do problema. Os projetos integrados usam a base teórica e a aplicação prática das matérias dentro da empresa em estudo, portanto, ocorre por meio de uma pesquisa cientifica. Mas, esse tipo de pesquisa também é utilizado para elaboração dos Artigos e de Monografias, trabalhos que costumam ser apresentados ao final de um curso de graduação e em alguns tecnológicos também. A escolha do tema impacta em muito o resultado da pesquisa, para exemplificar, neste trabalho estudados assuntos relacionados a área da saúde, se escolhêssemos uma empresa em outro segmento, certamente os resultados não seriam satisfatórios, ou seja, não conseguiríamos responder aos objetivos da pesquisa. A delimitação do tema em um projeto de pesquisa tem grande importância para o sucesso da pesquisa. O objetivo geral de uma pesquisa está diretamente relacionado com o tema, nesta pesquisa, do Projeto Integrado, nosso objetivo é a aplicação das matérias dentro do Hospital Municipal Universitário de Taubaté. Nosso objetivo geral é estudar como os assuntos são aplicados pela instituição, que é a descrição de cada uma das disciplinas e como funcionam dentro da entidade. Pode ser citado como um objetivo específico, estudar como são os processos administrativos dentro da farmácia do hospital. Já a justificativa de um projeto, trata-se de uma explicação sucinta que como a pesquisa é importante para o acadêmico, ou a área de estudo. As atribuições da pesquisa feita, é que estejamos mais bem preparados para colocar em prática os aprendizados, sendo capazes de resolver problemas dentro destas áreas quando em campo profissional no cargo de Gestor Hospitalar. Assim sendo, esta parte dos estudos deixa claro que uma pesquisa exige que se delimite um tema, que se escolham os métodos e que seja feita a coleta e análise dos dados coletados, sendo que o planejamento prévio é essencial para a pesquisa seja desenvolvida com qualidade. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a realização dessa pesquisa junto ao Hospital Municipal Universitário de Taubaté, percebo que temos um bom planejamento antes de tomas medidas importantes para o futuro da empresa é de extrema importância, com isso o gestor deve ficar atento quanto aos critérios a serem seguidos para o desenvolvimento do planejamento estratégico, pois como o próprio nome diz, é uma estratégia que visa desenvolver melhoria na instituição. A organização também considera que quando não tem conhecimento de determinado serviço, é preciso sim utilizar a terceirização e os serviços de tecnologia da informação da empresa são feitos desta forma. Portanto, esta pesquisa me ajudou em relação a um entendimento melhor das disciplinas estudantes, de forma que sejamos capazes de colocar em prática, quando estivermos em atuação profissional. 18 6. REFERÊNCIAS AMANCIO, O. M., O relevante papel do nutricionista na sociedade moderna Rev. Nutrinews, São Paulo. Edição 229. Agosto, 2008. p.14-15. AZUAYA, A. L. et al. Os dois Brasis: quem são, onde estão e como vivem os pobres brasileiros. Revista Estudos Avançados, vol.17, n.48, 2003. p.91. BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica: Inovação para garantia do acesso a medicamentos no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1998. BRASIL. Lei 7498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Disponível em: http://www.corentocantins.org.br/eUpload/arquivos/8/Lei%20n%C2%BA%207.498.pdf. BRITO, M.J.M; MONTENEGRO, L.C.; ALVES, M. Experiências relacionais de poder e gênero de enfermeiras-gerente de hospitais privados. Rev. Latino-Am. Enfermagem. v.18, n. 5, 9p, 2010. COSTA, N. M.S.C. Revisitando os estudos e eventos sobre a formação do nutricionista no Brasil.Rev. Nutr., Campinas, vol.12, n.1, Abril. 1999. p. 40-45. DAVIS, Frank Stephen. Terceirização e multifuncionalidade: idéias práticas para a melhoria da produtividade e competitividade da empresa. Sao Paulo: Editora STS, 1992. FELLI, V.E.A.; PEDUZZI, M. O trabalho gerencial em Enfermagem. In: KURCGANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. GIRARDI, Dante. A importância da terceirização nas organizações. In: Revista de Ciências da Administração/Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio-econômio. Departamento de Ciências da Administração. — v.1, n.1 (fev. 1998). Florianópolis: Imprensa Universitária, 1998. GIRARD', Sábado Nicolau; CARVALHO Cristiana Leite; GIRARD' Joao BatistaJr. Formas institucionais da terceirização de serviços em hospitais da região sudeste do Brasil: um estudo exploratório. 1999. GIRARDI, Dante. A terceirização como estratégia competitiva nas organizações. 5. ed. Sao Paulo: Gelre Coletânea, 2006. http://www.corentocantins.org.br/eUpload/arquivos/8/Lei%20n%C2%BA%207.498.pdf 19 GOULART, R. M. M.; BANDUK, M. L. S.; TADDEI, J.A. A. C. Uma revisão das ações de nutrição e do papel do nutricionista em creches. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 4, Agosto, 2010. p.11 L. KATHLEEN MAHAN. Krause – alimentos, nutrição e dietoterapia. 12ª ed. Editora Roca, 2010. LEIRIA, Jerônimo Souto. Terceirização: uma alternativa de flexibilidade empresarial. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1993. MODESTO, N., 1980. O Nutricionista Recém-Formado na Grande São Paulo e o Mercado de Trabalho. Dissertação de Mestrado, São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.p.147 Motta PB. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 15a ed. Rio de Janeiro: Record; 2004. QUEIROZ, Carlos Alberto Ramos Soares de. Manual de terceirização: onde podemos errar no desenvolvimento e na implantação dos projetos e quais são os caminhos do sucesso. Sao Paulo: STS, 1992. SPAGNOL, C.A. Da gerência clássica à gerência contemporânea: Compreendendo novos conceitos para subsidiar a prática administrativa da enfermagem. Rev. gaúcha Enferm., v. 23, n. 1, p. 114-131, 2002. SANTOS, G. A. A. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2010. VASCONCELOS, R.O; Boherer, CD; Rigo, D de FH; Marques, LGS; Oliveira, JLC de; Tonini, NS et al. Meios para a gerência de enfermagem utilizados em unidade hospitalares críticas. Enferm. Foco 2016; 7 (3/4): 56-60.
Compartilhar