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1 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
MARIANA REGINA ALVES DOS SANTOS 
RA: 1975695 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – H-MUT 
ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA – SPDM 
PIM XI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ-SP 
2021 
2 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
MARIANA REGINA ALVES DOS SANTOS 
RA: 1975695 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – H-MUT 
ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA – SPDM 
PIM XI 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar XI para 
obtenção do título de Tecnólogo em Gestão 
Hospitalar, apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP. 
 
 
 
 
 
 
TAUBATÉ 
2021 
3 
 
RESUMO 
 
O projeto tem como enfoque principal o Serviço em Enfermagem, Farmácia e Nutrição 
Hospitalar de um hospital público, com o objetivo de relacionar as matérias estudadas, Serviços 
de Terceiros e Processos Hospitalares e Métodos de Pesquisa e com a prática vivenciada no 
Hospital Municipal Universitário de Taubaté que atualmente é administrado pela SPDM – 
Associação Paulista Para O Desenvolvimento Da Saúde. A unidade visa a manutenção da vida 
e recuperação das pessoas que necessitam de um acompanhamento intensivo. Suas principais 
metas: melhorar o atendimento à saúde e qualidade de vida dos pacientes, aprimorando o 
conhecimento como rege a legislação. Avaliaram-se a realidade dos internos e fatores para 
promover um atendimento voltado para a humanização, métodos que proporcionem melhor 
qualidade de atendimento para pacientes e funcionários, enfatizando a importância dos gestores 
de saúde. 
Palavra-chave: Enfermagem, Farmácia e Nutrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................…....05 
2. SERVIÇOS EM ENFERMAGEM, FARMÁCIA E NUTRIÇÃO HOSPITALAR..........06 
2.1 ENFERMAGEM................................................................................................................06 
2.1.1 ENFERMAGEM NO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE E NA GERÊNCIA 
EM SERVIÇO DE SAÚDE......................................................................................................06 
2.1.2 GERÊNCIA DO CUIDADO EM ENFERMAGEM........................................................08 
2.1.3 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE 
ENFERMAGEM.......................................................................................................................09 
2.2 NUTRIÇÃO E DIETÉTICA...............................................................................................09 
2.2.1 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL......................................................................10 
2.2.2 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE 
NUTRIÇÃO..............................................................................................................................11 
2.3 FARMÁCIA........................................................................................................................12 
2.3.1 HOSPITAL MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – SERVIÇO DE 
FARMÁCIA..............................................................................................................................13 
3. SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES...................................14 
3.1 TERCEIRIZAÇÃO HOSPITALAR....................................................................................15 
3.2 HOSPITALAR MUNICIPAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ....................................15 
4. MÉTODOS DE PESQUISA...............................................................................................16 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………......17 
6. REFERÊNCIAS………………………………………………………………………......18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Hospital Municipal Universitário de Taubaté destaca-se pelo atendimento e leva o 
que há de mais avançado em conhecimento médico até a comunidade, buscando uma saúde 
pública digna, com qualidade e compromisso social, sendo referência para aproximadamente 
2,9 milhões de habitantes do Vale do Paraíba. Dispõe de leitos adultos clínicos e cirúrgicos, 
pediátricos, psiquiátricos, centro cirúrgico, centro obstétrico, serviço de hemodiálise. 
 Atendimento ambulatorial para várias especialidades, tais como: Anestesiologia, 
Cardiologia, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Cirurgia Torácica, Dermatologia, 
Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Infectologia, Mastologia, 
Nefrologia, Neurologia, Neurologia Pediátrica, Oftalmologia, Ortopedia, Obstetrícia, 
Otorrinolaringologia, Pneumologia, Pneumologia Pediátrica, Proctologia, Psiquiatria, Urologia 
entre outras. Possui ainda Pronto Socorro de Ginecologia e Obstetrícia e Pronto Socorro Infantil 
com atendimento 24 h, todos os dias da semana. A SPDM – Associação Paulista para o 
Desenvolvimento da Medicina assumiu a gestão em 1º de maio de 2019, buscando a excelência 
do serviço público de saúde e o compromisso com os princípios do Sistema Único de Saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. SERVIÇOS EM ENFERMAGEM, FARMÁCIA E NUTRIÇÃO HOSPITALAR 
 
2.1 Enfermagem 
 
A gerência é um assunto relevante para ser estudada, uma vez que esta atividade está 
presente em vários segmentos da Sociedade. A gerência pode se conceituada como a arte de 
pensar, julgar, decidir e agir para obter resultados; porém, para ser gerente é preciso 
desenvolver a capacidade na arte de pensar e julgar para melhor decidir e agir considerando a 
imprevisibilidades das interações humanas, o que lhes confere uma dimensão do intuitivo, do 
emocional e do espontâneo (MOTTA, 2004). 
Para iniciar nossas discussões sobre a Gerência em Enfermagem é importante lembrar 
que o enfermeiro tem assumido cada vez mais responsabilidades e enfrentado diversos 
desafios no cenário da saúde, a fim de promover o cuidado à saúde dos indivíduos 
desenvolvendo atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. Nessa 
perspectiva, cabe destacar que o aumento de responsabilidades reflete a importância do 
profissional de enfermagem e do produto de seu trabalho no complexo contexto da saúde em 
nosso país. 
As afirmações acima estão amparadas na Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986, que 
dispõe sobre a regulamentação do exercício profissional em enfermagem e dá outras 
providências. Em seu Art. 11, inciso I, destacam as atividades privativas do enfermeiro, 
dentre elas: “a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição 
de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b) organização 
e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas 
prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação 
dos serviços de assistência de Enfermagem”. Além disso, como integrante do serviço de saúde 
aponta que ao enfermeiro compete dentre outras funções: “a) participação no planejamento, 
execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e 
avaliação dos planos assistenciais de saúde” (BRASIL, 1986). 
 
2.1.1A Enfermagem no processo de trabalho em saúde e na gerência em serviços de saúde 
 
A inserção da enfermagem no mundo do trabalho e na atenção à saúde tem sido marcada 
por determinantes históricos, sociais, econômicos e políticos (FELLI; PEDUZZI, 2005). 
Historicamente, a enfermagem moderna se consolida a partir dos trabalhos de Florence 
Nightingale na Guerra da Criméia na segunda metade do século XIX. Devido à necessidade 
de organização do atendimento aos soldados em hospitais militares em um primeiro 
momento, porém atendendo às demandas sociais de manutenção das forças de trabalho de um 
projeto capitalista, a enfermagem atendeu às demandaspolítico-sociais da época e inseriu-se 
no processo de trabalho em saúde. 
O trabalho em enfermagem foi organizado em três vertentes: organização do cuidado aos 
pacientes (através da sistematização das técnicas de enfermagem); organização do ambiente 
terapêutico (aplicação de mecanismos de purificação do ar, limpeza, higiene e outros); e 
organização dos agentes de enfermagem (por meio de treinamento e disciplina) (GOMES, 
7 
 
1997 apud FELLI; PEDUZZI, 2005). O processo de trabalho em enfermagem para produzir o 
cuidado de enfermagem particulariza-se em uma rede ou subprocessos que são denominados 
cuidar ou assistir, administrar ou gerenciar, pesquisar, ensinar e participar politicamente 
(Sanna, 2007). 
Portanto, pode-se entender que a enfermagem moderna iniciou suas atividades pautadas 
no gerenciamento, pois incluía em suas atividades a organização da unidade e da equipe de 
trabalho. Além disso, as atividades de enfermagem incluíam também a organização do 
cuidado mostrando que tais atividades não podem ser dissociadas (GOMES, 1997 apud 
FELLI; PEDUZZI, 2005). 
Ao longo do tempo, o papel administrativo desempenhado pelo enfermeiro tem ganhado 
destaque, devido a fatores políticos, sociais e culturais vigentes nas instituições de saúde e na 
sociedade (SPAGNOL, 2002). 
 
No processo de trabalho gerencial, os objetos de trabalho do enfermeiro são a organização 
do trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Para a execução desse processo é utilizado 
um conjunto de instrumentos técnicos próprios da gerência, ou seja, o planejamento, o 
dimensionamento de pessoal de enfermagem, o recrutamento e seleção de pessoal, a educação 
continuada e/ou permanente, a supervisão, a avaliação de desempenho e outros. Também se 
utilizam outros meios ou instrumentos, como a força de trabalho, os materiais, equipamentos e 
instalações, além dos diferentes saberes administrativos (FELLI; PEDUZZI, 2005: p. 6). 
 
A gerência em enfermagem pode ser discutida a partir de dois grandes modelos. O modelo 
racional apresenta a gerência fundamentada pela Teoria Geral da Administração, tendo 
enfoque Taylorista voltado para produção em massa. Têm-se como meta atender aos objetivos 
da organização, para isso utilizando-se de ferramentas administrativas (planejamento, 
organização, direção, coordenação, controle). Ocorre o controle de tempos e movimentos, 
trabalho fragmentado por funções, divisão entre concepção e execução do trabalho e alienação 
do trabalho coletivo (FELLI; PEDUZZI, 2005). 
Esse modelo gerencial pauta-se basicamente no controle de tarefas e comportamento 
dos trabalhadores e pode ser observado em diversos serviços de enfermagem, especialmente 
em grandes hospitais. Nessas instituições é comum um modelo clássico de gestão, 
caracterizado por poder centralizado, hierarquia rígida, relações impessoais, decisões lentas, 
comunicação vertical, dentre outras (SPAGNOL, 2002). Entre outras críticas a esse modelo 
pontua-se a ênfase em tarefas e técnicas, uso de manuais normalizadores, assistência 
fragmentada e supervisão controladora e disciplinar. A ação do enfermeiro em geral é 
limitada no que se refere à tomada de decisão e mudanças que realmente interferem na 
assistência prestada aos pacientes. 
Mais recentemente, têm ocorrido mudanças nesse modelo, com maior ênfase no 
trabalho em equipe, organização do trabalho flexível e agilidade na adaptação dos 
instrumentos. Isso se deve às rápidas mudanças impostas pelos avanços tecnológicos e pela 
globalização. Houve também destaque à inserção de ferramentas de qualidade nos serviços de 
saúde, porém a intensificação do ritmo de trabalho da enfermagem destaca-se como uma 
consequência dessas políticas que tem como real intenção a lucratividade das organizações 
(FELLI, 2002 apud FELLI; PEDUZZI, 2005). 
8 
 
Outros fatores relacionados a essas mudanças incluem os crescentes custos da atenção 
à saúde, a necessidade de ampliação da cobertura dos serviços e o aumento das exigências dos 
consumidores (BRITO; MONTENEGRO; ALVES, 2010). A gerência com base no modelo 
histórico-social foca o atendimento das necessidades de saúde da população, promovendo a 
democratização das instituições de saúde e ampliação da autonomia dos usuários e 
trabalhadores envolvidos no processo de cuidado além de preocupar-se com as demandas da 
organização e com o controle do processo de trabalho (FELLI; PEDUZZI, 2015). 
 
2.1.2 Gerencia do cuidado em enfermagem 
 
Administrar a assistência de enfermagem implica em conhecer os problemas mais comuns 
do setor de trabalho, levantar as necessidades da clientela atendida, gerenciar os conflitos da 
equipe de enfermagem, além de desenvolver habilidades técnico-científicas e de liderança, 
para desempenhar um papel de articuladora entre os demais profissionais que atuam nas 
unidades, tendo como objetivo principal a assistência prestada aos usuários que necessitam 
desses serviços (SPAGNOL, 2002; p. 127). 
O enfermeiro é o profissional encarregado pela coordenação e supervisão do trabalho da 
equipe de enfermagem. Assim no exercício profissional abrange condutas de cuidado direto e 
indireto, isto é, direciona-se para a gerência do cuidado de enfermagem, propiciando a 
evolução de uma prática profissional de enfermagem diversificada e inovadora. O trabalho do 
enfermeiro envolve a articulação entre os vários profissionais da equipe de saúde, organização 
do cuidado e elaboração de estratégias de melhoria voltadas para as necessidades do cliente, 
utiliza o conhecimento técnico/ científico, meios e instrumentos para auxiliar no 
planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações (VASCONCELOS et al, 2016). 
A gerência do cuidado de enfermagem busca viabilizar as condições adequadas tanto 
para a oferta do cuidado ao paciente como para a atuação da equipe de enfermagem e de 
saúde. Dessa forma, no processo de trabalho o enfermeiro desenvolve ações e atividades que 
garantam o melhor funcionamento possível do local onde os cuidados são produzidos, 
incluindo o gerenciamento de recursos físicos, materiais, humanos, financeiros, políticos e de 
informação com vistas à prestação da assistência à saúde. Kurcgant (2010) explica, ainda, que 
no processo da gerência de enfermagem, a organização da assistência e dos recursos humanos 
de enfermagem são os objetos de trabalho do enfermeiro. Para a aplicação desse processo é 
empregada uma série de instrumentos como o dimensionamento de pessoal, o planejamento, a 
seleção e o recrutamento de pessoal, a educação permanente e/ou continuada, a avaliação, a 
supervisão e outros. 
A gerência clássica não atende mais as demandas do mundo moderno, pois 
trabalhadores e usuários estão mais cientes de seus direitos e o acesso a informações tornou-se 
uma arma poderosa de reivindicações e mudanças. Os profissionais de enfermagem desejam 
participar democraticamente das decisões que afetam o rumo das organizações onde estão 
inseridos e buscam melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho. Portanto, torna-se 
imprescindível pensar numa forma mais flexível, humanizada e compartilhada de se organizar 
o trabalho na enfermagem (SPAGNOL, 2002). Aos trabalhadores tem sido oferecida 
oportunidade de participação efetiva nas discussões e aperfeiçoamento constante do processo 
9 
 
de trabalho, com autonomia para desenvolvimento de projetos e novos métodos de trabalho 
(FERNANDES et al, 2003). 
As ações gerenciais do enfermeiro são impulsionadas se suas competências 
profissionais forem alinhadas com o uso racional de instrumentos de gestão 
(VASCONCELOS et al., 2016). Com todo esse movimento dinâmico as ações padronizadas 
com a adoção de instrumentos gerenciais rígidos, que não consideram o comportamento da 
equipe de 7 enfermagem, trazem implicações negativas para gerência do cuidado de 
enfermagem. É imprescindível gerenciar as pessoas enquanto um sistema de organização 
vivo, aberto, auto organizadorem seus contextos de trabalho, na busca de seu melhor 
desempenho e evolução para os profissionais e profissão (MARIOTTI, 2007). 
 
2.1.3 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Enfermagem 
 
 Com relação ao planejamento dos serviços de enfermagem dentro do H-MUT, 
segundo informações obtidas no hospital: 
 
“os profissionais de enfermagem seguem protocolos de atendimento gerenciados, 
procedimentos e rotinas bem descritas, o que garante a qualidade do trabalho 
assistencial e propicia um ambiente seguro para o profissional e para o paciente.” 
 
 Dentro da empresa estão presentes os profissionais: 
 Enfermeiros: Coordenam a equipe de técnicos de enfermagem e auxiliares de 
enfermagem que estão em sua supervisão, geralmente, no hospital, são feitas por áreas 
de atendimento ambulatorial, urgência e emergência, internação. Os supervisores de 
enfermagem também organizam suas equipes e gerenciam que todos os procedimentos 
sejam feitos cumpridos com qualidade. Quando é detectado alguma dificuldade com 
atendimento ao paciente por parte dos técnicos ou auxiliares o enfermeiro presta 
assistência a eles. 
 Técnico ou Auxiliar de Enfermagem: são responsáveis diretos pelos cuidados com o 
paciente, quanto á administração dos medicamentos, banhos em leitos, alimentação e 
outros procedimentos de internação. 
Constata-se que neste ponto da pesquisa o H-MUT tem um planejamento estratégico 
para a equipe de Enfermagem, que possui profissionais especializados para gerenciamento 
dos departamentos. A empresa tem uma cultura flexível, que ajuda na Gestão. O modelo 
de gerenciamento da SPDM para a enfermagem, é de regime de revezamento de setores 
para os colaboradores, sendo assim não temos equipe fixa para os setores. Tem um 
Supervisor por período para todos os setores. 
 
2.2 Nutrição e Dietética 
 
Desde a antiguidade, a associação entre alimentação, dietética e saúde é descrita como 
recurso terapêutico. A alimentação exerce um papel fundamental na vida do ser humano 
cuja subsistência e propagação da espécie dependem da oferta adequada de alimentos na 
10 
 
qual sua deficiência, em qualquer etapa do processo vital, interfere no crescimento, no 
desenvolvimento e na manutenção da saúde (ARRUDA,1991. p.60). 
Segundo Garcia (1998), a alimentação é a expressão máxima da vida cotidiana e isto 
confere à nutrição características muito particulares com a responsabilidade de influenciar 
hábitos. Os profissionais de saúde que tratam dos problemas relacionados à nutrição 
também tratam de problemas que são seus no cotidiano. 
De acordo com Boog (1996), lidar com a nutrição é lidar com as vidas alheias e o 
nutricionista é o profissional legalmente habilitado para implementar a educação 
nutricional, infelizmente o que não ocorre na vivência hospitalar. 
Azuaya (2003) afirma que para recuperação do estado de saúde do indivíduo a 
alimentação é imprescindível, pois seja pela insuficiência alimentar em quantidade e/ou 
qualidade, com a má alimentação o sistema imunológico pode ser prejudicado, levando a 
uma menor resistência e o aumento da duração, da intensidade e da frequência das infecções 
prejudica a distribuição de alimentos ou o tratamento isolado das patologias associadas não 
são efetivos para a recuperação do estado nutricional e a manutenção da saúde. 
Segundo Modesto (1980), se há o desconhecimento de todas as possibilidades de 
atuação do nutricionista, há também o desejo da integração deste à equipe de trabalho em 
saúde. Cabe à própria classe de nutricionistas exigir sua presença onde já se é oficializado 
o cargo e divulgar o seu papel para toda a sociedade. Desta forma, este artigo tem a 
finalidade de descrever, avaliar e relatar a importância do profissional Nutricionista na 
Saúde Pública, assim como identificar se ocorrem conflitos para exercer essa profissão e 
observar o impacto da educação nutricional na qualidade de vida de pacientes. 
 
2.2.1 A Importância do Profissional Nutricionista 
 
O papel do nutricionista é extremamente importante na vida de um ser humano e na 
sociedade, no sentido de reeducar as pessoas a assumirem hábitos alimentares baseados no 
bom senso e no equilíbrio nutricional. Hoje, convivemos com problemas de saúde pública 
típicas de países desenvolvidos, como a obesidade infantil, advindas da longevidade da 
população mundial, e ainda não resolvemos problemas básicos de nações subdesenvolvidas, 
ou emergentes, como a fome, desnutrição e as carências nutricionais (GOULART, 2010. 
p.11). 
A população se mostra mais preocupada com a qualidade de vida do que há algumas 
décadas passadas. Essa preocupação gera uma mobilização na mídia, muitas vezes 
estimulando as pessoas a consumirem produtos que prometem resultados imediatos, dietas 
quase milagrosas, sem a devida orientação profissional e preocupação com a saúde. Não se 
investe na reeducação alimentar como fator preponderante para que o consumidor reveja 
seus costumes, corrija onde há exageros ou contraindicações e, a partir daí, adote novos 
hábitos alimentares saudáveis, aliados ao hábito de alguma atividade física no seu cotidiano 
(AMANCIO, 2008. p. 15). 
Em função disso e dessa realidade, o papel do nutricionista é extremamente importante 
no sentido de reeducar as pessoas a assumirem hábitos alimentares baseados no bom senso 
e no equilíbrio nutricional. O ato de preparar alguns pratos, mesmo que seja apenas aos 
11 
 
finais de semana, pode até se tornar uma atividade prazerosa, lúdica e de envolvimento da 
família, promovendo uma nova forma de encarar a alimentação no seu cotidiano. 
O ato de alimentar-se deve ser compreendido como um momento de nutrição aliado a 
instantes de satisfação e relaxamento, evitando-se vícios como a ingestão de alimentos sem 
degustá-los e sem fazer uma correta e rigorosa mastigação (COSTA, 1999. p.42). 
Amâncio (2008) descreve e cita que são diversas as áreas em que o nutricionista deve 
atuar, tais como: nutrição em saúde pública, com enfoque nas ações preventivas, visando à 
qualidade de vida da população ou indivíduo atendido; nutrição em esportes, referente a 
atividades relacionadas à alimentação e à nutrição em academias, clubes esportivos e 
similares, uma vez que tem crescido a consciência das pessoas de que precisam sair do 
sedentarismo da cadeira e do sofá e do controle remoto e mouse (computador), além do 
crescimento das atividades esportivas individuais e em equipes, em que o nutricionista está 
sendo inserido e que muito contribui para o bom desempenho de atletas e esportistas, por 
meio de orientação adequada quanto aos alimentos a serem ingeridos e dos hábitos a serem 
modificados/adquiridos. 
L. Kateleen (2010) explica sucintamente o segmento de nutrição clínica, o nutricionista 
é uma peça fundamental para o tratamento dos pacientes. Seu objetivo é garantir a 
alimentação equilibrada e o aporte de macro e micronutrientes necessários ao bom estado 
nutricional, o que será determinante para a evolução clínica e a recuperação, visto que o 
paciente desnutrido apresenta fraqueza, alteração na cicatrização de feridas, diminuição das 
funções dos órgãos, maior risco de infecção e pode até chegar à morte. 
Quando se dá entrada ao hospital para ser internado, o paciente deve passar por uma 
triagem feita pela Equipe de Nutrição, porém no nosso cotidiano quem acaba fazendo esta 
triagem e a equipe da enfermagem, que vai identificar o paciente, além pesar e aferir 
estatura. A avaliação nutricional pode ser feita utilizando vários métodos, tais como: exame 
físico, medidas de peso, altura, dobras cutâneas e circunferências, aparelhos que avaliam a 
composição corporal, testes funcionais, exames laboratoriais e a avaliação do consumo 
alimentar. 
Após o resultado da avaliação nutricional o profissional nutricionista irá adequar à dieta 
do paciente de acordo com suas necessidades e/ou sua doença. O acompanhamento é feito 
até queo paciente esteja ingerindo a quantidade adequada de nutrientes para o seu estado, 
por isso o monitoramento é diário. Quando o paciente não consegue se alimentar (ou não o 
suficiente), ele é indicado para a terapia nutricional na qual pode receber a nutrição enteral 
(dieta liquida administrada por via sonda colocada no estomago ou no intestino) ou 
parenteral (alimentação liquida total ou complemento de administração endovenosa por via 
central ou periférica) o nutricionista fará o acompanhamento para adequação dos volumes 
e quantidades de acordo com a doença e a tolerância do paciente. 
 
2.2.2 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Nutrição 
 
O serviço de nutrição e dietética (SND) do H-MUT prepara diariamente, a partir da 
prescrição médica, a dieta alimentar mais adequada às necessidades clínicas de cada 
paciente. Para prestar esse atendimento essencial ao tratamento hospitalar, o SND conta 
12 
 
com uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional, composta por profissional 
habilitado de Nutrição. A equipe garante o suporte nutricional aos pacientes, seja com 
terapias nutricionais enteral e parenteral ou com dietas orais especiais, suprindo as 
necessidades metabólicas de cada um. 
Pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que recebem suporte 
nutricional enteral e são monitorados diariamente pela nutricionista que adequa as dietas de 
acordo com os gastos metabólicos. Essas dietas são industrializadas e preparadas 
individualmente pela Unidade Enteral do SND. 
Temos também o lactário e o banco de leite humano, o primeiro dá suporte da clínica 
pediátrica, UTI pediátrica, pronto socorro infantil. O segundo dá suporte a UTI neonatal, o 
banco de leite é abastecido pelas mamães das duas maternidades que temos no hospital, 
através de programas de conscientização do aleitamento materno e doação de leite para os 
bebês da UTI neonatal. 
O hospital também fornece alimentação completa para os colaboradores do hospital, 
fornecendo café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia. 
 
2.3 Farmácia 
 
Atualmente, a farmácia hospitalar é uma unidade clínico-assistencial, técnico e 
administrativo, onde se processam atividades relacionadas à Assistência Farmacêutica, à 
produção, ao armazenamento, ao controle, à dispensação, à distribuição de medicamentos 
e correlatos às unidades hospitalares; bem como à orientação de pacientes internos e 
ambulatoriais visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, 
voltando-se, também, para o ensino e a pesquisa, propiciando um vasto campo de 
aprimoramento profissional. 
Com a Resolução nº 208 de 1990, Conselho Federal de Farmácia, definiu e deu 
atribuições formalizando a farmácia hospitalar brasileira. Sete anos depois, em 1997, essa 
resolução foi revisada e reformulada, dando origem a Resolução nº 300 (SANTOS,2012). 
A Assistência Farmacêutica (AF) é conjunto de ações voltadas à promoção, proteção, 
recuperação da saúde, garantindo os princípios da universalidade, integralidade e equidade, 
regulamentada pela Resolução Nº 338 de maio de 2004. As ações aprovadas pela Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) garante o acesso ao medicamento tanto 
individual como coletivo, tendo este como insumo essencial (MS, 2014). 
O ciclo da assistência farmacêutica é uma das etapas importantes em uma farmácia 
hospitalar, pois implicar em promover a articulação necessária dos vários componentes 
relacionados a oferta de medicamentos e compreendem: em seleção, programação, 
aquisição, armazenamento, distribuição, prescrição e a dispensação, bem como, a farmácia 
clínica e a atenção farmacêutica (JUNIOR e MARQUES, 2012). 
A evolução da Assistência Farmacêutica tem um papel fundamental e importante na 
reestruturação da profissão farmacêutica, segundo a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos 
Hospitalares (SBRAFH), a farmácia hospitalar deverá ser administrada exclusivamente por 
um profissional farmacêutico, ligado a direção do hospital e integrada com as demais 
unidades de assistência ao paciente (FERRACINI, 2010). 
13 
 
Além das atividades logísticas tradicionais, a farmácia hospitalar deve desenvolver 
ações assistenciais que contribuam para a qualidade e racionalidade do processo de 
utilização dos medicamentos e para a humanização da atenção ao usuário, sendo assim, as 
ações do farmacêutico hospitalar devem ser registradas com o objetivo de também 
contribuir para a avaliação do impacto dessas ações na promoção do uso seguro e racional 
de medicamentos e de outros produtos para a saúde (MS, 2010). 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os farmacêuticos são 
singularmente qualificados pois, compreendem a garantia de qualidade aplicados aos 
medicamentos; apreciam as complexidades da cadeia de distribuição e renovação dos 
estoques; estão familiarizados com as estruturas de custos aplicadas aos medicamentos; 
detêm um grande volume de informações técnicas sobre os produtos disponíveis; podem 
orientar os pacientes com enfermidades leves e os pacientes com condições crônicas com 
isso melhorando a qualidade de vida da população (BRASILIA, 2004). 
Atualmente, a principal perspectiva para o serviço de farmácia hospitalar é introdução 
da farmácia clínica, cada vez mais os hospitais estão solicitando a atuação do farmacêutico 
com o propósito de evitar erros de medicações e prescrições desnecessárias de 
medicamentos, visando também a diminuição do custo da terapia e o tempo de internação 
dos pacientes. (FERRACINI, 2010). 
A farmácia clínica teve início em 1960, com a prestação de serviços farmacêutico ao 
paciente, tendo como base principal a terapia farmacológica, seus efeitos adversos e suas 
interações indesejáveis, ou seja, propõem a prestação de serviços farmacêuticos voltados 
diretamente ao paciente. Com isso a prática farmacêutica tem o direcionamento para o 
paciente, contribuindo para que o serviço de farmácia hospitalar melhore a qualidade da 
assistência prestada, promovendo uso seguro e racional de medicamentos (FERRACINI, 
2010). 
 
2.3.1 Hospital Municipal Universitário de Taubaté – Serviço de Farmácia 
 
 A farmácia hospitalar do H-MUT é uma unidade clínica administrativa e econômica, 
dirigida por profissional farmacêutico, ligada hierarquicamente á direção do hospital e 
integrada funcionalmente com as demais unidades de assistenciais ao paciente. A gestão em 
farmácia hospitalar, de responsabilidade exclusiva do farmacêutico, deve ser focada em prestar 
assistência farmacêutica. As funções básicas do farmacêutico é selecionar e organizar uma 
padronização nas medicações que suprem o hospital, controlar o estoque de medicamentos, 
observar os ensinamentos da farmacoeconomia, farmacovigilância e das boas práticas de 
armazenamento e dispensação. Para isso a farmácia deve estabelecer em sua organização 
práticas gerenciais que conduzam a processos mais seguros, com conceitos de qualidade, 
valorizando a gestão de pessoas e processos, atendendo às normas e legislação vigente no País. 
 O hospital tem apenas uma farmácia central onde dispensa todos os medicamentos para 
todos os setores do hospital, onde cada setor faz seu próprio estoque adequado para atendimento 
diário dos seus pacientes. 
 
 
 
14 
 
3. SERVIÇOS DE TERCEIROS E PROCESSOS HOSPITALARES 
 
O administrador deve estar sempre atualizado no mundo dos negócios, atento a todo o 
macro e microambiente que o cerca para poder tornar-se mais competitivo e eficaz. Como 
menciona Leiria (1993), as organizações são, em geral, muito centralizadoras, excessivamente 
burocráticas, inchadas, pesadas e não tão agilidade de decisão, não são competitivas e nem 
eficientes. Toda a organização tem como objetivo minimizar perdas e otimizar ganhos. 
Para isso as empresas precisam ser mais flexíveis, compostas por pessoas mais abertas, 
confiantes, que podem compreender melhor a implantaçãode novas formas de administração. 
Cada vez mais as organizações necessitam estar preparadas para as mudanças que o mercado 
globalizado exige, mantendo seus esforços focalizados no seu objetivo principal, repassando 
para terceiros (especializados) o que não faz parte de suas atividades-fim. Diante desta situação, 
surge a necessidade da terceirização, que é um processo de gestão pelo qual se repassam 
algumas atividades para terceiros executarem, uma nova estratégia empresarial que vem se 
firmando como uma ferramenta útil, produtiva e indispensável para empresas que necessitam e 
querem competir num mercado globalizado. 
No Brasil a terceirização foi gradativamente implantada a partir da vinda das primeiras 
empresas multinacionais, principalmente as automobilísticas. As pequenas e médias empresas, 
por serem mais ágeis e por terem percebido a necessidade de mudança, foram as primeiras a 
entrar neste novo processo e conquistar espaço no mercado da terceirização. 
As grandes organizações, receosas de perderem sua fatia no mercado, buscando 
tornarem-se mais competitivas, não demoraram muito a aderir a este processo. 0 crescimento 
da terceirização nos diversos setores da economia, decorrente de comprovados benefícios, tais 
como, descentralização do mercado, redução de custos, melhorias de serviços, aumento de 
qualidade, agilidade, alívio da estrutura organizacional, dentro outros, estimulou seu uso em 
outros empreendimentos, como os do setor hospitalar. 
As unidades hospitalares têm, como principal missão, proporcionar assistência médica 
integral, atendendo as necessidades da população que delas dependem. A busca pela excelência 
destes serviços prestados é incessante e proporcional as dimensões e 11 complexidade dessas 
organizações, ficando nítida a importância da administração na área da saúde para criar 
condições mais favoráveis para que possam ser mais competitivas e autossuficientes. Diante 
deste cenário, ganha a terceirização âmbito significativo também na área hospitalar, 
potencializando resultados, tornando-se um grande recurso estratégico para as instituições 
públicas ou privadas. 
A terceirização no setor hospitalar esteve mais associada, até recentemente, a serviços 
de apoio, diagnóstico e terapêutico, hotelaria e outros caracterizados como não essenciais. 
Atualmente, além desses, já estão sendo terceirizados os serviços de profissionais (médicos e 
enfermeiros), de gestão financeira e de gestão de serviços gerais (lavanderia, farmácia, dentre 
outros). Considerando a importância e os resultados positivos que o processo de terceirização 
pode oferecer aos setores de um hospital, neste trabalho se desenvolveu a ideia da terceirização 
hospitalar e realizou-se um diagnóstico em um hospital que já utilizou terceirizado em sua 
organização. 
Terceirização é uma palavra extensa que indica a existência de outra empresa com 
competência, especialidade e qualidade que, em condições de parceira, possa prestar serviços 
contratante (QUEIROZ, 1992), constituindo-se numa ferramenta utilizada para transferir para 
outra empresa, ou prestadora de serviço, atividades que não fazem parte do negócio principal 
da empresa. 
Para Davis (1992), a terceirização é a passagem de atividades e tarefas a terceiros. A 
empresa passa a se concentrar em uma atividade-fim, aquela para a qual foi criada e que justifica 
15 
 
sua presença no mercado, passando a terceiros as atividades-meio. Esta definição evidencia 
com clareza que a terceirização estabelece uma organização que oportuniza a empresa se 
concentrar em seus objetivos principais. Para Fontanella, Tavares e Leiria (1994, p.19), 
 
a terceirização é como uma tecnologia de administração que consiste na compra de bens e/ou 
serviços especializados, de forma sistêmica e intensiva, para serem integrados na condição de 
atividade-meio à atividade-fim da empresa compradora, permitindo a concentração de energia 
em real vocação, com intuito de potencializar ganhos em qualidade e competitividade. 
 
 
3.1 A Terceirização Hospitalar 
 
O setor hospitalar, no Brasil, vem reproduzindo esta tendência geral, utilizando de forma 
crescente a terceirização, ou seja, a intermediação de agentes terceiros para o suprimento 
de força de trabalho e serviços. A área hospitalar 6, sem dúvida, no universo das empresas 
e dos negócios, uma das mais complexas e dinâmicas, necessitando de constantes 
investimentos para atender o avanço da medicina e suas inovações. 
Conforme Campos (1978), a organização hospitalar se distingue das demais não apenas 
pela sua complexibilidade, mas também pela sua ampla responsabilidade assumida diante 
do indivíduo nos seus aspectos biológicos, psicossomático e social. É um a área que merece 
muita atenção das empresas de diversos setores da economia, pois lida com tecnologia de 
ponta e está em constante transformação. É um ótimo ramo de negócios e, com certeza, 
pode propiciar um grande faturamento. 
No cenário hospitalar também se encontra clientes cada vez mais exigente e consciente 
de seus direitos. Isso requer do hospital uma gestão mais flexível para atender as 
necessidades organizacionais, para buscar a continua melhoria dos serviços prestados e os 
melhores resultados produtivos e financeiros. 
O setor da saúde tem sofrido pressão e fortes críticas em virtude do aumento de seus 
custos, acima das taxas de inflação e da necessidade de eficiência num ambiente 
competitivo. Tais fatos tão propiciados um campo vasto para a terceirização do setor. Os 
principais argumentos para a transferência da gestão de unidades hospitalares a terceiros 
são A procura de melhoria dos serviços, maior autonomia gerencial (e, por consequência, 
maiores responsabilidades aos gestores), maior qualidade, melhor eficiência administrativa 
e redução de custos. 
Os autores Girardi, Carvalho e Girardi Jr. (1999) afirmam que, até recentemente, o 
fenômeno da terceirização no setor de serviços de saúde esteve de alguma maneira 
localizado em funções de apoio operacional, serviços gerais e administrativos, serviços de 
hotelaria e outros considerados não essenciais, bem como algumas áreas de apoio 
diagnóstico e terapêutico tendo, porém, ganhado espaço, atingindo de forma crescente áreas 
como as dos serviços profissionais especializados e essenciais, a gerência dos serviços e 
inclusive a gestão financeira. Os autores ainda afirmam que: 
 
os problemas de regulação da terceirização na área da saúde são crescentes, 
tanto no setor privado como no setor público. No setor privado, conveniado com o 
SUS, onde o processo é já antigo, mas muito discretamente regulado e em muitas 
áreas desregulado; seja no setor público, que para fugir ao formalismo e à rigidez 
das normas de contratação e remuneração, tem ensaiado formas de terceirização que 
muitas vezes se situam na informalidade e mesmo nas franjas da ilegalidade. 
(GIRARDI; CARVALHO; GIRARDI Jr, 1999, p.5) 
 
16 
 
A terceirização em hospitais tem se colocado como uma alternativa para os hospitais, 
terem maior flexibilidade, qualidade nos serviços, e ganhos econômicos, características as quais 
empresas em todo mundo almejam e buscam constantemente. 
 
3.2 Hospital Municipal Universitário de Taubaté 
 
O hospital H-MUT terceiriza o serviço de portaria e controladoria de acesso, seu serviço 
de lavanderia e SADT (apoio diagnóstico). Os demais serviços da unidade são exercidos pelos 
colaboradores da unidade. 
 Não consegui obter muitas informações sobre os contratos de prestação de serviço. 
 
 
4. MÉTODOS DE PESQUISA 
 
 
Toda pesquisa deve passar por uma fase preparatória de planejamento devendo-se 
estabelecer certas diretrizes de ação e fixar-se uma estratégia global. A realização deste trabalho 
prévio é imprescindível. A ciência se apresenta como um processo de pesquisa que procura 
atingir conhecimentos sistematizados e seguros. Para alcançar este objetivo é necessário que seplaneje o processo de pesquisa, isto é, traçar o curso de ação a ser seguido no processo da 
pesquisa. Não é, porém, necessários que se sigam normas rígidas. A flexibilidade deve ser a 
característica principal neste planejamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não 
bloqueiem a criatividade e a imaginação crítica do pesquisador. Afirma-se que não existe 
método científico estabelecido previamente. Existem critérios gerais orientadores que facilitam 
o processo de pesquisa. 
Demo 2006 defini pesquisa “como diálogo inteligente com a realidade, tomando-o como 
processo e atividade e como integrante do cotidiano”. 
O planejamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser investigado, de sua 
natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da natureza e nível de 
conhecimento do pesquisador. Assim pode haver um número sem fim de tipos de pesquisa. 
As pesquisas podem ser classificadas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas 
e explicativas. 
1 – Pesquisas Exploratórias: Tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o 
problema para torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Na maioria dos casos essas 
pesquisas envolvem: levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas a 
pesquisa e análise de exemplos. 
2 – Pesquisas Descritivas: Tem como objetivo a descrição das características de determinada 
população ou fenômeno ou a relação entre determinadas variáveis. 
3 – Pesquisas Explicativas: Tem como preocupação central identificar os fatores que 
determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É a que mais aprofunda o 
conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas. Serão desconsideradas as 
diferentes classificações desses tipos para utilizar apenas uma: a que leva em conta o 
procedimento geral que é utilizado para investigar o problema. Com isso podemos distinguir 
no mínimo três tipos de pesquisa: a bibliográfica, a experimental e a descritiva. 
17 
 
 Cada tipo de pesquisa usa um método e tem uma finalidade, no entanto, toda pesquisa 
requer um planejamento prévio, sendo que o ponto principal é a definição do problema ser 
pesquisado, partindo do problema, é feito o embasamento teórico do problema, que na maioria 
das vezes, exige estudar outros autores para uma compreensão melhor do problema. 
 Os projetos integrados usam a base teórica e a aplicação prática das matérias dentro da 
empresa em estudo, portanto, ocorre por meio de uma pesquisa cientifica. Mas, esse tipo de 
pesquisa também é utilizado para elaboração dos Artigos e de Monografias, trabalhos que 
costumam ser apresentados ao final de um curso de graduação e em alguns tecnológicos 
também. 
 A escolha do tema impacta em muito o resultado da pesquisa, para exemplificar, neste 
trabalho estudados assuntos relacionados a área da saúde, se escolhêssemos uma empresa em 
outro segmento, certamente os resultados não seriam satisfatórios, ou seja, não conseguiríamos 
responder aos objetivos da pesquisa. A delimitação do tema em um projeto de pesquisa tem 
grande importância para o sucesso da pesquisa. 
 O objetivo geral de uma pesquisa está diretamente relacionado com o tema, nesta 
pesquisa, do Projeto Integrado, nosso objetivo é a aplicação das matérias dentro do Hospital 
Municipal Universitário de Taubaté. Nosso objetivo geral é estudar como os assuntos são 
aplicados pela instituição, que é a descrição de cada uma das disciplinas e como funcionam 
dentro da entidade. Pode ser citado como um objetivo específico, estudar como são os processos 
administrativos dentro da farmácia do hospital. Já a justificativa de um projeto, trata-se de uma 
explicação sucinta que como a pesquisa é importante para o acadêmico, ou a área de estudo. 
 As atribuições da pesquisa feita, é que estejamos mais bem preparados para colocar em 
prática os aprendizados, sendo capazes de resolver problemas dentro destas áreas quando em 
campo profissional no cargo de Gestor Hospitalar. Assim sendo, esta parte dos estudos deixa 
claro que uma pesquisa exige que se delimite um tema, que se escolham os métodos e que seja 
feita a coleta e análise dos dados coletados, sendo que o planejamento prévio é essencial para a 
pesquisa seja desenvolvida com qualidade. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Após a realização dessa pesquisa junto ao Hospital Municipal Universitário de Taubaté, 
percebo que temos um bom planejamento antes de tomas medidas importantes para o futuro da 
empresa é de extrema importância, com isso o gestor deve ficar atento quanto aos critérios a serem 
seguidos para o desenvolvimento do planejamento estratégico, pois como o próprio nome diz, é uma 
estratégia que visa desenvolver melhoria na instituição. 
 A organização também considera que quando não tem conhecimento de determinado serviço, 
é preciso sim utilizar a terceirização e os serviços de tecnologia da informação da empresa são feitos 
desta forma. 
Portanto, esta pesquisa me ajudou em relação a um entendimento melhor das disciplinas 
estudantes, de forma que sejamos capazes de colocar em prática, quando estivermos em atuação 
profissional. 
 
 
 
18 
 
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