Buscar

Célula vegetal Centro de percepção de luz e transformação de energia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Célula vegetal – Centro de percepção de luz e 
transformação de energia 
 
Metabólitos primários 
 A célula vegetal contém carbono, hidrogênio, 
oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre em sua 
composição. Junto com a água e os sais minerais, 
esses elementos são essenciais para a vida. 
Em todas as células vegetais, estão 
presentes quatro tipos de moléculas orgânicas, 
que desempenham funções fundamentais, são 
elas: carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos 
nucleicos. 
 
Carboidratos 
São as moléculas mais abundantes na 
natureza. Armazenam energia, na maioria dos 
organismos e formam componentes estruturais 
celulares. 
Podem ser formados por 1 molécula 
(monossacarídeo), 2 moléculas (dissacarídeo) ou 
várias moléculas (polissacarídeo). 
 
• Principais monossacarídeos: 
➢ Ribose e desoxirribose - Constituintes do 
DNA e RNA, respectivamente; 
➢ Xilose e arabinose - Presentes nas 
glicoproteínas e nas paredes celulares de 
muitas plantas; 
➢ Ribulose - Participa na incorporação de 
carbono durante a fotossíntese; 
➢ Glicose - Produto primário da fotossíntese, 
encontrada em abundância. Principal fonte 
de energia química, tanto para as plantas 
como para os animais; 
➢ Frutose - Mais doce dos açúcares; 
presente em frutas e no mel. 
 
• Principal dissacarídeo: 
➢ Sacarose - Formada pela ligação da glicose 
à frutose. É sob essa forma que os 
açúcares circulam no corpo das plantas, na 
translocação entre o local de produção 
pela fotossíntese e as diferentes partes 
do corpo da planta. 
 
• Principais polissacarídeos: 
Os principais polissacarídeos encontrados 
nas plantas, amido e celulose, são 
homopolissacarídeos, isto é, são constituídos por 
um só tipo de monossacarídeo. 
 
➢ Amido - Tem como função reservar 
energia. É um homopolissacarídeo de α-
glicose. Sua conformação helicoidal permite 
a formação de grãos com espaços 
intramoleculares, que facilitam a entrada 
de enzimas digestivas e do iodo, utilizado na 
identificação desses grãos em células e 
tecidos vegetais; 
➢ Celulose - Composto orgânico mais 
abundante na natureza de que se tem 
conhecimento. Aproximadamente 50% do 
carbono orgânico da biosfera estão 
contidos nela. É um homopolissacarídeo de 
β-glicose que desempenha função 
estrutural na parede celular vegetal, 
relacionada à conformação fibrilar, muito 
resistente a rupturas. 
 
Proteínas 
Desempenham uma grande diversidade de 
funções nos organismos vivos, entre elas, 
estrutural na composição de membranas. As 
enzimas são um grupo especial de proteínas que 
catalisam reações químicas dentro das células. 
São polímeros formados pela combinação de 
20 aminoácidos, que apresentam 4 níveis de 
organização e complexidade. 
As sementes de algumas espécies de 
cereais e leguminosas são o órgão de maior teor 
de proteínas, podendo corresponder a 40% de 
seu peso seco. São uma forma de reserva de 
aminoácidos que será utilizada pelo embrião quando 
houver a retomada do desenvolvimento na 
germinação da semente. 
 
Lipídeos 
São representados por óleos e gorduras, 
sendo insolúveis em água (hidrofóbicos). Formam 
moléculas armazenadoras de energia e são 
constituintes estruturais de membranas e 
paredes celulares. Não formam polímeros. 
Os óleos e gorduras vegetais são compostos 
quimicamente semelhantes, porém que diferem 
fisicamente como consequência da conformação 
das cadeias de ácidos graxos. As gorduras 
possuem cadeias longas de ácidos graxos e baixo 
grau de insaturação, enquanto os óleos possuem 
cadeias mais curtas e alto grau de insaturação. 
 
• Gorduras - Ficam impregnadas na parede 
celular, tendo função estrutural na 
impermeabilização dos tecidos. As principais 
encontradas entre os vegetais são: cutina, 
cera e suberina; 
• Óleos - Reserva energética dos vegetais, 
armazenados principalmente em sementes. 
Podem estar dispersos no protoplasma na 
forma de gotículas ou em organelas, como os 
elaioplastos; 
• Óleos essenciais (terpenoides) - São lipídios 
formados por cadeias de isoprenos. 
Normalmente estão associados a estruturas 
secretoras externas, exalando odores 
característicos das plantas; 
• Fosfolipídeos - Têm função estrutural, 
especialmente constituindo a membrana 
celular; 
• Esteróis - Podem ser reconhecidos por sua 
estrutura de quatro anéis hidrocarbônicos 
interconectados. O esterol é um tipo de 
esteroide, que atua na estabilização da 
membrana das células, sendo o mais 
abundante o sitosterol. 
 
Ácidos nucleicos 
São longas cadeias constituídas de unidades 
denominadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo é 
formado por três subunidades: um grupo fosfato, 
um açúcar, que determina qual o tipo de ácido 
nucleico, e uma base nitrogenada. 
Os organismos vivos possuem dois tipos de 
ácidos nucleicos, de acordo com o açúcar que 
constitui a cadeia: 
• Ácido desoxirribonucleico (DNA) - possui a 
informação genética dos organismos. 
• Ácido ribonucleico (RNA) - tem como função a 
síntese das proteínas necessárias ao 
organismo, a partir das informações genéticas 
do DNA. 
 
Metabólitos secundários ou especiais 
Além dos metabólitos primários, os vegetais 
sintetizam os metabólitos secundários ou 
especiais. Esses metabólitos não estão presentes 
em todos os órgãos da planta, nem em todas as 
plantas, mas têm papel fundamental na 
sobrevivência e na propagação das espécies que 
os produzem. 
São produzidos de acordo com as 
características genéticas da planta em resposta 
a pressões do ambiente, conforme a etapa do 
ciclo de vida (fase vegetativa ou reprodutiva) ou 
fases do desenvolvimento (fase adulta ou juvenil). 
Os metabólitos secundários são 
responsáveis pelos efeitos farmacológicos das 
plantas medicinais. 
As principais classes são os alcaloides 
(morfina), terpenoides (mentol e mentona) e 
compostos fenólicos (flavonóides). 
 
Características estruturais das células 
vegetais 
Toda célula eucariótica possui envoltório que 
delimita a célula, citoplasma onde as organelas 
ficam imersas e em movimento e núcleo 
individualizado por uma membrana. Contudo, as 
células vegetais apresentam diferenças 
marcantes quando comparadas às células animais. 
No envoltório que delimita a célula, as células 
vegetais possuem uma estrutura externa à 
membrana plasmática, chamada de parede 
celular, classificada como primária ou secundária. 
No citoplasma, denominado protoplasma nas 
células vegetais, além da presença da maioria das 
organelas presentes nas células animais, também 
existem o vacúolo e os plastídios, exclusivos de 
células vegetais. O vacúolo realiza armazenamento 
de substâncias, bem como os plastídios, que 
também armazenam pigmentos. 
 
Parede celular 
A parede celular é a principal característica 
utilizada para diferenciar uma célula vegetal de 
uma animal. 
A parede é uma estrutura complexa, 
constituída de combinações químicas diferentes, 
resultando em propriedades físicas diversas. Essa 
diversidade de combinações químicas na 
constituição das paredes celulares pode 
proporcionar papeis biológicos distintos para as 
células e tecidos dentro do corpo da planta. 
 
• Nas polpas de muitos frutos, os tecidos devem 
ser muito delicados, permitindo que as células 
se rompam facilmente, disponibilizando-os 
para os animais, favorecendo a dispersão das 
sementes; 
• Há tecidos com células extremamente 
resistentes, como os da base de uma grande 
árvore, que suportam a pressão de todo peso 
da árvore;. 
• Os tecidos de sementes podem ser 
extremamente resistentes à predação, a 
altas temperaturas, ao congelamento, em 
função das características da parede celular. 
 
• Funções da parede celular: 
➢ Sustentação, resistência; 
➢ Proteção contra patógenos externos, 
como bactérias e fungos, por meio de 
enzimas capazes de sinalizar o ataque de 
microrganismos, para a produção de 
fitoalexinas (compostos do metabolismo 
secundário, com açãoantimicrobiana); 
➢ Realiza a troca de substâncias entre as 
células vizinhas; 
➢ Controla a entrada de água na célula, 
restringindo sua expansão. Esta 
propriedade previne o rompimento da 
membrana plasmática quando a célula fica 
túrgida; 
➢ Delimita o tamanho e a forma da célula. 
 
• Estrutura da parede celular: 
➢ Lamela média - Camada mais externa, rica 
em pectina que mantém unidas as paredes 
primárias de células adjacentes. Tem 
caráter hidrofílico e está em contato 
direto com o apoplasto; 
➢ Parede primária - Presente em todas as 
células, contém celulose, hemicelulose, 
pectina, glicoproteínas e compostos 
fenólicos; 
 Pectina - Forma um gel hidratado entre 
a rede constituída pelas microfibrilas 
de celulose e pela hemicelulose; 
 Microfibrilas de celulose - É o principal 
componente da parede primária, 
produzidas a partir dos complexos de 
celulose sintase, presentes na 
membrana plasmática, assim que são 
formadas, as microfibrilas são 
fortemente ligadas por hemicelulose, 
enquanto a pectina interliga os 
polímeros.. A constituição entrelaçada 
das microfibrilas confere uma 
resistência muito elevada; 
 Hemicelulose - Polissacarídeos não 
celulósicos, que se ligam às microfibrilas 
por pontes de hidrogênio. Esta ligação 
microfibrilas-hemicelulose limita a 
extensibilidade da parede. Variam de 
acordo com o tipo de célula ou o grupo 
vegetal; 
 Glicoproteínas – As mais comuns são 
as extensinas, que parecem estar 
ligadas ao enrijecimento da parede; 
 Compostos fenólicos - O principal 
composto na parede celular é a lignina, 
que prende fortemente microfibrilas e 
hemicelulosse. 
➢ Parede secundária - Presente só em 
algumas células; 
➢ Plasmodesmos – Realiza a comunicação 
célula-célula 
 
• Características da parede celular primária: 
➢ Podem apresentar diferentes espessuras, 
dependendo do tecido que a célula constitui. 
O espessamento pode ser homogêneo ou 
heterogêneo; 
➢ Apresentam regiões em que ocorrem 
menor deposição de microfibrilas de 
celulose e, portanto, são mais finas. Essas 
regiões são denominadas campos de 
pontoações ou campos de pontoação 
primária. Podem ocorrer dois tipos de 
pontoações: simples e areoladas; 
➢ Nos campos de pontoação primária são 
observados diminutos canalículos 
denominados plasmodesmos, que são 
revestidos por membrana plasmática e 
atravessam a parede primária e a lamela 
média; 
➢ Através dos plasmodesmos passam 
projeções de retículo endoplasmático liso, 
conectando as células adjacentes. A ligação 
entre células vizinhas através dos 
plasmodesmos constitui o simplasto, por 
onde ocorre o movimento simplástico de 
água, íons e substâncias. Os plasmodesmos 
podem estar presentes em todos os 
tecidos, ocorrendo numerosos nos campos 
de pontoação primária e mais 
esparsamente nas outras regiões da 
parede primária. 
 
• Características da parede celular secundária: 
➢ Não estão presentes em todas as células, 
são sintetizadas em células especializadas. 
Presentes em tipos celulares que 
apresentam força e rigidez, 
proporcionando suporte mecânico ao 
tecido e ao corpo da planta. A parede 
secundária é constituída principalmente de 
celulose, xilana, glucomanana e lignina; 
➢ Apresenta maior rigidez do que a parede 
primária, formada principalmente por 
microfibrilas de celulose. As pectinas 
geralmente estão ausentes na parede 
secundária e as glicoproteínas e enzimas 
compõem uma parcela bem reduzida da 
parede secundária; 
➢ É produzida pelo protoplasto no final do 
crescimento celular e depositada entre a 
membrana plasmática e a parede primária. 
Sua estrutura apresenta de 2 a 3 
camadas de fibrilas de celulose, cada uma 
orientada em direção distinta da outra. 
Esta organização proporciona maior 
resistência e rigidez. Essas camadas são 
denominadas S1, S2 e S3, de fora para 
dentro. Enquanto a parede secundária é 
sintetizada e as fibras organizadas nas 
diferentes camadas, não ocorre formação 
da pareda nos campos de pontoação 
primária. Desta forma, a comunicação 
entre células adjacentes será mantida 
através dos plasmodesmos pré-
existentes. 
 
 
Protoplasto 
É a região delimitada pela membrana 
plasmática, com matriz fluida denominada 
citoplasma. Nessa matriz estão mergulhados o 
núcleo e, em constante ciclose, as organelas, 
lipídios, carboidratos e proteínas. Em relação ao 
citoplasma das células animais, o das células 
vegetais é reduzido devido a presença de um 
grande vacúolo. 
 
• Núcleo - Delimitado por dupla membrana 
lipoproteica e armazena a maior parte do 
material genético da célula vegetal. A 
membrana externa tem ribossomos aderidos 
e é contínua com o retículo endoplasmático; 
• Microcorpos - São duas organelas pequenas 
presentes no citoplasma, chamadas 
peroxissomos e glioxissomos, que 
desempenham funções nas folhas e 
sementes, respectivamente. Os peroxissomos 
participam de reações que ocorrem nas 
folhas, onde estão associados às mitocôndrias 
e cloroplastos, enquanto os glioxissomos são 
encontrados nas sementes oleaginosas e 
estão associados à germinação de sementes 
de amendoim, girassol e coco-da-baía; 
• Corpos oleaginosos - Também chamados de 
esferossomos ou oleossomos, são gotículas 
lipídicas esféricas, abundantes em frutos e 
sementes que armazenam lipídios, como 
azeitona e amendoim; 
• Ribossomos - Partículas desprovidas de 
membrana dispersos no citoplasma, ou 
associados à membrana nuclear e do retículo 
endoplasmático. Também estão presentes em 
plastídios e mitocôndrias; 
• Mitocôndrias - Organelas menores do que os 
plastídios, delimitadas por dupla membrana 
lipoproteica. Internamente, apresentam um 
sistema de membranas denominado crista, 
mergulhado na matriz mitocondrial. As 
mitocôndrias têm seu próprio genoma e se 
autoduplicam. Local onde ocorre a respiração 
celular; 
• Retículo endoplasmático - Extensa rede 
interna de dupla membrana lipoproteica, ligada 
à membrana nuclear. Possui regiões tubulares 
e desprovidas de ribossomos, o retículo 
endoplasmático liso (REL), e regiões achatadas, 
formando cisternas, com ribossomos aderidos, 
o retículo endoplasmático rugoso (RER). O REL 
é o principal local de síntese de lipídios de 
membranas e dos corpos oleaginosos, além de 
ser responsável pela formação dos 
plasmodesmos. O RER é responsável pela 
síntese de proteínas de membrana e de 
proteínas que serão secretadas para fora da 
célula ou armazenadas no vacúolo; 
• Complexo de Golgi - Estrutura dinâmica 
constituída de sacos achatados e de rede 
irregular de tubos e vesículas. Nas células 
vegetais desempenha função na síntese de 
pectinas e hemicelulose. A mucilagem 
secretada por diferentes plantas, constituída 
de polissacarídeos ácidos, como a babosa e o 
saião, é dependente da atividade do complexo; 
• Citoesqueleto – Composto de microtúbulos, 
microfilamentos e filamentos intermediários. 
Os três tipos são constituídos de proteína 
filamentosa, diferindo na estrutura, 
espessura e comprimento. Os microtúbulos 
são importantes na organização das 
microfibrilas de celulose na formação da 
parede celular e participam da formação do 
fuso mitótico. Os microfilamentos estão 
associados ao movimento da corrente 
citoplasmática ou ciclose. Os filamentos 
intermediários possuem função na 
reorganização do envoltório nuclear durante a 
divisão celular. 
 
Vacúolo 
Local de armazenamento da água. É 
delimitado por membrana lipoproteica, chamada 
tonoplasto. Armazena o suco celular ou suco 
vacuolar, constituído por água e diferentes 
componentes dissolvidos, que variam de acordo 
com a planta, o tecido, a célula ou o estado 
fisiológico de desenvolvimento da planta. 
No suco vacuolar podem ser encontrados: 
íons, ácidos orgânicos, açúcares e aminoácidos. É 
comum ocorrer a formação de cristais, como os 
de oxalato de cálcio. Geralmente, os componentes 
do suco vacuolarsão sintetizados em outras 
partes do citoplasma e acumulados dentro do 
vacúolo. O pH do suco vacuolar é ligeiramente ácido 
(5), e depende da natureza das substâncias 
dissolvidas nele. 
Células meristemáticas ou em estágio de 
crescimento apresentam numerosos pequenos 
vacúolos, denominados provacúolos que se funde, 
conforme a célula vai crescendo e amadurecendo. 
 
• Funções: 
➢ Controle osmótico; 
➢ Armazenamento de ácidos orgânicos 
formados na primeira etapa da 
fotossíntese de plantas MAC; 
➢ Digestão de organelas do citoplasma; 
➢ Armazenamento de substâncias, como 
açúcares, metabólitos secundários, e 
pigmentos, como as antocianinas e 
proteínas. 
 
Plastídios 
Local onde ocorre a fotossíntese. Estas 
organelas possuem um envoltório de dupla 
membrana e um sistema interno de membranas 
chamado tilacoide, mergulhado em matriz 
denominada estroma. O grau de desenvolvimento 
do sistema tilacoide depende do tipo de plastídio. 
Os plastídios possuem DNA próprio, 
responsável pela síntese de proteínas específicas 
e pela sua duplicação. Os plastídios variam em 
forma, tamanho e organização da sua estrutura 
interna. São originados de proplastídios, que se 
diferenciam em um dos três tipos, dependendo do 
órgão e da função que este desempenhe. Após 
estarem maduros, os três tipos podem ser 
intercambiáveis. 
 
• Cloroplasto 
Responsáveis pela transformação da 
energia luminosa em energia química, por meio do 
processo de fotossíntese. O sistema tilacoide está 
diretamente relacionado à captação de energia 
luminosa, e o estroma, à incorporação do carbono 
na molécula de açúcar. 
Armazenam os pigmentos clorofilas a e b, 
além de carotenoides, e estão presentes em 
todas as partes verdes das plantas. Os 
cloroplastos podem acumular amido de assimilação, 
além de aminoácidos e lipídios. 
 
• Cromoplasto 
São plastídios que armazenam carotenoides. 
Estes pigmentos proporcionam a coloração 
amarela, laranja ou vermelha de folhas, flores, 
frutos e algumas raízes. 
No processo de senescência das folhas e da 
maturação dos frutos, os cloroplastos sofrem 
degradação da clorofila, acumulando carotenoides. 
Desta forma, as folhas e frutos perdem a cor 
verde e passam a evidenciar a coloração amarela, 
laranja ou vermelha. Então, os cloroplastos são 
convertidos em cromoplastos. No caso da 
cenoura, o processo não envolve degradação de 
clorofila, mas a formação dos cromoplastos com 
acúmulo de carotenoides, já que é um órgão 
subterrâneo e é necessário haver luz para a 
síntese de clorofila. 
 
• Leucoplasto 
São plastídios incolores cuja função é 
armazenar diferentes substância, de forma que 
seu sistema tilacoide é pouco desenvolvido. Podem 
receber nomes específicos, de acordo com a 
substância que armazenam. Os amiloplastos 
armazenam amido em raízes e caules de reserva, 
principalmente, já os proteinoplastos armazenam 
proteínas, enquanto os elaioplastos armazenam 
óleos. 
 
Fitocromo ou fotorreceptores de luz 
vermelha e azul 
O protoplasto abriga os fotorreceptores, 
moléculas com papel importante no metabolismo e 
desenvolvimento das plantas, desde a germinação 
das sementes até a abertura das flores. Os 
fotorreceptores controlam respostas do 
desenvolvimento, ou fotomorfogênese, induzido 
pela luz. 
Os fitocromos são proteínas solúveis, 
formadas por um pigmento, denominado 
cromóforo, que absorve a luz, e por uma cadeia 
polipeptídica chamada apoproteina. O fitocromo é 
encontrado nas plantas, especialmente nas 
regiões meristemáticas, em duas formas: 
 
• Fitocromo que absorve a luz vermelha, 
denominado Pr ou Fv; 
• Fitocromo que absorve a luz vermelho distante 
ou vermelho extremo, denominada Pfr ou Fvd 
ou Fve. 
 
Os fitocromos são intercambiáveis, de acordo 
com a propriedade de fotorreversibilidade, que é 
dependente do comprimento de onda da luz 
absorvida pelos fitocromos. Fv e Fve 
Alguns respostas induzidas pelos fitocromos 
são: 
 
• Promoção ou inibição do alongamento de 
entrenós em resposta às alterações de 
luminosidade/sombreamento; 
• Germinação de sementes; 
• Promoção do desestiolamento; 
• Movimentos nictinásticos de folhas de 
leguminosas; 
• Indução ou inibição do florescimento; 
• Crescimento dos cotilédones; 
• Produção de etileno. 
 
 
Criptocromo, fototropina e zeaxantinas ou 
fotorreceptores de luz azul 
São fotorreceptores que percebem a 
quantidade e a direção da luz azul. A zeaxantina 
está diretamente relacionada com a fisiologia de 
abertura dos estômatos, sendo um fotorreceptor 
que se acumula e age dentro dos cloroplastos das 
células-guarda epidérmicas. 
Algumas das reações das plantas à luz azul, 
mediadas por estes fotorreceptores, são: 
• Movimentos dos cloroplastos nas células 
fotossintetizantes; 
• Fototropismo das plântulas; 
• Movimento das folhas em direção ao sol; 
• Inibição do alongamento do hipocótilo; 
• Estímulo à síntese de clorofilas e carotenoides; 
• Abertura dos estômatos. 
 
Inclusões celulares ou substâncias 
ergásticas 
São produtos de reserva ou simples 
metabólitos resultantes das atividades celulares: 
reserva alimentar ou excreção, armazenados em 
vacúolos, plastídios ou em parede celular. As 
inclusões celulares ou substâncias ergásticas 
podem ser classificadas em orgânicas e 
inorgânicas. 
 
Orgânicas 
• Amido – É um polímero de glicose, formado 
por lamelação concêntrica, a partir do hilo, 
sendo uma das substâncias ergásticas mais 
comuns. É armazenado em forma de grãos 
nos plastídios, especificamente nos 
amiloplastos. Possui formatos variados, 
podendo ser simples ou composto; 
• Inulina - Polissacarídeo resultante da 
polimerização da frutose, dissolvida no suco 
vacuolar, sendo armazenada no vacúolo. 
Ocorre principalmente nas famílias 
Asteraceae e Liliaceae e é considerada como 
diurética, por aumentar a excreção de água e 
de sódio; 
• Aleurona – São grãos proteicos de reserva, 
com formato definido, ou combinam formas 
amorfas e cristaloides. São encontrados em 
muitas sementes, no endosperma. Em 
humanos, a aleurona diminui a calciúria, 
podendo ser usada nas hipercalciúrias e 
litíases renais. Nas plantas, tem participação 
indireta na nutrição do embrião; 
• Óleos e gorduras - Ceras, cutina e suberina 
são gorduras que ficam impregnadas sobre a 
parede celular, especialmente em tecidos de 
revestimento. Tem diversas aplicações, como: 
nas indústrias farmacêutica, automobilística e 
cosmética; na conservação de frutos frescos. 
 
Inorgânicas 
Podem ser encontradas na forma de 
cristais de sais de cálcio em células maiores: os 
idioblastos. Os tipos mais comuns são cristais de 
oxalato de cálcio e de carbonato de cálcio. 
Geralmente são produtos de excreção, que 
se originam dentro dos vacúolos, podendo ocorrer 
de forma solitária ou agrupados dentro da célula. 
 
• Cristais de oxalato de cálcio – Possuem 
formas variadas que auxiliam na taxonomia; 
• Cristais de carbonato de cálcio - São 
denominados também de cistólitos. Formam-se 
ao redor de invaginação da parede celular, 
denominadas pino ou pedúnculo. As células 
epidérmicas aumentadas onde ocorrem os 
cistólitos são denominadas litocistos. Os 
cistólitos também têm valor taxonômico, pela 
sua localização e forma; 
• Cristais de sílica - Também chamados de 
corpos silicosos, ocorrem principalmente no 
citoplasma das células de folhas, raízes, frutos 
e sementes. Têm função de proteção das 
plantas contra o ataque de fungos e herbivoria 
de insetos; podem apresentar uma diversidade 
de formas. As gramíneas são o grupo de 
plantas com sementes onde ocorre o maior 
depósito de cristais de sílica; é uma 
característica diagnóstica importante na 
taxonomia. 
 
Aplicação em sala de aula 
A montagem de modelos de células vegetais 
costuma ser uma atividade bastante estimulante 
para os alunos. Diferentes são os materiais que 
podem ser usados,desde biscuit, massa de 
modelar, argila, até sucata de toda natureza, 
dependendo das características e possibilidades 
que a escola tenha e possa oferecer. 
Esta deve ser uma atividade realizada em 
grupo, para que todos participem, sempre com as 
orientações e supervisão do professor. Este 
trabalho pode ser uma boa oportunidade para 
exercitar o trabalho em equipe e colaborativo, isto 
é, cada grupo pode ficar responsável pela 
modelagem de um ou mais componentes da célula 
e, ao final, todos se juntam para formar a grande 
célula montável.

Continue navegando