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Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Biotecnologia e reprodução animal Sistema reprodutor masculino: • Bolsa escrotal • Testículos • Epidídimos • Plexo pampiniforme • Canal deferente • Glândulas anexas • Pênis • Prepúcio Algumas espécies possuem particularides: ESCROTO – BOLSA ESCROTAL Funções bolsa escrotal: Proteção física dos testículos Temorregulação – o ideal é estar 3 a 4ºC abaixo da temperatura corporal Em todas as espécies a bolsa escrotal é formada pela túnica dartos, musculatura lisa que tem influência na termorregulação Bolsa escrotal (escroto) possui pelos/gordura escassos e numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas Mecanismo da termorregulação: 1. Espessura da pelo do escroto: com a contração da túnica dartos acontece o enrugamento e espessamento da pele, retendo calor 2. Contração do músculo cremaster: o m. cremaster vem do músculo oblíquo interno do abdômen (em temperaturas baixas contrai o m. cremaster) 3. Plexo pampineforme: composto por veias e artérias onde ocorre a troca contracorrente de calor entre sangue arterial mais quente e sangue venoso mais frio, resfriando o sangue que entra nos testículos. Obs; os 3 mecanismos acontecem juntos! Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Biotecnologia e reprodução animal Veias + artérias testiculares (plexo pampiniforme e ducto deferente = funículo deferente É uma região importante no exame andrológico TESTICULOS Túbulo seminífero: - Células de sustentação: de SERTOLI favorecem a espermatogênese - Células epiteliais germinativas Interstício do parênquima testicular: - Células intersticiais ou de LEYDIG são produtoras de testosterona Por isso que os testículos tem 2 funções – exócrina e endócrina GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS Maior variação entre as diferentes espécies: PÊNIS Fibroelástico: precisa de pouco sangue para que atinja ereção; S peniano. Ruminantes e suíno Musculocavernoso: precisa de maior volume de sangue para que ocorra a ereção. Equino, cão e gato Processo uretral - uretra se projeta para frente (cordão branco): carneiro Espículas: felinos Ponta em espiral: suínos Entumecimento do bulbo peniano quando o animal entra em ereção: cães Flexura sigmoide (S peniano): ruminantes Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Biotecnologia e reprodução animal EXAME ANDROLÓGICO Quando fazer o exame: - Comercialização de reprodutores - Avaliação do potencial reprodutivo pré-estação de monta - Diagnóstico de sub ou infertilidade - Diagnóstico de ocorrência da puberdade - Seleção de reprodutores - Avaliação da capacidade sexual dos machos levados ás exposições e feiras O exame andrológico avalia: - Saúde geral - Saúde hereditária - Saúde genital - Potência coeudi: capacidade que o animal tem de realizar a cobertura - Potência generandi: avalia a capacidade do animal de produzir gametas férteis Passo a passo do exame andrológico: 1. Identificação: nome do tutor, nome animal, idade do animal, contato, número de microchip, tatuagens orelha, raça, cor de pelagem, utilidade, peso, procedência, sexo, filiação 2. Anamnese: queixa principal e história reprodutiva 3. Exame físico geral e depois genital (específico): avaliar pele, controle de ectoparasitas, score corporal, contorno abdominal, sudorese, pernas, cascos, características respiratórias, acuidade visual, FC, FR, TPC, grau de desidratação. Após isso ir para o exame específico externo e interno 4. Exame complementar (espermiograma – obrigatoriamente tem que estar no exame andrológico) 5. Diagnóstico 6. Prognóstico 7. Tratamento 8. Medidas de prevenção e controle EXAME FÍSICO ESPECÍFICO (GENITAL) - EXTERNO Partes que visualizamos Avaliação de todos os segmentos reprodutores do macho: - Bolsa escrotal: simetria, temperatura, mobilidade, posição, condição da pele, aumento de volume, consistência, medida da circunferência escrotal, sensibilidade Obs: quanto maior a circunferência, maior quantidade de túbulos seminíferos dentro deles é que ocorre a espermatogênese, maior a produção de espermatozoides A medida da bolsa escrotal é uma característica que passa para os descendentes - Inspeção de prepúcio e pênis (durante colheita de sêmen): secreções, aumento de volume, lesões, mobilidade, sensibilidade. Em algumas espécies da pra desfazer o S peniano e expor o pênis, em animais de pênis musculocavernoso só da pra fazer a inspeção no momento da colheita de sêmen EXAME DÍSICO (GENITAL) – INTERNO Testículos e epidídimo: mobilidade dentro da bolsa escrotal, simetria, sensibilidade Não podem ser muito firmes e nem muito moles Como os testículos estão dentro da bolsa escrotal não conseguimos examiná-los, mas existe US de testículos e epidídimos (exame complementar) Funículo espermático: palpação polo dorsal do testículo até o anel inguinal inferior – espessura, consistência, mobilidade Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Biotecnologia e reprodução animal Glândulas acessórias: palpação retal em grandes animais – tamanho, simetria, sensibilidade, consistência. Pequenos ruminantes chegamos apenas na próstata Métodos de imagem: avaliam tamanho, simetria, aspecto, alterações Análise funcional: avaliamos se tem libido, habilidade de monta, comportamento sexual A libido tem influência hormonal e interfere na qualidade do sêmen Fatores que influenciam na libido: Classificação após exame andrológico: Potencial reprodutivo Satisfatório Potencial reprodutivo Insatisfatório: dividido em permanente (problemas hereditários) ou temporários (problemas que se resolvem com tratamento) Potencial reprodutivo questionável Repetir o exame andrológico 60 dias depois do fim do tratamento
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