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CONCEITO DE FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO

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CONCEITO DE FEDERAÇÃO 
(...)
Propunham uns a firmeza, solidez ou profundidade da relação entre os Estados, alcançando essa relação seu grau mais alto na Federação (...)
(...) 
(...) detentora de poder soberano no círculo das relações internacionais (...)
(...)
(...) legislação unitária ou comum (...)
No Estado federal deparam-se vários Estados que se associam com vistas a uma integração harmônica dos seus destinos. Não possuem esses Estados soberania externa e do ponto de vista da soberania interna se acham em parte sujeitos a um poder único, que é o poder federal, e em parte conservam sua independência, movendo-se livremente na esfera da competência constitucional que lhes for atribuída para efeito de auto-organização. 
Como dispõem dessa capacidade de auto-organização, que implica o poder de fundar uma ordem constitucional própria, os Estados-membros, atuando aí fora de toda a submissão a um poder superior e podendo no quadro das relações federativas exigir do Estado Federal o cumprimento de determinadas obrigações , se convertem em organizações políticas incontestavelmente portadoras de caráter estatal.
(BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, Malheiros Editores, 26° edição, páginas 194 e 195)
Aliança ou união de Estados, baseada em uma constituição e onde os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo, uma autonomia política limitada. 
(MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, Editora Atlas, 35° edição, página 311)
CARACTERÍSTICAS FEDERAÇÃO
a) Soberania e autonomia
No federalismo, a soberania é atributo do Estado Federal como um todo. Os Estados-membro são detentores da autonomia, o que não pode confundir-se com soberania. 
A autonomia tem a ver com a descentralização do poder, sendo ela administrativa e política. Tal descentralização permite aos Estados-membros que elaborem suas próprias leis, sempre em observância à Carta Magna. Os Estados-membros possuem competência para a criação de suas próprias constituições, e, em paralelismo, os municípios criam suas leis orgânicas.
b) Existência de uma Constituição Federal
	A Federação gira em torno da Constituição Federal, que é o seu instrumento regulador. Todas as leis são elaboras com observância obrigatória aos preceitos da Constituição Federal, conferindo, dessa forma, unidade à ordem jurídica do Estado Federal. 
c) Repartição de competências prevista constitucionalmente 
	A repartição de competência entre os entes federados é o instrumento previsto constitucionalmente com a finalidade de se evitar conflitos e desperdícios de esforços e recursos, visto que sobre um mesmo povo e território há mais de uma ordem jurídica. A repartição de competências consiste na atribuição, pela Constituição Federal, a cada ordenamento de uma matéria que lhe seja própria. 
Há ainda a previsão de que cada ente federativo possua competência tributária que lhe garanta renda própria, sem prejuízo dos recursos repassados pela União, com a arrecadação de impostos federais, para enfrentar as demandas sociais que superam as receitas obtidas por meio dos tributos da sua própria competência.
d) Participação dos Estados-membros na vontade federal
	 É garantido aos Estados-membros participação legislativa na formação da vontade da União, por meio do Senado Federal, sobretudo, quando são admitidos a apresentar emendas à Constituição Federal. 
e) Inexistência do direito de secessão 
	Não é permitido aos Estados-membros a dissolução para que formem um ente federativo dotado de soberania. No caso do Brasil, ao longo de sua Constituição Federal, há menções no tocante a essa impossibilidade, como no art. 1° da CF e no art. 60 parágrafo 4°. 
f) Conflitos: o papel da Suprema Corte e a intervenção federal
	Faz-se necessário existir uma corte nacional, responsável pela guarda e cumprimento da Constituição Federal para a manutenção da paz e integridade do Estado como um todo. 
	Caso no âmbito judiciário o conflito não seja resolvido, o Estado dispõe do instituto da intervenção federal para se autopreservar da desagregação, bem como para proteger a autoridade da Constituição Federal. A intervenção federal ocasiona a suspensão temporária da autonomia dos entes para que a União possa atuar na resolução do caso. 
g) Nacionalidade
	Os membros do Estados Federativo possuem uma única nacionalidade. Existindo, todavia, costumes e culturas regionais, e essa característica não fere a nacionalidade única do Estado. 
CONCEITO DE CONFEDERAÇÃO
(...)
Propunham uns a firmeza, solidez ou profundidade da relação entre os Estados, (...) alcançando essa relação seu ponto mais baixo na Confederação. 
(...) possibilidade jurídica da secessão dos Estados, admissível em se tratando de organização confederativa;
(...)
(...) ausência de um poder político único da Confederação (...)
Enfim, quis-se tomar por critério básico o fato de a atividade unitária da Confederação projetar-se em sentido externo e não em sentido interno, para fora e não para dentro; ainda aqui há exceções, quando em determinadas Confederações se acham estatuídas garantias de ordem e segurança pública ou regras destinadas à estrita observância da igualdade dos direitos políticos dos cidadãos, se bem que o mecanismo regulador do controle desses princípios caiba individualmente aos Estados-membros. 
(...) inexistência nas Confederações de legislação unitária ou comum, criando indiferentemente direitos e obrigações imediatos para os cidadãos dos diversos Estados. 
(...)
(...)
(BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, Malheiros Editores, 26° edição, páginas 194 e 195)
Consiste na união de Estados soberanos por meio de um tratado internacional dissolúvel. 
(MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, Editora Atlas, 35° edição, página 311)
CARACTERÍSTICAS CONFEDERAÇÃO
a) Soberania dos entes
Em uma confederação, diferentemente da federação, os entes são dotados de soberania. Cada Estado-membro possui poder político próprio e capacidade de decisão dentro de seu próprio território nacional, especialmente no que se refere à defesa dos interesses nacionais. A palavra soberania deriva da junção de dois fragmentos de raiz latina: super e omnia, que literalmente significam algo como poder supremo, no sentido de que não há poder superior ao “soberano”
b) Inexistência de uma Constituição Federal
	Os membros de uma confederação são unidos por um tratado internacional dissolúvel, com vistas a estipular tarefas e objetivos comuns, como a garantia da segurança interna, a defesa do território confederal, além de outras expressamente pactuadas.
c) Possibilidade de secessão
	Os Estados podem romper seus vínculos com a confederação. Essa característica evidência o fato de que o vínculo em uma confederação é mais fraco do que aquele de uma federação, visto que na federação não existe a possibilidade de secessão. 
d) Capacidade de nulificação
Aos Estados é reservado, como corolário de sua soberania, o direito de nulificação, segundo o qual podem opor-se livremente às decisões do Parlamento Confederal, conhecido como "Dieta".
e) Poder Central
	Em uma confederação, o Congresso Federal é o único órgão comum a todos os Estados, sendo que cada um possui seus próprios poderes Executivo e Judiciário. 
f) Nacionalidade 
	A nacionalidade da população de cada Estado-membro é garantida, ou seja, cada Estado-membro pode corresponder a uma nacionalidade distinta dos demais. 
PROCESSO HISTÓRICO DA 1° FEDERAÇÃO
	O federalismo tem suas primeiras origens nos Estados Unidos, em 1776, após aquisição de sua independência da Inglaterra. As antigas colônias britânicas formaram um tratado de internacional, criando uma confederação com o objetivo de preservar a soberania de cada território colonial. 
	O asseguramento dessa soberania enfraquecia o pacto dos entes, visto que as deliberações dos Estados Unidos em Congresso nem sempre eram cumpridas, viravam meras recomendações. A confederação não legislava para os cidadãos, apenas para os Estados, e havia ainda dificuldades em se obter recursos financeiros e humanos para asatividades comuns. 
	Não havia um tribunal supremo para a resolução dos conflitos entre os Estados, por conseguinte a confederação estava debilitada e não atendia às necessidades de governo do território recém-libertado. 
O propósito de aprimorar a união entre os Estados redundou na original fórmula federativa, inscrita pela Convenção de Filadélfia de 1787 na Constituição elaborada, conforme se vê do próprio preâmbulo da Carta, em que se lê: “nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formarmos uma União mais perfeita...”
Os antigos Estados soberanos confederados deixaram de ser soberanos, a soberania passou a ser da União, permanecendo, contudo, com suas respectivas autonomias. Entregaram a União os poderes necessários para exercer tarefas para o bem comum de todos os Estados reunidos. Podendo, entretanto, participar da vontade da União, por meio de representantes no Senado. 
FORMAS DE FORMAÇÃO DA FEDERAÇÃO
a) Centrípeto (agregação)
Por Centrípeto entende-se a formação com a união de vários Estados Soberanos que se agregam em um movimento de fora para dentro. Existe a distribuição de poderes e competências de forma a dar mais autonomia aos Estados-membros. Ex.: Federação norte-americana. 
b) Centrífugo (desagregação)
	No caso de um Estado Unitário que se fragmenta em um movimento de dentro para fora, terá sua formação por centrífuga. Existe certa concentração de poderes e competências na União Ex.: Federação brasileira
BIBLIOGRAFIA
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, Malheiros Editores, 26° edição
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, Editora Atlas, 35° edição
FERREIRA MENDES, Gilmar. GONET BRANCO, Paulo Gustavo. Curso de Direito Constitucional, Editora Saraiva, 7° edição
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional, Editora Juspodivm, 11° edição
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/soberania.htm acesso em 02/05/2020 às 15h33
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/36136/qual-a-diferenca-entre-federacao-centripeta-e-federacao-centrifuga acesso em 02/05/2020 em 16h59

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