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APS- Estagio de observação A Manifestação de familais com austistas nas redes sociais

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6
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
Isabelle Machado Fernandes- RA:D85IIF2
Larissa de Oliveira Matos RA:
Fernanda Alves de Oliveira RA:
Amanda Cristina RA:
ESTAGIO DE OBSERVAÇÃO 
A Manifestação de Famílias com autistas nas redes sociais 
JUNDIAÍ
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
Isabelle Machado Fernandes- RA:D85IIF2
Larissa de Oliveira Matos RA:
Fernanda Alves de Oliveira RA:
Amanda Cristina RA:
ESTAGIO DE OBSERVAÇÃO 
A Manifestação de Famílias com autistas nas redes sociais 
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia do Cotidiano, ministrada pela Professora Erica Cornacchione, como parte da nota bimestral.
JUNDIAÍ
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 RELATÓRIO 1 – A defasagem na aprendizagem escolar 	4
3 RELATÓRIO 2 -:Apego familiar nas escolas 	4
4 RELATÓRIO 3 – A falta de inclusão nas intituições de ensino :	5
5 RELATÓRIO 4 – 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 	5
7 REFERÊNCIAS	6
 
1 INTRODUÇÃO
O estudo do tema em uma perspectiva social e psicopolítica justificam-se particularmente na realidade brasileira pelas investidas das famílias de pessoas com autismo para vir a público, tomar a palavra e revelar as lacunas de sua convivência em sociedade, logrando a atenção das esferas midiáticas e do poder público. Sua demanda inicial é seu próprio reconhecimento como um grupo com perfil específico e necessidades comuns em diferentes gradações, e que se compõe dualmente pelas pessoas com transtorno do espectro do autismo e por seus familiares. 
Nesse contexto e vivendo uma modificação radical de vida, a família, as vivencias citadas pelas famílias neste trabalho passa a ter a inserção social do filho com autismo em condições de isonomia como meta, empenhada em uma luta cotidiana tanto para suprir suas necessidades emergenciais quanto para construir caminhos que amparem o futuro dos filhos sobre direitos alicerçados e cumpridos.
 É, portanto, na perspectiva de uma verdadeira preparação para a vida destas crianças que deve inscrever-se o papel da escola, e os métodos pedagógicos renovados devem, por conseguinte, tender a ajudar o aluno a desenvolver-se da melhor maneira possível e a tirar o melhor partido de todos os seus recursos preparando-a para vida social.
Justificamos a escolha do tema pela afinidade com a temática inclusão, que através de experiências pessoais nos interessamos em conhecer um pouco sobre a vivência em sala de aula dos portadores do TEA em escola pública, onde existem profissionais ainda longe desta realidade que é o autismo, pois a sociedade se preocupa apenas com as questões pedagógicas desses mestres, esquecendo que eles também necessitam de apoio psicológico adequado para desenvolverem um trabalho qualificado com alunos desse porte.
2 A DEFASAGEM NA APRENDIZAGEM ESCOLAR 
Em analise observamos diversos fatores nesse trabalho de estagio de observação, desde a cognição ao desenvolvimento da criança, utilizamos como a ferramenta principal de trabalho a plataforma do Facebook, aonde entramos em grupos de auto-ajuda e manifestação de famílias com autistas.
Dentre as avaliações encontramos variedades de sexo e idades, as vezes foram citadas os mesmos acontecimentos com uma criança de três anos e um adolescente de dezesseis anos, aonde podemos observar que o processo de cognição das crianças portadoras de TEA austimo possui uma defasagem de aprendizagem e desenvolvimento citamos como por exemplo dentro de uma sala de aula aonde dependendo do nível do transtorno, ensinar crianças com necessidades educacionais especiais, mais especificamente os portadores de Autismo, ainda é um desafio. No momento em que a inclusão se tornou realidade, a escola passou a atender esse novo aluno ao mesmo tempo em que aprendia a fazer isso. Hoje, são comuns os casos de professores que recebem um ou dois alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA) e se sentem ainda sem apoio, recursos ou formação para executar um bom trabalho. 
A discussão que envolve o cotidiano das famílias de pessoas com autismo e as mobilizações que articularam nos últimos anos demandam compreender as forças e conexões sobre e entre essas famílias produzindo motivações e substituindo paradigmas.
Em uma trajetória que remete às origens da própria civilização as pessoas com deficiência e suas famílias passaram por períodos de lenta evolução no modo de serem vistas e tratadas, estando sujeitas a práticas sociais que inicialmente destituíam-nas de valor e dos traços de igualdade com o grupo humano. A relação entre pessoas com e sem deficiência em sociedade era em princípio baseada no não contato, o que manteve a deficiência associada à exclusão de ambientes sociais e condicionou o tempo das mudanças necessárias para alcançar estágios de maior inserção na sociedade a acelerar apenas há poucas décadas.
Justificamos a escolha do tema pela afinidade com a temática inclusão, que através de experiências pessoais nos interessamos em conhecer um pouco sobre a vivência em sala de aula dos portadores do TEA em escola pública, onde existem profissionais ainda longe desta realidade que é o autismo, pois a sociedade se preocupa apenas com as questões pedagógicas desses mestres, esquecendo que eles também necessitam de apoio psicológico adequado para desenvolverem um trabalho qualificado com alunos desse porte. 3 A vida escolar é especial e todos têm o direito de vivenciar essa experiência. Afinal, é na instituição de ensino que se aprende a conviver em grupo, a se socializar, trabalhar em equipe, conviver com as diferenças esses são os primeiros passos rumo à vida adulta. Será que os professores da escola Arthur Bispo do Rosário estão preparados para alfabetizar? Eles têm apoio e incentivo pedagógico e psicológico para ensinar alunos autistas? Nosso objetivo foi compreender como o aluno autista aprende, assim fez–se necessário identificar a formação das professoras, averiguarem o currículo; identificar o tratamento dos alunos autistas em sala de aula; analisar a importância da inclusão de crianças portadoras de autismo em uma escola regular da rede pública na cidade de Aracaju; inserir as práticas pedagógicas com os alunos autistas; as contribuições dos professores para o desenvolvimento da criança portadora de autismo.
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de setenta milhões de pessoas no mundo são acometidas pelo transtorno, sendo que, em crianças, é mais comum que o câncer, a aids e o diabetes. Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas da socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social. No entanto, não significa dizer, em absoluto, que a pessoa com autismo não consiga e nem possa desempenhar seu papel social de forma bastante satisfatória. (SILVA, 2012, p.11)
Um discurso das políticas públicas atraentes e até fascinante, mas que não obteve o resultado que todos gostariam, já que milhares de alunos com diversas deficiências foram lançados em salas de classe normais sem a devida preparação desses espaços e profissionais. A inclusão também provocou a exclusão. Problema que hoje as políticas públicas estão repensando em como gerenciar. Conforme o artigo 54 do Estatuto da Criança e do Adolescente é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado a pessoas com deficiência, preferencialmente na rede de ensino, já que todo jovem tem direito a educação para garantir seu pleno desenvolvimento como pessoa preparada para o exercício da cidadania, e qualificação para o trabalho.
“A inclusão é uma política que busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos”. Na proposta de educação inclusiva, todosdevem ter a possibilidade de integrar-se a um ensino regular, mesmo aquelas com deficiências ou transtornos do comportamento sem defasagem de idade em relação à série. (SILVA 2012, p.233): 
Ainda de acordo com Silva (2012, p.) “a Lei nº 12.764/2012, Art. 2º. A pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.” Esta lei protege os direitos das crianças, jovens e adultos com o Transtorno do Espectro do Autismo (SILVA, 2012). Nisso percebemos o papel das políticas em direitos humanos no combate ao preconceito e, principalmente de legitimar os portadores de TEA.
.
3 APEGO FAMILIAR NA ESCOLA 
Esta observação foi feita através da rede social Facebook, onde se encontra um grupo específico para famílias de portadores do autismo, criado pelo famoso apresentador Marcos Mion que possui um filho autista, mobilizado e com o intuito de ajudar e auxiliar as famílias que passam por esta situação foi criado o grupo para troca de informações das mesmas. 
A troca de informações citadas é dada como uma troca de ajuda dos integrantes do grupo, os mesmo contam relatos de seu dia a dia com os autistas e aconselham, pergunta e faz o possível para que as dúvidas dos demais sejam sanadas, havendo integrantes de diversas idades, desde os primeiros meses de vida quanto autistas já adultos e até idosos.
São pertencentes no grupo relatos de diversas observações diárias, e é um tanto pertinente como as mães e pais acabam se sentindo cansadas e desamparadas em diversas horas por terem filhos autistas, desde a gravidez muitas mães sofrem com depressão e muitas se sentem cansadas pelo fato da criança autista ter um nível de hiperatividade maior, acabam precisando de maior atenção. As mães acabam se sentindo desamparadas também por órgãos públicos que obviamente deveriam prestar ajuda as mesmas, o governo acaba não se prestando a este papel e deixando muito a desejar, mas o mais surpreendente que podemos perceber entre os relatos é em questão das escolas pública. 
Sabemos que a escola é um grande alicerce de uma mãe e um filho na infância da criança, é lá que ele aprende a ler, escrever, exercer atividades diárias, e precisa obter todo apoio dos professores para que isso aconteça, já que o professor é o que preza um papel fundamental na infância da criança, devendo ensinar os mesmos a fazer atividades que os pais não podem ensinar, apenas auxiliar.
A criança quando vai escola, fica longe da mãe e do pai e interage com pessoas desconhecidas por ela acaba se sentindo com medo, precisa que alguém as acolha e as mostre que ali é um lugar bom, isso é fato, mas a criança portadora do autismo precisa ter um cuidado e uma atenção maior, pois muitos autistas possuem um desenvolvimento cognitivo atrasado, e teriam que ter uma paciência maior do professor para que consiga aprender e realizar as tarefas, mas em escolas publicas isto não acontece como cita um pai no grupo do Facebook, parecendo estar bem triste e indisposto com a situação:
“A escola nunca reprovou meu filho, mas apenas o passa de série mesmo que ele não tenha aprendido nada, as professoras não tem tanta paciência pois o ele tem autismo e precisa de um acompanhamento maior, mas quando ele não aprende elas simplesmente ignoram e seguem com as atividades, já que todos os alunos já aprenderam com exceção dele. “ 
Ela diz que para os familiares a situação é de extrema dificuldade, visto que a escola é pública e ele não tem condições financeiras de pagar algo melhor para o menino, e aquela escola foi a única do bairro que o aceitou e por isso ela não pretende o tirar de lá. 
Estes casos acontecem em muitas escolas que tem portadores de autismo como aluno, tanto em questão do descaso de professores, diretores e funcionários da escola, quanto de outras crianças e colegas de escola, já que os mesmos por as vezes possuírem atitudes diferentes de comportamento de outras crianças sofrem bullying e são mal tratados. 
Para todos os pais este fato é de extrema tristeza e angústia, mas muitas vezes por falta de recursos não existe possibilidade de que eles deem ao filho a oportunidade de se desenvolver com um profissional realmente qualificado para o desenvolvimento cognitivo do portador de autistas, pois existem muitos que se profissionalizam neste ramo e seguem protocolos adequados, tendo toda paciência, e exercendo o trabalho que respeitam a criança com autismo, o grau do autismo e sua idade.
Segundo o teórico Lev Vygotsky que segue a teoria de aprendizagem onde fala sobre o professor, que o mesmo deve ser capaz de identificar todas as capacidades do aluno e a partir disso determinar o percurso de cada aluno, devendo então ter cooperação, respeito e crescimento entre os dois para que o aluno tenha a construção do conhecimento. 
O mesmo fala também que o ambiente escolar é um local de intervenção pedagógica e é isso que promove o processo de ensino-aprendizagem dos indivíduos, o ambiente tem um papel fundamental no desenvolvimento do intelectual da criança e ocorre de dentro para fora e as influências sociais são a base da teoria da aprendizagem para Vygotsky.
Sobre o desenvolvimento cognitivo atrasado o psicólogo bielo-russo Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934) fala que qualquer pessoa, tenha ela deficiência ou não, depende das oportunidades de aprendizagem e das relações que estabelece. Ele defendia que o desenvolvimento cognitivo em cada etapa da vida não apresenta aspectos estanques e universais. Para ele, o que existe é uma multiplicidade de possibilidades de acordo com a experiência de cada sujeito. 
Casos como apresentados acima foram vistos diversas vezes na rede social, onde mostra um problema extremamente grave, visto que as escolas não estão exercendo corretamente o papel fundamental com o processo cognitivo das crianças com autismo e os pais acabam se sentindo perdidos e sem saber o que fazer com a situação. 
4 A FALTA DE INCLUSÃO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
A presente observação foi feita através de redes sociais, como Facebook e Instagram. O tema da nossa observação foi a manifestação das famílias com autistas nas redes sociais.
 Pude observar através de um grupo no Facebook criado pelo apresentador Marcos Mion, intitulado por “Comunidade Pró Autismo”, como algumas famílias se sentem em relação ao espectro autista. Nesse grupo as famílias fazem publicações em busca de ajuda, conselhos, acolhimento, conforto, e também fazem publicações com o intuito de auxiliar, dar relatos, trocar experiências, mostrar o avanço de seus filhos, sendo crianças, adolescentes ou adultos.
Foi observado no grupo diverso queixas de famílias que se sentem desamparadas em relação ao autismo no Brasil, se queixam da dificuldade de encontrar tratamentos para autistas, e também da falta de inclusão em instituições de ensino. Relatam que falta planejamento nas escolas, comprometimento dos educadores e conhecimento para lidar com crianças e adolescentes com TEA. 
Para Vygotsky (1997), a pessoa com deficiência apresenta desenvolvimento diferenciado e este aspecto precisa ser levado em conta nos momentos de planejamento didático. 
É de direito dos portadores de autismo, o material adaptado, auxiliar na sala de aula, seja na escola ou faculdade, a inclusão é dever de todas as instituições de ensino. No grupo muitos integrantes comentaram sobre as instituições negaram a matricula de seus filhos.
 Segundo Paulo Freire, os princípios da educação inclusiva se referem, a nosso ver, em questionar todos os processos de exclusão que acontecem na escola e na sociedade com todos os sujeitos; conseqüentemente, que pretende desenvolver um processo educacional que contemple a diversidade. Paulo Freire refere-se às condições de exclusão, a que são submetidas as classes populares, os oprimidos, denominando de “situações-limite”, que são, obstáculos ou barreiras que precisam ser vencidos, mas se encontram vinculados à vida pessoal e social do indivíduo. Segundo ele, o enfrentamento dessas situações é percebido de formas diferentes pelos envolvidos nesseprocesso: ou eles as percebem como um obstáculo que não podem ou não querem transpor, ou ainda como algo que sabem que existe e que precisa ser rompido e então se empenham na sua superação. Foi observado relatos e vídeos onde os pais apresentavam avanços do desenvolvimento de seus filhos, como, desenhos, a fala, os comportamentos. 
Muitos pais postavam vídeos de seus filhos desenhando, falando, e em todos os vídeos e depoimentos eles diziam o quanto o estímulo era importante, sempre elogiar quando eles acertam ou tentam fazer algo, e fizer aquilo com constância. Havia publicações de mães preocupadas, dizendo que seu filho não queria comer e nem tomar banho, que estava estressado, mordendo e empurrando ela, ela se queixou que não sabia mais o que fazer que a situação estivesse muito difícil. Nos comentários os integrantes do grupo respondiam dizendo para a mãe variar no cardápio e tentar alimentos de diferentes texturas, pois eles costumam se enjoar rápido de comer sempre as mesmas coisas, sobre o comportamento agressivo diziam que costumavam repreender, mostrando que estavam tristes, bravos, que não gostaram da atitude agressiva da criança. Sobre a questão do banho, pude observar que várias crianças autistas tinham essa dificuldade, porque eram muitos os comentários de mães e pais dizendo que os filhos não gostam de jeito nenhum do banho, que às vezes passam de dois a três dias sem tomar banho, de tão difícil que é convencê-los a tomar. Para conseguir dar banho em seus filhos algumas mães relatam utilizar diferentes formas, colocar musicas durante o banho, vídeos, tentar dar banho com mangueira, na banheira, assim a criança pode descobrir uma maneira confortável de tomar banho e aos poucos ir se adaptando.
 Segundo a teoria de Behaviorismo de B. F. Skinner, onde um comportamento pode ser reforçado, na observação anterior os pais das crianças autistas notam o comportamento deles de não querer tomar banho, então utilizam do reforço positivo, adaptando ato do banho para seus filhos, assim aumentando a probabilidade desse comportamento se tornar algo mais fácil e rotineiro para a criança. Segundo Skinner, quando um comportamento tem o tipo de conseqüência chamada reforço, há maior probabilidade de ele ocorrer novamente. Um reforçador positivo fortalece qualquer comportamento que o produza.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Nosso trabalho apoiou-se em compreender como se estabelecem as relações das crianças portadoras de (TEA) autistas com a família e pessoas que convivem no dia a dia e como os docentes sejam pais ou educadores influenciam no processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento da criança ou adolescente, pois entendemos que o processo educativo hoje precisa abranger uma proposta de educação para alcançar todos os indivíduos, independente de suas características físicas, mentais, sociais, sensoriais ou intelectuais.
Para orientar nosso estudo, foram utilizadas algumas questões para a construção dessas analises, ou seja, será que as famílias brasileiras com integrantes portadores de autismo possuem um auxilio de fora para ceder todas as suas necessidades? Será que toda mãe ou pai esta preparada para auxiliar no desenvolvimento dessa criança? Entre outros aspectos.
O principal objetivo foi entender a importância de o responsável estar presente na vida da criança ser um conhecedor da concepção do autismo e no desenvolvimento infantil, identificando aspectos que podem contribuir no desenvolvimento da criança autista, e como aplicar os métodos adequados e aprendidos no dia a dia. A criança autista procura na família também estabelecer a relação de trocas de experiências e a afetividade com outros indivíduos da mesma espécie. Conhecer melhor este público é o ponto inicial para o processo de aprendizagem, é quando se estabelece o vínculo entre a criança e o educador.
As maiores reclamações de pais são a falta de escolas preparadas para receber crianças autistas na educação infantil é iniciar um processo educacional ao qual este levará ao longo da vida o seu desenvolvimento intelectual. Quando a criança ingressa na escola, ela busca o acolhimento, a paciência em respeito ao seu processo de desenvolvimento. Pois o espaço escolar tem diferentes significados e isso é resultado das relações com outras crianças e da afetividade que ela desenvolveu com seu professor.
Percebendo as relações das crianças autistas-família-escola, foi de fundamental importância para entender e compreender um pouco do cotidiano destas famílias Partindo do cenário que envolve as pessoas com deficiência e com base em referenciais teóricos da psicologia política este artigo destacou os aspectos que envolvem a formação de identidades coletivas evidenciando que as razões e o modo como se estabelecem as conexões entre as famílias das pessoas com autismo são componentes de sua identidade, com coesão fundada nas trocas que levam à constatação da própria situação e ao estabelecimento de estratégias de luta em favor dos filhos.
Ao mesmo tempo o sentimento de pertença contribui para uma autopercepção positiva e novas formas de conduta social, sendo função de condições históricas. Aqueles que por fatores de exclusão social não têm acesso ao conhecimento do que é o autismo e do suporte identitário entre as famílias vivem à margem da história de sua própria categoria, das memórias ora construídas e das lutas (Martín-Baró, 1998; Tajfel, 1984).
6 REFERÊNCIAS
VIGOTSKI, L. S. Fundamentos de defectologia. In: Obras completas. 1997
FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974
Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento. Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993. 
VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mundo Singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Fontanar, 2012.
CUNHA, Eugênio – Autismo e inclusão: psicopedagogia práticas educativas na escola e na família / Eugênio Cunha. – 4ª ed. – Rio de Janeiro: Walk Ed., 2012. 
FERREIRA, Luiz Antônio Miguel- O Estatuto da criança e do adolescente e o professor: os reflexos na sua formação e atuação. 2 ed. – São Paulo: Cortez, 2010.
Martin-Baró, Ignacio. (1998). Psicologia de la Liberación. Madrid: Trotta.

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