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APS - UNIP - PROPAGANDA IRREGULAR DE ADVOGADO EM REDE SOCIAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
ÉTICA E DISCIPLINA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SEÇÃO 
DE CAMPINAS/SP, À QUAL FOR ESTA DISTRIBUÍDA. 
 
 
 
 
 
 
GUILHERME GOMES, brasileiro, engenheiro industrial e 
estudante de direito, documento de identidade RG 98.765.432-1 e 
inscrito no CPF 098.765.432-10, residente e domiciliado na Avenida 
Comendador Enzo Ferrari, 280, Swift, cidade de Campinas/SP, 
Advogado OAB/SP 226.970, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, propor a presente 
 
 
AÇÃO DISCIPLINAR POR INFRAÇÃO DO CÓDIGO DISCIPLINAR DE ÉTICA 
E CONDUTA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
 
 
em face de DR. RODRIGO CAMARGO DE CARVALHO BRUNO, Advogado e 
regularmente inscrito na OAB sob o no. 278.860, pessoa física devidamente 
inscrito no CPF sob o nº 12.345.678-90, Associado ao Escritório CARVALHO E 
FERREIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS, com sede na Avenida Pádua Dias, 
nº 666, Vila Independência, CEP 12.345-678, Campinas/SP, endereço 
eletrônico: faleconosco@carvalhoeferreira.adv.br, pelas razões de fato e de 
direito a seguir aduzidas. 
PRELIMINARMENTE 
DA APLICAÇÃO DO ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB 
 
Acerca da conduta do advogado no exercício de sua função, no 
que tange em especial a publicidade de seu ofício, consoante se extrai do 
artigo 33 do Estatuto da Advocacia da OAB: 
 
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os 
deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. 
 
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os 
deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro 
profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o 
dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os 
respectivos procedimentos disciplinares. 
 
Mais ainda e não obstante, consoante com o Capítulo VIII – Da 
Publicidade Profissional, artigos 39, 40 parágrafo V e 46: 
 
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter 
meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, 
não podendo configurar captação de clientela ou 
mercantilização da profissão. 
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional 
hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo 
anterior, sendo vedados: 
(...) 
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e 
telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos 
ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de 
eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em 
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a 
referência a e-mail; 
 (...) 
 
Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros 
meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas 
neste capítulo. 
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas 
como veículo de publicidade, inclusive para o envio de 
mensagens a destinatários certos, desde que estas não 
impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma 
de captação de clientela. 
 
 Por fim, consonante com o Provimento nº 94/2000, artigo 4º letra 
“e”: 
Art. 4º Não são permitidos ao advogado em qualquer 
publicidade relativa à advocacia: 
(...) 
e) oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer 
convocação para postulação de interesses nas vias judiciais ou 
administrativas 
 (...) 
 
Daí se estabelece cristalino entendimento sobre os limites a que 
um operador de direito regularmente inscrito nesta egrégia Ordem dos 
Advogados do Brasil deve se sujeitar incondicionalmente. 
 
Assim sendo, evidente a obrigação do advogado, o requerente 
pleiteia seja aplicado o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados 
do Brasil, amparando-o na presente representação. 
 
I - DOS FATOS 
 
Em 05 de Julho de 2017, o requerente em legítimo ato de 
descontração e socialização com seus amigos pessoais através da Rede 
Social denominada “Facebook”, entre uma postagem da página “Dica Dollynho” 
e outra da “Revista Veja”, se depara com uma postagem patrocinada do Dr. 
Rodrigo Camargo de Carvalho Bruno. 
 
Por se tratar de tão renomado colega, paro para atentamente 
observar o teor de tal “anúncio” e me deparo primariamente com um breve 
relato do acidente ocorrido em 30 de setembro de 2013, triste caso onde um 
ônibus da empresa transportadora METEORO vitimou 20 usuários, deixando 
mais 10 feridos. 
 
Neste ato e inicialmente, o Dr Rodrigo Camargo de Carvalho 
Bruno reporta sucintamente o êxito da causa, bem como cita o provimento de 
seu Recurso (REsp 299445/SO, Rel. Ministro MAURO PAIVA, QUARTA 
TURMA, julgado em 17/02/2017, DJ 20/03/2017 p. 466). 
 
Ocorre que não contente em se ater a relatar o caso, o Dr. 
Rodrigo Camargo de Carvalho Bruno finaliza seu texto, mais uma vez frisando, 
“patrocinado” ofertando seus serviços de maneira explícita a todo e qualquer 
cidadão que tenha qualquer pendenga no âmbito do trânsito brasileiro, com 
agravante de divulgação do endereço eletrônico do sítio de seu escritório de 
advogacia, e-mail de contato e telefone celular (imagens anexas). 
 
Conforme este EXMO PRESIDENTE e colegiado poderão 
verificar na documentação que segue com a Inicial, não restam quaisquer 
dúvidas sobre sua intenção de dar publicidade às suas feitas bem como 
inequivocamente realizar a captação ativa de clientes para seu escritório, em 
pleno exercício de infração disciplinar e em forma de inequívoca dissonância a 
todos os preceitos instituídos pela Ordem dos Advogados do Brasil no que 
tange a esta matéria. 
 
II – DAS PROVAS PRODUZIDAS 
 
 Primeiramente, faz-se esclarecer que não somente o requerente 
observou os fatos, estando portanto o mesmo pautando a apresentação das 
provas em duas etapas sendo compostas por prova material e por prova 
testemunhal de outros excelentíssimos Doutores. 
 
 Destarte, a prova material é composta por cópia de tela da Rede 
Social denominada “Facebook”, a considerar: 
 
 
 Ademais e não de somenos importância, cito como testemunhas a 
serem arroladas o Dr Caio Neves (OAB 64738296-SP-D) e a Dra Luciana Feliz 
(53647497-SP-D). 
 
III – DO DIREITO 
 
 Haja vista existência de jurisprudência pátria já manifestada por 
tribunais sobre a prática de publicidade análogas e em desarranjo com os 
preceitos preliminares ora elencados nesta exordial, reforça-se a necessidade 
de estrita observância do Código de Ética e Conduta da OAB: 
 
 DISPOSITIVO 
Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido e 
extingo o processo com julgamento do mérito, conforme art. 487, 
I, do novel CPC, para, nos termos da fundamentação, determinar 
que os réus deixem de praticar a divulgação de seus serviços 
advocatícios com os veículos de propaganda indicados na 
exordial (fls. 11/13 e 17), bem como a RECOLHÊ-LOS, inclusive 
aqueles não identificados pela instituição autora, mas que existem 
e também se amoldam no conceito de publicidade irregular à luz 
do que dispõem o Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal da 
OAB e o Código de Ética e Disciplina da OAB, no prazo máximo 
de 30 dias a contar do trânsito em julgado, sob pena de multa a 
ser oportunamente fixada, comprovando, em seguida, o seu 
cumprimento. PROCESSO nº. 0015094-66.2016.4.02.5001 
(2016.50.01.015094-0). 
 
 
 
IV - DOS PEDIDOS 
 
 Diante do exposto, requer, portanto, o quanto segue: 
 
 
a) Acolhimento e apreciação do Presidente do Conselho 
Seccional ou da subseção por meio de seu conselho à causa, 
visando breve atingimento do relator da instrução processual; 
 
b) Admissibilidade e instauração de processo disciplinar, em 
seguimento da aplicção o Código de Ética e Disciplina da OAB; 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
 
Campinas,07 de Maio de 2018. 
 
GUILHERME GOMES 
OAB/SP 226.970 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE 
ÉTICA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SECCIONAL DA 
DÉCIMA SÉTIMA TURMA DISCIPLINAR – CAMPINAS - SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo N 96/17 
 
 
RODRIGO CAMARGO DE CARVALHO BRUNO, pessoa física, 
inscrita no CPF nº 777.312.458-77, com endereço na Av. Atilio Biondo 770, 
CEP 13070-752, nesta Cidade de Campinas/SP e endereço eletrônico 
rodrigobruno@hotmail.com.br, neste ato representando a si mesmo, vem, 
respeitosamente, à presença de V. Excelência, apresentar sua defesa. 
 
I - DAS ALEGAÇÕES DOS AUTORES 
 
Foi feita por este nobre Tribunal a apresentação de desvio na 
conduta do citado advogado acima, RODRIGO CAMARGO DE CARVALHO 
BRUNO, conforme previsto no Código de Ética e Disciplina, usurpando assim o 
art. 39 que prevê o uso meramente informativo da publicidade profissional do 
advogado, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da 
profissão. 
 
 
II – DA REALIDADE DOS FATOS – DEFESA DO REQUERIDO 
 
Excelência apresenta-se de forma clara a má utilização das 
ferramentas de mídia social neste caso, por nosso renomado Escritório de 
Advocacia. 
A apresentação deu-se de forma equivocada e sem dolo algum 
em desprestigiar esta insigne atividade laboral, do fato ocorrido, o responsável 
não busca de forma alguma se isentar de suas responsabilidades, porém, 
gostaria de deixar o registro de que tal ato (Colocação de propaganda 
advocatícia em mídias digitais) se deu por parte de nosso novo estagiário Raul 
Seixas. 
Na data de 17 de Julho de 2018, Raul Seixas, brasileiro, 
estudante de Direito em 7º Semestre da faculdade UNIP, amante e obcecado 
pelo Direito, procurando galgar uma posição de destaque em nossa Firma, 
adentrou o citado site de Relacionamento Social (Facebook) e vinculou a 
informação de um caso ganho por nosso já Laureado escritório. 
Sendo assim, o citado estagiário, buscou de forma inadequada a 
promoção de seu Escritório e também de sua imagem junto ao Requerido, 
chegando ao calculo errôneo de seus atos e ignorando a existência do 
supracitado Código. 
Registra-se que Raul, é estagiário com registro junto a OAB/SP 
Est. 295.322, e já esta na execução de suas funções de estagiário advocatício 
conforme previsto na Lei nº 11.788/08, e que jamais cometeu incorreções no 
tocante ao Direito. 
Apresentado o fato como ocorrido, o réu, não se exime de sua 
obrigação legal de salva guardar a Lei os bons costumes e as práticas positivas 
perante esta sublime Ordem (OAB), como se pode notar em suas constantes 
presenças em pautas e que se fez presente no conselho Fiscal da OAB 
Campinas no biênio 2014/15. 
O réu por força de sua total responsabilidade se declara 
CULPADO das alegações de vinculação impropria de material publicitário em 
rede social, porém, ressalta que não sendo o causador do fato em si, solicita ao 
Presidente do conselho o abrandamento da pena, seja ela qualquer escolhida 
por este Conselho, para uma Advertência conforme previsto no Estatuto da 
Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil, se baseando principalmente em 
sua primariedade e boa fé em expor a verdade como é. 
 
Confiante na decisão e lembrando da frase de Santo Agostinho “ 
Errare humanum est, perseverare autem diabolicum” , o réu se dispõe a 
zelar com mais veemência por este Código que com punhos firmes e justos 
controlam de forma inexorável nossos profissionais do Direito. 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
Campinas, 15 de Maio de 2018. 
 
RODRIGO BRUNO 
OAB/SP 278.860 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
 
 Vistos e examinados estes autos de Ação Disciplinar Por Infração Do Código Disciplinar De 
Ética E Conduta Da Ordem Dos Advogados Do Brasil sob o nº 96/17, em que é autor Advogado 
Guilherme Gomes e réu o Dr. Rodrigo Camargo de Carvalho Bruno. 
Da denúncia apresentada: 
 O autor ingressou com o presente feito requerendo a instauração de processo disciplinar, em 
desfavor de Rodrigo Camargo de Carvalho Bruno, apontando que o mesmo, ofertara seus 
serviços de maneira explícita em rede social com o intuito de captação de clientes, em 
desacordo com os Artigos 39 e 40, V; e em especial o Art. 46 do Código de Ética e Disciplina da 
Ordem dos Advogados do Brasil. 
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter 
meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não 
podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da 
profissão. 
 Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de 
ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo 
vedados: 
(...) 
 V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, 
em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, 
publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação 
em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias 
pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; 
 Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios 
eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo. 
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como 
veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a 
destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento 
de serviços ou representem forma de captação de clientela. 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
 
 O requerente informa que no dia 5 de julho de 2017 deparou-se com publicação patrocinada 
(propaganda) em uma rede social denominada Facebook, onde consta o resultado de uma 
determinada demanda judicial apadrinhada pelo réu e a oferta de seus serviços advocatícios. 
 
Da defesa apresentada: 
 Na defesa, o réu não negou os fatos, alegou ainda que a propaganda na supracitada rede 
social teria sido feita por um estagiário de seu escritório, Raul Seixas, contratado conforme 
previsto na Lei nº 11.788/08, Dispõem sobre o estágio de estudantes (...), e que o mesmo agindo 
por conta própria, a fim de realizar um bom serviço para o escritório se excedeu, o que culminou 
na infração do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, nos artigos já 
citados. 
Do voto: 
 A fundamentação presente no pedido inicial é coerente com as demandas desse Tribunal de 
Ética, uma vez que foi desrespeitado o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados 
do Brasil e infringido o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, além da 
admissão dos acontecimentos pela defesa. 
 A argumentação do réu descreve que tais fatos foram alheios á sua vontade, sendo imputados 
a um terceiro elemento citado nos autos como estagiário do escritório de sua responsabilidade, 
portanto não há confissão dos atos. 
 Ainda que o Réu não admita a autoria da infração, o mesmo se declara culpado por esta, 
tendo em vista o fato de o autor ser seu aprendiz, contudo a defesa alega ainda que o autor 
desconhecia as diretrizes do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, o 
que o torna não hábil para intervir na publicidade do escritório, o que estabelece infração 
disciplinar como dispõe o Artigo 34, da Lei 8.906/94. 
Art. 34. Constitui infração disciplinar: Os meios utilizados para a 
publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz 
estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: 
(...) 
 XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP.Portanto, julgo desqualificada a ação, não cabendo nenhuma sanção administrativa para o 
Réu, partindo do princípio de congruência, descrito no Artigo 492 da Lei 13.105/15. 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da 
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em 
objeto diverso do que lhe foi demandado. 
 
Campinas, 20 de Maio de 2018. 
 
Daniele Nascimento 
___________________ 
Relatora 
 
 
 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
 Trata-se de denúncia de infração ao código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil 
apresentada pelo requerente Dr. Guilherme Gomes em face do requerido Dr. Rodrigo Camargo 
de Carvalho Bruno. 
Da denúncia apresentada: 
 Acerca da denúncia apresentada, a mesma se mostra bastante objetiva no sentido de 
apresentar detalhadamente, por meio de provas materiais e testemunhais, as infrações 
cometidas pelo requerido. No que diz respeito aos dispositivos do Código de Ética e Disciplina 
da Ordem dos Advogados do Brasil apontados pelo requerente, vale ressaltar os Artigos 39, 40 
parágrafo V e em especial o Art. 46. 
 Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter 
meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não 
podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da 
profissão. 
 Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de 
ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo 
vedados: 
(...) 
 V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, 
em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, 
publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação 
em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias 
pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; 
 Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios 
eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo. 
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como 
veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a 
destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento 
de serviços ou representem forma de captação de clientela. 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
Da defesa apresentada: 
 Logo no início da defesa, o requerido assume a existência do desvio de conduta, ocasionado 
por conta de uma má utilização de seu perfil virtual na rede social onde se deram os fatos. O 
requerido se declara culpado, com ressalvas, alegando que o responsável por publicar a oferta 
de serviços advocatícios de forma equivocada e de divulgar dos dados de contato do apelado 
com a finalidade da promoção de seu escritório de advocacia seria, por fim, seu estagiário. 
 O requerido assumiu a responsabilidade dos fatos, alegando que não houve dolo e que o fato 
se deu devido à inexperiência do estagiário em questão, Raul Seixas. Por fim o requerido solicita, 
em caso de condenação por este colegiado, que a pena seja convertida para uma advertência, 
alegando que o mesmo está agindo de boa fé em assumir o erro e dizer a verdade. 
Do voto: 
 Após analisar de forma detalhada tanto a versão do requerente, Dr. Guilherme Gomes quanto 
à versão do requerido, Dr. Rodrigo Camargo de Carvalho Bruno, fica evidente que houve de fato 
a violação dos artigos 39, 40 e 46 do Código de Ética e disciplina da Ordem dos Advogados do 
Brasil. Apesar do requerido assumir-se culpado, mesmo alegando ser seu estagiário o 
responsável pela transgressão disciplinar, o requerido acabou por ser o beneficiário direto da 
ação publicitária, uma vez que a publicação de oferta de serviços foi feita através de seu perfil na 
rede social Facebook, inclusive com o agravo de conter informações para contato. Pelo fato da 
publicação em questão estar diretamente atrelada a um caso de considerável repercussão 
nacional, fica caracterizada a conotação mercantil do ato, com a intenção de captação de 
clientela. Dessa forma, promovo o deferimento da denúncia e voto favorável à condenação do 
requerido. 
 Com relação à conversão da pena para uma advertência, acredito que tal ato não seja 
proporcional a gravidade da transgressão cometida, haja vista que a mesma está intrinsicamente 
relacionada a um caso de considerável repercussão midiática. Assim recomento que a pena 
adotada por este colegiado seja a pena de censura acompanhada de multa no valor de sete 
anuidades. Por fim recomento também a instauração de um processo disciplinar à parte, para 
investigar e julgar exclusivamente a participação do estagiário Raul Seixas neste caso, uma vez 
que o mesmo possui registro na OAB/SP. 
Campinas, 20 de Maio de 2018. 
Felipe Gregorini Lima 
___________________ 
Conselheiro 
 
 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
 
Da denúncia apresentada: 
 Trata-se de ação de representação Ética Disciplinar ajuizada contra Dr. Rodrigo 
Camargo de Carvalho Bruno, devidamente qualificado, objetivando o acolhimento e instauração 
de processo disciplinar com aplicação do Código de Ética e Disciplina da OAB. 
A parte Autora, em seu esboço, alegou em síntese, que o referido advogado se utilizou de 
sítio público denominado “Facebook” onde publicou seu êxito profissional e patrocinou o anúncio. 
Juntou provas do alegado assim como arrolou testemunhas que confirmaram o fato. 
 
Da defesa apresentada: 
 O Réu alegou em sua defesa que as postagens foram feitas pelo seu estagiário, sem o 
seu controle pessoal. 
 
Do voto: 
 É fato incontroverso na presente lide que não dúvidas quanto a prática de infração ética-
disciplinar. 
A alegação de que as postagens foram feitas pelo seu estagiário não merecem 
acolhimento uma vez que a responsabilidade objetiva do conteúdo é exclusiva do Réu, que tem 
como obrigação controlar o ato de seus subordinados. 
Portanto houve excesso da conduta consoante ao artigo 39 do Código de Ética e Disciplina 
da OAB, que prescreve: 
 Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter 
meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não 
podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da 
profissão. 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
 
 
Com efeito, as provas apresentadas nos autos não deixam dúvida do excesso, além disso, 
as testemunhas ouvidas em sede de instrução e julgamento confirmaram o excesso da 
publicidade. 
Ante o exposto, recomendo o Réu a pena de multa no valor de cinco anuidades, assim 
como instauração de processo disciplinar a fim de investigar e julgar exclusivamente a 
participação do estagiário Raul Seixas, vez que este possui registro na OAB/SP. 
 
Campinas, 20 de Maio de 2018. 
 
Leandro Rodrigues Freitas 
___________________ 
Conselheiro 
 
 
 
 
 
Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Secção de Campinas-SP. 
Acórdão: 
 Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido e extingo o processo com julgamento do 
mérito, conforme Artigo 487, I, da Lei 13.105/15. 
 Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na 
reconvenção. 
 Nos termos da fundamentação, e por maioria simples de votos, determina-se que o réu 
receba a sanção disciplinar censura em seus registros como prevê o Artigo 36, II da Lei 
8.906/94. 
Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: 
II - violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; 
 
Assim como o pagamento de multa novalor de duas anuidades, pela transgressão 
cometida. Não sendo considerado o pedido de conversão devido à gravidade dos fatos. 
Sentencia-se o réu deixar de praticar a divulgação de seus serviços advocatícios com os 
veículos de propaganda indicados na exordial imediatamente a contar do trânsito em julgado, 
sob a pena de multa no valor de uma anuidade por dia de descumprimento de ordem. 
Cumpra-se, 
Campinas, 28 de Maio de 2018. 
Nataniel Gonçalves Meira 
___________________ 
Presidente

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