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ORGÃO SOLICITADO: ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ASSUNTO: TRATA-SE DE UMA ACUSAÇÃO REFERENTE A FALTA DE ÉTICA. ACUSADO: CARLOS ALBERTO DOS SANTOS RELATÓRIO É o Relatório, passo a opinar FUNDAMENTAÇÃO A petição inicial se fundamenta nos art. 2º inc. VIII, art. 7º, art. 39º, art. 41º, art. 42 inc. V, art.46º do Código de ética e Disciplina OAB. Sendo defendido com base na fundamentação legal Art. 5º inc. LX da Constituição federal, Art. 39º, Art.44º §1 do Código de Ética e Disciplina OAB. CONSIDERAÇÕES Presente os pressupostos, é considerável dizer que a acusação é fundamentada unicamente pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, expressando-se claramente em apontar a infração cometida em face do requerido, venho ressaltar: art. 41º: As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela." “Utilizando-se da Internet, o acusado foi capaz de induzir o leitor a contratá-lo com o intuito de litigar, pois exibindo seu bom desempenho profissional, é provável que as pessoas se sintam mais confiantes em envolver-se em processos judiciais nos quais o requerido seja o advogado responsável. ” - Diante das considerações expostas, deve-se levar em conta como expoente de extrema importância para a base da acusação, que o anseio do ganho material nunca deva prevalecer diante da sobriedade em razão social do caso. A defesa se resguardou e contestou ressaltando o art. 5º inc. LX da Constituição Federal: “A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. “A publicidade processual é vedada quando o respectivo processo tratar de questões relacionadas à intimidade das partes envolvidas desde que não se sobreponha aos interesses públicos. Desse modo, na causa na qual o requerido obteve êxito que diz respeito à um acidente de trânsito de repercussão nacional, sobrepõe-se o interesse público, portanto, não deve ser considerado uma infração, pois visou informar o maior número de pessoas possíveis sobre uma causa de grande importância a todos, contradizendo o que propõe a acusação, que alega dizendo que a intenção de informar o resultado da causa era buscar vantagem financeira. Contudo, como fica visível que essa não foi a intenção, não deve ser considerada tentativa de mercantilização ou captação de clientela. ” - Ressalvo que a causa ganha pelo advogado (requerido) usada na publicação foi de grande repercussão, e o sigilo já não era cabível, pois a ação estava conclusa, e realmente era de caráter nacional e interesse público. CONCLUSÃO Ao exposto, concluo que na publicação feita pelo requerido, não é vetada a divulgação de número de telefone ou até mesmo do endereço eletrônico, asseguradas pelo próprio Código de Ética. Porém, as intenções advindas pelo requerido são expostas pela acusação com fundamentação considerável. De acordo com a competência que possuo, acolho o pedido da acusação, e proponho ao requerido a suspenção preventiva da sua atividade profissional pelo prazo de 45 dias, com base no art. 71º inc. IV do Código de Ética e Disciplina da OAB, considerando que o prazo máximo é de 90 dias. Deve também realizar cursos, palestras, seminários de natureza ética, que seja, preferencialmente, ministrado pelo próprio Tribunal de Ética e Disciplina com base no art. 71º inc. V do Código de Ética e Disciplina da OAB. Assim considero uma sanção de nível moderado, pela infração cometida, se abstendo da intenção de punição, e considerando a reabilitação da conduta do requerido. É o relatório dado: São Paulo ,02 de junho de 2018. Juiz ____________________ Peterson Arruda Roschel OAB XXXX/SP ORGÃO SOLICITADO: ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ASSUNTO: TRATA-SE DE UMA ACUSAÇÃO REFERENTE A FALTA DE ETICA. ACUSADO: CARLOS ALBERTO DOS SANTOS. RELATÓRIO É o Relatório, passo a opinar. FUNDAMENTAÇÃO A petição inicial se fundamenta nos art. 2º inc. VIII, art. 7º, art. 39º, art. 41º, art. 42 inc. V, art.46º do Código de ética e Disciplina OAB. Sendo defendido com base na fundamentação legal art. 5º inc. LX da Constituição Federal, art. 39º, Art.44º §1 do Código de Ética e Disciplina OAB. CONSIDERAÇÕES Acusação fundamentada unicamente pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, expressou-se claramente em apontar as infrações cometidas, em face do requerido, venho ressaltar que nos art. 2º inc. VIII: "O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes. Parágrafo único. São deveres do advogado: VIII - abster-se de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; - É dever do advogado manter o sigilo processual, bem como zelar pela discrição e sobriedade do caso, não podendo divulgar o resultado de seus processos com intuito de promover seus serviços, captando clientela e mercantilizando a profissão. "Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela." - Considera-se o ato do requerido como forma de incitar e persuadir o leitor a litigar, devido a insinuação de um bom serviço realizado pelo mesmo capaz de atrair clientes que buscam pleitear perante à justiça, contradizendo, assim, os princípios do artigo citado acima. A Defesa se resguardou e contestou ressaltando o art. 39º: "A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão." - Com base no artigo citado acima, a defesa classifica sua publicação como moderada. Entretanto, é visível que o requerido não se abstém de ter cometido tal ato. Contudo, de acordo com os dados postos pela acusação, é possível perceber que os dados fornecidos na referida publicação ultrapassam os limites de mera informação, classificando assim ato publicitário indevido que visa promoção profissional. CONCLUSÃO Ante o exposto julgo procedente o pedido, responsabilizando Carlos Alberto dos Santos com incurso de pena de suspensão temporária de suas atividades profissionais pelo período de 45 dias bem como passe a frequentar e conclua, comprovadamente, o curso sobre Ética Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade reconhecida pela OAB, de acordo com o art. 71º inc. IV e V, respectivamente. É o relatório dado: São Paulo, 02 Junho de 2018. Juiz ____________________ Thiago Portineli Alonso OAB:XXXX/SP ORGÃO SOLICITADO: ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ASSUNTO: TRATA-SE DE UMA ACUSAÇÃO REFERENTE A FALTA DE ÉTICA. ACUSADO: CARLOS ALBERTO DOS SANTOS RELATÓRIO E o relatório, passo a opinar. FUNDAMENTAÇÃO A petição inicial se fundamenta nos art. 2º inc. VIII, art.7º, art. 39º , art. 42 inc. V, art. 46 do Código de Ética e Disciplina OAB. Sendo defendido com base na fundamentação legal Art. 5º inc. LX da Constituição federal, Art. 39º, Art.44º §1 do Código de Ética e Disciplina OAB. CONSIDERAÇÕES Acusação é fundamentada unicamente pelo Código de Ética e Disciplina da OAB e expressou-se claramente em apontar as infrações cometidasem face do requerido, venho ressaltar que no: Art. 39º: A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão". “A publicidade feita pelo requerente não pode ser considerada moderada e meramente informativa, pois além de fazer sua divulgação em rede social, também forneceu seu endereço eletrônico e telefone para contato, e principalmente, expôs o resultado de uma causa buscando mostrar a todos seu bom desempenho como advogado, resultando em uma prática que visa atrair clientes em prol de dinheiro.” - Referente aos fatos apresentados o requerido expôs o resultado de uma causa ganha de interesse público. Porém, ele se aproveitou da oportunidade de uma causa de repercussão nacional e promoveu sua publicidade de forma contrária aos princípios éticos. A Defesa se resguardou e contestou ressaltando: "Art. 44 §1º do Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil: Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas á vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório. O horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido". “Na referida publicação feita pelo requerido, é possível notar que foram disponibilizadas apenas informações básicas em relação aos serviços do advogado em questão, como por exemplo, o e-mail, que como citado no artigo acima, pode ser fornecido na publicidade profissional que o mesmo venha a promover, tratando assim de uma publicidade moderada que visa apenas informar possíveis interessados. ” - O art. 44 §1º, permite que o advogado publique no meio virtual o seu endereço eletrônico e telefone como âmbito informativo para prestar esclarecimento de suas atividades e especializações. Entretanto, é vetado a divulgação de informação em benefício próprio visando somente o lucro. CONCLUSÃO Ante o exposto, concluo que embora o dever do requerido perante à causa ganha tenha sido cumprido, o mesmo tirou proveito da repercussão da referida causa, buscando promover-se profissionalmente. Venho diante, cumprindo as formas legais fundamentar meu voto. Considerando que a sua conduta não é idônea ao cargo de advogado, ferindo o Código de Ética e Disciplina da OAB e seus valores que visam garantir a cidadania e a moralidade, determino que o requerido frequente palestras e cursos que visam a melhoria da estruturação de sua conduta ética, e decreto a suspenção de suas atividades advocatícias no prazo de 45 dias, baseado no Art.71º inc. IV é V do Código de Ética e Disciplina OAB É o parecer. São Paulo, 02 de junho de 2018. Juíza _____________________ Mariana Barbosa de Lima OAB: XXXX/SP ASSUNTO: INFRAÇÃO DICIPLINAR DO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL/SP. REQUERENTE: LUCAS MENEZES DE ANDRADE REQUERIDO: CARLOS ALBERTO DOS SANTOS PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS SOBRE CONDUTA ANTIÉTICA. JULGAMENTO ADMINISTRATIVO. DECISÃO DISCIPLINAR. 1. De acordo com os fatos apresentados por ambas as partes foi possível perceber que o requerido infringiu o Código de Ética e Disciplina da OAB devido a intenção contida na publicação, que visava claramente a captação de clientela. Portando, o Tribunal decidiu acatar os pedidos feitos pela acusação. 2. A tese defensiva é improcedente, visto que a referida publicação deve ser considerada moderada (art. 39º do Código de Ética e Disciplina da OAB). Entretanto, não procede a contestação da defesa, pois a publicidade feita em rede social foi sugestiva buscando promover-se profissionalmente. ACÓRDÃO Acordam os Senhores Juízes do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados de São Paulo – Thiago Portineli Alonso, Mariana Barbosa de Lima, Peterson Arruda Ruschel - em NEGAR PROVIMENTO DA DEFESA, ACOLHENDO COMPLETAMENTE OS PEDIDOS DA PETIÇÃO INICIAL DE FORMA UNÂNIME. São Paulo – SP, 02 de junho de 2018. VOTOS Juiz Peterson Arruda Roschel Ao exposto, concluo que na publicação feita pelo requerido, não é vetada a divulgação de número de telefone ou até mesmo do endereço eletrônico, asseguradas pelo próprio Código de Ética. Porém, as intenções advindas pelo requerido são expostas pela acusação com fundamentação considerável. De acordo com a competência que possuo, acolho o pedido da acusação, e proponho ao requerido a suspenção preventiva da sua atividade profissional pelo prazo de 45 dias, com base no art. 71º inc. IV do Código de Ética e Disciplina da OAB, considerando que o prazo máximo é de 90 dias. Deve também realizar cursos, palestras, seminários de natureza ética, que seja, preferencialmente, ministrado pelo próprio Tribunal de Ética e Disciplina com base no art. 71º inc. V do Código de Ética e Disciplina da OAB. Assim considero uma sanção de nível moderado, pela infração cometida, se abstendo da intenção de punição, e considerando a reabilitação da conduta do requerido. É o voto. Juiz Thiago Portineli Alonso Ante o exposto julgo procedente o pedido, responsabilizando Carlos Alberto dos Santos com incurso de pena de suspensão temporária de suas atividades profissionais pelo período de 45 dias bem como passe a frequentar e conclua, comprovadamente, o curso sobre Ética Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade reconhecida pela OAB, de acordo com o art. 71 inc. IV e V, respectivamente. É o voto. Juíza Mariana Barbosa de Lima Ante o exposto, concluo que embora o dever do requerido perante à causa ganha tenha sido cumprido, o mesmo tirou proveito da repercussão da referida causa, buscando promover-se profissionalmente. Venho diante, cumprindo as formas legais fundamentar meu voto. Considerando que a sua conduta não é idônea ao cargo de advogado, ferindo o Código de Ética e Disciplina da OAB e seus valores que visam garantir a cidadania e a moralidade, determino que o requerido frequente palestras e cursos que visam a melhoria da estruturação de sua conduta ética como pede o art. 71 inc. V, se abstendo do pedido da petição inicial de suspensão da atividade profissional. É o voto. DECISÃO Deliberando sobre o pleito da acusação avaliada por um colegiado do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, promoveu a sanção de suspensão de atividade profissional do requerido pelo prazo de 45 dias, bem como exige, que o mesmo participe de cursos e palestras como medidas educacionais, que como objetivo a estruturação da conduta étic
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