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Transcrição e tradução Francisco Mônico Moreira -20.000 de genes codificadores em nosso genoma, formando 100.000 proteínas. Nesse sentido, é notório que os genes são capazes de gerar vários produtos diferentes, capacidade oriunda do processo de splicing alternativo. · Um gene pode codificar mais de uma proteína através da recomposição dos éxons e remoção dos íntrons. -Gene: trecho de DNA, com início, meio e fim, responsável por codificar proteínas funcionais e/ou RNA codificantes, formado por éxons e íntrons. · Éxons: segmentos codificantes de genes que determinam a sequência de aa. da proteína; · Íntons: regiões não codificantes, presentes no Pré-RNA, mas não no RNAm, visto que são removidas (“spliced out”). · Regulam a tradução e transcrição e, quando possuem mutações, podem gerar problemas nas proteínas que serão geradas pedaços de íntrons podem permanecer no RNAm, modificando a sequência de aa. da proteína codificada, originando uma proteína não funcional ou com funcionalidade aberrante. -Para que os íntrons sejam removidos há o splicing: · Pré-mRNA (éxons + íntrons) sofre o splicing, formando o mRNA (apenas com éxons). -RNA não codificantes (ncRNA): tRNA, rRNA, IncRNA e miRNA. · miRNA regulam a tradução de genes alvos. · Preparo e processamento do RNAm para receber a subunidade ribossômica; · · Destroem RNAm que possuem alterações não percebidas durante o processo de transcrição. Como o RNAm é processado antes de sair do núcleo? -Durante sua formação, há ocorrência de processos cotranscricionais, como o splicing e a formação de uma capa na extremidade 5’ (guanina modificada) e uma cauda de adenina na extremidade 3’ ao final do processamento (estabiliza o RNAm e o transporta para o citoplasma), necessários para preparar o RNAm para seu estágio final e sua proteção no interior do núcleo. -As funções do DNA e RNA baseiam-se em 2 princípios: · A complementariedade das bases determina a sequência do novo filamento de DNA na replicação e do RNA na transcrição fidelidade entre a sequência/informação do DNA e a fita a ser produzida; · Algumas proteínas reconhecem sequências de bases especificas no DNA. Essas proteínas unem-se a tais sequencias e atuam nelas não ocorre transcrição sem a presença de fatores de transcrição (atrai a RNA polimerase). Transcrição: -Ocorre no núcleo e é controlada por processos epigenéticos. -O processo de transcrição ocorre a partir de um complexo enzimático, formado pela RNA polimerase, o qual realiza todas as funções. -RNA polimerase: enzima com muitos sítios ativos, responsável por diversos processos. Depende do íon Mg2+. · Desenrola e abre a dupla hélice; · Sintetiza o RNAm; · Une os ribonucleotíedeos formados ao DNA; · Enrola a dupla hélice novamente. Tipos de RNA polimerase: -RNA polimerase 1: transcreve genes de RNAr, atuando no nucléolo. · No interior da célula os genes estão localizados em regiões pré-definidas no núcleo. No nucléolo o NOR (regiões organizadoras de nucléolo) é o local onde o rRNA é codificado pela RNA polimerase 1. Nesse local, o rRNA se junta a proteínas e formam as subunidades ribossômicas. -RNA polimerase 2: transcrição do RNAm. · Fatores Gerais de Transcrição (GTF): proteínas que estão ligadas a região promotora dos genes, para o início da função da RNA polimerase 2. Vale salientar que não participam da síntese de RNA em si, apenas do reconhecimento do promotor e atração da RNA polimerase 2; · Essa enzima funciona apenas em conjunto com o GTF, visto que, sozinha, não reconhece a região promotora do gene. -RNA polimerase 3: transcreve os pequenos RNA funcionais (tRNA e snRNA). -Todo gene apresenta um ínicio, meio e fim. · Início: região promotora; · Meio: sequência TAC começa o gene; · Fim: código de parada + sinal de poliadenilação. · DNA código; · RNAm códon; · RNAt anti-códon. Região promotora: -Na região promotora há um local chamado de TATA box, a qual atrai a Proteína Ligadora do TATA box, responsável por atrair fatores de transcrição (os GTF). Por sua vez, os fatores de transcrição atraem químicamente a RNA polimerase 2 esse conjunto de proteínas pode ser chamado de Complexo de Pré-iniciação. -A RNA polimerase precisa ser atraída quimicamente, processo que ocorre pelas proteínas anteriormente ligadas a região TATA box. No entanto, essas proteínas não participam do processo de transcrição, apenas a RNA polimerase 2. -O início da transcrição (alongamento) ocorre a partir do reconhecimento da sequência TAC, não no momento da formação do complexo de pré-iniciação. -Por fim, vale salientar que a região promotora serve apenas para o posicionamento correto da RNA polimerase, não fazendo parte da transcrição. Se ocorrer uma mutação nessa região, qual processo será formado? -Uma mutação na região promotora resulta no silenciamento do gene, visto que ela é necessária para que ocorra a transcrição, em virtude de ser essencial para o posicionamento da RNA polimerase 2. Fases da transcrição: -Pré-iniciação: corresponde a todo o processo da formação do Complexo Pré-Iniciação. -Iniciação: o início da transcrição se dá no momento que a RNA polimerase 2 se separa do GTF. Nesse instante, ela se move 30 bases e reconhece a sequência TAC, iniciando a transcrição. -Alongamento: deposição dos ribonucleotídeos até encontrar a sequência de parada. · O que a RNA polimerase 2 usa para formar os ribonucleotídeos? · Usa os NTP, tirando 2 fosfatos da molécula e usando a energia de sua ligação, sobrando NMP (monofosfato). -Término: o alongamento continua até a RNA polimerase 2 reconhecer sequências especiais de término de cadeia, finalizando o processo nesse instante. · Sequencia de parada: AAUAAA ou AUUAAA; · Essas sequências são chamadas de sinal de poliadenilação adição de adeninas, formando a cauda poliA (estabiliza o RNAm e impede a degradação de endonucleases). Quais são os 3 processamentos, em ordem, que envolvem o pré-RNAm, que muitas vezes estão envolvidas com mutações no gene? 1. Acréscimo de um revestimento (cap) na ponta 5’; a. Protege o RNA da degradação por endonucleases; b. Sinaliza para a tradução do mRNA. 2. Splicing para eliminar os íntrons; 3. Acrescimento de uma cauda poliA de nucleotídeos adenina (poliadenilação) na extremidade 3’. a. Transporte e estabilidade do mRNA sem a cauda ele não é reconhecido e transportado para o citoplasma, sendo degradado no núcleo. -Splicing alternativo: está envolvido com a capacidade do gene codificar mais de uma proteína. Tradução: -Acontece no citoplasma. · Início: reconhecimento da sequência AUG (metionina); · Alongamento: aminoácidos são adicionados a cadeia polipeptídica; · Término: o ciclo continua até que o códon no primeiro sítio do ribossomo (sítio A) seja um dos três códons de fim (UGA, UAA e UAG). No entanto, não há reconhecimento das trincas de parada pelos tRNA, mas sim por fatores de liberação, que reconhecem o códon de fim. -Polissomo: junção do mRNA + unidades ribossômicas (unidos apenas quando há RNAm no citoplasma). -RNAt: lê os RNAm e transporta aminoácidos (anticódons) aos ribossomos. · Sua estrutura possui especificidade entre o códon do mRNA e o aminoácido que ele designa. -RNAr: realiza a formação das ligações peptídicas papel de enzima, catálise das ligações. · Sítio A: acel, entra o transportador com aa. · Sítio P: fica a cadeia peptídica nascente. · Sítio E: exit, ocorre a saída do transportador. -Mais de um códon pode gerar o mesmo aminoácido auxilia na prevenção de alterações nas cadeias da proteína, mesmo com alterações na cadeia de DNA. -A proteína pode ser codificada de 2 formas: nos ribossomos livres e/ou nos ligados ao RER. · As proteínas são inativadas após sua tradução, visto que devem ser modificadas para sua correta função; · As chaperonas são proteínas de controle de qualidade, que podem fosforilar ou ubiquitinar as proteínas. · Fosforilação: são ativadas e encaminhadas para os locais onde irão realizar sua função. Ocorre quando ela não possui defeitos; · Ubiquitinação: quando as proteínas formadas possuem erros elas passam por esse processo e são degradadas(em caso de mutação, pode ocorrer ubiquitinação de proteínas saudáveis, resultando em problemas para o indivíduo). Transcrição e tradução Francisco Mônico Moreira - 20.000 de genes codificadores em nosso genoma, formando 100.000 proteínas. Nesse sentido, é notório que os genes são capa zes de gerar vários produtos diferentes , capacidade oriunda do processo de splicing alternativo . · Um gene pode codificar mais de uma proteí na através da recomposição dos éxons e remoção dos íntrons . - Gene : trecho de DNA , com in ício, meio e fim, responsável por codificar proteínas funcionais e/ou RNA codificantes, formado por éxons e íntrons. · Éxons : segmentos cod ificantes de gene s que determinam a sequ ência de aa. da proteína ; · Íntons : regiões não codificantes, presentes no Pré - RNA, mas não no RNAm, visto que são removidas ( “ spliced out ” ). o Regulam a tradução e transcrição e , q uando possuem mutaç ões, podem gerar problemas nas p roteínas que ser ão gerada s à pedaços de íntrons podem permanecer no RNAm, modificando a sequ ê ncia de aa . da proteína codificada , originando uma proteína não funcional ou com funcionalidade aberrante . - Para que os íntrons sejam removidos há o splicing: · Pré - mRNA (éxons + íntrons) sofre o splicing, formando o mRNA (apenas com éxons). - RNA não codificantes (ncRNA): tRNA, rRNA, IncRNA e miRNA. · miRNA regulam a tradução de genes alvos . o P reparo e process amento do RNAm para receber a subunidade ribossômic a; o o D estroem RNAm que possuem alterações não percebidas durante o processo de transcrição . Como o RNAm é processado antes de sair do núcleo? - Durante sua formação, há ocorrência de processos cotranscricionais, como o splicing e a formação de uma ca pa na extremidade 5’ (guanina modificada) e uma cauda de adenina na extremidade 3’ ao final do processamento (estabiliza o RNAm e o t ransporta para o citoplasma) , necessários para preparar o RNAm para seu estágio final e sua proteção no interior do núcleo. - As funções do DNA e RNA baseiam - se em 2 princípios : · A complementariedade das bases determina a seq uência do novo filamento de DNA na replicação e d o RNA na transcrição à fidelidade entre a sequência /informação d o DNA e a fita a ser produzida; · Algumas proteínas reconhecem sequências de bases especificas no DNA. Essas proteínas unem - se a tais sequencias e atuam nel as à não ocorre transcrição sem a presença de fatores de transcrição (atrai a R NA polimerase). Transcrição e tradução Francisco Mônico Moreira -20.000 de genes codificadores em nosso genoma, formando 100.000 proteínas. Nesse sentido, é notório que os genes são capazes de gerar vários produtos diferentes, capacidade oriunda do processo de splicing alternativo. Um gene pode codificar mais de uma proteína através da recomposição dos éxons e remoção dos íntrons. -Gene: trecho de DNA, com início, meio e fim, responsável por codificar proteínas funcionais e/ou RNA codificantes, formado por éxons e íntrons. Éxons: segmentos codificantes de genes que determinam a sequência de aa. da proteína; Íntons: regiões não codificantes, presentes no Pré-RNA, mas não no RNAm, visto que são removidas (“spliced out”). o Regulam a tradução e transcrição e, quando possuem mutações, podem gerar problemas nas proteínas que serão geradas pedaços de íntrons podem permanecer no RNAm, modificando a sequência de aa. da proteína codificada, originando uma proteína não funcional ou com funcionalidade aberrante. -Para que os íntrons sejam removidos há o splicing: Pré-mRNA (éxons + íntrons) sofre o splicing, formando o mRNA (apenas com éxons). -RNA não codificantes (ncRNA): tRNA, rRNA, IncRNA e miRNA. miRNA regulam a tradução de genes alvos. o Preparo e processamento do RNAm para receber a subunidade ribossômica; o o Destroem RNAm que possuem alterações não percebidas durante o processo de transcrição. Como o RNAm é processado antes de sair do núcleo? -Durante sua formação, há ocorrência de processos cotranscricionais, como o splicing e a formação de uma capa na extremidade 5’ (guanina modificada) e uma cauda de adenina na extremidade 3’ ao final do processamento (estabiliza o RNAm e o transporta para o citoplasma), necessários para preparar o RNAm para seu estágio final e sua proteção no interior do núcleo. -As funções do DNA e RNA baseiam-se em 2 princípios: A complementariedade das bases determina a sequência do novo filamento de DNA na replicação e do RNA na transcrição fidelidade entre a sequência/informação do DNA e a fita a ser produzida; Algumas proteínas reconhecem sequências de bases especificas no DNA. Essas proteínas unem-se a tais sequencias e atuam nelas não ocorre transcrição sem a presença de fatores de transcrição (atrai a RNA polimerase).
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