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pós modernismo

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PÓS MODERNISMO BRASILEIRO 
E 
POESIA CONCRETA
PÓS MODERNISMO
POESIA CONCRETA
INÍCIO DA POESIA CONCRETA
Revista Noigandres
Haroldo de Campos, Décio Pignatari (centro) e Augusto de Campos (direita), nos anos 50
OFICIALIZAÇÃO NO BRASIL
Exposição Nacional de Arte Concreta, 1956, realizada no Museu de Arte Moderna em São Paulo. 
"Esse foi o primeiro encontro nacional das artes de vanguarda realizado no país, tanto no que se refere às artes visuais quanto à poesia concreta". - Décio Pignatari 
1961, poema concretista paulista; 
Desconstrução da estrutura.
Öyvind Fahlström: 
Eugen Gomringer:
Primeira Guerra, Segunda Guerra e Guerra Fria;
Revolta, insegurança, patriotismo, esperança, raiva, desespero, sofrimento e reflexão na arte. 
CONTEXTO HISTÓRICO:
Juscelino Kubitschek;
Investimentos em Brasília, maquinários, automóveis;
Progresso → “50 anos em 5”.
CONTEXTO HISTÓRICO:
Plano musical: Bossa Nova;
Plano cinematográfico: cinema novo;
Artes cênicas: teatro de arena;
Literatura: vanguarda concreta na poesia..
Teatro de Arena em Ribeirão Preto
ASPECTOS CULTURAIS NO BRASIL
Contexto histórico do pré-modernismo
•Na Europa;
•No Brasil.
No Nordeste
Autores e principais obras do pré-modernismo no Brasil
Euclides Da Cunha;
Lima Barreto;
Graça Aranha; 
Monteiro Lobato; 
Augusto dos Anjos.
É possível apontar as seguintes características pré-modernistas em suas obras:
o nacionalismo (de caráter crítico),
as críticas sociais,
a análise de questões raciais (muitas vezes, em diálogo com o naturalismo),
a crítica ao romantismo.
Augusto Dos Anjos
 o único poeta poeta do pré-modernismo
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
O mundo pós-moderno mescla os estilos, o real e imaginário, além de explorar as pluralidades sociais. É desta forma que as artes desse movimento acabam por se desenvolverem. Algumas das características da arte pós-moderna são: 
 • Exploração do humor, do lúdico e da metalinguagem; 
• Ligação entre linguagem artística com realidade multifacetada; 
• Fragmentada, híbrida, sem hierarquia; 
• Desconstrução de valores e pluralização dos gêneros; 
• Espetacularização social, ou seja, transformar todos os aspectos do cotidiano um espetáculo; 
• Abandono de suportes tradicionais; 
• Uso das mídias e tecnologias para a composição de peças.
Gêneros Literários 
Prosa:
A prosa pós-modernista foi marcada por três temas bem fortes, são eles:
Análise Psicológica
Realismo mágico
Regionalismo
Crônica: A crônica teve um lugar especial no período pós-modernista.
Poesia: A poesia pós-modernista também não teve apenas uma forma
Poesia Concretista: O objetivo dessa vertente poética era perpetuar a liberdade formal da escrita.
Características da poesia concreta: 
 Abolição do verso tradicional, sobretudo através da eliminação dos laços sintáticos, como, por exemplo, as preposições, conjunções, pronomes, etc. Nesse sentido, o intuito era gerar uma poesia objetiva, concreta, feita quase tão somente de substantivos e verbos. 
 Utilizar uma linguagem necessariamente sintética, dinâmica, homóloga à sociedade industrial. Por exemplo: “A importância do olho na comunicação mais rápida (…), os anúncios luminosos, as histórias em quadrinhos, a necessidade do movimento (...)”. 
 Utilização de paronomásias, neologismos, estrangeirismos; separação de prefixos e sufixos. Além da repetição de certos morfemas e a valorização da palavra solta (som, forma visual, carga semântica) que se fragmenta e recompõe na página. 
 O poema transforma-se em objeto visual, valendo-se do espaço gráfico como agente estrutural. Ou seja, o uso dos espaços brancos, de recursos tipográficos, etc. Logo, o poema deverá ser simultaneamente lido e visto.
Dentre os principais autores deste período estão: 
João Guimarães Rosa;
Clarice Lispector;
Nelson Rodrigues;
Adélia Prado, Autran Dourado;
Haroldo de Campos;
 João Ubaldo Ribeiro;
 João Cabral de Melo Neto;
Mário Quintana.
João Guimarães Rosa 
De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de difícil, peixe vivo no moquém: quem mói no aspro não fantasêia. Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei nesse gosto de especular idéia. O diabo existe e não existe. Dou o dito. Abrenúncio. Essas melancolias. O senhor vê: existe cachoeira; e pois? Mas cachoeira é barranco de chão, e água caindo por ele, retombando; o senhor consome essa água, ou desfaz o barranco, sobra cachoeira alguma? Viver é negócio muito perigoso... (p. 26).
O diabo existe e não existe
Clarice Lispector
“O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal.”
Poesia Concreta
Os principais autores são:
 Augusto de Campos;
Haroldo de Campos;
Décio Pignatari;
Ronaldo Azeredo
Augusto de Campos.
Décio Pignatari

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