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CRESCIMENTO INFANTIL Conceitos Crescimento • É o aumento físico do corpo como um todo ou em suas partes. • Fenômeno quantitativo que ocorre quando a célula se divide e sintetiza novas proteínas provocando um aumento no tamanho (hipertrofia) e em número(hiperplasia) das células. Fatores que influenciam o crescimento MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Peso Corporal Recomenda-se que até dois anos a criança deverá estar totalmente despida! Nascimento: média 3kg meninas /3,5kg meninos Perda de 10% do peso do nascimento 4-5 meses: duplica peso nascimento Final 1 ano: triplica Final 2 anos: quadruplica 4-5anos: quintuplica Após 2 anos: média é de 2 a 3 kg por ano Adolescência: aumento de 20kg rapazes e 15kg moças. Perímetro cefálico: crescimento cerebral • Depende do tamanho do cérebro, espessura do crânio e couro cabeludo • Auxilia no diagnóstico de macrocefalia, microcefalia, hidrocefalia Ao nascimento: 32 a 38cm (Maior perímetro do RN) • Cresce 20cm até idade adulta 50% até 6 meses (10 cm) 75% até 20 anos (15 cm) Colocar dados no gráfico! Medir com fita métrica - passar a fita pela protuberância occipital e pela região mais proeminente da fronte Perímetro torácico: crescimento e funcionamento dos órgãos do tórax Deve ser relacionado com medida de PC • PC > PT - ao nascimento • PC = PT - entre 3 e 6 meses • PT > PC - a partir de 12m Idade escolar é 5 a 6 cm maior que PC Como mensurar? Criança sentada ou deitada Pontos de reparo: altura dos mamilos ou apêndice xifóide Medir entre a inspiração e expiração não forçadas, com a fita sobreposta não firme Altera-se na má nutrição e problemas cardíacos • Deve-se passar a fita na linha dos mamilos. Anotar todos os dados para comparação com avaliações futuras • Crescimento linear (estatura)- altura final do indivíduo é o resultado da interação entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Estatura • comprimento para crianças menores de 2 anos de idade (mensuração -criança deitada) e ; • altura a partir dos 2 anos de idade (mensuração- criança/adolescente/adulto em pé). O termo estatura é usado para representar genericamente ambos, altura e comprimento. Estatura = Comprimento (em menores de 2 anos) • O comprimento cabeça- calcanhar é medido com a criança em decúbito dorsal horizontal, devendo-se estender a perna completamente para a mensuração. Estatura = Altura (em maiores de 2 anos) • A Altura cabeça- calcanhar é medida com a criança ou adolescente descalço, em pé, devendo estar com os membros inferiores unidos e a cabeça ereta. Crescimento do Adolescente • Durante a puberdade, o adolescente cresce um total de 10 a 30 cm (media de 20 cm). • Cerca de 10 cm/ano para o sexo masculino e 9 cm/ano para o sexo feminino. • A velocidade máxima de crescimento geralmente entre 13 e 14 anos no sexo masculino e 11 e 12 anos no sexo feminino. • Após a menarca, as meninas crescem, no máximo, de 5 a 7 cm. Estatura Medida ao nascer • 50cm Final do 1º ano • aumento 25cm A partir 2a • 50% da altura adulta A partir 3a • aumento de 5 a 6cm /ano Adolescência: • 20cm rapazes e 16cm moças MECANISMOS DE AVALIAÇÃO Avaliação: Utilização de Padrões • NCHS (1977) • Atuais: • CDC 2000 : P/I, E/I, IMC/I (EUA) • OMS 2006;2007: P/I, E/I, P/E, IMC/I (Brasil, Gana, Índia, Noruega, Omã e EUA) Estatura e Peso MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. MECANISMOS DE AVALIAÇÃO • PESO E ESTATURA • DADOS ANTROPOMÉTRICOS EM PERCENTIL • O percentil 50 corresponde ao valor abaixo do qual se encontra 50% da população de referência - o mesmo conceito se aplica para os percentis 10 e 3 - numa população “normal”, respectivamente 10% e 3% das crianças apresentam indicadores abaixo desses valores, a mesma interpretação valendo para os percentis 90 e 97%. • Os pontos de corte para o ministério da saúde como limite inferior e superior no cartão da criança são os percentis 10 e 97 respectivamente. A criança está adequada se tiver com peso entre estes dois limites. O mesmo raciocínio vale para altura. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2015 • Os pontos de corte utilizados nas distintas curvas estão representados em escores z, que indicam unidades do desvio padrão do valor da mediana (escore z 0), cujas correspondências em percentis são: Entendendo os gráficos • O crescimento individual das crianças pode ter uma grande variação. • Várias medidas de crescimento colocadas como pontos no gráfico ao longo do tempo e unidas entre si formam uma linha. • Essa linha representa o crescimento da criança, ou seja, sua curva de crescimento, que sinaliza se a criança está crescendo adequadamente ou não. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Peso elevado Peso muito baixo Interpretando os gráficos • A linha verde corresponde ao escore z 0. • As outras linhas indicam distância da mediana. • Um ponto ou desvio que esteja fora da área compreendida entre as duas linhas vermelhas indica um problema de crescimento. • A curva de crescimento de uma criança que está crescendo adequadamente tende a seguir um traçado paralelo à linha verde, acima ou abaixo dela. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Interpretando os gráficos • Qualquer mudança rápida nessa tendência (desvio da curva da criança para cima ou para baixo do seu traçado normal) deve ser investigada para determinar a causa e orientar a conduta. • Um traçado horizontal indica que a criança não está crescendo, o que necessita ser investigado. • Um traçado que cruza uma linha de escore z pode indicar risco. • O profissional de saúde deve interpretar o risco baseado na localização do ponto (relativo à mediana) e na velocidade dessa mudança. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Uso das tabelas para o cálculo do IMC • Para facilitar o preenchimento do gráfico de IMC, utilize as tabelas de cálculo do IMC. • O IMC é dado pelo cruzamento do valor aproximado do peso da criança com o valor aproximado de comprimento/altura. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. EXERCICIO CURVA DE CRESCIMENTO 1. Construa e analise o canal de crescimento da criança abaixo, descrevendo o crescimento durante os meses em que foi acompanhada nas consultas de enfermagem: Em 30 de março de 2010 nasceu Guilherme, com 3500 kg. Após ao nascimento foi pesado em várias consultas de enfermagem e foram obtidos os seguintes dados: • 30/03/2010 – 3500 kg • 25/04/2010 – 4320 kg • 28/05/2010 – 5030 kg • 30/06/2010 – 6000 kg • 24/07/2010 – 6400 kg • 29/08/2010 – não compareceu (hospitalizado) • 24/09/2010 – 4800 kg • 20/10/2010 – 5100 kg • 22/11/2010 – 7000 kg • 29/12/2010 – 7800 kg • 20/01/2011 – 8590 kg • 26/02/2011 – 9000 kg Leitura recomendada: Cap- 7- Monitorização do Crescimento- pag. 107 a 113. Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento Brasília : Ministério da Saúde, 2012.(Cadernos de Atenção Básica, nº 33) Referências • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da criança: acompanhamento do crescimentoe desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. • Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento Brasília : Ministério da Saúde, 2012.(Cadernos de Atenção Básica, nº 33) • Bretâs JRS, QUIRINO MD, SILVA CV, SABATES AL, RIBEIRO CA, BORBA RIH, ALMEIDA FA, Saparolli ECL . Manual de exame físico para a prática de enfermagem em pediatria. São Paulo: 3 ed. Iátria, 2013. • Fujimori E, Ohara CVS (Org.). Enfermagem e a Atenção Primária à Saúde da Criança. 1 ed. Barueri: Manole, 2009. • Wong fundamentos de enfermagem pediátrica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006. • Marcondes E, Setian N, Carrazza FR. Desenvolvimento físico (crescimento e funcional da criança. In: Marcondes E et all. Pediatria Básica. 9ªed. São Paulo: Sarvier, 2002. p.23-36.