Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Radiografia torácica 2 métodos predominates: raio-x tórax e TC de tórax • Raio-X: exame de triagem Exames da mesma pessoa Raio-X: sem muitas alterações, sem consolidação TC: com alterações, circulares Incidências principais • Póstero-anterior (PA)*: Raio bate na região posterior e atravessa até a frente; paciente de costas; - Faz em PA para o coração ficar mais próximo e, assim, não ficar aumentado. • Perfil*: faz do lado esquerdo • AP: raio bate na frente até as costas – em paciente acamados, crianças; situação em que não é possível fazer PA • Sempre pedir mais de uma incidência • Outras incidências: - Decúbito lateral com raios horizontais (Hjelm-Laurell): para analisar derrame pleural - Ápico-lordótica: para avaliar melhor o ápice do pulmão; essa incidência exclui a clavícula. Segunda imagem: solicitou decúbito lateral com raios horizontais -> derrame pleural foi detectado = derrame escorreu Técnica (interpretar a técnica) 1. Penetração • Na penetração adequada vê-se: - A coluna não é toda nítida - As vértebras cervicais são melhores visualizadas - No meio do tórax as vértebras começam a apagar • Analisar a trama vascular: - É preciso ver as tramas vasculares (vasos pulmonares) • Quando pouco penetrado: muito branco - Não vê coluna - Trama vascular ainda visível • Muito penetrado - Não vê trama vascular - Coluna muito visível 2. Inspiração • Avaliar se está bem insuflado – normal - Contar arcos costais posteriores: 8 a 11 - Arcos costais anteriores: em torno de de 6 a 8 - Hemicúpula – perto da borda inferior do coração • Hiperinsuflado: - Acima de 11 - Retificação da hemicúpula diafragmática - Pct com alguma doença: DPOC • Hipoinsuflado - Hemicúpula muito para cima; metade do coração - <8 - Pct não inspirou direito 3. Posição • Ver se o paciente não está rodado - Distancia entre as clavículas: traça uma linha reta e vê a distância. Deve estar equidistante 4. Angulação Normal Pouco penetrado Muito penetrado • • • Pode estar caído para um lado Ápico-lordótica é angulada Paciente rodado (a linha fica muito mais próxima da direta da imagem) e angulado Normal – Mostra os arcos Hiperinsuflado Anatomia • Hemicupula direita mais elevada que a esquerda • Transição do arco aórtico para coração: tronco da artéria pulmonar • Ventrículo direito sempre em contato com a parede anterior do tórax • Se o hilo estiver aumentado – “em batata” – suspeitar de linfonodomegalia • Coluna torácica: avaliar lesões ósseas, metástases • RS – Espaço retroesternal: espaço entre o coração e parede torácica. - OBS: Se tiver alguma massa vai obliterar esse espaço (lesão de mediastino) - Se ele estiver aumentado = sinal de hiperinsuflaçao pulmonar - Não deve ser >3cm - >3cm (5/6): pulmão hiperinsuflado • RV: ventrículo direito – em contato com a parede anterior do tórax • • RPA- artéria pulmonar direita – branco mais superior LPA- artéria pulmonar esquerda – branco mais baixo • • • pulmonar Sai pelo VD: tronco da artéria pulmonar VD: sempre anterior Tronco da artéria pulmonar alargado: hipertensão • Posterior (III) : Coluna para tras - Pode ter tumor neural (Ex: Xivanoma) - Lesao de vertebras - Hematopoese extramedular • Mediastino anterior (I) : Desde da linha retrocardiaca. - Tem o coração, linfonodos - Massas que podem ser encontradas (5 T’s) : Timoma (Timo), Terrivel linfoma, Teratoma, Tumor germinativo, Tireoidopatia (Devido ao bócio mergulhante), Toracica-aorta (aorta torácica). • Medio (II) : Vai da linha retrocardiaca ate a linha paravertebral posterior. - Tem linfonodos, esôfago, aorta descendente, traqueia. • PA: Mediastino alargado • PERFIL: Espaço retroesternal diminuído (Seta vermelha) Áreas ocultas • Existem algumas áreas que precisam de atenção porque a patologia nessa área pode ser ignorada • Ápices pulmonares – clavículas ficam em cima • Zonas dos hilos (circulado de verde) • Zona retrocardíaca (amarelo) Deve-se pedir perfil • Zona das cúpulas diafragmáticas: há parte do pulmão atrás delas. Tem volume pulmonar atras das cúpulas Volume pulmonar atrás das cúpulas • Coluna tem que ficar branca(radiopaca) em cima e ao descer, fica escura (radioluscente) - Há menos parênquima pulmonar em cima: parênquima é preto, se tem pouco, fica branco (radiopaca) • Na seta da segunda imagem: SINAL DA COLUNA - Há área branca. Deveria estar preta • Interpreta de acordo com a clínica • Para avaliar parênquima, mas algumas lesões ósseas podem mimetizar o sinal • 1 seta: há lesão no parênquima - FAZ perfil: lesão é visualizada próxima da coluna, mas é no parênquima Armadilhas 1. Vaso x nódulos • Não é sinal da coluna(algo no parênquima). É lesão degenerativa da coluna/osteófitos. Bico de papagaio • Na seta: área nodular • Área pulmonar abaixo da cúpula com área nodular • Mais próximo do hilo: artérias mais calibrosa - Comparar a estrutura com o calibre das artérias proximas • Mais longe: mais finas • Se vê nódulo nas duas incidências – provavelmente • Se for vaso, no perfil a bolinha desaparece ou fica alongado • Brônquio e vaso têm calibres parecidos: na seta é artéria com calibre parecido com o do brônquio (ao lado) - Se maior o calibre provavelmente é vaso • Se é um nódulo maior que as estruturas/vasos adjacentes = provavelmente é nódulo • Se estrutura perto da pleura: provavelmente é anômala; não há artérias próximas a pleura 2. Fissura/lobo acessório da veia ázigos (seta vermelha da primeira imagem) = não é nódulo • Veia ázigos passa próxima a pleura, 3. Tumor do estudante normalmente; Tem aspecto de lagrima com um rabinho. • Quando há variação anatômica ela tem trajeto como da segunda imagem (TC) – lobo acessório da veia ázigos (estrela azul ). • Irregular, esclerótico, bilateral • É Alteração degenerativa costoclavicular/ costoesternal • Exatamente na estrutura óssea • A primeira articulação costoesternal pode ter alterações degenerativas e ficar bastante esclerótica, e com osteófitos; tais achados podem simular nódulos nos ápices pulmonares. • Para distinguir tumor do estudante dos nódulos em ápices pulmonares, observa-se: - Topografia/localização exata dessas opacidades; - As opacidades/alterações degenerativas do “tumor do estudante” estão presentes na 1a articulação costoesternal (articulação do primeiro arco costal com esterno), e pode ainda haver extensão até junção costoclavicular (primeiro arco costal com clavícula); - Pode haver osteófitos marginais. - Na dúvida, pode-se fazer radiografia com incidência ápico-lordótica, para “tirar” as clavículas do campo em ápice pulmonar – tal incidência é realizada na suspeita de nódulos em ápices pulmonares (caso seja nódulo, estará presente no parênquima pulmonar, abaixo de onde as costelas foram “retiradas”). Achados • Pneumopatias intersticiais – fibrose pulmonar idiopática, pneumonia intersticial usual. 6. Sinal do broncograma aéreo • Relaciona-se com consolidação (preenchimento total dos alvéolos): • Os alvéolos estão preenchidos/acometidos (opacidade de padrão alveolar), mas os brônquios estão pérvios (cheios de ar, sem alterações, pretos), é um sinal de consolidação. • Relaciona-se com acometimento alveolar e não intersticial. • Relacionado com Pneumonia*, Hemorragias alveolares Atelectasia x derrame pleural • Pulmões esquerdos completamente preenchidos; • Não se vê broncograma aéreo, dessa forma, não há consolidação; • Imagem da direita: - Estruturas do mediastino desviadas para o mesmo lado: atelectasia - Espaços intercostais diminuídos porque o pulmão colaba - No pulmão contralateral: hipertransparente • Imagem da esquerda: - Estruturas desviadas para o lado contralateral: derrame pleural - Espaços intercostais alargados - Pulmão contralateral: menos transparente 1. **Padrão Alveolar: • Pálido • Alvéolo preenchido de líquido, pus – fica opaco • Aspecto Algodonado – parece um “algodão” • Padrão de pneumonia 2. **Padrão Intersticial • Interstício: é o tecido conectivo que sustenta o parênquima pulmonar. • Padrão de linhas, septos 3. Padrão reticular: linhas heterogêneas, com septos e traves; 4. Padrão nodular*: vários micronódulos de distribuição randômica– como múltiplas metástases nodulares (parece o padrão de tuberculose miliar); 5. Padrão reticulonodular: mistura do que é encontrado dos dois padrões acima (septos, traves e micronódulos). • Esquerda: derrame pleural - EIC alargados a esquerda da imagem - Traqueia desviada para o lado oposto • Direita: Atelectasia - EIC reduzidos Tumor Fantasma • Estrutura, principalmente a direita, no terço médio, horizontal e com duas pontas “biquinhos” • É um derrame intercisura • Líquido entre as fissuras (horizontal**, oblíqua). • As fissuras são uma continuação da pleura, dessa forma, quando há derrame pleural, pode haver derrame intercisural (derrame loculado entre as cisuras). • Aspecto nodular em forma de limão, no terço médio do pulmão, homogêneo. - “biquinhos nas laterais” Pneumotórax • Ar dentro da pleura – no espaço interpleural; • Sinais: Pulmão colabado, alargamento dos EIC • Marco do pneumotórax: Não há visualização de trama vascular porque está colabado • Pulmão acometido muito hipertransparente • Na seta: pulmão colabado Enfisema lobar congênito / Síndrome do pulmão hipertransparente • Rx de recém-nascido • Presença de trama vascular, mesmo no lobo superior do pulmão esquerdo (que está mais hipertransparente preto) – não é pneumotórax. • Doença que acomete recém-nascidos. Há má formação congênita (lobo superior do pulmão esquerdo), com presença de trama vascular. • Não há desenvolvimento total pulmonar. O lobo pulmonar se torna hiperinsuflado, cheio de ar, como se tivesse aprisionamento de ar; torna-se mais radiotransparente. • O parênquima adjacente é normal, nos lobos não acometidos. • Não se observa o componente de destruição enfisematosa Calcular tamanho da área cardíaca/ Índice cardiotorácico. • Passar linha no maior eixo cardíaco, essa medida deve ser menor que a metade da medida torácica (maior eixo da caixa torácica que é na base). • Não é medido em AP porque superestima a medida • Quando há área cardíaca aumentada, não pode-se dizer que é uma cardiomegalia porque esse aumento pode ser decorrente de um derrame pericárdico. Deve-se descrever como “área cardíaca aumentada”. • Criança: considera que o coração deve ser até 60% do tamanho da caixa torácica. Sinais radiológicos 1. Sinal do Crescente: Bola fúngica • Opacidade regular homogênea, com contorno radiotransparente (mais preto), representando uma cavitação (preto) com bola fúngica (principalmente: aspergillus) que cresceu dentro. • O contorno da opacidade nodular é aerado • Bolo fúngica de aspergiloma • Geralmente nos ápices mas pode ocorrer em qualquer lugar 2. Sinal do S de Golden • Pensar em tumor endobrônquico que acomete o lobo superior • Fissura desviada cranialmente em forma de S com lobo superior totalmente atelectasiado devido a obstrução de brônquio lobar devido a tumor. • Traqueia desviada para o mesmo lado devido a atelectasia • Opacidade que vela o ápice superior do pulmão direito (lobo superior direito); - Tal velamento forma uma “ondulação” /”S invertido” no resto do pulmão; - Representa atelectasia do lobo superior direito, a fissura é deslocada para cima (atelectasia puxa tudo); 3. Sinal de Luftsichel (Muito raro) – Não é importante estudar • Surge na radiografia como radiotransparência com morfologia crescente próxima ao botão aórtico e correspondendo ao segmento superior do lobo inferior esquerdo hiperinsuflado. • Lobo superior atelectasiado -> ficou opaco. Ele puxa o lobo inferior, expandindo-o. • O lobo inferior em seu segmento superior tenta compensar e acaba sendo hiperinsuflado. - Isso faz com que empurre a atelectasia e poupe a área próxima ao botão aórtico que apresenta-se com ar, radiotransparente com morfologia em crescente. 4. Sinal do diafragma contínuo: pneumomediastino • Normalmente, não se vê linha contínua do diafragma. • Na grande maioria das vezes, indica PNEUMOMEDIASTINO. • Há discreta radiotransparência entre o coração e o diafragma. • A linha diafragmática é contínua, o que não ocorre na radiografia normal, em que a área cardíaca impede tal achado porque está em contato com o diafragma. O ar faz com que ocorra essa continuidade. - No sinal do diafragma contínuo, vê-se o contorno da linha diafragmática indo de um lado para o outro (conseguimos traçar a linha de um lado até o outro). - O sinal representa pneumomediastino – ar no mediastino que fica sobreposto entre coração e diafragma. OBS: A imagem da esquerda é uma radiografia de criança. Vê-se o timo. Padrão alveolar/algodonoso no lobo superior direito. Opacidade/consolidação bilateral. Apresenta sinal do diafragma contínuo – ar entre a hemicúpula diafragmática e coração, separando os dois. 5. Sinal da perda da silhueta • Padrão alveolar com consolidação. • O seio costofrênico está livre • Não é atelectasia • A borda cardíaca não dá para ser vista porque há consolidação no parênquima (na insula) que está encostado no coração, causando borramento da imagem. • Como há consolidação, o ar não está presente, tirando a diferença de densidade, apagando a borda cardíaca. É o ar que permite a visualização da borda cardíaca. • Se borrou o lado esquerdo: está encostado na insula. (Nessa imagem acima a consolidação está na língula) • Se borrou o lado direito: está no lobo médio. Não há sinal de perda da silhueta = Não houve perda da silhueta cardíaca = a consolidação esta na parte inferior Sinal da coluna: presente (Na segunda imagem a coluna ta mais escura em cima) 6. Sinal da asa de borboleta: edema agudo de pulmão • Edema agudo de pulmão há preenchimento alveolar. • Se for por ICC, a área cardíaca estará aumentada; poderá ter derrame pleural (na primeira imagem, há derrame pleural a direita • Opacidade de padrão alveolar/acinar – aspecto algodonoso, bilateral, que forma uma imagem em asa de borboleta centralmente; • Percebe-se que é uma consolidação, central e bilateral. • Tal achado sugere EDEMA AGUDO DE PULMÃO. Sinal do duplo contorno: aumento do átrio esquerdo alargamento do tronco da artéria pulmonar (juntamente com o aumento das câmaras cardíacas, indica hipertensão pulmonar). No lado direito do coração: há duplo contorno cardíaco (várias setinhas), indicando aumento do átrio esquerdo, visto que normalmente só aparece o átrio direito à radiografia. Pneumoperitônio Presença de ar na cavidade abdominal Devido a presença de ar intraperitoneal, há deslocamento do diafragma para cima. Ocorre em casos de facadas, perfurações de vísceras ocas. Pode ser bulha gástrica a esquerda Aumento da transparência: mais escuro Diminuição: mais claro Radiopacidade: mais claro
Compartilhar