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Seu Progresso: 90 % Prova Eletrônica Resultados para MICHELLE ANDRESSA GUIDOLIN DA COSTA As respostas corretas estarão disponíveis em 29 nov em 0:00. Pontuação desta tentativa: 30 de 30 Enviado 27 nov em 1:14 Esta tentativa levou 27 minutos. 3 / 3 ptsPergunta 1 Leia a passagem abaixo: Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado). Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas. a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento. a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma. a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão. a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade. 3 / 3 ptsPergunta 2 Friedrich Nietzsche critica o pensamento socrático-platônico e a tradição da religião judaico-cristã por terem desenvolvido uma razão e uma moral que subjugaram as forças instintivas e vitais do ser humano, a ponto de domesticar a vontade de potência do homem e de transformá-lo em um ser fraco e doentio. Acerca do pensamento de Nietzsche, considere as afirmações a seguir: 1. I) Ao criticar a moral tradicional racionalista, considerada hipócrita e decadente, Nietzsche propõe uma moral não-repressiva, que permite o livre curso dos instintos, de modo que o homem forte possa, ao mesmo tempo, acompanhar e superar o movimento contraditório e antagônico da vida. II) Para Nietzsche, o super-homem deveria ter a missão de criar uma raça capaz de dominar a humanidade, sendo, por isso, necessário aniquilar os mais fracos. III) Nietzsche concorda com o marxismo, quando esse afirma que a história da humanidade é a história das lutas de classes, e considera que o socialismo é a única forma de organização social aceitável. IV) Nietzsche identifica dois grandes tipos de moral, isto é, a moral aristocrática de senhores e a moral plebeia de rebanho. A moral de rebanho é caracterizada pelo ressentimento, pela inveja e pelo sentimento de vingança; é uma moral que nega os valores vitais e nutre a impotência. V) Os valores que constituem a moral aristocrática de senhores são, para Nietzsche, eternos e invioláveis. Devem orientar a humanidade com uma força dogmática, de modo que o homem não se perca. Assinale a alternativa correta: Estão corretas somente as proposições I e V. Estão corretas somente as proposições II, IV e V. Estão corretas somente as proposições II, III e V. Estão corretas somente as proposições I e IV. Estão corretas somente as proposições I, II, e IV. 3 / 3 ptsPergunta 3 Leia a passagem abaixo: “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (…) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83). Considere as afirmações abaixo: I - No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas. II - O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico de Platão. III – O mito indica como é possível sair da escuridão para a luz, da cegueira para o conhecimento, passando do mundo sensível ao inteligível. IV - O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos. V - É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que não participam daquelas Ideias nem são suas cópias imperfeitas. Marque a alternativa correta: II, III e IV estão corretas. I, III e V estão corretas. I, II e III estão corretas. I, II e V estão corretas. II, III, IV e V estão corretas. 3 / 3 ptsPergunta 4 (UFF) O filósofo francês René Descartes escreveu o seguinte em seu Discurso do método: Logo que adquiri algumas noções gerais relativas à Física, julguei que não podia mantê-las ocultas, sem pecar grandemente contra a lei que nos obriga a procurar o bem geral de todos os homens. Pois elas me fizeram ver que é possível chegar a conhecimentos que sejam úteis à vida e assim nos tornar como que senhores e possuidores da natureza. O que é de desejar não só para a invenção de uma infinidade de utensílios que permitiriam gozar, sem qualquer custo, os frutos da terra e de todas as comodidades que nela se acham, mas principalmente para a conservação da saúde, que é sem dúvida o primeiro bem e o fundamento de todos os outros bens desta vida. (DESCARTES. Discurso do Método). Assinale a alternativa que resume o pensamento de Descartes: O conhecimento deve ser mantido oculto para evitar que seja empregado para dominar a natureza. Devemos buscar o conhecimento exclusivamente pelo prazer de conhecer. O conhecimento e o domínio da natureza devem ser empregados para satisfazer as necessidades humanas e aperfeiçoar nossa existência. Nosso intelecto é incapaz de conhecer a natureza. O conhecimento da natureza satisfaz apenas ao intelecto e não é capaz de alterar as condições da vida humana. 3 / 3 ptsPergunta 5 Embora não seja algo preciso e rigoroso, há uma tradição que concebe duas correntes filosóficas opostas a percorrerem os séculos, consagradas simbolicamente pelas duas figuras centrais, Platão e Aristóteles, presentes no célebre quadro de Rafael, A escola de Atenas. São elas: o platonismo, que concebe a existência de um mundo ideal, e o aristotelismo, que entende que a natureza é a origem da verdade. o empirismo, caracterizado pela ideia de que a razão é a fonte do conhecimento verdadeiro, e o racionalismo, que defende o uso de métodos racionais para se atingir um conhecimento seguro. o ceticismo, que diz que não há conhecimento seguro sobre o empírico, e o empirismo, que se fundamenta na experiência para a produção de conhecimentos científicos. o racionalismo, que concebe o sujeito como fonte do conhecimento, e o empirismo, que entende que a origem do conhecimento está nos sentidos. o tomismo, desenvolvido na Idade Média, pela Igreja católica, e o criticismo, surgido na Antiguidade, e que teve apogeu no século XIX. 3 / 3 ptsPergunta 6 Com base na passagem abaixo, analise as proposições e marque a alternativa correta. “[...] porque os nossos sentidos nos enganam às vezes, quis supor que não havia coisaalguma que fosse tal como eles nos fazem imaginar. E, porque há homens que se equivocam ao raciocinar, mesmo no tocante às mais simples matérias de Geometria, e cometem aí paralogismos (raciocínios falsos), rejeitei como falsas, julgando que estava sujeito a falhar como qualquer outro, todas as razões que eu tomara até então por demonstrações. E enfim, considerando que todos os mesmos pensamentos que temos quando acordados nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas que até então haviam entrado em meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E notando que essa verdade: eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava.” DESCARTES. Discurso do Método. I. Para Descartes, o fato de nossos sentidos nos enganarem às vezes já é motivo suficiente para supor que eles nos enganam sempre. II. Descartes duvida de tudo porque ele não acredita no conhecimento. III. Descartes julga como falsas as demonstrações da razão porque ele acreditava que o homem sempre raciocina de forma correta. IV. O argumento do sonho, isto é, o de que podemos representar coisas no sonho que não são verdades mas que nem por isso deixamos de acreditar nelas, é um argumento que Descartes usa para duvidar de verdades que acreditara até então. V. Descartes duvida de forma tão radical porque ele estava buscando uma primeira certeza que não pudesse ser negada por nenhum argumento Somente as proposições I, III e IV estão corretas. Somente as proposições I, II e V estão corretas. Somente as proposições I e V estão corretas. Somente as proposições I, IV e V estão corretas. Somente as proposições IV e V estão corretas. 3 / 3 ptsPergunta 7 Considere a passagem abaixo: No pórtico da Academia de Platão, havia a seguinte frase: “não entre quem não souber geometria”. Essa frase reflete sua concepção de conhecimento: quanto menos dependemos da realidade empírica, mais puro e verdadeiro é o conhecimento tal como vemos descrito em sua Alegoria da Caverna. “A ideia de círculo, por exemplo, preexiste a toda a realização imperfeita do círculo na areia ou na tábula recoberta de cera. Se traço um círculo na areia, a ideia que guia a minha mão é a do círculo perfeito. Isso não impede que essa ideia também esteja presente no círculo imperfeito que eu tracei. É assim que aparece a ideia ou a forma.” (JEANNIÈRE, Abel. Platão. Tradução de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. 170 p.) Assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento de Platão. Quando traçamos um círculo imperfeito, isto demonstra que as ideias do “mundo inteligível” não são perfeitas, tal qual o “mundo sensível”. As ideias são as verdadeiras causas e princípio de identificação dos seres; o “mundo inteligível” é onde se obtêm os conhecimentos verdadeiros. A Alegoria da Caverna demonstra, claramente, que o verdadeiro conhecimento não deriva do “mundo inteligível”, mas do “mundo sensível”. Todo conhecimento verdadeiro começa pela percepção, pois somente pelos sentidos podemos conhecer as coisas tais quais são. Segundo Platão, a ideia de círculo não se encontra presente em um círculo traçado na areia. 3 / 3 ptsPergunta 8 Leia o texto a seguir: “Você está acompanhando, Sofia? E agora vem Platão. Ele se interessava tanto pelo que é eterno e imutável na natureza quanto pelo que é eterno e imutável na moral e na sociedade. Sim... para Platão tratava-se, em ambos os casos, de uma mesma coisa. Ele tentava entender uma ‘realidade’ que fosse eterna e imutável. E, para ser franco, é para isto que os filósofos existem. Eles não estão preocupados em eleger a mulher mais bonita do ano, ou os tomates mais baratos da feira (e exatamente por isso nem sempre são vistos com bons olhos). Os filósofos não se interessam muito por essas coisas efêmeras e cotidianas. Eles tentam mostrar o que é ‘eternamente verdadeiro’, ‘eternamente belo’ e ‘eternamente bom’.” (GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 98). Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a teoria das ideias de Platão, assinale a alternativa correta. Para Platão, as ideias sobre a natureza, a moral e a sociedade podem ser explicadas a partir das diferentes opiniões das pessoas. Para Platão, o mundo das ideias é o mundo do “eternamente verdadeiro”, “eternamente belo” e “eternamente bom” e é distinto do mundo sensível no qual vivemos. Platão considerava que tudo aquilo que pode ser percebido diretamente pelos sentidos constitui a própria realidade das coisas. Platão considerava impossível que o homem pudesse ter ideias verdadeiras sobre qualquer coisa, seja sobre a natureza, a moral ou a sociedade, porque tudo é sonho e ilusão. De acordo com Platão, o filósofo deve preocupar-se com as coisas efêmeras e cotidianas do mundo, tidas por ele como as mais importantes. 3 / 3 ptsPergunta 9 Para filósofos como Tales de Mileto e Pitágoras de Samos qual era, respectivamente, a essência de tudo? A Filosofia e os números. O cosmos e a physis. A água e os números. A verdade e a justiça. A Filosofia e a mitologia. 3 / 3 ptsPergunta 10 Considere a passagem abaixo: O homem é um princípio motor de ações; ora, a deliberação gira em torno das coisas a serem feitas pelo próprio agente, e as ações têm em vista outra coisa que não elas mesmas. Com efeito, o fim não pode ser objeto de deliberação, mas apenas o meio. (Aristóteles. Ética a Nicômaco, III, 1112b. Coleção Os Pensadores.) A partir desse texto de Aristóteles, assinale a opção correta. É na deliberação entre vários fins possíveis que o homem se mostra como princípio motor de ações. As deliberações são sobre as ações enquanto meios. O homem é o fim visado por todas as deliberações. As ações são os fins sobre os quais o homem delibera. Meios e fins são visados pelo homem, que delibera sobre as coisas a serem feitas. Pontuação do teste: 30 de 30
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