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✱➦↳⚠️ Leishmaniose Tegumentar (LT) ✱ Etiologia ➦ Agente etiológico ● Protozoário da família Trypanosmatidae ↳ Leishmania braziliensis - A mais importante do Brasil e da América Latina ↳ L. amazonenses ↳ L. guyanensis ● Parasita intracelular obrigatório de fagócitos ● A forma promastigota, flagelada e extracelular, está no vetor ● A forma amastigota está nos hospedeiros vertebrados ➦ Vetor ● A picada pelo mosquito infectado é a única forma de transmissão ● Flebotomíneo do gênero Lutzomyia ● Mosquito palha ou birigui ➦ Hospedeiros e reservatórios ● Roedores silvestres ● Cães e gatos no ambiente urbano ➦ Padrões epidemiológicos ● Silvestre - Quando o ser humano entra em contato com o ambiente silvestre ● Ocupacional e lazer ↳ Associado à atividades que envolvam a exploração desordenada das florestas - Agropecuária - Instalações de povoados para extrativismo - Construção de usinas elétricas ● Periurbano e rural ↳ Construção de habitações próximas a matas - Ocupação de encostas ✱ Fisiopatologia ➦ Ciclo 1° Infecção pela forma promastigota metacíclica presente nos vetores 2° Protomastigotas infectam as células de defesa da pele por duas vias e se transformam em amastigotas ↳ Infecção de células de Langerhans - São levados aos linfonodos de drenagem - As partículas antigênicas do parasito são apresentadas ao sistema imune e se inicia o processo inflamatório ↳ Infecção de macrófagos - Por meio de mecanismos de resistência, os parasitos ficam imunes dentro de fagolisossomas no citoplasma de macrófagos - Eles se multiplicam até romperem os macrófagos e liberaram os amastigotos na corrente sanguínea - Com isso, as partículas antigênicas são liberadas e o processo imune se inicia 3° Linfócitos T do subtipo Th1 ativam macrófagos capazes de eliminar amastigotas - Ativação através da citocina interferon-gama - Os macrófagos passam a produzir óxido nítrico ➦ Leishmaniose cutânea (LC) ● Resposta imune celular e específica para os antígenos do parasita ● Forma benigna - Pode haver cura espontânea - Responde bem ao tratamento de quimioterápicos ● Detectada pelo teste cutâneo com Leishmaniaee Intradermorreação de Montenegro (IDRM) ● Causadas por todas as espécies dermatópicas de Leishmania ➦ Leishmaniose cutânea difusa (LCD) ● Polo anérgico-multiparasitário - Ausência de resposta celular para os antígenos (anergia) - Grande quantidade de parasitas nas lesões ● Em pacientes com imunodeficiência ● Responde mal ao tratamento - Recidivas frequentes ● IDRM negativo no início ● Causada pela espécie L. amazonensis ➦ Leishmaniose mucosa (LM) ● Polo hipernégico-pauciparitário - Resposta imunitária exagerada - Pequena quantidade de parasitas nas lesões ● A resposta exacerbada do tipo TH1 promove a destruição de depósitos de antígenos - Baixa produção de IL-10 → Citocina capaz de inibir a resposta de macrófagos ● IDRM fortemente positiva ● Responde mal ao tratamento ● Principal agente etiológico é o L. braziliensis ✱ Diagnóstico clínico ➦ Leishmaniose cutânea ● Uma mácula e posteriormente um pápula precedem a úlcera ● Manifestações típicas ↳ Úlcera indolor - Ovalada ou arredondada - Bordas bem delimitadas e elevadas - Base infiltrada e granulosa ↳ Linfoadenomegalia satélite ⚠️ A úlcera pode ocorrer associada a infecção bacteriana! - Dor local - Exsudato seropurulento no fundo da úlcera ● Localizada ↳ Úlcera típica com tendência a cura espontânea e boa resposta ao tratamento ↳ Lesão única ou até 20 lesões no mesmo segmento corporal ● Difusa ↳ Nodulações não ulceradas em grandes extensões do corpo e placas ↳ Má resposta ao tratamento ● Disseminada ↳ Ocorre posteriormente às lesões primárias ↳ Múltiplas lesões na face e tronco ↳ Lesões de aparência acneiforme (parece acne) ou papulares ↳ As lesões aparecem em poucos dias após a picada do mosquito ⚠️ Difere da difusa em: - Resposta imune presente e boa resposta ao tratamento ↳ As 3 fotos abaixo referem ao mesmo paciente ➦ Leishmaniose mucosa ● Secundária à lesão cutânea - Comum em pacientes com lesões cutâneas extensas, múltiplas e crônicas acima da cintura - Paciente com LC curada sem tratamento ou com tratamento inadequado ● Lesões destrutivas das mucosas das vias aéreas superiores - Principalmente o septo nasal anterior ● Epistaxe, obstrução nasal e eliminação de crostas ● Fácies leishmaniótica (nariz de anta) - Pele do nariz espessa, edemaciada e com aumento de volume da pirâmide nasal ✱ Diagnóstico laboratorial ➦ IDRM ● Avalia a hipersensibilidade retardada ao antígeno de Leishmania mediada pelas células T ● Área de induração maior que 5mm 3 dias após a injeção intradérmica ⚠️ Sua positividade não é capaz de fechar o diagnóstico de doença ativa - O teste também pode ser positivo em indevidos que já foram expostos ao protozoário ou que á foram submetidos ao exame, principalmente em áreas endêmicas ● Geralmente é negativo na LCD ➦ Raspagem das lesões ● Biópsia de fragmento cutâneo da lesão ● Quanto menor a idade da lesão, maior a chance de encontrar parasitos ● A forma amastigota é encontrada ➦ Cultura in vitro ● Permite a identificação do agente etiológico ● A forma encontrada no fim da cultura é a promastigota ➦ PCR ➦ ELISA ● Sorologia para detecção de anticorpos ● Análise do DNA do protozoário ✱ Tratamento ● Glucantime
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