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Direito Civil - Responsabilidade Civil - Elementos Essenciais

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CONDUTA HUMANA
A responsabilidade civil subjetiva é uma obrigação que deriva do ato ilícito. Quem pratica a ilicitude é o devedor e o prejudicado é o credor.
O ato ilícito vem definido no artigo 186 do CC, trazendo como elementos a ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano.
A lei traz, assim, a imputação da responsabilidade ao agente que praticou o ilícito por ação ou omissão e que com essa conduta violou direito e causou dano.
O primeiro elemento que constitui a responsabilidade civil subjetiva é um ato humano. A responsabilidade civil do ato poderá ser da própria pessoa que o praticou, pode ser por ato de outra pessoa (responsabilidade por ato de terceiro), pode ser pessoa jurídica ou ente despersonalizado em nome dos quais se considera praticado o ato humano.
O ato ilícito pode ser comissivo (fazer) ou omissivo (não fazer). Ou seja, pode ser ação ou omissão.
Tanto na ação como na omissão é necessário que esse seja voluntário. É a liberdade de escolha do agente, discernimento para ter consciência daquilo que faz.
 A voluntariedade da ação não significa a intenção de causar dano (essa vontade faz parte da culpa), mas sim a consciência do que se está fazendo, seja na responsabilidade subjetiva quanto na objetiva, porque em ambas o agente deve agir de acordo com sua livre capacidade de autodeterminação.
Consciência dos atos, não exigindo a consciência subjetiva da ilicitude do ato (isso, novamente, faz parte da culpa).
Ação
A ação é um movimento físico, e com ela se desencadeia eventos que levam ao dano. Devendo ser voluntária .
Ou seja, a ação (movimento físico) que iniciou a cadeia de eventos para produzir o dano deve ser regida pela vontade voluntária.
Assim, para gerar responsabilidade civil subjetiva, o ato humano deve ser voluntário e regido pela vontade.
Omissão
É a falta de movimento físico que impede a concretização do dano, sendo essa falta considerada como causa desse, gerando responsabilidade civil.
A ação omitida deve ser exigível e eficiente.
A omissão só gera responsabilidade civil subjetiva se presente:
a) O agente tinha o dever de praticar o ato omitido
b) Razoável expectativa ou grande probabilidade que a prática do ato impediria o dano.
Somente presentes esses requisitos é que a omissão é considerada causa do dano. Se um deles não estiver presente, a omissão será considerada condição do dano, mas não sua causa.
 A omissão também deverá ser voluntária e regida pela vontade.
Pode se considerar a imperícia como ação sem completa formação, imprudência agir com ausência de cautela e negligência como falta de diligência.
São às vezes consideradas como condutas positivas (ação) ou negativas (omissão). Porém não alteram as conseqüências jurídicas o comportamento culposo que causou o dano como ação ou omissão.
 Responsabilidade Civil Indireta
Quando o agente não pratica o ato causador do dano, mas tem o dever jurídico de se responsabilizar por quem o praticou.
Responsabilidade civil por ato de terceiro:
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I — os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II — o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III — o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV — os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V — os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Responsabilidade civil por fato do animal:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Responsabilidade civil por fato da coisa:
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
Um dos pressupostos da responsabilidade civil é a existência do nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano.
Sem essa relação entre o dano e a conduta, não há a obrigação de indenizar.
Assim é preciso uma relação entre o fato e o prejuízo. Verificar se sem a ocorrência desse fato, o dano não existiria.
São três as principais teorias sobre o nexo de causalidade:
a) teoria da equivalência de condições;
b) Teoria da causalidade adequada
c) Teoria da causalidade direta ou imediata
Teoria da equivalência das condições (“conditio sine qua non”)
Tudo aquilo que concorra para o evento danoso é considerado causa. Ou seja, é considerado elemento causal todo antecedente que participou na cadeia de fatos que culminou com o dano. É a condição sem a qual o dano não teria ocorrido.
Porém, o fato de se considerar todo antecedente que contribuiu para o dano, como sendo uma cadeia, essa se torna infinita, além de trazer um número ilimitado de agentes para o evento ilícito.
Não é adotada no Direito Civil.
Teoria da causalidade adequada
 Nem todas as condições anteriores ao evento são causa, apenas a que é adequada para que se produza o resultado. O antecedente considerado para a determinação do resultado é causa.
 Essa teoria traz a discricionariedade, para avaliar, no plano abstrato, se o fato ocorrido no caso concreto pode ser considerado a causa do resultado danoso.
 Adotada algumas vezes no Direito Civil Brasileiro.
Teoria da causalidade direta ou imediata
Causa é o antecedente fático ligado necessariamente ao resultado danoso, sendo esse uma consequência direta e imediata da causa. Uma causa superveniente que interrompe o nexo causal, impedindo a ligação entre a causa e o dano, exclui a responsabilidade.
Diante disso, há uma nova causa para o dano.
Dano reflexo – quando atinge pessoas próximas à vítima direta, sendo caracterizado pela existência certa e determinada. O dano é efeito direto e imediato do ato ilícito.
dano reflexo como consequência direta do ilícito, é diferente do dano reflexo que não tem ligação direta com a conduta do agente.
Teoria adotada pelo Código Civil.
Dano direto e imediato:
Art. 403 do CC: Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Ou seja, é necessária a ligação entre o evento e o dano para a configuração da responsabilidade civil.
CAUSAS CONCORRENTES
Quando o comportamento da vítima soma-se ao do autor, concorrendo para o dano.
Assim, quando há culpa concorrente, cada um responderá pelo dano na proporção que concorreu para o dano. Devendo se verificar, no caso concreto, para que se uma das partes contribuiu mais para o evento danoso, sua participação no quantum indenizatório deverá ser maior.
A culpa concorrente é critério da quantificação da proporcionalidade da indenização.
Art. 945, do CC: Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
No Direito do Consumidor somente a culpa exclusiva da vítima exclui a responsabilidade, pois desaparece a relação de causalidade entre o defeito do produto ou serviço e o dano. Se houver concorrência de causas, a responsabilidade é integral do fornecedor.
CONCAUSAS
Concausa é uma outra causa, que também concorre para o resultado. Não inicia ou rompe o nexo causal, apenas o reforça.
Pode ser um acontecimento anterior, concomitante ou superveniente ao que iniciou a cadeia causal.
Se essa segunda causa for absolutamente independente da conduta do agente, o nexo causal será rompido e o agente não poderá ser responsabilizado.
Porém se for apenas relativamente independente, ou seja, se for somada à conduta do agente, para a ocorrência do dano, não haverá exclusãoda responsabilidade.
Se a concausa for extracontratual, será solidária (art. 942, parágrafo único: São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas designadas no art. 932).
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Defendida principalmente no Direito Penal, essa teoria consiste na imputação do fato a um sujeito se ele criou ou potencializou um risco relevante e se o resultado decorreu desse risco.
Ou seja, se alguém cria ou incrementa uma situação de risco que não é permitida, responderá pelo resultado causado. O agente será responsabilizado penalmente.
Se o risco criado for permitido, tolerado ou insignificante não haverá imputação objetiva, bem como não haverá, então, a atribuição causal do resultado.
CULPA
Culpa lato e stricto sensu. Elementos da culpa
A culpa é um dos pressupostos da responsabilidade civil. O art. 186 do CC traz expressamente que a ação ou omissão seja voluntária, ou que haja negligência ou imprudência.
Para que exista a obrigação de indenizar, não basta o dano, a culpa é essencial (ação ou omissão voluntária, por negligência ou imprudência).
A culpa é a atuação que merece reprovação ou censura. É quando o agente podia e devia ter agido de outro modo, porém, agiu causando dano.
Culpa lato sensu – quando há vontade deliberada de agir, o dano é voluntariamente alcançado. Chamado de dolo.
Culpa stricto sensu - quando o dano ou prejuízo ocorre pelo comportamento negligente ou imprudente. Um dever de diligência e de agir de forma a evitar o dano. A negligência abrange também a imperícia. Chamada de culpa aquiliana.
Observação para a responsabilidade objetiva – hipóteses específicas e tipificadas em que se prescinde da culpa.
Assim, a culpa é a violação do dever jurídico, imputável a alguém e que decorre de fato intencional (dolo) ou de omissão da diligência e cautela.
Se o dano não foi querido pelo agente, mas esse não agiu com cautela e diligência, ele será responsável em razão da imperícia, imprudência ou negligência. Culpa stricto senso.
Se houve a violação de forma intencional, ou seja, o resultado foi querido pelo agente, há culpa lato sensu, ou dolo.
Em ambos os casos, há a conduta voluntária do agente.
A essência da culpa é a violação de uma norma de conduta por falta de cuidado e cautela.
Porém é necessário que o comportamento humano diante do evento seja previsível. Mesmo involuntário, o resultado precisa ser previsto.
Não havendo previsibilidade, está-se fora dos limites da culpa, e diante do caso fortuito ou força maior.
Imprudência, negligência e imperícia
A culpa stricto sensu abrange a imprudência, a negligência e a imperícia.
 Imprudência é agir de forma precipitada ou sem cautela.
Imperícia é falta de habilidade ou incapacidade técnica para praticar certo ato.
Negligência é não agir com atenção, capacidade, solicitude e discernimento. É não agir de forma precavida.
Formas da Culpa
Culpa contratual – decorre do descumprimento de uma relação jurídica obrigacional.
Culpa extracontratual – decorre do dever violado previsto no art. 186 do CC.
Culpa in eligendo - decorre da má escolha do representante ou preposto. 
Culpa in vigilando - decorre da ausência de fiscalização sobre pessoa que se encontra sob a responsabilidade ou guarda.
Culpa in custodiendo - decorre da falta de cuidados na guarda de algum animal ou objeto.
O art. 933 do CC não faz distinção se houve culpa in eligendo ou in vigilando, dispondo que todas as pessoas mencionadas no artigo 932, ainda que sem culpa, responderão pelos atos praticados pelos terceiros referidos.
O art. 936 do Código Civil traz a culpa in custodiendo do dono do animal.
Culpa presumida
A lei estabelece presunções juris tantum de culpa presumida, para facilitar a prova da culpa e do ato ilícito. Nesses casos ocorre a inversão do ônus da prova.
A vítima precisa provar apenas o dano e a relação de causalidade.
Assim, quem causa o dano é que precisa provar a inexistência de culpa.
Culpa exclusiva – ocorre quando o dano ou evento danoso acontece por culpa exclusiva da vítima, não havendo responsabilidade do agente.
Não há relação de causa e efeito entre o ato e o prejuízo da vítima.
Culpa Concorrente ou recíproca – ocorre quando a vítima e o autor contribuem, ao mesmo tempo, para o fato danoso. A culpa de um não extingue a do outro e ambas as condutas são analisadas.
A responsabilidade pode ser dividida de acordo com a culpa de cada um.
Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Art. 945 do CC.
A teoria do risco, embora admitida em algumas hipóteses específicas pelo legislador, não se generalizou, pois na maioria dos casos ainda prevalece a teoria da culpa.
CONCEITO DE DANO
Para a configuração da responsabilidade civil é indispensável a existência do dano.
Se não houver dano ou prejuízo, não há o que indenizar e sem dano não há responsabilidade.
Em qualquer espécie de responsabilidade (contratual ou extracontratual, objetiva ou subjetiva), o dano é requisito (elemento) indispensável para a configuração da responsabilidade.
Na responsabilidade contratual, quando a parte deixa de cumprir a obrigação convencionada, acarreta a presunção do dano.
Se não houver dano, não há responsabilidade de reparação. Independendo da conduta.
O dano é entendido como a diminuição do patrimônio de alguém, pela conduta lesiva de terceiros.
O dano também pode decorrer da agressão a direitos ou interesses personalíssimos (extrapatrimoniais), configurando o dano moral.
Assim, o dano pode decorrer tanto da agressão ao patrimônio aferível de forma econômica, quanto da agressão a direitos inatos à condição humana, sem expressão pecuniária.
REQUISITOS DO DANO INDENIZÁVEL
Todo dano deve ser ressarcido (ou compensado), porém para que seja efetivamente indenizável (reparável), são necessários alguns requisitos:
a)  Violação de um interesse jurídico patrimonial ou extrapatrimonial – o dano pressupõe uma agressão a um bem, de natureza material ou não, pertencente a um sujeito de direito. Pode atingir pessoa física ou jurídica.
b)  Certeza do dano – o dano precisa ter ocorrido, ser certo. Mesmo se tratando de dano moral. A certeza do dano se refere a sua existência.
c)  Exigibilidade e Subsistência do dano  - para o dano ser reparado, deve subsistir quando for exigido em juízo. Se o dano foi reparado, não há interesse da responsabilidade civil, de forma que não há indenização.
Entende-se, também, como requisitos para a reparação do dano o nexo de causalidade e a ausência de causas excludentes da responsabilidade.
DANO PATRIMONIAL E MORAL
O dano patrimonial é uma lesão a bens e direitos economicamente apreciados.
O critério para indenização está no artigo 402 do CC:
“Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
a) Dano emergente – é o efetivo prejuízo experimentado pela vítima. É o que ‘ela perdeu’. Possibilidade de estabelecer com precisão o prejuízo. Pois é a diferença entre o patrimônio que a vítima tinha antes do dano e o que passou a ter depois do dano.
b) Lucros cessantes – é o que a vítima, razoavelmente, deixou de ganhar, ou deixou de lucrar em razão do dano. É a frustração da expectativa do lucro, perda do ganho esperado.
O dano emergente e os lucros cessantes devem ser comprovados na ação indenizatória. Há necessidade de prova efetiva do dano, vez que não há reparação para dano abstrato ou hipotético.
A indenização deverá incluir os danos emergentes e os lucros cessantes que decorram diretamente da conduta ilícita (danos diretos e imediatos), excluindo-se os danos remotos.
Quando o dano atinge outros bens da vítima, de cunho personalíssimo, será o chamado dano moral.
É o prejuízo ou lesão de direitos, em que o conteúdo não é pecuniário, nem redutível a dinheiro, como o direito à vida, à integridade física, integridade psíquica e integridade moral.
O dano moral é qualificado em razão da subjetividade,do valor da pessoa na sociedade que atinge a intimidade e consideração pessoal e também a reputação ou consideração social.
O artigo 186 do CC, expressamente diz que quem violar direito ou causar dano, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral, sendo legitimara para pleitear sua reparação.
O dano sofrido será objetivo, em razão de atributos sujeitos a valoração extrapatrimonial, como conceito e bom nome, crédito, boa reputação.
DANO REFLEXO OU EM RICOCHETE
O dano reflexo consiste no prejuízo que atinge de forma reflexa, pessoa próxima, que está ligada à vítima direta que sofreu o dano decorrente do ato ilícito.
Sendo a existência do dano reflexo comprovada e esse seja certo, e demonstrado o prejuízo à vítima reflexa, caracterizada está a responsabilidade civil.
Não confundir dano reflexo com dano indireto.
O dano direto ou indireto está relacionado ao interesse jurídico tutelado que foi violado. Um ato pode gerar um dano moral e indiretamente gerar dano patrimonial.
O dano reflexo ou por ricochete se refere aos sujeitos, por ser titular do interesse violado (dano direto, vítima direta) ou por ter uma relação de dependência com o titular do direito (dano indireto, vítima indireta).
Dano reflexo não exclui o dano indireto.
DANOS COLETIVOS, DIFUSOS E INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Conforme a natureza dos interesses ou dos direitos violados, três são as espécies de danos coletivos podem ocorrer:
a) Danos difusos
b) Danos coletivos (stricto sensu)
c) Individuais homogêneos.
A definição está no Código de Defesa do Consumidor:
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I — interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II — interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III — interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Os direitos difusos e coletivos tem caráter transindividual, de natureza indivisível, ou seja, transcendem a esfera de um único sujeito individualizado.
Os direitos difusos têm a titularidade de pessoas indeterminadas e ligadas por circunstancias de fato.
Os direitos coletivos tem a titularidade de grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si e que tem com a parte contrária uma relação jurídica base.
Os direitos individuais homogêneos são ligados por uma origem comum. Embora determinados e divisíveis, a situação de fato é uniforme em relação a todos os lesados, e esses são os titulares para promover sua defesa. 
                   
REPARAÇÃO DO DANO
No dano patrimonial, o bem atingido é físico e mensurável monetariamente. Sua reparação pode ser de forma a restituir o bem ao estado anterior ao fato danoso ou uma prestação pecuniária compensatória.
Precisa ser provado e demonstrado. Há o ressarcimento do prejuízo.
O dano moral, os interesses e direitos atingidos são subjetivos, de forma que a reparação (indenização) é arbitrada judicialmente, de forma a compensar o dano sofrido, atenuando suas conseqüências.
Ocorre a compensação.
 
 
CONDUTA
 
HUMANA
 
A responsabilidade civil subjetiva é uma obrigação que deriva do ato ilícito. Quem 
pratica a ilicitude é o devedor e o prejudicado é o credor.
 
O ato ilícito vem definido no artigo 186 do CC, trazendo como elementos a ação ou 
omissão voluntária, negligência
 
ou imprudência, violar direito e causar dano.
 
A lei traz, assim, a imputação da responsabilidade ao agente que praticou o ilícito por 
ação ou omissão e que com essa conduta violou direito e causou dano.
 
O primeiro elemento que constitui a responsabilidade
 
civil subjetiva é um ato 
humano. A responsabilidade civil do ato poderá ser da própria pessoa que o praticou, 
pode ser por ato de outra pessoa (responsabilidade por ato de terceiro), pode ser 
pessoa jurídica ou ente despersonalizado em nome dos quais se c
onsidera praticado 
o ato humano.
 
O ato ilícito pode ser comissivo (fazer) ou omissivo (não fazer). Ou seja, pode ser ação 
ou omissão.
 
Tanto na ação como na omissão é necessário que esse seja voluntário. É a liberdade 
de escolha do agente, discernimento par
a ter consciência daquilo que faz.
 
 
A voluntariedade da ação não significa a intenção de causar dano (essa vontade faz 
parte da culpa), mas sim a consciência do que se está fazendo, seja na 
responsabilidade subjetiva quanto na objetiva, porque em ambas o a
gente deve agir 
de acordo com sua livre capacidade de autodeterminação.
 
Consciência dos atos, não exigindo a consciência subjetiva da ilicitude do ato (isso, 
novamente, faz parte da culpa).
 
Ação
 
A ação é um movimento físico, e com ela se desencadeia evento
s que levam ao dano. 
Devendo ser
 
voluntária
 
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Ou seja, a ação (movimento físico) que iniciou a cadeia de eventos para produzir o 
dano deve ser regida pela
 
vontade
 
voluntária
.
 
Assim, para gerar responsabilidade civil subjetiva, o ato humano deve ser voluntá
rio 
e regido pela vontade.
 
Omissão
 
É a falta de movimento físico que impede a concretização do dano, sendo essa falta 
considerada como causa desse, gerando responsabilidade civil.
 
A ação omitida deve ser exigível e eficiente.
 
A omissão só gera responsabili
dade civil subjetiva se presente:
 
 
 
CONDUTA HUMANA 
A responsabilidade civil subjetiva é uma obrigação que deriva do ato ilícito. Quem 
pratica a ilicitude é o devedor e o prejudicado é o credor. 
O ato ilícito vem definido no artigo 186 do CC, trazendo como elementos a ação ou 
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano. 
A lei traz, assim, a imputação da responsabilidade ao agente que praticou o ilícito por 
ação ou omissão e que com essa conduta violou direito e causou dano. 
O primeiro elemento que constitui a responsabilidade civil subjetiva é um ato 
humano. A responsabilidade civil do ato poderá ser da própria pessoa que o praticou, 
pode ser por ato de outra pessoa (responsabilidade por ato de terceiro), pode ser 
pessoa jurídica ou ente despersonalizado em nome dos quais se considera praticado 
o ato humano. 
O ato ilícito pode ser comissivo (fazer) ou omissivo (não fazer). Ou seja, pode ser ação 
ou omissão. 
Tanto na ação como na omissão é necessário que esse seja voluntário. É a liberdade 
de escolha do agente, discernimento para ter consciência daquilo que faz. 
 A voluntariedade da ação não significa a intenção de causar dano (essa vontade faz 
parte da culpa), mas sim a consciência do que se está fazendo, seja na 
responsabilidade subjetiva quanto na objetiva, porque em ambas o agente deve agir 
de acordo com sua livre capacidade de autodeterminação. 
Consciência dos atos, não exigindo a consciência subjetiva da ilicitude do ato (isso, 
novamente, faz parte da culpa). 
Ação 
A ação é um movimento físico, e com ela se desencadeia eventos que levam ao dano. 
Devendo ser voluntária . 
Ou seja, a ação (movimento físico) que iniciou a cadeia de eventos para produzir o 
dano deve ser regida pela vontade voluntária. 
Assim, para gerar responsabilidade civil subjetiva, o ato humano deve ser voluntário 
e regido pela vontade. 
Omissão 
É a falta de movimento físico que impede a concretização do dano, sendo essa falta 
considerada como causa desse, gerando responsabilidade civil. 
A ação omitida deve ser exigível e eficiente. 
A omissão só gera responsabilidade civil subjetiva se presente:

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