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Transtornos do sono
SOI V | Ana Beatriz Rodrigues
2
INTRODUÇÃO 
A principal função do sono é relacionada ao descanso e a memória, promovendo uma regeneração orgânica que é essencial para o funcionamento do corpo, da mente. O sono ideal varia de duração de 7:30 – 8 horas e a “vontade de dormir” é o principal controlador, porem existe fatores que influenciam nesse período então o importante é o individuo alcançar o sono profundo. 
PROCESSO FISIOLÓGICO DO SONO 
· Fechamento dos olhos 
· Redução da atividade motora
· Postura relaxada e em decúbito 
· Atividade elétrica características e elevado limiar para resposta a estímulos externos, ou seja, o indivíduo relaxa, no entanto, nessa primeira fase, qualquer estimulo externo influenciará na alteração do sono, como, por exemplo, acordar. 
O sono e estado de vigília ocorre em alternância ao ciclo circadiana, ou seja, são regulados pela interferência da luz. O ciclo ocorre de forma diferente nos indivíduos, variando de sexo, idade, humor trabalho ou de qualquer outro fator de influência e interferência da luz.
No CICLO CIRCADIANO, a partir de 18 horas a temperatura do corpo vai ficando mais alta de forma que próximo da meia noite se inicia a produção de melatonina. Após a meia noite, começa o sono profundo e a temperatura corporal vai diminuindo com o passar das horas. 
RELAÇÃO SONO E MEMORIA 
É no período do sono que ocorre a consolidação da memória e aprendizado que obtivemos durante o dia a partir da ativação do hipocampo. 
ESTÁGIOS DO SONO 
NREM: Sem movimento rápido dos olhos, caracterizado pela parte inicial da sonolência. É dividida em 4 estágios. 
REM: Movimento rápido dos olhos 
	ESTÁGIOS DO SONO - EEG
	ESTAGIO I (SONOLÊNCIA)
	Onda ꞵ
	ESTAGIO II
	Ondas lentas (baixa frequência) e de amplitude mais altas
	ESTÁGIOS III E IV (SONO PROFUNDO)
	Ondas mais lentas e amplitudes mais altas
O ciclo do sono não acontece de forma simétrica e regular, porem deve-se determinar momentos de sono REM e NREM (alternados). Cada período desses estágios depende de cada indivíduo. 
Existe hormônios e neurotransmissores que são responsáveis por regular o sono que irão ativar o hipocampo, dessa forma o indivíduo consolidará o que aprendeu durante o dia. 
NEUROTRANSMISSORES 
Promotor do ciclo sono-vigília: Hipotálamo
· Promotor da vigília: histamina, dopamina, noradrenalina, serotonina, orexina/hipocretina e acetilcolina 
· Promotor do sono: GABA
Reguladores do sono 
· Hipotálamo lateral: rico em orexina ou hipocretina, promove vigília 
· Núcleo supraquiasmatico: rico em melatonina, promove sono 
PROPEDÊUTICA DO SONO 
ANAMNESE
· Hábitos noturnos como horários de deitar e levantar, latência do sono, noctúria e despertares noturnos;
· Hábitos diurnos como sonolência, fadiga, horários de exercícios físico e refeições
· Condições ambientais 
· Sintomas ansiosos, quadros psiquiátricos e transtornos diversos
· Uso de medicação, drogas psicoativas e outras doenças
· Histórico familiar de distúrbios do sono 
· Medicamentos 
· Uso ativo
· Dose 
· Frequência 
· Risco da polifarmácia (ingeri mais de 5 medicamentos simultaneamente): interação medicamentosa, 
· Critérios de Beers, 
EXAME FÍSICO 
· Peso e altura (IMC): a obesidade pode interferir como causa de transtornos como apneia do sono, ângulo da mandíbula e circunferência do pescoço 
· Sempre associe todas as informações com relatos de algum companheiro, se for presente
 
EXAMES E ESCALAS 
Avalia-se a qualidade do sono com intuito de saber se o indivíduo apresenta um risco de insônia:
· Escala de sonolência de Epworth 
· Índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI)
· Índice de gravidade de insônia 
· Diário de sono 
EXAME COMPLEMENTAR
· Polissonografia: padrão ouro 
· Teste das latências múltiplas do sono (TLMS): avaliar hipersonia e narcolepsia 
· Teste de manutenção da vigília 
· Actigrafia: aparelho móvel (acompanhar o sono)
POLISSONOGRAFIA 
Exame o qual monitora o sono do paciente 
INDICAÇÕES
· Suspeita de síndrome de apneia obstrutiva do sono 
· Sintomas atípicos de insônia (despertares paroxísticos)
· Parassonias 
· Insônias primárias e secundarias refratarias
· Transtornos do movimento durante o sono (bruxismo)
· Doenças neuromusculares 
AVALIA 
· Tempo total de sono 
· Tempo total acordado após início do sono 
· Arquitetura do sono 
· Latência e eficiência do sono 
· Padrão respiratório 
· Índice de movimentos periódicos de pernas
SONO PATOLÓGICO – CAUSAS “MODIFICÁVEIS”
· Questões comportamentais: cochilos diurnos 
· Má higiene do sono: uso de telas, luzes acesas, barulhos ... próximo ao deitar 
· Padrão respiratório 
· Estilo de vida: trabalhar até tarde, estudar à noite
CONDUTA - HIGIENE DO SONO 
· Horários regulares;
· Evitar passar tempo excessivo na cama;
· Respeitar o ciclo circadiano (luz/escuridão);
· Evitar uso de substancias excitatórias;
· Ser ativo durante o dia e descansar a noite; 
· Respeite o momento de dormir. 
SONO PATOLÓGICO – CAUSAS CLINICAS 
· Causas de tosse 
· DRGE
· Doenças agudas e crônicas 
· Infecções 
· Delirium 
· Condições psiquiátricas 
· Doenças tireoidianas 
TRANSTORNOS DO SONO 
· Insônia 
· Hipersonias 
· Transtornos respiratórios, ex. SAOS (síndrome da apneia obstrutiva do sono)
· Transtornos do ritmo circadiano 
· Parassonias 
· Transtornos do movimento
INSÔNIA 
Caracteriza-se como uma dificuldade em adormecer e de manter adormecido. Pode ser dividida em dois grandes grupos: a insônia de curta duração, que está relacionada a um evento recente; e a insônia crônica. 
HIPERSONIAS 
Para ser diagnostica, a hipersonia deve ocorrer em 3 meses, no mínimo. Pode ser dividida em:
· Narcolepsia (sonolência excessiva diurna, demonstrando uma incapacidade de se manter em alerta/vigília)
· Dormidor longo (variante da normalidade)
· Síndrome do sono insuficiente 
· Hipersonia associada a transtornos metais 
· Hipersonia idiopática 
· Síndrome de Kleine-Levin
TRANSTORNO DO RITMO CIRCADIANO DE SONO-VIGÍLIA 
· Alterações de ciclo circadiano, interrompendo-o 
· Comum: dormir 22 e acordar 06 horas
· AVANÇO DE FASE pode ser uma variação da normalidade 
· Dormir muito cedo: avanço de fase 
· Dormir muito tarde: atraso de fase
· Uma outra alteração é quando o paciente não apresenta horário fixo para dormir/acordar, por exemplo quando vai dormir muito tarde esse fato pode ser denominado como ATRASO DE FASE 
CONDUTA 
· Higiene do sono 
· Fototerapia 
· Melatonina 
PARASSONIAS 
TRANSTORNOS DO MOVIMENTO 
· Síndrome de pernas inquietas
· Síndrome dos movimentos periódicos dos membros 
· Câimbras 
· Bruxismo 
· Transtorno do movimento rítmico relacionado ao sono 
· Mioclonia benigna
CONDUTA 
· Depende do fator causal 
TRANSTORNOS RESPIRATÓRIOS 
· Hipoventilação 
· Hipoxemia 
· Apneia central do sono 
· SAOS (maior incidência) 
É importante ressaltar que o ronco pode ser variante normal, e envolve somente o som. 
SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO 
A SAOS é uma doença respiratória, caracterizada pela obstrução parcial ou completa da via aérea superior durante o sono.
· Apneia e hipopneia
· Apneia: ocorre uma obstrução de quase 90% durante no mínimo 10 segundos, associada a uma dessaturação ou despertar do paciente
· Hipopneia: ocorre uma obstrução de 30% (parcial) por 10 segundos ou mais, associada a uma dessaturação 
· Mais comum em adultos e idosos (homens)
· Quando presente em crianças pode estar relacionada com uma alteração anatômica 
· Apneia central: neurológica, medicações e ICC
· Apneia periférica: estrutural
· Etiologia/causa 
· Modificáveis: Obesidade; etilismo; sedentarismo; tabagismo 
· Não modificáveis: Idade; sexo; anatomia vias aéreas
· Suspeita de SAOS: deve-se fazer a polissonografia, principalmente para confirmação de diagnostico. 
CONDUTA 
· Medicas comportamentais 
· Aparelhos intraorais e de pressão positiva (CPAP, APAP ou BIPAP)
CPAP
· Manter a pressão intraluminal mínima, impedindo o colabamento da via área superior
· Tem o beneficio de corrigir e monitorar os eventos respiratórios, permitindo melhoras no padrão respiratório do paciente durante o sono 
· 4 a 5 horaspor noite 
· Apneia moderada (Índice de apneia e hipopneia (IAH) 15 a 30); Apneia grave (IAH > 30) 
Estagio I
Estagio II
Estagio III e IV
Estagio REM
Entre a vigília e o sono (5 – 15 minutos)
Melatonina é liberada 
Redução do tônus muscular
Sono leve: reduz a atividade neuronal, ritmo cardíaco e respiratório 
Relaxa os músculos e temperatura corporal cai 
Sono profundo: inicia as ondas delta
Tônus muscular diminui ainda mais 
Total atonia com movimento rápido dos olhos 
Fase mais profunda do sono 
Atividade intensa cerebral e EEG ativado DESSINCRONIZADO 
Período que os sonhos acontecem
CURTA DURAÇÃO
estende-se por menos de 3 meses
CRÔNICA
Estende por mais de 3 meses
pode estar relacionada com eventos recentes,
Há um fator desencadeante detectável, do qual o indivíduo consegue lembrar-se.
3 dias ou mais da semana
Atribuída a diversos fatores
SONO REM
COMPORTA-MENTAL
SONO NÃO REM
Despertar confusional
VARIANTES 
Sonilóquio: pacientes que falam durante o sono
Padrão sono REM: benzodiazepínicos e melatonina
CONDUTA
Padrão sono não REM: Higiene do sono (Clonazepam e melatonina)
Perda de atonia
Vocalizações
DESPERTAR
Despertar incompleto
Amnésia
Despertar confusional
Sonambolismo
Terror noturno
Transtorno alimentar
Transtorno comportamental
Engloba fenômenos verbais e motores.

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